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O tempo passa, mas algumas sensações nunca envelhecem.

Os anos de experiência de um motorista ficam marcados na memória, mas existe uma coisa que, apesar do tempo, não muda nunca no coração do estradeiro: aquela sensação de liberdade que faz o camarada se sentir livre como uma criança.

A vida de caminhoneiro é uma viagem cheia de emoção e aventura. Começa com a partida e a sensação de ter o mundo na ponta dos dedos. Quando o pé encosta no acelerador, a potência do motor puxa o bruto para a frente, o vento começa a soprar mais forte e a estrada vira um tapete por onde passa um homem que carrega tanta simplicidade, liberdade e esperança que mais parece um menino sonhador. E quando o parceirão de estrada anda equipado só com coisa fina? Aí, meu amigo, a tranquilidade ganha espaço, a preocupação de ficar pelo caminho some e dirigir fica tão bom quanto as brincadeiras de infância.

Na semana da criança, a ZF passa para lembrar que está sempre ao seu lado para garantir a liberdade e a proteção de que você precisa para rodar despreocupado.

Boa viagem e seguimos em frente juntos!

8 perrengues que todo caminhoneiro já passou

A vida de estradeiro é cheia de desafios e aventuras. Por isso, resolvemos reunir uma lista de 8 perrengues que todo caminhoneiro já passou. Confira os perrengues a seguir e veja se você se identifica com algum deles.

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Imagem: Arapondoar

1. Passar por um trecho ruim

carro deveria saber sobre caminhoes buraco

Quem nunca teve que rodar por uma estrada ruim? Buracos, pavimentação gasta e muitas vezes até a falta de pavimentação dificultam a vida do motorista e do caminhão.

De acordo com Alexandre Capelli, engenheiro da Iveco, as partes mais afetadas por estradas difíceis são os componentes de suspensão do bruto – eixos, molas, amortecedores, cubos e rolamentos, suportes. Porém, chassi e outros elementos estruturais também podem ser comprometidos. As baterias também podem sofrer deterioração acelerada em função da vibração excessiva.

2. Caminhão quebrado

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Quem nunca ficou na mão por causa de algum problema no caminhão? O motorista pode ser surpreendido por algum imprevisto mas, na maioria das vezes, um caminhão que quebra no meio da estrada já estava dando sinais de algo não ia bem.

Por isso, fazer check-up com certa regularidade e investir em manutenção preventiva pode evitar esse tipo de perrengue, além de te fazer economizar uma boa grana.

3. Fazer gambiarra

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Quando o caminhão apresenta um problema no meio do percurso, muitos estradeiros decidem fazer uma gambiarra para poderem seguir viagem. Quem nunca?

A gambiarra pode salvar o motorista caso o lugar seja perigoso demais de ficar parado ou caso ele precise chegar logo ao seu destino. Mas não vale deixar a gambiarra ali para sempre! O ideal é consertar o caminhão assim que o motorista se encontrar em um lugar seguro e adequado para isso.

4. Perigo de roubo de carga e assalto

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Imagem: TV Globo /Reprodução

Seja durante a noite ou durante o dia, em trechos isolados ou quando o veículo quebra e o motorista é obrigado a parar e aguardar por ajuda – um risco constante que o estradeiro passa é o de roubo de carga e assalto.

A insegurança da profissão preocupa as famílias dos caminhoneiros e tira o sono de muitos. Mesmo que um motorista nunca tenha passado por essa situação, o temor de sofrer um assalto é algo que todo caminhoneiro já sentiu.

5. Veículos mais lentos na estrada

protesto na BR 381
Imagem: Divulgação/Estradas

Quem nunca ficou “preso” por um veículo lento – grande ou pequeno – sem poder ultrapassar? O parceiro Fábio Nunes conta que no trecho da BR 452 entre Itumbiara Goiás e Rio Verde isso é comum.

Ele explica que há uma usina na região de Itumbiara e que os caminhões, que possuem velocidade controlada, chegam a parar a rodovia pelo grande movimento. “Aquele trecho já parou da hora do governo duplicar. É um trecho pouco fiscalizado pela PRF”, relata Fábio.

