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Câncer de próstata, silencioso e perigoso

Considerada uma das doenças silenciosas que mais causa óbitos a pessoas do sexo masculino, o câncer de próstata vem aumentando o número de vítimas no País e já chamou atenção também dos motoristas de caminhão, que já estão conscientes da importância em detectá-la ainda no seu início.

O que é próstata?

A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem a forma de maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada. A próstata produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozóides, liberado durante o ato sexual.

Dados do câncer de próstata

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos é o quarto tipo mais comum e o segundo mais incidente entre os homens. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.

Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Importância do diagnóstico precoce

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a detecção precoce de um câncer compreende duas diferentes estratégias: uma destinada ao diagnóstico em pessoas que apresentam sinais iniciais da doença (diagnóstico precoce) e outra voltada para pessoas sem nenhum sintoma e aparentemente saudáveis (rastreamento).

O diagnóstico precoce é de suma importância para a cura.

Procurar um especialista é o primeiro passo para iniciar o acompanhamento, que pode envolver diversos tipos de exames, como o PSA total, o PSA livre – e a relação livre/total, a ultrassonografia prostática e o toque retal.

Prevenção

Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis.

Hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.

A idade é um fator de risco importante para o câncer de próstata, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.

Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos pode aumentar o risco de se ter a doença de 3 a 10 vezes comparado à população em geral.

Sintomas

Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou a noite).

Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.

Fonte: O Carreteiro 

Manutenção do corpo

Manter hábitos saudáveis de alimentação e com horários flexíveis está longe de fazer parte da rotina da grande maioria dos motoristas de caminhão. Por disso, se tornam fortes candidatos a desenvolverem doenças que na maioria das vezes se desenvolvem silenciosamente e podem até levar o indivíduo à morte 

Por Daniela Giopato

Para manter o bom desempenho do caminhão é importante utilizar diesel de qualidade e fazer a manutenção preventiva. A mesma equação deveria ser utilizada pelo carreteiro quando o assunto é manter a saúde em dia. O corpo humano e suas funções também têm de funcionar bem, mas para isso é necessário certas práticas, como consumir alimentos saudáveis, manter uma rotina de exercícios e fazer um check up ao menos uma vez por ano .

Infelizmente, o modo correto nem sempre acontece no dia a dia dos motoristas de caminhão. Diante dos horários apertados e as diversas atribuições impostas pela atividade, mais a falta de motivação, o motorista acaba deixando a alimentação e os cuidados com a saúde em segundo plano. Com isso, o carreteiro fica mais vulnerável a desenvolver doenças que, se não tratadas corretamente, podem levar à morte.

Ação de saúde realizada pela concessionária Renovias, envolvendo   motoristas de caminhão, apontou que 75% dos profissionais avaliados têm alimentação irregular e 44% estão fora do peso normal, sendo que 41% apresentaram quadro de obesidade mórbida. Denominada de Bate Coração, a equipe de Atendimento Pré-hospitalar da concessionária avaliou a saúde de 322 carreteiros durante campanha.

O excesso de peso pode estar ligado também à herança genética da pessoa, a maus hábitos alimentares ou, por exemplo, a disfunções endócrinas. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais comum é o do IMC (Índice de Massa Corporal).

Nutricionistas concordam que é muito difícil uma pessoa mudar o hábito alimentar, porém é necessário fazer esforços, já que os benefícios são muitos. Os alimentos embutidos, tais como salame, mortadela, presunto etc, e os queijos amarelos (mussarela, prato e parmesão) devem ser pouco consumidos – ou até excluídos do cardápio – porque são ricos em sal e gorduras. Outro grande inimigo dos motoristas de caminhão é o churrasco, devido a ingestão exagerada de proteínas e gorduras de qualidade ruim.

A obesidade, por exemplo, é o acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo, que acontece quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2, entre outros males.

