Conheça a pior estrada do Brasil, onde acidentes e prejuízos são rotina

Uma gota de suor escorre pelo rosto do borracheiro João Marciano, o Gauchinho, enquanto ele dá mais uma batida com um martelo para tirar a roda de um caminhão parado em sua loja em Placas, último povoado do Oeste da Bahia.

A roda sai do eixo após uma última puxada. O pneu está destruído.

“Esse já era. Vai pra pilha”, lamenta Gauchinho ao informar o caminhoneiro Rafael Balan, que até observa a cena conformado.

O pneu de R$ 1.400 vai para uma área na lateral da loja que, um mês atrás, estava limpa e agora tem outros 30 pneus amontoados à beira da BA-460, uma das vias que liga a região ao Tocantins.

O trecho faz parte de uma rota de 262 quilômetros que é considerada a pior estrada do país entre os 109 principais corredores de tráfego no país, segundo pesquisa anual da CNT (Confederação Nacional dos Transportes).

Velha, perigosa, sem sinalização, com curvas fechadas, pontes estreitas e com buracos e ondulações em quantidade significativa, a ligação viária entre as cidades de Luis Eduardo Magalhães (BA) e Natividade (TO) fez o caminhoneiro Rafael Balan perder tudo o que ganharia no frete.

É um pequeno pedaço da conta que colabora para o país a desperdiçar todo ano R$ 2,3 bilhões pela má qualidade das vias asfaltadas, segundo estimativa da CNT.

O mau estado da via leva a perdas financeiras -na estimativa da confederação, cada caminhão que passa nesse trecho gasta 48% mais do que gastaria numa estrada boa- e também de vidas.


Foram 110 acidentes em 2014, com 12 mortes, colaborando com a estimativa de 44 mil mortes anuais no trânsito no Brasil.

“Morre mais gente aqui em estradas que em países em guerra”, diz Bruno Batista, diretor executivo da CNT, que estima um custo de R$ 187 milhões para recuperar esse trecho percorrido pela reportagem.

Velocidade

De acordo com dados de uma pesquisa da consultoria Bain & Company, o país tem apenas 14 mil quilômetros de estrada realmente de qualidade, vias de mão dupla, com acostamento e sinalização, chamadas de autoestradas. Isso significa menos de um décimo do total de vias americanas e chinesas nessa condição, outros dois países com grandes territórios.

Para dirigir na pior estrada do Brasil, os caminhoneiros contam que precisam andar em baixa velocidade por vários quilômetros. Estão sujeitos a freadas bruscas a qualquer momento, fazendo com que o consumo chegue em média a 1,4 quilômetros por litro – é possível fazer até 2,2 quilômetros por litro numa estrada de boa qualidade.

As freadas podem acontecer a qualquer momento já que são raras as placas na rodovia.

Num trecho da TO-040, próximo à cidade de Bom Jardim, uma descida termina com um trevo com duas curvas em 90 graus. Sem qualquer sinalização, as opções para quem não conhece são a freada brusca ou a passagem em linha reta diretamente para dentro do terreno do comerciante Genivaldo Oliveira de Araújo.

“Tem dia aqui que a gente tira um caminhão debaixo do outro”, relata o dono da pequena mercearia à beira da estrada.

Há 18 anos morando ali, Genivaldo diz que nunca viu a estrada ter uma conservação adequada. Nos últimos cinco anos, o trecho esteve sempre classificado entre as cinco piores, embora o governo do Tocantins diga que as vias receberam melhorias e estão “em bom estado”.

As melhorias, na verdade, são remendos nos buracos do pavimento que ocorrem ano sim, ano não. Em trechos da TO-040, é possível ver de duas a três diferentes camadas de asfalto sobre a outra, criando calombos que os caminhoneiros apelidaram de “buracos para cima”.

A via é usada principalmente por caminhões que vão com adubo da Bahia e os que voltam com calcário e grãos produzidos no Tocantins.

Dirceu Delatorre, que tem duas fazendas no Tocantins, diz que seus sete caminhões deixariam de ter custos até 20% maiores por transitar na região.

Um dos seus motoristas é Noé Rodrigues, 65 anos, dirigindo caminhão desde 1978. Orgulhoso, mostra sua nova Volvo 540 I-Shift, com câmbio automático de 12 marchas. Mas, na hora de partir para a rodovia, o sentimento é a lamuria.

