Seterb reduz em 62% o uso de radares portáteis no primeiro semestre de 2019

Mudança na fiscalização da velocidade nas ruas da cidade ocorreu a partir de janeiro. Especialistas divergem sobre a alteração

No primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado, o Serviço Autônomo Municipal de Trânsito e Transporte (Seterb) reduziu em 62% a fiscalização com o uso de radares portáteis nas ruas de Blumenau. O intuito é substituir esta modalidade de monitoramento com a instalação de lombadas eletrônicas, que serão definidas após estudo técnico, que será finalizado na primeira quinzena deste mês.

Segundo o presidente do Seterb, Marcelo Schrubbe, o estudo vai definir quantas lombadas eletrônicas a mais serão instaladas. Atualmente, 40 pontos na cidade já são monitorados desta forma.

– Não é que paramos de fazer, mas reduzimos a intensidade. Alguns pontos que não há viabilidade de colocar uma lombada eletrônica terão a continuidade no monitoramento com radar portátil. Estamos aumentando o espaço de tempo, uma vez a cada dez dias, em todos os pontos. Todos continuam sendo monitorados, porém com menor frequência – explica Schrubbe.

A especialista em segurança no trânsito Márcia Pontes questiona a redução da fiscalização com radares portáteis antes da implantação das lombadas eletrônicas. Para ela, os motoristas “continuam correndo” enquanto não há a instalação nesses pontos.

– Quando as lombadas vierem não vão educar ninguém, vão apenas condicionar o comportamento. A velocidade está presente na maioria dos acidentes de trânsito, que nunca têm uma causa isolada. As questões de gestão de trânsito devem ser técnicas, ainda que impopulares, porém, devem colocar em primeiro lugar a segurança das pessoas – comenta a especialista.

As vias avaliadas no estudo foram escolhidas mediante o histórico de ocorrências com morte e acidentes graves. Cerca de 60 pontos foram elencados para receber esta modalidade de monitoramento, que de acordo com o Seterb é a última alternativa para a redução da velocidade nestas vias.

– Mudança na sinalização, estreitamento de pista, canteiro, faixa de pedestres, são algumas das várias ações feitas em alguns desses pontos que não surtiram efeito, por isso recorremos ao estudo para a viabilidade da instalação das lombadas eletrônicas. O objetivo futuro de cada lombada é de quando as pessoas acostumam naquele ponto, reduzem a velocidade, com isso ela poderá ser retirada – afirma Schrubbe.

O uso do radar portátil não é uma prioridade para o especialista em trânsito Fábio Campos. Ele defende que para os veículos automotores, o ideal seria a implantação de faixas elevadas nas vias de ligação de bairros, como ruas Amazonas, Bahia, João Pessoa, Água Branca, 2 de Setembro, das Missões e Hermann Huscher, além de lombadas físicas nas ruas transversais.

– As lombadas eletrônicas seriam uma opção para os pontos mais críticos da cidade, além de aumentar a ocorrência de blitze – aponta Campos.

O melhor redutor de velocidade se chama pedal de freio e esta à altura do pé do motorista, mas é uma pena que o condutor não tenha maturidade para isso. A velocidade que emociona é a mesma que mata – Márcia Pontes, especialista em segurança no trânsito.

Novas lombadas em operação

Após a finalização do estudo, com a definição da quantidade de estruturas a serem instaladas, uma nova licitação será feita. Ainda não há como precisar o valor mensal que cada lombada eletrônica vai custar. O Seterb estima que até o fim do ano os equipamentos devem estar em funcionamento.

As estruturas atuais geram um custo de aproximadamente R$ 2,5 mil por ponto de aluguel mensal ao município. A arrecadação com as multas, destinada para operações de trânsito, é que viabiliza este valor para a manutenção desses equipamentos. Até sábado, Blumenau havia arrecadado mais de R$ 10,2 milhões com infrações.

A redução da fiscalização com radares portáteis não impacta no número de agentes de trânsito em atuação nas vias, aponta o Seterb. Isso por que atualmente uma dupla de profissionais faz este trabalho de monitoramento, que será mantido nos pontos em que não houver viabilidade de se instalar a lombada eletrônica.

Até o último sábado, foram arrecadados pouco mais de R$ 10,2 milhões. Ao longo de todo 2018, esse montante foi R$ 22,2 milhões, de acordo com dados do portal da transparência da prefeitura.