6. Precisar ir ao banheiro e não ter onde ir

perrengues banheiro

Essa é clássica! As vezes o motorista té encontra um local com banheiro, mas as condições são bem ruins. Infelizmente a falta de estrutura de postos e paradas faz com que muitos estradeiros passem por esse tipo de perrengue.

7. Almoço muito caro

perrengues almoco
Imagem: Guia da Semana

Existem opções de almoço que cabem no bolso do estradeiro. Mas já passou aquele perrengue de não encontrar um lugar em conta e ter de pagar caro pela refeição? Muitos motoristas já passaram.

Para evitar esse problema, alguns pesquisam com antecedência o local que pretendem parar ou levam consigo a caixa cozinha, para prepararem o próprio almoço.

8. Dor nas costas

perrengues dor nas costas

Um caminhoneiro pode passar horas na mesma posição, dependendo da duração da viagem. Essa rotina infelizmente pode causar dores nas costas, um perrengue que todo profissional do volante já sentiu na pele.

O melhor a fazer é tentar prevenir as dores: fazer intervalos de duas em duas horas para alongar o corpo e colocar um apoio no assento do banco podem ajudar, segundo o Detran.

Fonte: Trucão

Famosos que já foram caminhoneiros

A estrada é o palco dos caminhoneiros e algumas celebridades que já ganharam a vida dentro da boleia de um caminhão. Ficou curioso? Confira abaixo alguns nomes.

Elvis Presley, o rei do Rock

Sim, o astro do Rock já foi caminhoneiro antes de sua voz conquistar o mundo. Em 1954, Elvis trabalhou para a Crown Electric Company dirigindo um caminhão.

Wando, o rei das calcinhas

Antes de subir ao palco e receber uma chuva de calcinhas, o cantor brasileiro trabalhou como motorista de caminhão e feirante no Rio de Janeiro.

Sean Connery, o agente secreto James Bond

O escocês é famoso por interpretar o agente secreto James Bond nas telas, mas antes da fama, chegou a fazer uns bicos como motorista de caminhão.

Viggo Mortensen do Senhor dos Anéis

O ator trabalhou como caminhoneiro na Dinamarca no início dos anos 1980, antes de iniciar sua carreira na sétima arte. Posteriormente, ganhou fama interpretando Aragorn na trilogia O Senhor dos Anéis.

Al Capone, o gangster

Antes de cometer atos ilícitos, o gangster de Chicago, Al Capone, se sustentava de forma correta e digna dirigindo caminhão.

Uma profissão, uma paixão, não importa, ser caminhoneiro é grandioso e para chegar no seu destino com conforto e segurança, você pode utilizar a rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto, que dá acesso à região metropolitana de São Paulo, Aeroporto de Guarulhos, litoral Norte de São Paulo, porto de Santos e São Sebastião e ao Rio de Janeiro. Contamos com uma equipe pronta para te atender 24h em caso de emergência. Ligue para 0800 777 0070 ou utilize nosso call box, disponível a cada 1km de pista.

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Quais os principais problemas enfrentados por caminhoneiros?

Para ser um caminhoneiro é preciso amar muito a rotina da estrada. Mais do que uma profissão, esse é um estilo de vida. Deixar a estabilidade de viver em uma só cidade para trabalhar viajando pelo país é uma grande aventura. Mas nem só de amor vive este profissional.

Mesmo gostando muito do que faz, o motorista precisa enfrentar uma série de desafios e dificuldades. O dia a dia do caminhoneiro não é nada fácil. Com isso, além do desejo por continuar pelas estradas, ele precisa também se preparar para os obstáculos do cotidiano.

Quer saber quais são os principais problemas de caminhoneiros que ofuscam a paixão pela boleia? Aqui, abordamos os desafios profissionais e apresentamos caminhos para contorná-los. Pegue uma carona neste post e acompanhe nossas dicas!

Quais são os principais problemas de caminhoneiros?

Insegurança

Certamente esse foi um dos primeiros aspectos que apareceram na sua mente quando falamos de problemas enfrentados pelos motoristas de caminhão. Infelizmente, a falta de segurança é uma realidade no nosso país. Nas estradas não seria diferente, não é mesmo?