“Dá até pena botar um caminhão novo assim numa estrada dessa”, diz o caminhoneiro, lembrando o preço de R$ 375 mil da máquina.

Perdas

Só o setor agrícola brasileiro desperdiça R$ 3,8 bilhões, segundo a estimativa da CNT, apenas com o transporte dos 66 milhões de toneladas de milho e soja por rodovia (o que inclui estradas não asfaltadas). Isso colabora para que o custo para transportar a produção no Brasil sejam entre o dobro e o triplo da média americana, por exemplo.

Quando esses produtos usam caminhão para distâncias acima de mil quilômetros, o transporte pesa ainda mais no custo, tornando o produto menos competitivo.

Na região do Matopiba, que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, essas perdas são ainda mais significativas já que elas estão distantes mais de mil quilômetros dos portos. É nessa área que a pior ligação passa.

Por causa do contínuo aumento das lavouras de soja, milho e algodão na região nas últimas duas décadas, o governo decidiu fazer dois projetos ferroviários tentando reduzir custos de transportes e, assim, incentivar mais produção.

Uma década se passou e nem a extensão da Ferrovia Norte-Sul até São Paulo e nem o Ferrovia Oeste-Leste, de Barreiras (BA) a Ilhéus (BA), estão funcionando. A nova previsão da Valec, estatal responsável, é 2018.

Já foram gastos mais de R$ 10 bilhões, parte deles perdida em superfaturamentos e outros prejuízos, e o pouco que ficou pronto não funciona adequadamente.

No caso da região do Tocantins, as cidades próximas ao trecho da pior rodovia poderiam utilizar mais facilmente a Norte-Sul como via de escoamento até o porto. Para isso, o projeto original previa pátio para depósito e transbordo de mercadorias em Porangatu (TO). A Valec pagou R$ 11 milhões em equipamentos para sua construção, mas o pátio nunca ficou pronto.

“A gente tinha muita esperança nessas linhas”, diz a fazendeira Carminha Missio, presidente do Sindicato Rural de Luis Eduardo Magalhães.

Sem a opção do trem, o caminhão vira a saída para tudo. No caso do calcário, um produto de alta densidade, a mercadoria deve ser colocada só até o meio da caçamba para que o peso não fique acima do permitido para a estrada. Se o peso está além do máximo, mais chance da estrada ser destruída.

A balança no posto de fiscalização na fronteira entre os dois estados está quebrada desde novembro, sem perspectiva de voltar a funcionar porque o contrato com a manutenção foi encerrado. Fiscais que trabalham no posto contaram que caminhões passavam nitidamente acima do peso, o que piora ainda mais a rodovia.

Dono de uma frota de caminhões em Dianópolis (TO), a cidade no meio do caminho do pior trecho rodoviário do país, Evandro Mokfa conta que os custos a mais com sua frota acabam se refletindo nos preços. E nem chegam a ser todos repassados aos consumidores.

A NTC&Logística, maior entidade do setor de empresas de transporte por caminhão, faz semestralmente pesquisa em que aponta que as empresas recebem entre 9% e 21% menos que os custos mínimos necessários para a atividade. A crise aprofundou os números.

Quando conversou com a reportagem, o caminhoneiro João Batista de Souza estava há seis dias esperando por carga num posto de gasolina em Luis Eduardo para um frete para Fortaleza. Segundo ele, os valores caíram de R$ 160 a tonelada para R$ 150 em duas semanas. Há um ano, passava de R$ 200.

Perguntado porque aceita preços que, segundo ele, nem chegam a pagar seus custos e o diesel numa estrada como a via até Natividade, o caminhoneiro se resigna: “O caminhão está aí. Não tem como ficar parado”.

Baiuchos

Para compensar os preços mais altos de frete, as atividades precisam de uma rentabilidade elevada, o que limita o crescimento. Luis Eduardo, onde as terras são amplas e é possível plantações em grandes extensões, cresce em média três a cinco vezes mais que as cidades mais ao fim do trecho, no estado do Tocantins, segundo dados do IBGE.

Natividade, uma das pontas do trecho pesquisado, é a cidade mais antiga do Tocantins, fundada em 1734 por Bandeirantes em busca de ouro. A região de rios de águas cristalinas chegou a ter 40 mil escravos vindos do litoral da Bahia pela mesmo caminho que hoje é a pior ligação rodoviária do país.

Os escravos deixaram como herança a inconclusa Igreja para Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, que levou o Iphan em 1997 a declará-la Patrimônio Histórico.