Trata-se de um fator de risco para uma série de doenças. O IMC  é o resultado da divisão do peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros). Se o índice for menor que 18,5, o indivíduo está abaixo do peso. Entre 18,5 e 24,9 está normal e entre 25 e 29,9 está acima do peso desejado. Igual ou acima de 30, obesidade.

Fonte: O Carreteiro 

Hipertensão, doença silenciosa e perigosa

Dados do Ministério da Saúde revelam que mais de 30 milhões de brasileiros sofrem de hipertensão. A doença é determinada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias e faz com que o coração tenha de exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído de forma equilibrada no corpo. Entre as causas da hipertensão estão o consumo de bebidas alcoólicas, o fumo, a obesidade, o sedentarismo, o estresse, o consumo elevado de sal, os níveis altos de colesterol, o diabetes e o sono inadequado.

A rotina de trabalho dos motoristas de caminhão, que passam horas ao volante e não têm o descanso adequado, nem uma nutrição equilibrada contribui para o aumento da frequência da doença entre os profissionais.  Em março, durante as ações voltadas a saúde e bem-estar dos motoristas realizadas pela CART – Concessionária Auto Raposo Tavares, como o “Acorda Motorista” e o “Saúde e Cidadania”,  foram realizados 1.094 atendimentos com a incidência de pressão alta e disfunção glicêmica em mais da metade dos condutores. Cerca de 600 condutores tinham pressão alta, 635, apresentavam disfunções glicêmicas e 295, sobrepeso. O perfil dos motoristas atendidos em ações da Concessionária é de homens de 30 a 40 anos e que têm jornadas com duração de até 10 dias.

Você sabia?

  • Um em cada três adultos sofre de hipertensão arterial
  • 420 mil pessoas morrem, por ano, em conseqüência de AVC (Acidente Vascular Cerebral)
  • Males cardiovasculares são responsáveis por 1,2 milhão de mortes por ano no Brasil
  • 300 mil brasileiros são vítimas de infarto agudo do miocárdio
  • Doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no Brasil

Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão e Organização Mundial da Saúde.

Sintomas: os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a pressão sobe muito:

  • dores no peito
  • dor de cabeça
  • tonturas
  • zumbido no ouvido
  • fraqueza
  • visão embaçada
  • sangramento nasal

Diagnóstico e prevenção

O diagnóstico é feito a partir da aferição da pressão.  A hipertensão não tem cura, mas pode ser controlada através de medicamentos. Além disso, a prevenção é o melhor remédio contra a doença.

Dicas de prevenção:

  • Mantenha o peso adequado, se necessário, mudando hábitos alimentares
  • Tenha uma alimentação saudável
  • Não abuse do sal, utilize outros temperos que ressaltam o sabor dos alimentos
  • Pratique atividade física regularmente
  • Aproveite momentos de lazer
  • Abandone o fumo
  • Diminua ou evite o consumo de álcool
  • Evite alimentos gordurosos
  • Controle o diabetes, colesterol e outras doenças
  • Caminhe mais, suba escadas em vez de usar o elevador
  • Procure ter uma boa noite de sono
  • Tente levar os problemas do dia a dia de maneira mais tranquila

Rebite: confira os efeitos provocados pela substância

Com objetivo de dirigir várias horas seguidas, sem descanso, para cumprir prazos predeterminados ou até faturar um extra no final de cada viagem, alguns motoristas de caminhão optam em utilizar o rebite. A substância, chamada de anfetamina, é um estimulante do sistema nervoso central e faz com que o cérebro trabalhe mais depressa e cause nas pessoas a impressão de diminuição da fadiga – já que consegue executar uma atividade qualquer por mais tempo- de menos sono, perda de apetite e de aumento da capacidade física e mental. Essa mistura de falsas sensações faz com que os consumidores da droga percam parcialmente os reflexos. Assim, o motorista vê o perigo, sabe que tem de frear e ao invés disso pisa fundo no acelerador e aumenta as chances de provocar graves acidentes. Esses medicamentos podem causar dependência depois da segunda caixa, com danos irreversíveis à saúde e por serem tarja preta só podem ser vendidos sob prescrição médica e com a retenção da receita.

