O que fazer em caso de acidente na estrada

Você já se deparou com algum acidente na estrada? Sabe o que fazer? Separamos algumas dicas.

Encontrar um lugar seguro para parar o veículo

Ao selecionar o local de parada, diminua a velocidade gradativamente e sinalize com o pisca-alerta. Uma vez em segurança, deve-se primeiramente acionar o serviço de resgate da rodovia em que estiver e informar a rodovia e  o quilômetro do acidente. Se for possível o motorista também deve informar o número de vítimas, assim o socorro poderá se preparar mais adequadamente.  Caso não saiba o número de emergência da rodovia em que está trafegando, o recomendado é acionar o serviço de atendimento pré-hospitalar, que no Brasil é oferecido pelo SAMU (192) e Corpo de Bombeiros (193). A Polícia Militar Rodoviária também pode ser acionada nestes casos através do 190.

Sinalizar o local do acidente

Assim que o contato com o serviço de emergência for feito, a pessoa deve, se existir a possibilidade e com muita cautela, sinalizar o local do acidente com o triângulo, faróis ou até mesmo galhos de árvores, para alertar os outros motoristas. É importante lembrar que não se deve movimentar a(s) vítima(s), tocá-las ou dar algo para beber, já que estas ações podem agravar ferimentos internos ou externos. “Caso a vítima esteja consciente, deve-se conversar com a pessoa, acalmá-la e informar que o socorro está a caminho”, explica o engenheiro de Saúde e Segurança do Trabalho da CART – Concessionária Auto Raposo Tavares, Nivaldo Bautz Bautz.

Ocorrência já sendo atendida

Caso o motorista passe por uma ocorrência em andamento, que já esteja sendo atendida, o correto é não parar, diminuir a velocidade somente se necessário. “A curiosidade pode, muitas vezes, ser a culpada de um novo acidente. A atitude de parar ou até mesmo diminuir a velocidade aumenta o risco de colisão, principalmente traseira”, explica Nivaldo. A recomendação para o condutor é apenas de redobrar a atenção à movimentação de veículos.

Caso o motorista se envolva em um acidente sem vítima

Muitos motoristas acreditam que, caso se envolvam em um acidente, mesmo sem vítimas, o veículo não deve ser movido por questões do seguro. Porém, tal atitude não só atrapalha o fluxo e coloca em risco outros condutores, como também é infração de trânsito. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, obstruir o trânsito é infração média, no valor de R$130,60 e 4 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Se o condutor se envolver num acidente sem gravidade, o correto é procurar um local seguro  para estacionar o veículo, sinalizar o acidente, conversar com os envolvidos, tirar fotos dos danos e realizar um boletim de ocorrência. Mover o veículo não afeta a avaliação do seguro e ajuda a prevenir novos incidentes.

Caso aviste uma ambulância na rodovia

Muitos motoristas têm receio de dar passagem para veículos de urgência, como ambulâncias e viaturas policiais. Porém, não abrir espaço para trais veículos que estiverem com sirene e luz intermitente ligada é passível de multa gravíssima no valor de R$ 293,47 e acréscimo de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação. Impedir a passagem destes veículos pode também colocar em risco a vida das pessoas transportadas, que muitas vezes necessitam de um rápido atendimento.

Outra prática comum entre motoristas é se aproveitar do espaço aberto pelas ambulâncias e viaturas, tal atitude é extremamente perigosa e também gera multa grave no valor de R$195,23 e cinco pontos na CNH.

Fonte: O Carreteiro

ANTT emite 137 multas em 2019 por desrespeito à tabela de fretes

Primeiro balanço divulgado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres aponta total de 19.842 autos de infração em todo o país. Lei foi estabelecida após greve dos caminhoneiros de 2018.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) emitiu, em 2019, 137 multas em Campinas (SP) por desrespeito à lei que definiu os valores mínimos para o transporte rodoviário de cargas, lei conhecida como tabela de fretes. A definição de piso para o serviço foi uma exigência dos caminhoneiros durante a greve de 2018, que afetou o abastecimento de combustível, de medicamentos e de alimentos no país.