Pelas nossas rodovias são transportadas, todos os dias, cargas de muito valor. Afinal, os caminhoneiros são responsáveis por uma parte significativa da distribuição de produtos pelos estados brasileiros. Tanta riqueza chama atenção de criminosos, que acabam se organizando para abordar motoristas e realizar saques.

Esse risco existe quando o caminhão está em movimento nas estradas, mas também quando precisa parar em pontos de apoio que não têm a estrutura adequada. Enquanto uma segurança reforçada no Brasil ainda não se faz presente, é possível pode tomar alguns cuidados para se prevenir. Abordaremos esse ponto ao longo deste post.

Más condições nas estradas

Junto com a insegurança, esse item é um dos principais problemas enfrentados pelos caminhoneiros. Todos que precisaram trafegar pelas rodovias brasileiras já conhecem as dificuldades estruturais. Se a má estrutura atrapalha, até mesmo, os veículos de passeio durante uma viagem, sem dúvida é um grande obstáculo para quem ganha a vida nas estradas.

Estamos falando de buracos, falta de acostamento, vias mal sinalizadas e rodovias não duplicadas. Todas essas características tornam a viagem mais demorada e perigosa. Além de precisar reduzir muito a velocidade e passar mais tempo dirigindo, o motorista fica mais exposto a acidentes.

Não bastasse todas essas consequências, o prejuízo financeiro também assombra quem tira seu sustento viajando. Isso porque as más condições das estradas geram problemas no caminhão. Afinal, nenhuma máquina suporta tantos solavancos. A manutenção de sistemas — como o de suspensão — acaba virando uma rotina mais frequente do que o esperado.

Panes mecânicas ou elétricas

Outro medo com o qual o caminhoneiro convive é a possibilidade de enfrentar panes no caminhão. Ficar parado no meio da estrada para resolver um problema não é nada interessante. Isso pode significar risco de assalto, cansaço excessivo, atraso na entrega e prejuízos financeiros.

O controle de manutenções pode minimizar muitos esse risco. Entretanto, há sempre a possibilidade de enfrentar imprevistos. O seu melhor amigo pode deixar você na mão algumas vezes, seja por falta de cuidados preventivos ou mesmo por problemas que fogem ao seu controle.

Falta de pontos de apoio

Dentre os principais problemas de caminhoneiros também podemos citar a inadequação dos postos de parada. Sabemos que a chamada Lei do Descanso veio para proteger o profissional e garantir que ele não se lance em jornadas de trabalho exaustivas, que muitas vezes colocam em risco a própria vida e a de outras pessoas.

Entretanto, muitos motoristas enfrentam o desafio de não ter onde parar quando chega o horário de descanso. Afinal, não é qualquer lugar que oferece condições para uma parada confortável — principalmente em relação à segurança. Com isso, vários profissionais precisam dirigir à noite para chegar até um ponto de parada melhor.

Passar noites sem dormir nunca será a opção ideal. Mesmo que você tenha facilidade em dirigir nessas condições, a falta de iluminação atrapalha muito a função e exige ainda mais do seu corpo, aumentando o cansaço. Mapear os pontos de apoio adequados e continuar lutando por melhores condições é necessário.

Dificuldades financeiras

Que caminhoneiro nunca precisou lidar com o aperto no orçamento? Infelizmente, as dificuldades financeiras fazem parte da vida de muitos desses profissionais. Em épocas de crise econômica, como a que estamos enfrentando no país, essa é uma dificuldade ainda maior. Com a baixa, algumas empresas suspendem processos e cortam gastos, influenciando nos ganhos dos caminhoneiros.

O profissional autônomo ou o gestor de pequenas frotas também precisa realizar ajustes nos custospara manter suas margens de lucro nesse cenário crítico. Rever valores do frete, estreitar parcerias, aperfeiçoar as rotas e dirigir com mais economia são algumas atitudes que podem minimizar os efeitos da crise nessa área de trabalho.

Também é importante que o caminhoneiro reveja o seu orçamento doméstico e se adapte à nova realidade. É claro que todos desejam que a crise não dure muito tempo, mas enquanto ela se faz presente é necessário cortar gastos em casa e aprender a economizar mais. Assim, você enfrenta as dificuldades sem desequilibrar suas finanças.