Assemelhada a outras cidades do ciclo do ouro como Paraty (RJ), Goiás Velho (GO) e Tiradentes (MG), Natividade teria o turismo como opção para o desenvolvimento. Mas os próprios moradores são céticos quanto a poderem receber visitantes.

“Meu sobrenome aqui é ´louca´”, diz Cirene Coelho, presidente do Conselho Municipal de Turismo sobre como é encarada ao falar sobre trazer turistas para a cidade.

Cirene reclama das notas dadas à estrada, mas não sabe quantos visitantes chegam à noite da região da Bahia em seu hotel por medo de parar na estrada. A viagem de 250 quilômetros, a depender do período, pode durar mais de cinco horas.

“Se dá um problema, vai ficar onde se nem acostamento tem?”, reclama.

Sem turismo, com terrenos de menor produtividade e mais distante dos portos que sua concorrente, Natividade perdeu 13% de suas empresas num período de 10 anos e vai vivendo da prefeitura, assim como a maioria das cidades brasileiras.

A vizinha Luis Eduardo Magalhães, antiga Mimoso do Oeste, tem 30 anos como município. Carminha Missio, a presidente do Sindicato Rural da cidade, conta que o pai, Amélio Gatto, chegou em 1979 (quando a região ainda pertencia a Barreiras) apenas com um carro velho, que ficou de entrada para a compra de um terreno.

A área era dezenas de vezes maior que a pequena chácara onde ele, a esposa e 10 filhos teriam que prover o futuro de todos na pequena cidade gaúcha de Espumoso.

Chamados de “Baiuchos”, eles precisaram construir os caminhos de terra com tratores, dormir sobre caminhões e estocar alimentos em banha de porco para não passarem fome devido ao isolamento.

A chegada das estradas asfaltadas, conta Carminha, ajudou no crescimento da região, agora uma das mais ricas do Nordeste. O PIB per capita é de R$ 50 mil, quase o dobro do brasileiro. Mas a rodovia parou no tempo: é a mesma de 2006, quando havia 5 mil carros na cidade que hoje tem 40 mil, o que levou a seu esgotamento e, consequentemente, aos acidentes.

Segundo dados da polícia local, foram 110 acidentes no ano de 2015, quase um a cada três dias. Neles, morreram 12 pessoas. Em outro trecho de 157 quilômetros da BR-242, que corta a cidade e vai até Barreiras (BA), mais 110 acidentes, com 13 mortos.

Anos atrás, a vítima foi Amélio Gatto, o pai de Carminha. Com voz embargada, ela diz o que pensa sobre as estradas na região: “são, basicamente, assassinas”.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Alta do diesel nas refinarias deve impactar custo do frete

O aumento do preço do diesel em 6,1% nas refinarias, anunciado pela Petrobras no dia 5 de janeiro, impactará diretamente o custo operacional do transporte rodoviário de cargas.

Conforme a empresa, se repassado integralmente aos consumidores, nas bombas a alta do diesel pode chegar a 3,8% (o equivalente a R$ 0,12 o litro). Com base nessa estimativa, estudo da NTC&Logística (Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística) aponta que o frete pode subir cerca de 1,1%. O cálculo considerou o consumo de combustível de um caminhão trator 4×2 tracionando carreta furgão de três eixos, com capacidade para 26,2 toneladas de carga.

A previsão é que o custo tenha um aumento médio de 0,85% a 1,1%, variando conforme a distância, explica Neuto Gonçalves dos Reis, diretor técnico da NTC&Logística. Isso porque, dependendo o tipo de operação, o gasto com combustível representa de 15% a 40% do custo do transporte. O menor índice é para fretes urbanos ou em rotas curtas. Já no transporte rodoviário, como para o agronegócio, em que são utilizados veículos pesados com grandes distâncias, o peso do combustível pode subir para 40%.

“É um aumento significativo porque, no mês passado, já tivemos um aumento na faixa de 1,2%. Somadas as duas altas, isso pode representar a margem de lucro do transportador, que já é muito pequena. A nossa recomendação é que esses aumentos sejam repassados ao frete, porque eles estão sendo mensais”, diz Neuto Gonçalves.

Revisão de preços

A Petrobras justificou a alta do preço do diesel nas refinarias com base na elevação do petróleo nos mercados internacionais, na valorização do real desde a última revisão de preços (em dezembro) e em ajustes na competitividade no mercado interno de gasolina e diesel. A gasolina permaneceu inalterada.