Para o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Cargas em Geral de Campinas e Região, Benedito Pantalhão, o número não é alto e falta fiscalização.

Este é o primeiro balanço que a agência divulga sobre os autos de infração ocasionados pela tabela de fretes. A lei foi regulamentada e passou a valer em janeiro de 2019. Veja, abaixo, os valores e motivos que levam às multas.

  • Quem contratar o serviço de transporte rodoviário de carga abaixo do piso mínimo estabelecido pela ANTT: multa no valor de duas vezes a diferença entre o valor pago e o piso devido com base nesta resolução, limitada ao mínimo de R$ 550 e ao máximo de R$ 10.500;
  • Os responsáveis por anúncios que ofertarem contratação do transporte rodoviário de carga em valor inferior ao piso mínimo de frete definido pela ANTT: multa de R$ 4.975;
  • Os contratantes, transportadores, responsáveis por anúncios ou outros agentes do mercado que impedirem, obstruírem ou, de qualquer forma, dificultarem o acesso às informações e aos documentos solicitados pela fiscalização para verificação da regularidade do pagamento do valor de frete: multa de R$ 5 mil.

No início deste ano, a ANTT aumentou o piso do frete de 11% a 15% e incluiu no cálculo o custo da diária do caminhoneiro, como refeições e hospedagem.

Campinas soma 137 multas por desrespeito aos valores mínimos de fretes, diz ANTT — Foto: Reprodução/EPTV
Campinas soma 137 multas por desrespeito aos valores mínimos de fretes, diz ANTT — Foto: Reprodução/EPTV

A tabela de fretes foi criada em 2018 pelo governo do ex-presidente Michel Temer. A lei era uma das reivindicações dos caminhoneiros, que realizaram paralisação durante 11 dias. Ao fim, demandas atendidas, e o ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente, pediu demissão.

Número ainda é baixo, diz sindicato

O presidente do sindicato afirma que as multas partem das fiscalizações da ANTT e também de denúncias que os próprios caminhoneiros fazem pela agência. Segundo Pantalhão, também chegam cerca de 15 reclamações para o sindicato por dia.

“São pessoas que só ficam sabendo o preço que vai ser pago realmente depois do carro carregado, aí não tem o que fazer”, diz o presidente.

Pantalhão afirma que o número de infrações ainda é pequeno. “Nós estamos em um ponto muito estratégico do país. A região de Campinas é entroncamento para qualquer lugar do país e do mundo, haja vista o Aeroporto de Viracopos”.

O coordenador de fiscalizações da ANTT, Fernando Cabral, afirma que, apesar da escassez de recursos, a agência tem realizado esforços para ampliar o trabalho. “Nós temos direcionados esforços para a fiscalização que anteriormente, por exemplo, estava focada para transporte de passageiros ou para outro tipo, nós temos direcionado”.

Fonte: G1

Confira os documentos necessários para ser um transportador autônomo

Para ser um motorista autônomo é preciso ter o RNTRC. Mas você sabe quais os documentos necessários para inscrição no TAC – Transportador Autônomo de Carga?

De acordo com a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres – é necessário apresentar:

– CPF Ativo
– Documento oficial de identidade
– Comprovante de propriedade, copropriedade ou arrendamento de até 3 veículos automotores de carga categoria “aluguel”

Para os motoristas que estão se cadastrando no RNTRC pela primeira vez é necessário ser aprovado na prova eletrônica. Já no caso de renovação não é necessário a comprovação desta prova.

Confira também:
Tudo o que o autônomo deve saber sobre o RNTRC

Fonte: O Carreteiro

ANTT inicia megaoperação de fiscalização dos pisos mínimos dos fretes

A Agência Nacional dos Transportes Terrestres iniciou ontem, 11 de fevereiro, uma operação de fiscalização da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC).

De acordo com a agência, em publicação nas redes sociais, a ação acontece em 14 estados, em pelo menos 25 pontos estratégicos, com alta concentração de caminhões e cargas.