Saudade da família

Por fim, a distância das pessoas que ama também é um grande problema enfrentado pelo caminhoneiro. Conseguir estratégias para passar mais tempo com a família é um dos maiores desafios de quem precisa pegar mais cargas para aumentar o conforto em casa. É importante lembrar que o dinheiro não substitui a sua presença.

Junto com a saudade da família há outro sentimento muito forte na vida do caminhoneiro: a solidão. Além de estar longe dos pais, da mulher e dos filhos, o motorista também não convive de perto com os amigos e nem com os colegas de trabalho. Afinal, essa é uma função solitária.

Com o passar dos dias, pode ficar bem difícil estar tão sozinho. A boleia, grande amiga do caminhoneiro, geralmente está recheada de memórias. As músicas também são fontes de conforto durante as viagens. E, claro, os momentos de parada servem, além do relaxamento, para conversar e fazer novos amigos.

Quais são os problemas de saúde mais comuns entre caminhoneiros?

Além das dificuldades de ordem prática e emocional, o motorista de caminhão está mais exposto também a algumas questões de comprometimento de saúde. Na verdade, toda profissão gera riscos ocupacionais específicos, relacionados às condições de atuação do trabalhador.

Não é à toa que nossa legislação de segurança do trabalho está sempre se atualizando. Proteger as pessoas em seu ambiente de atuação deve ser um dos principais objetivos de governos e empresas. Conheça a seguir os problemas de saúde mais comuns em quem dirige caminhões:

Sobrepeso ou obesidade

A rotina alimentar durante as viagens não é das melhores. Por isso, o excesso de peso está entre os problemas de caminhoneiros. Muito além da questão estética, o sobrepeso e obesidade trazem vários riscos à saúde, principalmente quando relacionados a um cotidiano de sedentarismo e má alimentação.

Ou seja, o problema não é exatamente estar acima do peso, mas acumular muita gordura corporal em consequência de uma rotina nada saudável. Em geral, os caminhoneiros se alimentam bastante com produtos industrializados pela praticidade, e comem em restaurantes que abusam de óleos e comidas gordurosas.

Algumas consequências dessa rotina são: sensações de desconforto abdominal frequentes, dificuldade de digestão e aumento da gordura corporal. O sopreso ou a obesidade podem gerar outros problemas, como falta de disposição física, dificuldades respiratórias e até questões mais graves.

Hipertensão

Esse é um dos problemas de caminhoneiros que está relacionado à má alimentação e à falta de exercícios físicos, além de outros hábitos ruins, como o fumo. A pressão alta é uma doença perigosa, pois tem muita relação com o aumento de doenças cardiovasculares. Quem já desenvolveu esse problema precisa de acompanhamento médico e tratamento adequado.

Além da hipertensão, é comum entre os caminhoneiros o aumento das taxas de colesterol e triglicérides, consequências do excesso de gordura no sangue. Esse fato também eleva o risco de acidentes vasculares e ataques cardíacos. Por isso, é preciso ficar atento aos hábitos e passar por exames médicos frequentes para conhecer suas condições de saúde.

Doenças infectocontagiosas

Pela sua realidade de trabalho intenso e de viagens constantes o caminhoneiro fica também mais exposto a adquirir doenças causadas por vírus e bactérias. É o caso de viroses, infecções, hepatite e, até mesmo, doenças sexualmente transmissíveis.

É importante tomar os cuidados para aumentar a sua imunidade e se prevenir.

Como lidar com as situações na estrada?

Abasteça apenas em postos confiáveis

Para evitar panes durante uma viagem ou problemas prolongados no seu caminhão devido ao uso de combustível adulterado, tenha a certeza de abastecer em lugares de confiança. Infelizmente, às vezes é difícil saber, com certeza, se o local está agindo conforme a lei, mas alguns cuidados ajudam nessa prevenção.