Confira os efeitos provocados pelo uso do rebite:

  • dilatação das pupilas
  • dor de cabeça
  • tontura
  • aumento de batimento cardíaco e de pressão arterial
  • nariz e boca ressecados
  • perda de peso
  • desnutrição
  • ansiedade
  • problemas gástricos
  • inquietação motora
  • sensações de pânico
  • lesões irreversíveis no cérebro
  • visão desfocada
  • confusão de pensamento, etc.

Em caso de consumo exagerado da droga o motorista pode ficar:

  • irritado
  • mais agressivo
  • com depressão
  • desorientação e descoordenação
  • ter delírios persecutórios (achar que os outros estão tramando contra ele)

    Fonte: O Carreteiro 

Você sabe o que fazer diante de um acidente envolvendo produto perigoso? Veja 4 dicas de segurança.

É cada vez mais comuns acidentes envolvendo caminhões que transportam produtos perigosos. Segundo definição da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), carga perigosa é aquela que representa risco à segurança pública, à saúde das pessoas ou ao meio ambiente, conforme os critérios de classificação da ONU. Confira algumas dicas de postura segura diante de um acidente envolvendo este tipo de transporte.

1- Não se aproxime

A recomendação é de não se aproximar do local, mesmo que a intenção seja de socorrer ou salvar o motorista. A explicação é que existem produtos que liberam gases incolores e inodoros e você corre o risco de se intoxicar gravemente, podendo ser fatal.

2- Anote os números do painel

Os números descritos no painel de segurança e a cor do rótulo de risco são importantes serem anotados. Porém anote corretamente pois a inversão de apenas um número poderá prejudicar o atendimento à emergência por parte das equipes de socorro. Outro ponto importante é verificar se há vazamento de líquido ou gases.

3- Avisar sobre o acidente

É importante comunicar outros motoristas que viajam no sentido contrário ao seu para que não se aproximem do local. Outro procedimento é avisar a  Policia Rodoviária e o Corpo de Bombeiros, através dos telefones 190 e 193 ou da primeira viatura que encontrar, informando os números anotados, a rodovia e o km exato do local do acidente.

4- Impedir a aproximação de pessoas

Se for possível e com ajuda de outros motoristas, tente impedir a aproximação de curiosos, porém não permita que ocupem o acostamento da rodovia, pois as equipes que atenderam a emergência necessitam ter acesso livre ao local.

Fonte: O Carreteiro

Saiba como funciona o exame toxicológico

Muitos motoristas ainda têm dúvidas a respeito do exame toxicológico. Listamos algumas situações para esclarecer o procedimento e eficácia do exame.

  • Por que o exame é realizado através de análise do cabelo do motorista?

O cabelo determina presença de vestígios de drogas localizadas no interior de seus fios. É a única tecnologia capaz de detectar o uso constante de substâncias psicoativas com uma visão retroativa mínima de 90 dias. O teste identifica hábitos e costumes em relação ao eventual consumo de drogas.

  • Por que a análise de cabelo é mais eficaz do que outros testes para drogas?

A análise de drogas em cabelo oferece um histórico confiável do consumo de drogas ao possibilitar o conhecimento do perfil do uso por um longo período de tempo.

  • Como é feita a análise bioquímica?

A análise bioquímica é feita através de uma pequena amostra de cabelos ou pelos do corpo. Esse material é suficiente para a realização do teste. O procedimento da coleta não afeta a estética do motorista e é indolor. É necessário que o motorista tenha o o mínimo de 4 centímetros de cabelo da raiz até a ponta. Caso contrario, será necessário que a coleta seja de pelos do corpo.

  • Quais documentos são necessários para realização do exame?

Para realizar o exame não é necessário agendar. Basta o motorista comparecer ao ponto de coleta escolhido com um documento de identificação com foto e o CPF.

  • Prazo de entrega

O prazo de entrega varia de acordo com o estado. No caso da região Sul e Sudeste – correspondente de mais de 70% das CNHs das categorias C, D e E – o prazo varia entre 4 e 10 dias.