A ação visa verificar os valores pagos aos caminhoneiros, se estão em acordo com a PNPM, mas também orienta os motoristas a realizarem o cálculo do valor correto de frete pelo aplicativo gratuito InfraBR Caminhoneiro.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Fux adia julgamento contra tabela do frete

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu na quinta-feira adiar mais uma vez o julgamento das ações que questionam a constitucionalidade do tabelamento do frete rodoviário. Ele marcou outra reunião entre as partes para 10 de março, às 12h, em seu gabinete.

Fux atendeu a um pedido do governo feito pelo advogado-geral da União, André Mendonça, que solicitou a realização de mais uma audiência no gabinete do ministro como “última tentativa de buscar-se a conciliação” entre governo, caminhoneiros e empresários.

Marcado para a manhã da próxima quarta-feira (19), o julgamento das três ações sobre o assunto deve agora ser retirado da pauta pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli. Fux não indicou uma nova data para que o assunto volte para a agenda do plenário do Supremo. A análise do tema é uma das mais aguardadas pelos agentes econômicos, por ter impacto nos custos das mais diversas cadeias produtivas.

Trata-se do segundo pedido de adiamento feito pelo governo. O tabelamento do frete estava previsto para ser julgado em setembro do ano passado, quando Fux, que é o relator do tema no Supremo, atendeu a um primeiro pedido do AGU para que a análise do assunto fosse adiada.

Desde 2018, Fux realizou ao menos duas reuniões a portas fechadas entre caminhoneiros, transportadores, setor produtivo e representantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do governo, sem que nenhum consenso fosse alcançado. Em agosto daquele ano, foi realizada também uma audiência pública.

No pedido protocolado na quarta-feira, Mendonça apelou para o discurso do próprio Fux, que em decisão de dezembro de 2018 disse priorizar “as vias amigáveis de diálogo para a solução das questões sociais subjacentes ao julgamento da causa, inclusive com a realização de audiências com as partes interessadas e também de audiência pública”.

A tabela de preços mínimos de frete foi uma das principais concessões feitas pelo governo do presidente Michel Temer para encerrar uma greve nacional de caminhoneiros, que durou 11 dias em maio de 2018 e causou graves desabastecimentos nos mais diversos setores.

O instrumento, que continua em vigor, foi instituído pela Medida Provisória 832/2018, convertida na Lei 13.703/2018, e pela Resolução 5.820/2018, da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), que regulamentou a medida.

Fux é o relator de três ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) contra a medida, ajuizadas pela Associação do Transporte Rodoviário do Brasil (ATR Brasil), que representa empresas transportadoras; pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

As entidades alegam que a tabela fere os princípios constitucionais da livre concorrência e da livre iniciativa, sendo uma interferência indevida do governo na atividade econômica. Elas querem que seja concedida uma liminar (decisão provisória) suspendendo de imediato a vigência da tabela.

O adiamento foi recebido com críticas pela indústria gaúcha, que aguardava ansiosa pela decisão. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Porcello Petry, ressalta que o tabelamento tem causado grandes danos à economia gaúcha e nacional, e o não julgamento no próximo dia 19 agravará ainda mais a situação pelos danos que vem causando nas cadeias produtivas. Segundo a Fiergs, o tabelamento prejudica caminhoneiros autônomos, indústrias e consumidores, não resolvendo a falta de demanda por frete e resultando em aumento dos preços finais dos produtos.

Fonte: Jornal do Comércio

Confira 5 dicas para aproveitar o Carnaval da boleia.

A época da folia é marcada por muitas festas de Norte a Sul do Brasil. E, como todo feriado prolongado, o pessoal aproveita para fazer as malas e botar o pé na estrada. Mas e quem já vive no tapetão todos os dias? A ZF trouxe dicas para os estradeiros não ficarem de fora.

Aproveite o Carnaval no seu destino. ​Várias cidades não tão famosas pela festa tem comemorações muito boas e cheias de gente. Se estiver por perto, dê uma olhada nestes lugares: ​Votuporanga (SP), Diamantina
(MG), Aruanã (GO), Maragojipe (BA), Antonina (PR), Jaguari (RS), Bezerros (PE), Porto Velho (RO).

Crie uma lista de músicas e​ coloque pra ouvir dentro do bruto. Rodar na companhia de uma música boa é muito bom pra entrar no clima e deixar a viagem melhor. Atenção aos mestres do samba: ​Cartola, Zeca Pagodinho, Demônios da Garoa, Jorge Aragão, Beth Carvalho e Alcione.