Fonte: NSC Notícia

Confira os principais sintomas de desgaste da lona de freio

O motorista deve estar atento ao desgaste da lona de freio e realizar periodicamente inspeção visual no componente.

Caso a lona esteja no final de sua vida útil e não for substituída, o rebite, que deve ser de latão ou aço latonado, começa a atritar no tambor de freio, danificando-o, não realizando de modo eficiente a frenagem e pode, inclusive, se soltar e causar acidentes.

O alerta é da Fras-le, fabricante de materiais de fricção e uma das empresas do Grupo Randon, que destacou também os principais sintomas que podem indicar problemas no freio:

– O veículo está “puxando” mais para um lado, dificultando a dirigibilidade;

– Veiculo percorre uma distância muito maior até parar completamente;

– Trepidação no pedal de freio;

– Curso longo do pedal de freio.

freios

Líquido de Freio: Deve ser observada a troca periódica do líquido de freio a cada 10 mil km ou anualmente, seguindo a recomendação do fabricante.

– Como o líquido de freio é um produto higroscópico (que absorve umidade), no caso de não haver sua troca o funcionamento do sistema hidráulico pode ser comprometido devido à formação de impurezas.

– Não é aconselhável repor o líquido em caso de queda de nível do reservatório. Quando isso ocorre, se faz necessária uma manutenção corretiva a fim de identificar a possível causa. Após proceder a substituição total do líquido de freio.

A manutenção preventiva garante melhor desempenho e funcionamento do sistema de freios, contribuindo para o aumento da segurança nas estradas.

Fonte: O Carreteiro

Concessão de trechos da ferrovia Norte-Sul é assinada

A concessão dos trechos central e sul da ferrovia Norte-Sul foi assinada na última quarta-feira, 31, pelo Governo Federal. A expectativa é ampliar a participação da ferrovia no transporte de cargas até o Porto de Santos.

Por outro lado, as novas linhas férreas devem acirrar a concorrência entre o cais santista e portos do norte do país. O primeiro trecho da via deve entrar em operação ainda neste ano e o segundo, em 2021.

Linhas férreas

A linha férrea concedida à Rumo, uma das concessionárias que atuam no Porto de Santos, fica entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’ Oeste (SP) e soma 1.537 quilômetros. O tramo central vai de Porto Nacional a Anápolis (GO), com 855 quilômetros. Já o sul abrange o trecho de Ouro Verde de Goiás (GO) a Estrela D’Oeste, com 682 quilômetros.

A via férrea formará a espinha dorsal do sistema ferroviário brasileiro e um dos principais projetos para escoamento da produção agrícola do país. Cerca de 1,7 milhão de toneladas devem ser movimentadas pela ferrovia Norte-Sul já no próximo ano. Em 2055, o volume deve atingir 22,7 milhões de toneladas. 

Entre os principais produtos a serem escoados na linha férrea, estão os grãos produzidos nos estados de Goiás, Mato Grosso e Tocantins em direção ao Porto de Santos. Também haverá carga geral e industrializada de grandes polos paulistas para centros consumidores como Goiânia (GO), Brasília (DF), Palmas (TO) e Imperatriz (MA). 

Escoamento de grãos

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), autoridade portuária de Santos, estima que, quando o trecho da ferrovia Norte-Sul estiver 100% operacional, o cais santista receba ao menos 3 milhões de toneladas de grãos adicionais por ano.

Além disso, a ferrovia pode contribuir para melhorar a eficiência da logística ferroportuária, com a perspectiva de migração de 5 milhões de toneladas do modal rodoviário ao ferroviário.

O consultor portuário Fabrizio Pierdomenico destaca as vantagens do modal. “Essa integração poderá ajudar e muito a produção e o escoamento até o Porto de Santos, com uma alternativa mais barata e ambientalmente sustentável, que é a ferrovia”, explica.

Concorrência

A mesma opinião tem o consultor portuário Marcos Vendramini. Para ele, é inegável que uma nova opção de escoamento por ferrovia é um fator positivo para o cais santista. Por outro lado, o engenheiro aponta uma maior concorrência entre o Porto de Santos os portos do norte, especialmente o de Itaqui (MA), nos próximos anos. “Uma nova alternativa logística é boa para todo mundo. Mas, em um horizonte de longo prazo, daqui a uns 30 anos, Santos pode perder cargas para Itaqui”, afirmou.

