Arquivo da tag: Mato Grosso

Estradas precárias prejudicam o transporte de cargas em Mato Grosso

Caminhoneiros reclamam das condições da BR-174 e MT-208, que ficam no noroeste do estado.

O transporte de carga na BR-174, no noroeste de Mato Grosso, enfrenta muitos problemas mesmo antes da temporada de chuvas, quando a situação das rodovias é pior.

A rodovia federal tem mais de 350 km só de estrada de chão. Para percorrer esse trajeto, os caminhoneiros demoram em média de 12 a 15 horas, mas, quando ocorre um acidente, esse tempo pode dobrar.

A BR-174 é a principal rota para o escoamento da produção dos municípios de Castanheira, Juruena, Aripuanã e Colniza. O empresário Jacir Pretto é dono de um frigorífico e uma transportadora na região e já acumulou prejuízos neste ano.

“Toda semana tomba uma carreta por causa dessas pontes, e não é tempo de chuva ainda. Cada tombada de carreta, por baixo, é R$ 80 mil que você toma de prejuízo. Além do tempo que fica parado” reclama.

O Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit) informou que não existe previsão para o asfaltamento desse trecho da BR-174.

Estrada estadual também apresenta problema

E os problemas também atingem estradas sob responsabilidade do estado. Na MT-208, uma ponte que faz ligação entre Aripuanã com Rondônia tem mais de 200 metros e a estrutura não passa segurança.

“Já tem o perigo que ocorre no dia a dia. Aqui você anda 500 metros você tem uma ponte e cada uma pior que a outra”, critica o caminhoneiro Gilberto Carlos Rodrigues.

Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso, a construção de uma nova ponte não está prevista.

Fonte: Globo Rural

PRF flagra o transporte de 93,5 toneladas de excesso de peso no MT

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou o transporte de 93,5 toneladas de carga em excesso durante a Operação Temática de Fiscalização de Peso e Dimensões (OTEPED) realizada de 06 a 11/10, na BR-163/364, em Rondonópolis, no Mato Grosso.

A 15ª edição da OTEPED buscou nivelar e atualizar o conhecimento dos policiais para a fiscalização de veículos de carga nas cinco rodovias que cortam o Mato Grosso, onde o fluxo desse tipo de transporte é intenso durante todo ano especialmente em razão do escoamento da produção agrícola.

42 policiais rodoviários federais participaram da Operação que foi dividida em duas fases. Na fase teórica, os agentes tiveram instruções sobre excesso peso, sistema de freios, amarração, cargas a granel, antipoluente Arla 32, crimes ambientais e Lei de Descanso do Motorista Profissional.

Na etapa operacional, realizada nos dias 09 e 10/10, quando os agentes colocaram em prática os conhecimentos, 425 autos de infração foram lavrados. Além do excesso de peso, um total de 93,5 toneladas de diversos tipos de carga, foram observadas irregularidades relacionadas à emissão de notas fiscais, ao sistema de iluminação e freios e ao transporte de carga nas partes externas do veículo.

Dentre as infrações, dirigir o veículo com equipamento obrigatório em desacordo com a legislação ou sem o devido funcionamento foram as mais constatadas durante as fiscalizações. Fazem parte desses equipamentos o cronotacógrafo, por meio do qual os policias verificam o tempo de direção e descanso dos motoristas, e sistema do Arla 32, aditivo que reduz a emissão de poluentes gerados pela queima do diesel dos caminhões.

A OTEPED fiscalizou 358 veículos, 67 deles foram recolhidos e os que apresentaram excesso de peso, como medida administrativa, tiveram que fazer o transbordo da carga excedente. 73 documentos foram retidos e 121 testes de alcoolemia foram aplicados. No total foram registradas 10 ocorrências policias e 11 pessoas foram detidas.

Excesso de peso

Entre as consequências do transporte de carga em excesso estão o aumento no consumo de diesel, prejuízo à frenagem e estabilidade do veículo em curvas, descidas e subidas. O combate ao excesso de peso tem a finalidade também de aumentar a vida útil do pavimento das rodovias, evitando desta forma o seu desgaste prematuro, tonando-o mais seguro para os usuários que o utilizam.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Índice de mortes nas rodovias do Mato Grosso é o menor em 11 anos

Segundo anuário da Confederação Nacional do Transporte, índice de mortes no Mato Grosso ficou abaixo da média do país.