Você certamente conhece vários caminhoneiros, não é mesmo? Trocar dicas sobre postos de qualidade é uma boa maneira de evitar esse problema. Além disso, você pode procurar opiniões ou denúncias na internet. Desconfie quando houver uma diferença muito grande entre um posto e outro e observe também como seu caminhão reage depois de abastecer.

Não dê caronas

Há alguns anos o hábito de trocar caronas e fazer amigos na estrada era muito comum entre os motoristas de caminhão. Infelizmente, os tempos mudaram e hoje essa prática é um grande risco e expõe você a um dos principais problemas de caminhoneiros: a insegurança.

Sim, aquela pessoa simpática solicitando uma ajuda pode criar uma armadilha para roubar sua carga ou seus pertences mais na frente. Para se precaver, não dê caronas para nenhum desconhecido. E lembre-se: um colega feito em um ponto de parada ou durante um almoço não virou necessariamente seu conhecido. Tenha muito cuidado!

Fique atento às condições de dirigibilidade

Muitas situações ruins enfrentadas pelo caminhoneiro na estrada têm a ver com as condições de direção. Perceber as dificuldades e se adaptar a elas é fundamental para que você trafegue com segurança. Você deve diminuir a velocidade em trechos com muitos buracos ou curvas mais perigosas, por exemplo.

Quando for preciso dirigir à noite, redobre os seus cuidados. Fique muito atento à estrutura da estrada e ao comportamento de outros motoristas. Nesse horário, pequenos sustos com outro carro, caminhão ou algum buraco na estrada podem causar acidentes e grandes prejuízos.

Faça paradas e relaxe o corpo

Para lidar com os problemas de caminhoneiros você precisa estar bem. Antes de pegar a estrada é essencial avaliar suas condições e ter a certeza de que está disposto a enfrentar as horas na direção. Parar de tempos em tempos para relaxar o corpo e fazer alongamento também é muito importante.

Quando você dirige cansado, qualquer imprevisto na estrada ganha proporções maiores — fica mais difícil reagir no tempo adequado, por exemplo. Por isso, tenha consciência e planeje todos os seus pontos de parada. Caso sinta necessidade, você também pode fazer pausas não planejadas. Esse não é um tempo perdido, pois você volta para a boleia com mais atenção e energia.

Leve kits de mecânica básica e de primeiros socorros

Outra maneira de se preparar para lidar com as situações da estrada é ter kits emergenciais. Um para você e outro para o seu caminhão. Leve sempre na sua bagagem os remédios que você toma com frequência e alguns outros que podem ser necessários. Medicamentos para dores de cabeça e resfriados são bem-vindos. Além disso, tenha materiais para limpar feridas e fazer curativos.

Em relação ao caminhão, é claro que você não precisa ter grandes conhecimentos mecânicos e nem vai poder resolver problemas sérios sozinho na estrada. Mesmo assim, é possível dar um jeito em algumas dificuldades pontuais para evitar ficar parado na rodovia. Ter alguns equipamentos básicos pode ajudar você a chegar até o próximo ponto de parada.

Respeite as leis de trânsito

Muitos problemas na estrada podiam ser extintos se todos praticassem a direção defensiva. Você, que é motorista profissional e tem experiência com as diversas situações enfrentadas em uma viagem, tem a responsabilidade de dirigir por si mesmo e pelos outros. Muitos motoristas são inexperientes e acabam causando riscos sem perceber.

Respeitar todas as leis de trânsito e estar atento às informações da rodovia é fundamental para uma boa prática. Lembre-se sempre que a legislação existe para proteger as pessoas e salvar vidas. Usar o cinto de segurança, andar na velocidade adequada e fazer apenas ultrapassagens responsáveis são atitudes que preservam a sua integridade e a de todos.

Outro ponto essencial é não ter distrações. A estrada precisa de toda a sua atenção. Perder-se em uma conversa muito animada, em excesso de cansaço ou em ligações telefônicas são atitudes perigosas, pois tiram a sua concentração. Nessas condições, seu tempo de reação é prejudicado e o risco de acidentes aumenta.

Tenha o apoio de uma proteção veicular

Por fim, para lidar bem com as diversas situações da estrada é importante se precaver além de si mesmo. Ainda que você tome todos os cuidados preventivos, nem sempre é possível fugir de perigos ou panes imprevistas. Para essas horas, a melhor solução é contar com apoio.