Neste contexto, questões como o calado operacional (a profundidade máxima que um navio pode atingir ao navegar pelo porto), a oferta de berços de atracação e a capacidade de armazenagem de cargas serão fatores determinantes na disputa por carga entre os dois complexos portuários. A localização das traders e os tempos de viagens ferroviárias também serão questões a serem levadas em consideração, segundo Vendramini.

O presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários (Fenop), Sérgio Aquino, destaca que essa competição pode ser muito saudável. “Com a competitividade acirrada com os portos do arco norte, Santos pode priorizar produtos com maior valor agregado para diversificar operações”, destacou.

“A falta de competitividade não ajuda nenhum setor, nenhuma atividade. Apenas leva à acomodação e não é isso que queremos para o setor portuário”, disse Aquino.

Fonte: Trucão

Mercado de caminhões segue aquecido

Licenciamentos do segmento até julho acumulam alta de 43%

As vendas de caminhões no País mantêm trajetória ascendente como se observa desde a segunda metade do ano passado. Balanço do desempenho dos emplacamentos consolidado pela Fenabrave, federação que representa os concessionários, divulgado na quinta-feira, 1º de agosto, apresenta crescimento de 43,2% nos licenciamentos, de 39 mil unidades contabilizadas nos sete primeiros meses do ano passado para 55,8 mil caminhões vendidos de janeiro a julho deste ano.

Somente no mês passado, as entregas alcançaram 9 mil unidades, altas de 15,3% na comparação com as vendas de junho, quando os emplacamentos somaram 7,8 mil caminhões, e de 35% sobre o mesmo período do ano passado, com 6,6 mil unidades negociadas.

Pela segunda vez no ano, o volume mensal chegou ao patamar de 9 mil caminhões entregues. Antes de julho, apenas o resultado de maio registrou desempenho semelhante, de 9,2 mil unidades.

A categoria de pesados segue como o motor das vendas. Do total do mercado em julho, 50% dizem respeito ao subsegmento, com 4,5 mil unidades emplacadas. Depois, com 24,6% de participação, são vendas de semipesados, de 2,2 mil caminhões. Os leves representaram 11,2% com 1 mil unidades do volume vendido, os médios 8,9% (800 licenciamentos) e os semileves 5% (449).

A disputa do mercado pelas fabricantes segue sem alteração no ranking. Dentre as cinco que mais venderam, a Mercedes-Benz lidera com participação de 31,8%, a Volkswagen Caminhões e Ônibus na segunda posição garantiu fatia de 24,3%, a Volvo ficou com 15,2%, a Scania 13,8% e a Ford, bem distante, 5,7%. Cabe lembrar que as marcas suecas, atuam somente nas categorias de semipesados e pesados.


Fonte: Estadão

Número de multas cai 16% no trânsito do RS em período sem pardais nas rodovias federais

Em 2019, quantidade de infrações aplicadas por hora chega a 304 em vias gaúchas. É a menor média desde 2014

Chamada de “indústria da multa” pelo presidente Jair Bolsonaro, a aplicação de infrações a motoristas diminuiu no Rio Grande do Sul. Nos seis primeiros meses do ano, os órgãos de fiscalização distribuíram 1,3 milhão de multas no Estado, quase 262 mil a menos do que no mesmo período de 2018, recuo de 16%. 

Os números, processados pelo Departamento de Trânsito do Estado (Detran), correspondem a todas as infrações registradas em rodovias federais, estaduais, ruas e avenidas gaúchas. Em média, 304 motoristas foram multados a cada hora em 2019 no Rio Grande do Sul, a menor média dos últimos seis anos.

Uma lupa sobre o balanço da primeira metade do ano indica que a redução nas penalidades foi puxada pelo rigor mais baixo nas rodovias federais. Fiscalizadas pela PRF e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), as BRs registraram 251 mil multas a menos no primeiro semestre de 2019 em relação ao ano anterior. 

Esse recuo coincide com o desligamento dos pardais nas estradas, desativados desde o último 14 de janeiro. Para técnicos, o apagão pode ter refletido nos números.

— Reduções e aumentos nunca ocorrem por uma causa só. Podemos interpretar dizendo que o motorista está mais consciente, ou que a fiscalização relaxou. Mas chama a atenção que esses pardais estão desligados. Se não funcionam, temos menos multas. Isso explica, em partes – analisa João Fortini Albano, professor de Engenharia de Trânsito na UFRGS.