O índice de mortes em rodovias federais de Mato Grosso ficou abaixo da média nacional e regional em 2017. Em todo o país, foram registrados sete óbitos em decorrência de acidentes por 100 mil habitantes, enquanto o estado contabilizou taxa de 5,4. No Centro-Oeste, a média foi de 6,8. Os dados constam no Anuário CNT do Transporte 2018, lançado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

O documento demonstra ainda que em 2017 foi registrado o menor número de mortes dos últimos 11 anos nas rodovias federais de Mato Grosso, incluindo o trecho sob concessão da BR-163, BR-364 e rodovia dos Imigrantes (BR-070). Os dados seguem o levantamento realizado pela Concessionária Rota do Oeste, com base nas estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que demonstra uma redução importante no número de mortes nos trechos sob concessão, principalmente entre os anos de 2013 e 2017, que foi de 41%.

Na avaliação do diretor de Operações da Rota do Oeste, Fernando Milléo, as informações do Anuário CNT do Transporte 2018 vêm para reforçar a importância do trabalho realizado pela Concessionária e pela PRF na principal rodovia de Mato Grosso, a BR-163, que passou a contar com estrutura diferenciada a partir de 2014, especialmente no que se refere ao atendimento às vítimas.

“Realizamos mais de 320 atendimentos por dia ao longo dos 850,9 quilômetros sob concessão. Atualmente, a Rota do Oeste oferece aos motoristas um aparato operacional, com 76 veículos, 18 ambulâncias, sendo cinco UTIs móveis, disponíveis para socorro imediato. Temos 18 bases que prestam atendimentos diversos, que vão desde a avaliação clínica de pessoa que passa mal ao resgate e encaminhamento hospitalar de vítimas de acidentes. Somado a isso, a rodovia conta ainda com a fiscalização e a presença da PRF no atendimento das ocorrências”, destaca.

Fonte: Brasil Caminhoneiro

Mais de 200 motoristas são flagrados furando pedágio

206 motoristas foram flagrados furando pedágio

Entre janeiro e fevereiro de 2018, mais de 200 motoristas foram flagrados furando um pedágio na MT-130, entre os municípios de Rondonópolis e Primavera do Leste, a 218 km e 239 km de Cuiabá (MT).

Ao todo, 206 evasões foram registradas no período. Ou seja, mais de 100 motoristas por mês passaram pela rodovia, mas empurraram a cancela e não pagaram o valor cobrado.

Crime

A prática é considerada crime e, às margens da rodovia, a placa alerta o motorista. Além de perder cinco pontos na carteira, quem for flagrado por ser multado em R$ 127,69.

Em 2016, foram registradas 2.224 evasões. No ano passado, houve queda de 15% em relação ao ano anterior. Foram 1.910. Ainda assim o número é considerado alto.

Palavra da concessionária

Segundo a concessionária, em seis anos foram registradas quase 13 mil evasões. Com isso, a empresa deixou de lucrar R$ 536.298,50 com a prática dos motoristas.

“A principal fonte de recurso é o pagamento do pedágio para investimento em obras de melhoria, conservação e modernização da rodovia. Portanto, se há evasão, esses valores deixam de ser investidos”, afirmou Tais Kalb, representante da concessionária.

As câmeras instaladas no pedágio registram todas as evasões. As imagens vão para uma central de monitoramento da concessionária. Com os vídeos, é possível ver as placas dos veículos.

A 25 km do posto de pedágio, um batalhão da Polícia Militar recebe relatórios com as informações de quem não pagou a tarifa e pode abordar o condutor.

Ao todo, no estado são 600 km de rodovias estaduais pedagiadas, segundo a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos (Ager-MT).