Quem trabalha em frotas provavelmente conta com o suporte da empresa e equipamentos modernos, como rastreadores. Para os motoristas que atuam de forma independente, entrar em uma cooperativa é uma ótima opção. Você protegerá seu caminhão e contará com vantagens como suporte à emergência 24h, assistência para reparo e cobertura contra roubo.

Como se preparar para enfrentar uma rota?

Acabamos de ver algumas dicas para lidar com situações da estrada. Mas há outros cuidados que você precisa ter antes de viajar. Assim, é possível rodar com mais segurança e evitar alguns dos riscos que apresentamos ao longo deste texto. Veja o que fazer:

Planeje a melhor rota

A sua viagem começa muito antes de você ligar o caminhão e acelerar. O planejamento da rota é a principal atitude preventiva em relação aos problemas de caminhoneiros. A maioria das dificuldades pode ser evitada ou minimizada com essa prática.

Na hora de planejar sua viagem fique atento à escolha das rodovias por onde vai trafegar. Prefira sempre ir por estradas conhecidas. Se fizer algum tempo que você não passa por alguma, informe-se sobre as condições atuais dela. Evite rodar por estradas com estrutura precária ou maior risco de assalto.

Além disso, programe bem as suas paradas e dê preferência por viajar durante o dia e descansar à noite. É importante pensar nas condições físicas: os hormônios do sono agem melhor no período noturno. Assim, trocar os horários não é a melhor opção — você terá mais dificuldade para dormir durante o dia e dirigir à noite.

Tenha atenção também com a carga que você levará. Conheça as condições de armazenamento e tome todos os cuidados necessários com ela. Lembre-se de estar com a documentação adequada para não ter problemas com a fiscalização de algum estado por onde for passar.

Mantenha a manutenção do caminhão em dia

Essa é outra prevenção importantíssima antes de pegar a estrada. Quem trabalha viajando precisa dar a devida importância para as manutenções preventivas. Elas podem evitar muitos problemas de caminhoneiros. Afinal, ninguém quer ficar parado na estrada por uma pane mecânica ou precisar interromper a viagem para consertar algo, não é mesmo?

Todos os gastos com o caminhão são investimentos. Tenha cuidado com o desgaste das peças e faça todas as revisões em dia. Além disso, observe o funcionamento dele antes de partir. Calibre todos os pneus, verifique se as luzes e o limpador de para-brisa estão em boas condições e cheque os níveis de água, óleo e combustível.

Esteja em boas condições físicas e mentais

Você só pode se preparar para fazer uma rota se estiver bem. Evite começar uma viagem se está se sentindo mal fisicamente ou com algum problema emocional (muito triste ou irritado, por exemplo). Esses estados afetam suas condições de dirigir e podem expor você a riscos desnecessários.

Aqui vale um reforço: dormir bem antes de viajar é essencial. O sono é um dos principais vilões na estrada. Muitos acidentes, inclusive com morte, poderiam ser evitados se as pessoas tomassem esse cuidado básico. Por isso, não force os seus limites. Certifique-se de estar descansado o suficiente para pegar a estrada.

Além do sono, cuide também da sua alimentação. Fazer refeições leves antes de viajar ajuda a evitar desconfortos e manter-se concentrado. Levar alimentos, como frutas e barras de cereal, é uma boa dica. Beber bastante água também é importante — a desidratação pode atrapalhar sua direção e causar problemas de saúde.

Como a tecnologia auxilia o dia a dia dos caminhoneiros?

A modernização dos caminhões e o uso da tecnologia nas viagens facilitou muito a vida dos motoristas, minimizando vários problemas de caminhoneiros. A partir desses avanços, os veículos ficaram mais confortáveis, a logística foi aperfeiçoada e o motorista passou a ter mais qualidade de vida. Veja algumas ferramentas que podem ajudar muito no seu dia a dia:

GPS

Esse equipamento já ganhou espaço certo na rotina do caminhoneiro. Planejar as rotas e realizar as viagens fica muito mais prático quando você pode contar com a tecnologia. O risco de se perder nas estradas é quase nulo. Além disso, o GPS também pode ser usado pelas empresas para acompanhar o trajeto do motorista e prestar suporte sempre que necessário.