Fonte: O Carreteiro

Ruído de caminhão, e eu com isso?

Os especialistas definem o RUÍDO como sendo todo tipo de som indesejável. É aquilo que, em linguagem comum, chamamos de BARULHO. O barulho incomoda e, dependendo de suas características, pode ser um inimigo da saúde. Barulho em excesso pode causar surdez de forma instantânea se for causado por algum evento extremo, como uma explosão perto do ouvido, ou pode reduzir gradualmente a audição até o nível de surdez, o que é comum em pessoas que trabalham ou moram em ambientes barulhentos e não têm como se proteger. Embora a surdez por si só já seja um problema de saúde sério, o excesso de barulho também pode causar aumento na frequência dos batimentos do coração e na pressão do sangue, falta de sono, cansaço crônico, irritação, problemas gástricos e falta de atenção, que contribuem para diversos prejuízos para a população.

Assim como ocorre com a emissão de poluentes atmosféricos, os veículos são considerados a principal fonte de emissão de ruído nas cidades e estradas. Nos caminhões ele é gerado principalmente pelo conjunto motor – transmissão – escapamento, pela movimentação dos pneus nas vias de tráfego, pelo arrasto aerodinâmico do veículo, pelo uso da buzina e, também, por determinados equipamentos adicionais, como, por exemplo, o sistema de refrigeração para o transporte de produtos perecíveis.

De modo geral, o ruído causado pelo tráfego de caminhões nas cidades é desproporcional ao gerado pelos automóveis, se levarmos em conta a quantidade de veículos de cada tipo. Isso se deve, em grande parte, às características de combustão por compressão do motor diesel, que gera mais ruído do que o motor com ignição por vela. Importante destacar que o tamanho dos motores que equipam os veículos pesados, e as características dos demais componentes dos caminhões, como o turbo, também contribuem para um ruído mais intenso. Em baixa velocidade, até cerca de 45 km/h, predomina o ruído do conjunto motor – transmissão – escapamento.  Em geral, esse tipo de ruído é mais crítico quando o caminhão está parado e é acelerado para ganhar movimento. À medida que ocorre o aumento na velocidade, o ruído de rolagem dos pneus ganha rapidamente importância e passa a ser a fonte predominante de ruído, em geral a partir dos 60 km/h.

Antes que alguém reclame que as motocicletas também fazem um barulhão “danado”, esclareço que isso é verdade, e envolve principalmente as motos da baixa cilindrada.  A razão nesse caso reside no fato de que os motores desses veículos ficam expostos, operam em rotações elevadas e o escapamento tem capacidade limitada de atenuação do ruído do motor.

Mas, voltando aos caminhões, esses veículos já atendem, desde 1993, às exigências de controle de ruído para veículos novos do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Contudo, essas exigências estão desatualizadas face ao crescimento da frota de veículos em circulação e precisam ser revistas para que os veículos saiam de fábrica menos barulhentos. É curioso, mas esse assunto recebe pouca atenção das autoridades e da população, apesar das principais cidades do país se situarem dentre as mais barulhentas do mundo.

No Brasil falamos alto, ouvimos música alta, usamos a buzina indevidamente com frequência e, talvez por vivermos nessa cultura ruidosa, somos demasiadamente tolerantes com esse problema. Mas isso precisa mudar.

Será que o transportador pode fazer alguma coisa para que a situação não piore ainda mais?  Certamente há contribuições que são bem-vindas, como vou pontuar a seguir:

  • Ruído em excesso no veículo pode ser sinal de problemas mecânicos e desgaste de componentes. A manutenção preventiva, de acordo com as especificações do fabricante do automóvel, possibilita manter o ruído próximo aos níveis originais. Importante lembrar que como os veículos mais modernos vêm equipados com sistemas de controle de emissão de poluentes atmosféricos instalados no escapamento do motor, o veículo bem mantido vai gastar menos combustível e óleo lubrificante, emitir menos poluentes para a atmosfera e vai ter maior durabilidade;
  • Excesso de carga no caminhão, além de ser uma infração de trânsito, força o motor e a transmissão e gera mais ruído. Mas o prejuízo não para aí, pois essa prática resulta em desgaste prematuro de pneus e outros componentes e vem acompanhada de aumento no consumo de combustível, na poluição do ar e no aumento dos riscos de acidentes. Também provoca o desgaste e a deformação do pavimento das vias públicas o que contribui, num ciclo vicioso, à exposição do veículo a danos e desgaste antecipado, que geram mais ruído. Portanto, trafegar com excesso de carga é uma prática que, por todas as razões apontadas, deve ser evitada;
  • A forma de dirigir também interfere na emissão de ruído do veículo. Portanto, a dica é conduzir com tranquilidade, trocando as marchas corretamente, evitando acelerações bruscas e desnecessárias, especialmente se o veículo estiver parado em marcha lenta, e mantendo a velocidade de acordo com o limite da via e condições de segurança no trânsito.
  • A buzina é um equipamento de segurança importante do veículo. O seu uso indevido e prolongado deve ser evitado pois, além de contribuir para a poluição sonora, e ser uma atitude desrespeitosa com os demais, é uma infração de trânsito.
  • Dependendo do tipo, os pneus também podem causar barulho desnecessário. Já existem no mercado pneus com índice reduzido de ruído, então a dica é pesquisar com o fabricante do veículo ou do pneu qual o tipo menos ruidoso para a aplicação que se quer e adotar o produto.
  • Embora não seja responsabilidade do transportador, a qualidade do pavimento das ruas e estradas também impacta no ruído de rolagem do veículo. Cabe então ao transportador deixar de ser vidraça e passar a ser estilingue por meio da cobrança aos órgãos públicos responsáveis pela pavimentação e manutenção de vias o direito de poder utilizar ruas e estradas pavimentadas adequadamente e que gerem o menor ruído possível.

Achou interessante e importante? Espero que sim, para o bem da saúde e do bem estar. Então mãos à obra e faça a sua parte.

Rotina afeta saúde do caminhoneiro

Pesquisa realizada pela concessionária Rota do Oeste revela que 65% dos motoristas de caminhão apresentam circunferência abdominal maior que 94 cm; 35% apresentaram sobrepeso; 33% estão com colesterol acima de 200 mg/dl e 11% apresentaram glicemia acima de 140 mg/dl. Os dados, apurados em 2016, são referentes ao ano passado.

Há diversos outros estudos que relatam as péssimas condições ocupacionais dos motoristas e os prejuízos que isso traz para a saúde deles. Muitos não praticam atividades físicas, não fazem alongamento ou até mesmo comem no horário correto. Tudo isso resulta em maus hábitos, decorrentes da pressão pela entrega rápida de cargas em um tempo predeterminado.

Antônio Barbosa de Araújo, 43 anos, está há quatro anos praticando atividade física, quando dá. Quando ele não está na estrada, aproveita para jogar um futebol com os amigos, mas é só. “No mais, não pratico nenhuma atividade física”, e a alimentação também não é a correta. Tem dias que é feita na cozinha do caminhão e às vezes, “quando dá”, ele come em algum restaurante de beira de estrada.

Apesar dos hábitos, ele garante que não tem problemas de saúde, mas porque sempre faz um acompanhamento com o médico. “Sem a saúde nós não somos nada, então é importante cuidar. Muitos companheiros pensam que só trabalhar é o bastante e acabam prejudicando muito a saúde. No dia a dia, amanhã ele vai ter um retorno disso aí, pensa que ao dirigir tantas horas chega mais rápido até o local e acaba se prejudicando”.

Para essas pessoas, ele tem um aviso. “Pode ter certeza que essas pessoas que tomam alguma coisa mais pra frente serão prejudicadas e irão se arrepender. O serviço de caminhoneiro é bom, mas a saúde é melhor, então precisa se cuidar. É cuidar da saúde e depois pensar no trabalho”, aconselha.