Fonte: G1

Governo de Mato Grosso anuncia construção de 300 novas pontes

Licitação tem como objetivo instalar 300 pontes pré-moldadas de concreto ou metálica pelo estado de Mato Grosso

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) avaliou como positiva a iniciativa do Governo do Estado, que prevê a construção de 300 novas pontes de concreto, em substituição as antigas de madeira, que muitas vezes se encontram deterioradas.

A entidade considera que a infraestrutura é um dos principais entraves para o desenvolvimento do setor do agronegócio no Estado de Mato Grosso, e vem chamando atenção a situação das atuais pontes de madeira.

Por isso, a Aprosoja aposta que as novas pontes vão minimizar os problemas logísticos enfrentados pelos produtores rurais de Mato Grosso, que muitas vezes precisam percorrer até 2.000 quilômetros de rodovias para ter acesso ao porto para escoar os grãos.

“As dimensões continentais de Mato Grosso exigem ações inovadoras e ágeis, sobretudo no que diz respeito à construção de pontes e a substituição das atuais de madeiras pelas de concreto. O que é bom para o Estado e para os produtores”, afirmou o presidente da Aprosoja, Antônio Galvan.

De acordo o edital publicado no Diário Oficial, que circulou na terça-feira (27), a licitação tem como objetivo instalar 300 pontes pré-moldadas de concreto ou metálica, que vão substituir pontes antigas de madeira de seis até 24 metros.

Fonte: Brasil Caminhoneiro

MPT quer proibir jornada de trabalho de 12 horas para motoristas de transporte de cargas de MT

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Rondonópolis ajuizou na semana passada ação civil pública com pedido de liminar contra as principais entidades representativas de empresas e profissionais do setor de transporte de cargas de Mato Grosso. O MPT quer proibir a celebração de nova convenção ou acordo coletivo que permita a prorrogação da jornada de trabalho dos motoristas em até quatro horas diárias. O MPT pede, ainda, em caso de decisão favorável da Justiça, fixação de multa de R$ 500 mil por dia de descumprimento da obrigação.
Na ação, o MPT questiona a constitucionalidade do artigo 235-C da CLT, alterado em 2015 pela Lei 13.103 (Lei do Motorista), e a validade das convenções e acordos coletivos que nele se baseiam para permitir que motoristas profissionais trabalhem até 12 horas por dia.
A Constituição Federal estabelece jornada de trabalho de oito horas diárias e 44 semanais, admitindo que apenas a sua redução, e não o seu aumento, ocorra mediante acordo ou convenção coletiva. Salienta o procurador do Trabalho Bruno Choairy que qualquer lei ou instrumento de negociação coletiva que autorize a prorrogação da jornada de trabalho normal para além de duas horas extras diárias é inconstitucional.
O procurador explica que há, na Constituição, um núcleo normativo que não pode ser relativizado por lei ou norma coletiva, pois corresponde a um patamar mínimo civilizatório que inclui a limitação da jornada de trabalho, o direito à saúde e segurança no trabalho, o salário mínimo, o valor social do trabalho e a dignidade humana.
A ação é movida contra uma federação de trabalhadores, um sindicato patronal e três sindicados laborais, que abrangem 50 municípios de Mato Grosso, sobretudo no sul, leste e norte do Estado. São eles: Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Rondonópolis e Região – SETCARR, Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado de Mato Grosso, Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre de Rondonópolis e Região – STTRR, Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário e Motoristas Profissionais de Barra do Garças e Região – SINTTRO, e Sindicato dos Motoristas Profissionais e Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre de Cuiabá e Região.
A permissão para prorrogação da jornada de oito horas do motorista profissional em até 50%, ou seja, em mais quatro horas por dia, já consta na convenção coletiva da categoria atualmente em vigência. Considerando que o instrumento é válido até abril deste ano e que é iminente a celebração de nova convenção, entende o MPT que há urgência no desfecho do caso para impedir a continuação e a reiteração dos atos ilícitos.
Pontua Choairy que a limitação da jornada de trabalho tem relação direta com as normas de saúde e segurança no trabalho, assumindo, então, caráter de normas de saúde pública. O procurador explica que a possibilidade da jornada do motorista chegar a 12 horas diárias também viola, entre outros princípios, a regra constitucional expressa que impõe a segurança viária. “Isso na medida em que a prática de tal jornada amplia desarrazoadamente as possibilidades de acidentes, tomando como premissa que acidentes ocorrem, em muito, por conta do sono e da fadiga de que padecem motoristas ao trafegarem por longas jornadas”.
Reforma trabalhista e a diminuição da proteção social
Para o procurador do Trabalho Bruno Choairy, o objeto da ação civil pública se insere no atual contexto da discussão, na esfera pública, a respeito da reforma trabalhista, que pretende relativizar o tema, permitindo jornadas extensas, sem fixação de limite diário.
A proposta contida no PL 6.787/2016, de autoria da Presidência da República, introduz um novo artigo na CLT, prevendo que a convenção ou o acordo coletivo de trabalho tenha força de lei quando tratar de treze temas listados no artigo 611-A, incluindo jornada de trabalho (que seria limitada a 220 horas mensais).
Todavia, o MPT argumenta que no Brasil já ocorre a prevalência do negociado sobre o legislado, desde que o negociado seja mais favorável que o legislado. “Dado que o ordenamento brasileiro já prevê, incontroversamente, a prevalência do negociado sobre a lei sempre que a negociação significar a criação de novo benefício ou a ampliação de benefício já previsto em lei, conclui-se que o único propósito do PL 6.787/2016 é permitir a exclusão de direitos trabalhistas pela via negocial”, afirma a instituição em Nota Técnica.
O procurador do Trabalho Bruno Choairy reitera que “se apresentam como inconstitucionais medidas e providências tendentes a aumentar desmedidamente a jornada de trabalho, transformando em natural algo que, para a Constituição, é visto com excepcionalidade – a prática de horas extras”.
Choairy explica que a própria Constituição Federal, prevendo essas tentativas de diminuição da proteção social e trabalhista, criou um mecanismo de auto restrição para que regras e princípios, como o valor do trabalho, a dignidade humana e a segurança no trabalho, não ficassem à mercê das mudanças no cenário político-econômico.
Segundo o procurador, nada disso pode ser diminuído pela atuação do legislador, que muitas vezes se utiliza do discurso ideológico que prega que a ausência da legislação trabalhista seria benéfica à economia. “Deste modo, nem o legislador nem a negociação coletiva são soberanos quando se trata de regulação do contrato de trabalho, pois há regras e princípios constitucionais que devem necessariamente ser observados, funcionando como mecanismo de restrição à vontade de futuras maiorias, seja no âmbito legislativo, seja no âmbito negocial”.
Processo 0000043-11.2017.5.23.0022
 