Rastreadores

Essa tecnologia garante mais segurança para quem ganha a vida nas estradas brasileiras. O administrador de frotas pode controlar seus caminhões por meio de rastreadores ou pode também contratar o serviço de empresas especializadas. Ter esses equipamentos inibe roubos e furtos e, quando eles acontecem, permite recuperar a carga e o caminhão.

TruckPad

Esse é um aplicativo que você pode instalar no seu celular. O objetivo dele é oferecer cargas para caminhoneiros autônomos. Nele você vai ter contato com anúncios de frete e pode negociar diretamente com a pessoa que está querendo contratar seu serviço. O aplicativo também oferece outras funcionalidades, como serviços de apoio e compartilhamento de notícias.

SocialFuel

Esse é outro aplicativo muito interessante para o caminhoneiro. Ele mapeia os preços de combustíveis praticados em diversos postos pelo Brasil. Permitindo, assim, que você encontre o menor preço no trajeto que vai percorrer.

uCar

Nesse aplicativo você pode gerir os custos que tem com o seu caminhão. É possível registrar todos os gastos com manutenção, limpeza e abastecimento, por exemplo. Assim, você terá sempre à mão as estatísticas sobre o dinheiro que investe no seu negócio.

Neste post você tem um conteúdo completo sobre os principais problemas de caminhoneiros e as melhores formas de enfrentá-los. Essa, sem dúvida, não é uma profissão fácil. Ainda assim, é muito gratificante. Afinal, você não planeja deixar de curtir a liberdade da estrada tão cedo, não é mesmo? Seguindo as dicas que compartilhamos aqui você estará mais seguro e com melhores condições para dirigir e enfrentar as dificuldades da estrada.

ENTREVISTA – Como é ser caminhoneiro nos Estados Unidos?

Felipe Ramos tem 29 anos, morava em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e desde 2015 vive nos Estados Unidos. Ele deu uma entrevista para o Blog do Caminhoneiro, contando um pouco sobre como é ser brasileiro nos Estados Unidos, e como é ser motorista de caminhão na América do Norte, um sonho para muitos brasileiros.

Trabalhando em uma transportadora no Rio Grande do Sul, onde vivia, mas não como motorista, ele decidiu que morar nos EUA seria um passo importante para sua vida. Como não é casado e não tem filhos, a decisão foi mais fácil. “Eu não tinha uma vida ruim, no Brasil nunca me faltou nada, mas eu queria tentar”, destaca Felipe.

O primeiro passo foi ir para os Estados Unidos e procurar um trabalho que conseguisse pagar as contas. Inicialmente teve apoio de uma prima, que mora em Nova Iorque, mas posteriormente foi morar sozinho. Também foi necessário aprender falar inglês fluentemente, e esse processo inicial durou cerca de um ano.

Após conseguir o Green Card, obteve a carteira de motorista profissional, mas ainda assim é dificil de conseguir a primeira oportunidade como motorista de caminhão. “As empresas pedem pelo menos seis meses de experiência, e as empresa que dão mais oportunidade para quem está começando é para ficar três semanas viajando e um final de semana em casa, e eles não pagam bem”, completa. Felipe começou trabalhando em uma empresa pequena, com três caminhões.

Algumas empresas nos Estados Unidos pagam o processo de emissão da carteira de motorista profissional para os motoristas que estão iniciando, mas com contrato de no mínimo dois anos de trabalho. Outras empresas tem processos seletivos mais “fracos” para os candidatos, que permitem que novos caminhoneiros, com pouca ou nenhuma experiência, consigam a primeira oportunidade. O custo da carteira de motorista profissional nos Estados Unidos pode chegar a até US$ 5.000.

Trabalhando como motorista profissional desde outubro de 2017, Felipe conta que começou em uma empresa pequena, com três caminhões, que faziam dois tipos de serviço. Na primavera e verão, faziam serviço com carretas basculantes, e no inverno o transporte de gás propano, com carretas tanque. Por causa desse serviço, além da carteira de motorista, é necessário um curso especial de transporte de produtos perigosos e outra carteira, especial para tráfego dentro de portos.