Há 15 anos na estrada, João Fernandes, de 39 anos, afirma que a lei foi importante. “Melhorou muito depois que a lei passou a vigorar, até porque a lei te obrigou a parar. Hoje se você vai renovar uma habilitação tem o exame toxicológico, se você não estiver 100% beleza em termos de rodar à noite, sem tomar algum produto para tocar a noite, nem renovar você consegue”.

Ele se orgulha em dizer que não toma nenhum remédio ou faz uso de drogas e reforça que a saúde do caminhoneiro é “complicada”. “A gente não tem tempo de cuidar. A gente não tem hora pra se alimentar, tem dia que você consegue comer no horário, tem dia que você se alimenta fora de hora e tem dias que não dá nem para se alimentar. Então é muito complicado”, conta.

Nesse contexto, foi editada a Lei nº 12.619/2012, que estabelece limites de jornada e intervalos para repouso. Pelos limites, o motorista trabalha oito horas diárias e 44 semanais, com possibilidade de prorrogação por até duas horas extraordinárias. Direito ao pagamento de horas extras, direito ao adicional noturno, intervalo de descanso de no mínimo 11 horas a cada período de 24 horas, entre outros.

Mas, passados pouco menos de três anos da promulgação da Lei do Descanso, sobreveio a Lei nº 13.103/2015, introduzindo modificações. Agora as transportadoras são obrigadas a implementar o controle de jornada de trabalho, entre outras modificações.

Jornada controlada

Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado de Mato Grosso (Sindimat), Eleus Vieira de Amorim, a lei exige que o motorista tenha essa jornada de trabalho controlada, e isso é importante. “Ele, queira ou não, a jornada dele será controlada por lei federal. Se ele for flagrado em uma fiscalização da PRF descumprindo isso, ele é preso”.

Desse modo, o sindicato tem realizado palestras e eventos para instruir o empresário do transporte rodoviário para cumprir a lei, juntamente com os trabalhadores. “O sindicato patronal e o sindicato laboral têm feito um trabalho muito forte nesse sentido de estar fazendo a orientação para o trabalhador no cumprimento da lei” completou.

Menos de 2% dos motoristas foram reprovados em exame toxicológico

De acordo com Eleus Vieira de Amorim, presidente do Sindimat, após a aplicação da lei os motoristas do transporte rodoviário e de carga reprovados nos exames toxicológicos são menos de 2%.

“No primeiro momento, quando saiu a lei, nós estávamos muito preocupados porque tínhamos as informações de que o número de motoristas que usavam algum tipo de droga era muito alto, mas na realidade na comprovação do dia a dia a gente tem verificado, até agora menos de 2%”, pontuou.

Para ele, o estímulo com campanhas que mostram ao trabalhador o efeito que a droga provoca sobre ele e o veículo chama a atenção para a responsabilidade de não fazer uso dela. “Hoje o empresário do transporte rodoviário tem sido chamado a essa responsabilidade de instruir o seu motorista, e ele tem feito isso. Acredito que isso tem dado um resultado muito positivo e por isso esse número (2%)”.

Eleus aponta que tem motorista que tem trabalhado com a pressão ao extremo, pronto para ter um infarto. Sabendo disso, o sindicato, junto ao Sest-Senat (Serviço Social de Trabalho e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), oferece aos seus filiados planos de saúde e lazer para o trabalhador e família.

Na área médica, o caminhoneiro tem os benefícios: clínica geral, fisioterapia e psicólogo. Também conta com a área odontológica: prevenção, diagnósticos, dentística e radiologia. No lazer, eles podem fazer natação, hidroginástica, futebol de campo e salão, artes marciais, voleibol, ginástica aeróbica e localizada.

“Além disso, O Sindimat está preparando para agosto ou setembro o lançamento do programa Fadiga Zero em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), da saúde dos trabalhadores por completo. Estamos começando essa campanha para tratar a alimentação, controle da jornada de trabalho, postura ao dirigir o caminhão”, contou ao Circuito Mato Grosso.