Desde setembro do ano passado, a estatal adotou uma nova política, com revisões periódicas dos preços dos combustíveis, a fim de adequar os valores ao mercado internacional.

Desde então, três

Combustíveis mais caros

Em um ano, o litro do diesel ficou aproximadamente R$ 0,05 mais caro. Em janeiro de 2016, o preço médio do diesel comum foi de R$ 3 e o do S-10 foi de R$ 3,14, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Na primeira semana de 2017, o litro do diesel comum ficou, na média, em R$ 3,04 e o do S-10, em R$ 3,19. A gasolina passou de R$ 3,67 para R$ 3,76. Já o etanol aumentou de R$ 2,71 para R$ 2,86.

Natália Pianegonda
Agência CNT de Notícias

Caminhoneiro é sequestrado e passa quase 20h nas mãos de bandidos

O motorista de um caminhão passou quase 20 horas nas mãos de bandidos após ser rendido na tarde da sexta-feira (6), na entrada de Nova Andradina, a 297 quilômetros de Campo Grande. De acordo com o boletim de ocorrência, pelo menos dois criminosos participaram da ação.
A vítima relatou aos policiais que por volta das 16 horas da sexta, sentiu o veículo ser freado de forma descoordenada. O motorista disse acreditar que o bandido subiu no caminhão quando passava por um trevo e em baixa velocidade por conta da chuva.

Conforme o relato, a vítima foi verificar por que o caminhão diminui a velocidade e foi rendida por um homem armado. O bandido perguntou se o veículo era rastreado e mandou que o caminhoneiro passasse para o banco de trás. Poucos metros depois, outro criminoso subiu no caminhão.

A vítima disse aos policiais que percebeu que o veículo passou por uma estrada de chão para desviar de um posto policial. Depois disso, os bandidos pararam em uma casa abandonada onde entraram com o caminhoneiro.
Segundo a vítima, os bandidos diziam para que ele ficasse calmo e que após a ‘desova’ do veículo, ele seria libertado. Por volta das 2 horas deste sábado, um dos bandidos levou a vítima até os fundos da casa e disse que quando desse um tiro para o alto, o caminhoneiro poderia sair.
O caminhoneiro andou por cerca de duas horas até ser resgatado pela Polícia Militar Rodoviária. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Nova Andradina.

Alimentação saudável ajuda na profissão de motorista

Assim como o diesel é essencial para o funcionamento do caminhão, a alimentação é o combustível do corpo humano. Entretanto, manter uma rotina com hábitos saudáveis pode ser um desafio para quem vive na estrada. Tão importante quanto o descanso diário, a alimentação adequada auxilia o bom funcionamento do corpo, previne inúmeras doenças e, ainda, aumenta a disposição de quem precisa encarar horas atrás de um volante.

A nutricionista Carla Rossini esteve recentemente na Transpanorama, do Grupo G10, conversando com os motoristas e explicou que os alimentos naturais são imprescindíveis para a saúde e até mesmo para a prevenção de doenças, como o câncer. “Nos temperos, abusar da cebola e do alho que são antibióticos naturais e têm propriedades carcinogênicas. As fibras também são importantes para evitar doenças do trato intestinal e melhorar o sistema digestivo”.

De acordo com a nutricionista, o ideal é consumir frutas e verduras diariamente. Em relação as frutas, três a cinco porções por dia são suficientes. Já os legumes e as verduras devem ser consumidos duas vezes ao dia, preferencialmente no almoço e no jantar. “Verduras folhosas podem ser consumidas à vontade. Por isso, antes de se servir com arroz, carne ou o macarrão, priorize um prato de saladas. Não abuse do sal e do azeite e use temperos naturais como alho, cebola e limão”, ressalta.

Os motoristas que conseguem preparar as refeições no próprio caminhão têm a vantagem de cozinhar de acordo com a preferência e, em contrapartida, alimentos mais saudáveis. O cuidado na escolha dos alimentos também vale para aqueles que preferem levar marmitas ou lanches na viagem. Consumir frutas e estar sempre hidratado com água ou sucos é um ponto positivo no combate às doenças e aos efeitos do sono ao volante.