Reúna os amigos que estão por perto.​ A estrada é um lugar que traz muitas amizades. Veja se alguns amigos estão próximos da sua rota e aproveite pra bater um papo no Carnaval. Afinal, se a companhia é boa tudo fica bem melhor.

Não se esqueça da segurança. ​O movimento vai aumentar, e a estrada vai lotar. Nessas horas, a atenção tem que ser maior ainda. Assim a festa fica boa pra todo mundo do começo ao fim. A manutenção preventiva é uma baita mão na roda pra proteger você, o bruto e quem estiver por perto.

A última dica é sua! D​ eixe nos comentários alguma coisa que você faz para entrar no clima quando passa o Carnaval na estrada.

Seguimos juntos. Boa viagem!

Acidente entre dois caminhões deixa trânsito lento

Equipes da NovaDutra foram até o local do acidente para orientar o trânsito e realizar a retirada dos veículos.

Um acidente envolvendo dois caminhões deixou o trânsito lento na manhã desta sexta-feira (14) na Via Dutra, em Barra Mansa, no Sul do Rio. A batida aconteceu no km 275, na pista sentido Rio de Janeiro.

Segundo as primeiras informações da NovaDutra — concessionária que administra a rodovia —, a faixa da esquerda precisou ser interditada e o tráfego fluía apenas pela faixa da direita.

Equipes da concessionária foram até o local do acidente para orientar o trânsito e realizar a retirada dos veículos.

De acordo com a NovaDutra, por volta de 8h40, o congestionamento, que chegou a cinco quilômetros, havia acabado.

A Polícia Rodoviária Federal informou que não houve vítima. Os motoristas foram orientados a preencher a Declaração de Acidente de Trânsito pela internet.

Fonte: G1

Venda de veículo a gasolina ou diesel pode ser proibida no Brasil em 2030

Daqui a 10 anos será proibida a venda de veículos novos movidos a combustíveis fósseis, como gasolina ou diesel. É o que estabelece projeto de lei que institui uma política de substituição de automóveis movidos a combustíveis fósseis a partir de 1º de janeiro de 2030, aprovado nesta quarta-feira (12) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os veículos movidos a biocombustíveis, como o etanol, ou os carros elétricos continuarão liberados.

O PLS 304/2017, que segue agora para votação na Comissão de Meio Ambiente (CMA), determina ainda que a partir de 2040 ficará proibida a circulação de qualquer automóvel de tração automotora por motor a combustão. São abertas, no entanto, algumas exceções à regra. Pelo projeto, automóveis de coleção, veículos oficiais e diplomáticos ou carros de visitantes estrangeiros poderão continuar circulando no país, ainda que usem combustíveis fósseis.

Segundo o autor da proposta, senador Ciro Nogueira (PP-PI), outros países estão tomando decisões semelhantes. O Reino Unido e a França querem proibir a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis a partir de 2040, a Índia, a partir de 2030, e a Noruega, já em 2025. Ele afirma que esse tipo de veículo é responsável por um sexto das emissões de dióxido de carbono na atmosfera, gás proveniente da queima de combustíveis fósseis e importante agente causador do efeito estufa, que leva ao aquecimento global.

Ciro sustenta que já se encontram disponíveis soluções tecnológicas que permitem o enfrentamento dessa questão. As principais são os automóveis movidos a eletricidade, carregados pelas tomadas da rede elétrica, como já ocorre em outros países, e, sobretudo no Brasil, os automóveis movidos a biocombustível

O relator, senador Fabiano Contarato (Rede-ES), observa que a reorientação do mercado de uma cadeia produtiva insustentável é permitida pela Constituição.

“Segundo nossa Lei Maior, a ordem econômica tem como princípio, entre outros, a defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação”, aponta no relatório.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Tarifa de pedágio na Dutra cairá ao menos 20% com nova licitação, diz Tarcísio Freitas

Rodovia é hoje administrada pela CCR, mas concessão vence em fevereiro. Leilão será o primeiro sob novo modelo que ainda está sendo discutido e prevê pagamento de outorga.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse nesta quinta-feira (13) que o novo modelo de concessão da Dutra vai permitir uma redução de 20% na tarifa de pedágio da rodovia, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro.