De acordo com o gerente Administrativo e de Sustentabilidade da Rota do Oeste, Pedro Ely, ou eles realmente não utilizam nenhum tipo de substância ilícita ou há certa restrição para assumir isso.

“Nós realizamos um questionamento informando que o nome deles nunca será divulgado, mas há um registro muito baixo de pessoas que utilizam algum tipo de substância. Não posso afirmar se é por causa da Lei dos Caminhoneiros que restringiu a direção continuada ou pelo fato de realmente ter reduzido”, explicou.

Acidentes reduziram em 14% com lei e ganhos

Há cinco anos, o trabalho dos caminhoneiros, um dos mais exigentes no que se diz respeito à necessidade de boas condições físicas e mentais, ganhou um reforço com a Lei 12.619 de 2012, popularmente chamada Lei do Caminhoneiro.

Em Mato Grosso, o número de acidentes envolvendo caminhões que trafegam na BR-163 caiu 14% em 2016. Os dados da Rota do Oeste apontam que, com relação às ocorrências envolvendo caminhoneiros, de 1º de janeiro a 30 de novembro de 2016, o número caiu de 2.017 registros em 2015 para 1.729 em 2016.

As principais reduções foram relacionadas a ocorrências de capotamentos (92%), colisões laterais (30%), tombamentos (19%) e engavetamentos (13%). Os motoristas profissionais são os principais usuários da rodovia federal em Mato Grosso, que tem mais de 60% do tráfego formado por veículos pesados.

“A gente não consegue dizer se foi por causa disso [lei] ou porque existem outras diversas atividades acontecendo. A melhoria do pavimento, a realização de obras para a rodovia”, disse Pedro Ely.

Anteriormente os motoristas não eram sujeitos a controle de horários. Com isso não eram pagas horas extras e não havia intervalos de descanso. Mas o problema não era só uma questão financeira, mas também um problema de saúde do caminhoneiro e de segurança na estrada.

Parada Legal – programa Rota do Oeste

O programa Parada Legal, da Rota do Oeste, destinado a motoristas profissionais, é organizado pela Concessionária Rota do Oeste em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Neste ano, a edição realizada em Cuiabá entre os dias 3 a 5 de maio atendeu 1.361 motoristas e marcou a abertura das ações do Maio Amarelo, movimento internacional que busca sensibilizar a sociedade sobre o alto índice de mortos e feridos no trânsito.

O foco do programa é a saúde e o bem-estar dos caminhoneiros, principal usuário da BR-163 e 364. O Parada Legal disponibilizou gratuitamente exames clínicos como eletrocardiograma, de visão, aferição de pressão, consulta psicológica, testes de estresse e de glicemia.

Os participantes também têm a oportunidade de receber massagem, consultar a situação de sua carteira de motorista e assistir a palestras educativas sobre o trânsito ministradas por uma equipe da PRF. Todos os serviços são realizados por meio de parcerias.

Segundo dados da Rota do Oeste, em 2016 foram 2.173 motoristas atendidos em três edições do Parada Legal. Em 2015, foram 2.511 motoristas atendidos e em 2014, 1.209 motoristas.

Maio Amarelo

O movimento busca colocar em evidência o tema segurança viária, mobilizando toda a sociedade, Poder Público e iniciativa privada. O tema deste ano é “Minha Escolha Faz a Diferença” e 640 caminhoneiros participaram das ações em Mato Grosso.

Marcado por um laço amarelo, o movimento tem como foco promover atividades voltadas à conscientização, ao amplo debate das responsabilidades e à avaliação de riscos sobre o comportamento de cada cidadão, em seus deslocamentos diários no trânsito.

10 passos para ser um bom profissional

1- Check list diário


Verificar diariamente as condições de funcionamento do veículo antes de sua utilização (check list diário)

2-Organização


Zelar manter organizado e limpo seu equipamento e o local de trabalho

3-Segurança e economia


Conduzir o veículo com total segurança e de modo mais econômico possível

4-Treinamento 


Participar de treinamento e capacitação funcional quando solicitado e reciclar-se periodicamente para conduzir veículos.