Dicas:

– Prefira alimentos cozidos, assados ou grelhados;

– Coma legumes, verduras e frutas;

– Beba bastante líquido, como água e sucos;

– Evite, refrigerantes, doces, álcool, gorduras, massas e frituras;

– Dê preferência para alimentos naturais.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Arquivada proposta de anistia a caminhoneiros envolvidos em manifestações

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados rejeitou o Projeto de Lei 3562/15, do deputado Rocha (PSDB-AC), que concede anistia aos caminhoneiros punidos por participarem de movimentos reivindicatórios em novembro de 2015.

Como foi rejeitado pela única comissão de mérito responsável por analisá-lo e não houve recurso, o texto foi arquivado.

A proposta pretendia isentar a categoria das multas em razão de infrações de trânsito aplicadas pela Polícia Rodoviária Federal durante as manifestações.

O relator da matéria, deputado Marcelo Matos (PHS-RJ), argumentou que a finalidade do projeto já foi atendia pela Medida Provisória 699/15 (convertida na Lei 13.281/16), que garantiu a anistia aos caminhoneiros envolvidos nas manifestações de novembro de 2015.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Conheça os novos planos de manutenção oferecidos pela Mercedes-Benz

A Mercedes- Benz acaba de disponibilizar no mercado novos Planos de Manutenção. São quatro opções disponíveis, que permitem várias composições de serviços, envolvendo manutenções preventivas, reparos, troca de itens de desgaste e socorro mecânico.

Para Silvio Renan, diretor de peças e serviços ao cliente, há um aumento de demanda no mercado pelos Planos de Manutenção. “Como os veículos estão cada vez mais modernos, trazendo sempre novas tecnologias, temos que oferecer aos nossos clientes serviços que os apoiem para que os clientes tenham o máximo de seu caminhão e ônibus também na hora da manutenção”.

Silvio Renan cita os caminhões do segmento off-road como exemplo da importância do suporte de pós-venda. “A disponibilidade dos veículos é uma exigência básica para os clientes do segmento fora de estrada, cujas frotas chegam a trabalhar praticamente 24 horas por dia em certas épocas do ano”, destaca.

Conheças as quatro modalidades dos novos planos

BestBasic : oferece cobertura das manutenções preventivas, de acordo com o Plano de Revisões dos veículos Mercedes-Benz. Inclui peças, óleos, fluídos e mão de obra para veículos zero km e usados, com opções de contrato de 1 a 5 anos. O check list incluso em todas as revisões e a análise do veículo garantem todas as verificações necessárias para uma manutenção precisa.

Select:  abrange a cobertura das manutenções preventivas, reparo do trem de força e socorro mecânico via 0800. Também inclui peças, óleos, fluídos e mão de obra para veículos zero km, com opções de contrato de 1 a 5 anos. Já o “Select Plus” oferece as mesmas condições do “Select”, agregando também os reparos corretivos do veículo.

Complete: cobre as manutenções preventivas, reparo do trem de força, reparos corretivos do veículo e troca de itens de desgaste conforme durabilidade das peças e socorro mecânico via 0800. É dirigido a veículos zero km em contrato de 3 a 5 anos.

Os Planos de Manutenção Mercedes-Benz possibilitam estender a vigência dos contratos para até oito anos conforme análise dos veículos e da operação. Esses novos modelos oferecem atendimento em âmbito nacional por meio da Rede de Concessionários Mercedes-Benz.

É possível também incluir sob condições específicas o conceito de serviços dedicados em conjunto com a venda dos novos Planos de Manutenção. Os clientes podem realizar as manutenções necessárias dentro de suas instalações. O Serviço Dedicado permite que o cliente tenha o mesmo conceito das operações do concessionário dentro de sua própria instalação.

Fonte: Portal O Carreteiro

Queda nas vendas de caminhão superam previsões em 2016, mas 2017 deve ter crescimento

O ano passado já começou com uma visão pessimista. Esperava-se uma queda de 14% do mercado de pesados segundo a ANFAVEA (Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores). Mas logo nos primeiros meses ficou claro que o tombo seria maior. Ao final, 2016 fechou com retração de 29,4% nas vendas de caminhão. A situação de outros mercados não foi melhor. Veículos leves caíram 19,8% e ônibus, 33,5%.

Vendas de Caminhão por marca e tipo

Praticamente todas as marcas venderam menos em 2016, porém as que mais sofreram foram Ford e Iveco, que tiveram quedas superiores a 40%. Das grandes montadoras, quem menos sofreu no ano foi a Scania, que caiu 18,7%. Uma possível explicação para o resultado é o tipo de veículo. Scania está mais presente no mercado de pesados, que caiu 18,5%. Já outras marcas como forte participação em leves e médios sofreram com a retração desses setores.