Especialista no tema, Mauri Panitz, ex-chefe da PRF, concorda que a queda está vinculada à suspensão dos pardais. Para ele, os dados em declínio são positivos, uma vez que, na sua avaliação, os radares costumam ser posicionados em pontos sem estudos técnicos.

— Sou favorável ao uso de equipamentos eletrônicos, mas com muito bom senso. Bolsonaro estava certo, existe mesmo uma indústria da multa — diz Panitz.

O imbróglio envolvendo os radares de velocidade se arrasta desde os primeiros dias de governo. O encerramento do contrato dos radares de velocidade em todas as rodovias federais sem concessão pública paralisou a fiscalização eletrônica nas BRs, desativando cerca de 2 mil equipamentos pelo país.

Responsável pelos aluguéis, o Dnit lançou licitação para renová-los, mas Bolsonaro anunciou que colocaria fim ao uso de radares. O caso foi parar na Justiça e, no mês passado, o governo fechou acordo com o Ministério Público para instalar 1.140 radares em BRs no país. No Rio Grande do Sul, serão 37. Ainda não há prazo para o início do funcionamento. 

Para Albano, o mecanismo é um dos mais eficientes para manter a segurança no trânsito:

— É um dos melhores instrumentos. Trabalha 24 horas por dia e detecta a infração líquida e certa, com fotografia.

Balanço

Já o Detran atribui a queda aos números ainda parciais de junho, que serão consolidados somente nos próximos dias. Por usarem um sistema diferente, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e algumas prefeituras levam mais de um mês para encaminhar os dados ao órgão. Mesmo assim, segundo o diretor adjunto do Detran, Marcelo Soletti, o balanço não deve chegar ao patamar do ano passado:

— Há tendência de queda nas autuações por causa da educação no trânsito e do aspecto financeiro, já que os valores das multas foram corrigidos. Dados da Balada Segura, por exemplo, mostram essa redução. No início, 12% eram pegos no bafômetro ou se negavam a fazer o teste. Hoje, são 7%. Aos poucos, os motoristas tomam consciência. É um trabalho que se colhe com o tempo.Neste ano, os dados parciais de junho indicam o registro de 111 mil multas a menos do que no mesmo mês em 2018. 

Pouca alteração nos tipos de notificações

Mesmo em queda, o perfil das multas pouco mudou no Estado. Pelos dados enviados pelo Detran, o excesso de velocidade é a infração mais recorrente cometida pelos motoristas gaúchos. Representa mais de 40% das infrações registradas na primeira metade do ano.No primeiro semestre de 2019, mais de 534 mil multas por velocidade alta foram aplicadas a condutores em vias gaúchas, média de 123 por hora. 

Em 2018, no mesmo período, foram mais de 728 mil. Prevista no artigo 218 do Código de Trânsito Brasileiro, a penalidade varia de infração média, de R$ 130,16, até a suspensão imediata do direito de dirigir, conforme a velocidade detectada pelo equipamento que a fiscaliza.


Avaliação

Em segundo lugar no “ranking” das multas mais comuns aplicadas no Rio Grande do Sul, está dirigir sem habilitação (no total do primeiro semestre, foram 117.846). Depois, aparece estacionar em local proibido, com 94 mil.

Para o diretor adjunto do Detran, Marcelo Soletti, a alta velocidade costuma aparecer como a infração mais comum porque também é a mais fácil de ser autuada, pelo equipamento eletrônico. Ele acredita que, se fossem automatizadas, as multas por estacionar em local proibido e usar o celular ao volante seriam as campeãs:

— Nos equipamentos eletrônicos, menos de 0,01% dos que passam são autuados por velocidade. Mas é uma multa automática. Estacionamento e celular dependem da ação humana,e sabemos da dificuldade de pessoal dos órgãos. 

Fonte: Gaúcho ZH.

Ministro afirma que é contra tabela, negociações ficam para próxima semana

Parece que as negociações dos acordos coletivos que visam resolver o impasse do preço mínimo do frete ficaram para a próxima semana. O ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas, disse na última quarta-feira, 31, ao Globonews que é contra tabela de frete. Ele explicou também que as recentes negociações entre os setores envolvidos são uma tentativa de “descolar” a tabela aos poucos.

O ministro falou ainda que, para ele, em uma economia de mercado, a criação de pisos mínimos para o transporte rodoviário não é boa e não faz sentido. “Acho que boa parte dos autônomos já percebem que o tabelamento foi um erro”, comentou.