5-Atualização


Estar sempre atualizado com as leis e normas de trânsito

6-Manutenção


Comunicar imediatamente a chefia a necessidade de reparos no veículo

7-Documentação


Verificar a documentação do veículo antes do início da jornada

8- Carga e descarga


Controlar a carga e a descarga de mercadorias

9-Procedimentos seguros


Executar procedimentos para garantir a segurança da carga

10-Direção segura


Dirigir o veículo com total tranquilidade afim de evitar acidentes

Fonte: O Carreteiro 

Dica do Dia: Oito maneiras de se alimentar bem na estrada

A obesidade é um problema de saúde muito comum entre os carreteiros.

O fato de permanecerem sentados a maior parte do dia, fazer refeições quase sempre fora de casa e em restaurantes à beira das rodovias e terem pouco tempo para realizar uma atividade física, compõem uma rotina diária que facilita o aumento do número de profissionais acima do peso ideal, provocada basicamente pelo o acumulo de gordura no corpo.

A obesidade é uma epidemia mundial e acarreta uma série de outras complicações como dores nas costas e nas articulações, pressão alta e diabetes.

Com algumas mudanças simples nos hábitos alimentares é possível se alimentar melhor e como consequência ganhar qualidade de vida.

 

1- Evitar frituras e optar por grelhados ou assados

Os óleos vegetais quando aquecidos se transformam em gordura ruim e o excesso de consumo dessas gorduras pode resultar em pressão alta.

 

2-Se optar por lanches prefira recheios como filé de frango, atum, com salada, queijo branco, e de preferência, sem maionese

Alguns lanches são muito calóricos, ricos em gorduras e colesterol, que se consumidos em excesso podem elevar os níveis de colesterol e triglicérides no sangue, facilitando o surgimento de doenças do coração, entre outras.

 

3-Aumente consumo de frutas e legumes

As frutas e legumes são excelentes fontes de uma grande variedade de nutrientes e vitaminas.

 

4– Opte por restaurantes por quilo ou Bufês, onde será possível controlar a quantidade e o tipo de comida

Os restaurantes por quilo oferecem opções diversas de saladas, carnes magras e legumes. Mas é importante não cair nas tentações de guarnições gordurosas como batata-frita, pastel, torresmo, entre outros.

 

5-Prefira massas sem recheio, como espaguete e talharim com molhos a base de vegetais ou tomate

As massas sem recheio têm menos caloria do que as recheadas. As massas integrais  são boas opções, pois são ricas em nutrientes e fibras que colaboram com o bom funcionamento intestinal.

 

6-Se fizer refeições na churrascaria evite o consumo de carnes gordas, como picanha, cupim e linguiça. Prefira carnes magras como lagarto, alcatra, maminha, frango e peru.

A ingestão exagerada de proteínas e gorduras de qualidade ruim pode resultar em problemas de hipertensão arterial, devido ao alto teor de sal e doenças cardiovasculares, em virtude da circulação ineficiente, ocasionada pelo depósito de gorduras nas artérias e aumento de ácido úrico

7-Evite o consumo de embutidos como salame, salsicha, mortadela

Os alimentos embutidos, tais como salame, mortadela, presunto etc, e os queijos amarelos (mussarela, prato e parmesão) são ricos em sal e gorduras portanto devem ser pouco consumidos ou até excluídos da dieta de pessoas com hipertensão arterial.

8-Dias muito quentes aumente o consumo de água e evite refrigerantes

Especialistas recomendam o consumo diário de no mínimo 2 litros de água. Pessoas desidratas apresentam menor volume sanguíneo do que o normal o que pode atrapalhar o funcionamento do coração. A falta de água pode causar fraqueza, tontura dor de cabeça e fadiga. Em dias quentes, tenha sempre uma garrafa de água por perto.

 

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Fonte: O Carreteiro