Ministro da Infraestrutura, Tarcisio Freitas, fala em evento na Fiesp — Foto: Luísa Melo/G1

Ministro da Infraestrutura, Tarcisio Freitas, fala em evento na Fiesp — Foto: Luísa Melo/G1

“A tarifa vai ser 20% menor. Isso é muito relevante”, disse em evento organizado pela Fiesp em São Paulo. Segundo o ministro, há possibilidade de uma redução ainda maior, dependendo da forma de licitação que for escolhida.

A concessão da rodovia federal que liga São Paulo ao Rio de Janeiro foi feita nos anos 1990, vence em fevereiro de 2021. A estrada hoje administrada pela CCR será cedida novamente ao setor privado por um período de 30 anos.

Será a primeira concessão sob um novo modelo que ainda está em discussão pelo governo e que prevê o pagamento de outorga ao governo pela empresa que vencer o leilão. Até então, arrematava o projeto a companhia que oferecesse a menor tarifa. O investimento previsto é de R$ 32 bilhões ao longo do período da concessão.

Durante sua apresentação, o ministro destacou que o modelo é híbrido e que haverá um teto para o desconto tarifário oferecido pelas interessadas, a partir do qual começará a ser cobrada a outorga.

Freitas defendeu o pagamento da outorga e ressaltou que muitas concessões entregues apenas por tarifa mínima acabaram sem os investimentos previstos. “É uma forma de qualificar a competição a garantir caixa”, afirmou. “A Dutra vai ser a rodovia mais moderna do Brasil”, declarou o ministro.

Freitas detalhou como vai funcionar o modelo híbrido. Os 20% de desconto no pedágio já estarão garantidos “na largada” pelo novo modelo de licitação, segundo ele. Para além disso, haverá disputa das empresas para propor um desconto adicional na tarifa – esse desconto terá um teto, ainda não definido. Se todas as interessadas oferecerem o percentual máximo permitido, a concorrência passará a ser pela maior oferta de outorga.

“Quando a gente fala em redução de 20%, será maior ainda”. Nas contas do ministro, o corte efetivo na tarifa pode chegar a 30%, 35%. A redução do valor do pedágio estipulada no leilão passará a valer para o motorista assim que a nova concessionária assumir a Dutra. Já as grandes obras de duplicação de vias começarão a partir do 25º mês.

Ainda de acordo com Freitas, se a competição for elevada e envolver o pagamento de outorga, o vencedor terá que desembolsar o valor à vista. “A gente não quer aventureiro”, disse. “É para trazer players que têm fôlego para a Dutra.”

Críticas

O diretor do departamento de infraestrutura da Fiesp, Carlos Cavalcanti, contestou a afirmação e disse que o novo modelo de concessão não é moderno e repete vícios dos anteriores. Ele se posicionou contra a cobrança de outorga e disse que aeroportos licitados dessa maneira também tiveram obras não entregues, o que indica que o problema não é o sistema de entrega apenas por menor tarifa.

“O bônus de outorga é uma antecipação de receita para a União e acaba sendo um imposto disfarçado sobre a infraestrutura”, disse Cavalcanti.

A consulta pública sobre o novo modelo de concessão já foi formalmente encerrada, mas o governo continua conversando com prefeitos das cidades cortadas pela Dutra e outros interessados. Segundo o ministro, sugestões feitas durante o processo serão incorporadas ao projeto, mas há decisões políticas que não sofrerão interferência. Dentre elas, citou a de incluir na concessão um trecho da Rio-Santos, entre Ubatuba, São Paulo, e Itaguaí, no Rio de Janeiro. Nas palavras dele, a rodovia está “abandonada”.

“Não temos capacidade de fazer investimento na Rio-Santos”, afirmou. “O usuário da Dutra vai pagar a Rio Santos? Vai pagar a Rio-Santos”, completou.