Desde a terça-feira, 30, o ministro tem se reunido com embarcadores, que são os contratantes de fretes, transportadores e caminhoneiros autônomos para tentar entrar em um acordo que favoreça todas as partes.

“O que nós propomos foi ao invés de ter a tabela, vamos fazer um estudo técnico para ver qual o custo do frete, que foi o estudo que a Esalq trouxe como referência, que está sendo mais ou menos aceita. Isso seria uma grande referência para o próximo passo, que é a negociação com o setor”, disse.

Próximas reuniões

A expectativa é que seja realizada uma reunião na terça-feira, 6, em Brasília, entre todos os envolvidos no tema.

Os transportadores trabalharam desde segunda-feira, 29 de julho, na elaboração de uma proposta com a previsão dos custos, percentuais de remuneração por categoria de carga e uma exigência específica: a obrigatoriedade de emissão do Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot) para todos. O texto foi entregue ao Ministério da Infraestrutura e apresentado aos embarcadores.

Segundo os caminhoneiros, uma minuta de acordo foi escrita na quarta-feira, 31, mas não houve consenso. Eles sugeriram mudanças e aguardam o posicionamento dos embarcadores. Na semana passada, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que a demanda sobre o Ciot perderia o sentido com os acordos coletivos.

O diretor da Associação dos Caminhoneiros do Sul Fluminense (Acasulf), Nelson de Carvalho Júnior, ressaltou a posição da categoria. Na prática, o documento traz o valor pelo qual o frete foi contratado e deve ser fiscalizado para garantir o cumprimento pelas partes.

Fonte: Trucão

Petrobras aumenta valor do diesel em 3,75%

A Petrobras anunciou ontem, 31 de julho, um aumento para o diesel e gasolina. Os novos valores passam a valer a partir de hoje.

O valor do diesel foi aumentado em 3,75%, passando de R$ 2,0205 para R$ 2,0962 por litro nas refinarias. O aumento foi de R$ 0,0757 por litro.

A gasolina aumentou R$ 0,0658 por litro, passando de R$ 1,6457 para R$ 1,7115.

A última alteração de valor, uma redução de 2,15% no diesel, havia acontecido no dia 18 de julho. Na mesma data, a gasolina baixou 2,14%.

Desde 2017, quando foi aprovada a nova política de preços da estatal, o valor do diesel aumentou 54,52%, e o da gasolina 30,82%.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Pedágio da BR 101 pode ter redução, diz ANTT

O aumento nas praças de pedágio da BR 101 segue suspenso pela Justiça Federal. Após audiência de conciliação, que aconteceu na última quarta-feira, 31, e terminou sem acordo, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) afirma que há possibilidade de redução do pedágio nas praças do Espírito Santo.

A audiência, entre a concessionária Eco101, o Ministério Público Federal (MPF) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) faz parte de uma ação civil pública protocolada pela OAB-ES.

Em 18 de maio deste ano, data-base para o reajuste, uma liminar do juiz Aylton Bonomo Junior, da 3ª Vara Federal Cível, suspendeu o aumento no valor do pedágio sob o argumento de que a Eco101 está descumprindo o cronograma de duplicação da rodovia, o que impacta no valor pago.

Apesar do aumento estar proibido, pode acontecer justamente o contrário com a tarifa, que pode reduzir de valor. Na audiência, o especialista em regulação da ANTT Daniel Linder afirmou que a agência ainda está em processo de estudos de reequilíbrio econômico-financeiro da concessão.

Segundo ele, tudo indica que haverá redução na tarifa, o que é permitido. “As primeiras projeções apontam que haverá realmente redução da tarifa de pedágio”, disse sem citar prazos.

Como não houve conciliação, a suspensão do aumento da tarifa segue por tempo indeterminado, até que seja julgado o mérito do processo.

Segundo a ANTT, a concessionária só entregou 15,5 quilômetros de obras concluídas. Não chega nem a 8% do que está previsto no contrato até o sexto ano da concessão, quando as obras em metade da estrada – que tem no Espírito Santo 461,1 quilômetros –, já deveriam estar concluídas.

Em nota, a Eco101 informou que como o processo ainda corre na Justiça, não vai se manifestar.