Bloqueio na BR-364 contra queda no preço do frete chega ao 3º dia em MT

Caminhoneiros bloqueiam pelo terceiro dia seguido trechos da BR-364 no município de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, neste domingo (15). Eles fazem protesto contra a diminuição no preço do frete, algo em torno de 30% desde o ano passado. Os manifestantes fecharam os kms 200 e 206, e estão impedindo a passagem de veículos de carga de grãos e derivados.

As informações são da Rota do Oeste, responsável pela conservação e duplicação da rodovia, e da Polícia Rodoviária Federal, que está com equipes nos locais do bloqueio para fazer o monitoramento. Segundo a PRF-MT, há entre 200 e 300 manifestantes na rodovia. Os manifestantes disseram que há mais de 3 mil caminhões parados.

Os caminhoneiros querem que as transportadoras paguem o piso mínimo para o frete estabelecido pela Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), que varia de acordo com a quilometragem percorrida.

“Os valores pagos estão defasados há anos. Mas este ano chegou aos caos, não tem mais condições”, disse Gilmar Marinho, um dos manifestantes.

Os caminhoneiros também dizem apoiar o Projeto de Lei 528, que está na Câmara de Deputados e prevê a criação da Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.

O protesto na rodovia federal teve início na manhã de sexta-feira (13), com bloqueio da passagem de veículos de carga. A previsão era que a manifestação durasse cinco dias, mas os caminhoneiros já trabalham com a hipótese de estender o bloqueio por mais dias.

Fonte: G1