Leves: – 32,1%

Médios: – 39,4%

Semipesados: -37%

Ainda assim, Mercedes-Benz, MAN e Ford foram as montadoras que mais venderam caminhões em 2016. Porém a MAN, que ano passado foi a montadora com maior volume, este ano ficou atrás da Mercedes-Benz. Em 2015 o mercado tinha caído a níveis de 2003. Agora 2016 vai ainda mais longe e fecha com números de 1999. Serão alguns anos até as marcas recuperarem as vendas.

vendas de caminhão

Vendas de caminhão por montadora

Fonte: ANFAVEA

Exportação

Mais uma vez, as exportações seguram parte dos resultados. 2015 já tinha registrado crescimento e em 2016 os resultados foram melhores ainda e o ano fechou com aumento de 24,7%, com 520 mil veículos exportados. Só o mês de dezembro registrou quase 63 mil veículos, um número 36,1% maior que o de dezembro de 2015 e o melhor dezembro da história do País em exportações.

Os números positivos vêm principalmente pelos carros leves, que cresceram 25,7% com 489 mil unidades, em seguida vêm os caminhões, com 21 mil unidades, e por fim ônibus, com 9.760. Já as exportações de máquinas agrícolas caíram 5,7% e fecharam em 9.501 unidades.

Máquinas agrícolas

Se o setor não se destacou nas exportações, no mercado interno foi a “salvação da lavoura”. Foram 42.839 unidades vendidas, com detalhe para o crescimento de colheitadeiras, que fechou o ano com 4.498 unidades vendidas, número 14,8% maior que 2015. Porém tratores, cultivadores e retroescavadeiras apresentam queda. Ao final o resultado geral foi de retração de 4,8%. Pode parecer ruim, ainda mais se pensarmos que este era o nível de vendas em 2007/2008, mas no começo de 2016 a expectativa era de 38 mil unidades, então as 42 mil são, na verdade, um indicativo positivo.

Pelas notícias sobre a safra de 2017 que deve ser recorde, as máquinas devem, mais uma vez, levantar o mercado. Para mostrar a força do segmento, um novo tipo de máquina entra nas medições em 2017, é a colheitadeira de cana, que agora também terá suas vendas divulgadas pela ANFAVEA.

Previsões para 2017

Se ano passado o mercado previa queda, este ano finalmente temos previsões de crescimento. A ANFAVEA espera aumento na venda de todos os tipos de veículos e na produção, vendas internas e exportações. Se for assim mesmo, será a primeira vez que termos crescimento em 4 anos. Os números esperados são:

Tipo Unidades 2017 Unidades 2016  Crescimento
Total Autoveículos 2.133 mil 2.050 mil 4,0%
Pesados 65,6 mil 61,7 mil 6,4%
Máq agrícolas 49,5 mil 43,8 mil  13%

Texto: Paula Toco

Fonte: Pé Na Estrada

Homem pega carona e fuma na parte externa de caminhão em movimento

Um motociclista fez um flagrante de infração às leis de trânsito em Araguaina, na região norte do Tocantins. Nas imagens é possível ver um homem fumando enquanto pega carona entre a cabine e a carreta de um caminhão, na parte conhecida como “cavalo”.

O condutor da motocicleta contou que as imagens foram feitas na avenida Filadélfia, mas não percebeu que também estava comentendo uma infração ao utilizar o telefone celular para fazer o vídeo. O Código Brasileiro de Trânsito não permite a utilização deste tipo de aparelho  durante a condução de nenhum tipo de veículo.

As duas infrações são consideradas gravissímas pelo CBT. Tanto para o transporte irregular de passageiros, quanto para o uso do celular a multa é de R$ 293,47, além de 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação.

Fonte: G1

Na lama, estradas atrasam promessas da agricultura brasileira

Cem quilômetros de lama é o que caminhões que levam grãos do Mato Grosso, o maior estado produtor de soja e milho do Brasil, frequentemente enfrentam em suas viagens para o recém-criado corredor de exportação no Norte do país.

Durante o último boom das commodities, as exportações brasileiras eram prejudicadas por gargalos nos portos que resultavam em filas de navios esperando para serem carregados.

Agora, com muitos desses problemas solucionados, outra deficiência ficou mais exposta: o estado ruim das rodovias do país.