Cálculos da ANTT

Na decisão liminar, o juiz federal considerou que o impasse principal está na maneira como a ANTT – responsável por fiscalizar a concessão – realiza os descontos tarifários para compensar os atrasos e não execuções de investimentos previstos no contrato, principalmente em relação ao cumprimento do cronograma de duplicação da rodovia.

Ainda de acordo com a decisão, a maneira com que a ANTT calcula o valor do reajuste precisará ser esclarecida. Segundo o entendimento do magistrado, o desconto de reequilíbrio, que é a porcentagem retirada durante o cálculo da nova tarifa e que desconta os serviços não realizados ou inacabados, é feito de forma ilegal.

“A metodologia de cálculo deve ser objeto de esclarecimento, análise e ajuste, como apontado pelo Tribunal de Contas da União e pelo Ministério Público Federal”, diz a decisão.

O magistrado explica que a decisão visa evitar que o descumprimento das obrigações do contrato seja recompensado por um aumento pequeno ou até uma redução insignificante da tarifa do pedágio, que seria “um verdadeiro estímulo ao inadimplemento [ou descumprimento] do cronograma de investimentos”.

Fonte: Trucão

Após reuniões, caminhoneiros dizem estar otimistas com acordo

Negociações foram marcadas pela apresentação das propostas para a correção de valores pagos pelo transporte por parte dos caminhoneiros

Após o primeiro dia de reuniões para tentar chegar a um acordo em torno da tabela de piso mínimo de frete, caminhoneiros, transportadoras e embarcadores demonstraram otimismo na construção de um consenso até o final da semana. Hoje, as reuniões foram marcadas pela apresentação das propostas para a correção de valores pagos pelo transporte de carga por parte dos caminhoneiros.

Segundo os caminhoneiros, a resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), suspensa no dia 22 de maio, só trazia a previsão do custo mínimo para o frete, deixando de fora a remuneração do caminhoneiro autônomo pela carga transportada. A resolução suspensa determinava que o cálculo do piso mínimo passaria a considerar 11 categorias na metodologia.

Na quarta-feira (24), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que a proposta que está na mesa envolve a realização de “acordos coletivos” entre a categoria e transportadoras e embarcadores para resolver uma das principais reivindicações dos caminhoneiros, um ajuste no piso mínimo de frete de transporte rodoviário de cargas para prever a possibilidade de lucro para os caminhoneiros autônomos.

De acordo com o ministro, os acordos devem ser fechados com cada um dos segmentos, inclusive para resolver demandas pontuais. A proposta de consenso também prevê a revisão dos custos mínimos da tabela a cada seis meses e que os acordos tenham periodicidade de um ano.

“A gente trabalhou esses dias todos em como seria a nossa projeção das 11 categorias, duas não vieram porque acham que o mercado ainda está colocando [o valor de frete correto], mas os demais apresentaram seus números”, disse após a reunião o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí (RS), Carlos Alberto Litti Dahmer. “A gente apresentou os número e estamos aguardando que venha o retorno do outro lado o mais breve possível para que a gente possa finalizar esse processo de negociação”, acrescentou.

Questionado se as negociações poderiam durar mais do que o esperado, Dahmer disse que a categoria está preparada, que a “bola” agora está com os outros segmentos e que a finalização das negociações vai depender do tempo de resposta de embarcadores e transportadoras. “É difícil de ver o interesse do outro lado. De nossa parte, estamos preparados para tudo, tanto para que [o processo] seja rápido, quanto para demorar um pouco mais”, afirmou.

A avaliação otimista das negociações também foi compartilhada pelo vice-presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Rio de Janeiro (Sindiforça) Ailton Gomes. “Hoje os grupos se reuniram e cada um apresentou a sua proposta, tanto da parte de carga liquida, quanto dos autônomos e acredito que amanhã deve sair um fechamento. Se não sair, no mais tardar, sexta-feira devemos ter uma notícia boa”, disse.

Segundo Ailton Gomes, o segmento de transporte de granel liquido foi o que mais avançou. “Todas as categorias de hoje apresentaram os números e as tabelas de percentuais para ver se a gente chega a um denominador comum entre os embarcadores, transportadores e autônomos. A parte de carga liquida já está praticamente feito, falta alguns detalhes só com os embarcadores”, afirmou. “Agora eles vão olhar os números que foram apresentados e amanhã a gente vai fazer o fechamento, pode ter um desacordo daqui ou de lá, mas deve sair tudo bem”, acrescentou.

Fonte: Terra.com