Entre as sugestões que foram acatadas, o ministro destacou a redução de um trecho a ser duplicado na Rio-Santos. Antes, o projeto previa duplicação desde Iguataí até Ubatuba. Agora, a obra será feita apenas até Angra dos Reis porque o tráfego na região seria menos intenso, dispensando os investimentos.

Apesar das polêmicas em torno do modelo, o ministro disse estar confiante de que o leilão da Dutra acontecerá ainda neste ano.

Pedágio em Guarulhos?

Outro ponto polêmico do modelo é a possibilidade de cobrança para trafegar no trecho entre Guarulhos e a cidade de São Paulo. Segundo o ministro, o sistema chamado de “free flow”, em que o motorista paga por quilômetro rodado, será implementado apenas nas via expressa, e não na via marginal, onde o tráfego permanecerá livre. Será o primeiro do tipo no país, com custo de R$ 0,15 por quilômetro, totalizando R$ 1,90 para o trecho.

Ainda de acordo com Freitas, estão previstos investimentos de R$ 1,1 bilhão para Guarulhos, que vão possibilitar a redução da viagem no trajeto até São Paulo de 37 para 22 minutos na via marginal.

“Agora, se [o motorista] quiser entrar na via expressa, vai pagar pelo freeflow, vai pagar por quilômetro rodado. Vai pagar R$ 0,15 por quilômetro para diminuir mais 8 minutos de viagem [chegando a 14 minutos]. Pagando R$ 1,90. Isso não é razoável?”, afirmou.

Imbróglio no pedágio

As tarifas de pedágio na rodovia Presidente Dutra vêm sendo motivo de briga entre a atual concessionária, a CCR, e a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT).

No ano passado, a agência determinou, em sua revisão anual, uma redução média de 5,26% no valor das tarifas em todas as praças de pedágio. A medida foi bloqueada pela concessionária na Justiça.

Fonte: G1

Anhanguera tem novo sistema para prevenir colisões traseiras

Para tentar combater a alta incidência de colisões traseiras em um trecho da SP 330, a Rodovia Anhanguera, a Entrevias instalou sensores para aumentar a visibilidade de veículos pesados.

Entre os kms 325 e 326, de Ribeirão Preto a Jardinópolis, a concessionária instalou um sistema automatizado de iluminação. A tecnologia utiliza câmeras com sensores que identificam a presença do veículo pesado em baixa velocidade.

Quando o veículo é reconhecido, o sistema aciona, gradualmente, uma sequência de 33 postes de iluminação com lâmpadas led, distantes cerca de 30 metros cada um.

O sistema é uma inovação, é também um projeto piloto e poderá ser utilizado em outros locais da concessão, dependendo de estudos.

Colisões traseiras

O objetivo é reduzir os casos de colisão traseira, acidente com alto potencial de risco, e alertar motoristas de veículos leves que existe à frente a presença de veículo pesado em baixa velocidade.

Um levantamento interno da Concessionária mostra que na Rodovia Anhanguera, em toda a extensão administrada pela Entrevias, foram 86 acidentes do tipo colisão traseira em 2019, o que representa 36% dos casos.

O levantamento aponta ainda que as colisões na Anhanguera ocorrem principalmente aos sábados e segunda-feira, no período noturno, quando há baixa iluminação.

O limite de velocidade na via é de 110 km/h para veículos leves e 90 km/h para veículos comerciais pesados. Com o novo sistema de iluminação, o usuário que trafega em velocidade regulamentada normal consegue ter maior tempo de ação e reduzir, se necessário. 

Ao passar pela área de aclive, que vem logo após uma decida, veículos pesados costumam perder muita velocidade.

Em contrapartida, motoristas que seguem em velocidade normal e já estão “embalados”, devido a descida, se deparam com veículos que chegam a reduzir para 30 km/hora. 

“Principalmente à noite, o condutor do automóvel que está utilizando a velocidade permitida se depara, muitas vezes, com caminhões em baixa velocidade e com pouca iluminação. Se não houver tempo hábil para frenagem, a colisão traseira vai acontecer e com gravidade. Com essa iluminação gradual, ele consegue visualizar os caminhões e antecipar a tomada de ação”, afirma Fábio Ortega, gestor de segurança viária da Entrevias.

Fonte: Trucão