Com cerca de 100 dos mais de 1.500 quilômetros do trecho BR-163 entre Cuiabá, em Mato Grosso, e Santarém, no Pará, sem pavimentação, cerca de 40 por cento da capacidade dos portos no Norte e no Nordeste do país ficará ociosa nesta safra em meio a gargalos e atrasos, segundo Kleber Menezes, secretário de Transportes do Pará, onde os novos terminais estão localizados. Isso eleva os custos para todos os envolvidos, de produtores a transportadores e exportadores.

“Quando chove, o trânsito é simplesmente interrompido”, disse Menezes em entrevista por telefone.

Na região atravessada pela BR-163 chove com mais frequência no verão, quando a soja precisa ser transportada dos campos para o porto.

A média mensal de precipitações durante o verão em Itaituba, município que fica no caminho para o porto, é de cerca de 295 milímetros, de acordo com dados históricos do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Inundações são comuns na região. Em contraste, a média anual do município é de 182 milímetros.

O Brasil é o maior exportador mundial de soja, café, açúcar e suco de laranja, uma superpotência agrícola que concorre com EUA e Europa.

Em alguns aspectos, no entanto, continua sendo um mercado subaproveitado, com muitas fazendas não desenvolvidas e terras aráveis que ainda podem entrar em produção.

Quando a colheita começou a acelerar durante um boom que começou na década de 2000, o problema frequente eram os tempos de espera para as embarcações ancorarem, que aumentou para meses, com filas de até 100 quilômetros de caminhões esperando para serem descarregados.

Esses problemas desapareceram nos últimos dois anos porque a capacidade de embarque aumentou e novos procedimentos aceleraram o tempo de carregamento, especialmente nos principais portos do Sul do país.

Agora, os portos do Norte estão acompanhando o ritmo. Investimentos privados de empresas como Archer-Daniels-Midland e Cargill vão aumentar a capacidade dos portos do Norte e do Nordeste para 42 milhões toneladas nesta safra, segundo Edeon Vaz Ferreira, coordenador do Movimento Pro-Logística da Aprosoja, associação que reúne produtores de soja. A capacidade era de aproximadamente 27 milhões toneladas na safra anterior.

No entanto, os exportadores não poderão tirar o máximo proveito. A falta de um sistema forte de estradas pavimentadas na região provavelmente irá limitar a quantidade de grãos que passará por esses terminais para cerca de 30 milhões de toneladas, disse Ferreira.

“A sonhada saída pelos portos do Norte finalmente se tornou realidade”, disse Ferreira em entrevista por telefone. “Mas nós ainda não podemos usar a capacidade total.”

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Diesel poderá ficar R$ 0,12 mais caro a partir de hoje

A Petrobras anunciou ontem o aumento do valor nas refinarias, que pode não ser repassado ao consumidor final.

A Petrobras anunciou na quinta-feira (05/01) que vai subir (novamente) o valor do diesel nas refinarias, segunda a empresa, esse aumento será para que o valor do diesel fique mais alinhado com o preço no exterior. A alta no valor será de 6,1%. A gasolina ficou de fora desse novo reajuste.

A mudança vale para as refinarias em si, que pode significar que este reajuste não chegue até as bombas, mas caso isso acontece, a alta no valor pode ser de R$0,12 centavos por litro. Isso representa uma alta de 3,8% no valor do diesel.

Vale lembrar que no ano passado, a empresa, Petrobras havia anunciado duas quedas nos preços dos combustíveis para as refinarias, essas reduções foram anunciadas em 14 de outubro e em 8 de novembro, porém, em muitos estados não houveram reduções do valor, mas sim um aumento significativo no valor. Já em dezembro, a empresa anunciou um aumento no valor do combustível nas refinarias.

A desvalorização do frete e o aumento do combustível.

Caso esse valor reajustado chegue aos postos, a situação do transportador autônomo de cargas, que já não é das mais favoráveis pode ainda piorar. Com o valor do frete cada vez mais decadente, falta de estrutura e de leis de apoio como a criação da tabela do frete mínimo, o caminhoneiro terá que procurar maneiras de economizar para tentar tirar algum lucro dos baixos valores dos atuais fretes.

Em muitos estados, caso o valor seja reajustado, o Diesel pode chegar e passar dos R$4,00 pelo litro.

Texto de Érico Pimenta
Fonte: Midia Truck Brasil.