Posteriormente trabalhava com transporte de containeres, em outra empresa. Como era pouco serviço, ganhava uma salário bem menor. Depois conseguiu trabalho com o caminhão de um outro motorista, também brasileiro, que comprou um segundo veículo e precisava de um motorista. Desde então presta serviços assim.

Por trabalhar em uma empresa pequena, Felipe diz que ganha até melhor que motoristas de transportadoras grandes. Ele recebe como autônomo e paga os próprios impostos. Os motoristas profissionais dos Estados Unidos, que trabalham localmente, estão recebendo uma média salarial líquida de US$ 900,00 por semana, cerca de US$ 3.600 por mês. Os motoristas que trabalham em viagens mais longas, passando mais tempo longe de casa, recebem uma média salarial de até US$ 1.400,00.

Fazendo uma média de até oito entregas por viagem, Felipe nos conta que trabalha em rotas praticamente fixas, entre Massachusetts e Michigan, variando pouco. As viagens tem cerca de 850 milhas no total. A empresa para a qual presta serviços recebe cargas da região e de estados próximos e as viagem de Felipe iniciam sempre no sábado. Além de fazer as entregas, Felipe faz a organização das cargas para entrega, que muitas vezes são colocadas nos mesmos pallets mas são para endereços diferentes. Esse trabalho é conhecido como Lamper, e gera um extra para o caminhoneiro, que chega a aumentar o salário em cerca de 25%.

Apesar de passarem bastante tempo na estrada, os motoristas de caminhão tem uma estrutura à disposição para parada, descanso e alimentação que, como diz Felipe, é melhor do que em casa. Apesar de serem cobrados, os serviços à disposição são muito bons. O serviço é gratuito para quem abastece mais de 80 galões de diesel, cerca de 300 litros. Sem o abastecimento, o custo médio do banho é de US$ 12,00. Porém o motorista tem à disposição um banheiro completo e exclusivo, e não só o chuveiro em banheiros coletivos, como é no Brasil.

Caminhão que trabalha atualmente, Volvo VNL 1998

Morando nos Estados Unidos há quatro anos, Felipe diz que qualquer um que queira ir morar nos Estados Unidos tem que estar ciente que precisará recomeçar a vida, sem profissão. A experiência adquirida fora dos Estados Unidos não é válida no país. Por isso, antes de ser caminhoneiro, trabalhou com construção civil, até se estabilizar e conseguir a carteira de motorista profissional.

Também é necessário, para quem pretende ir trabalhar nos EUA, que tenha disposição para aprender e não pode ter preguiça, ainda mais se souber pouco ou nada da língua inglesa, pois é necessário se destacar profissionalmente para poder crescer e ganhar dinheiro no país.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

O que pode mudar na vida do caminhoneiro com o Marco Regulatório?

Nas últimas semanas, um relatório para a criação do Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas foi apresentado em uma comissão especial da Câmara dos Deputados. A previsão é que as emendas sejam discutidas em 5 sessões para que o texto siga para o Senado, o que deve ocorrer somente em 2018.

A definição de um marco regulatório é uma demanda dos transportadores rodoviários de cargas. Além de unificar a legislação sobre o setor, o objetivo é reduzir divergências que impactam na segurança jurídica e refletem em prejuízos para empresários e autônomos. Mas na prática, algumas das medidas preocupam estradeiros e especialistas do segmento, visto que há possibilidade de aumento de custo operacional, que pode ser repassado para o frete.

Período mínimo de descanso

Um dos itens do Marco Regulatório é a instituição de um período mínimo de 8 horas de descanso diário para motoristas. A atual legislação estabelece um limite maior – segundo a Lei 13.103, o mínimo de descanso para o motorista é de 11 horas, que podem ser divididas em 9 horas mais 2 horas. Porém, muitos não respeitam a norma a acabam trabalhando direto por mais tempo, o que coloca em risco não só o próprio motorista e a carga, mas todo o trânsito.

Tempo de espera

Outro item fala sobre o tempo em que o motorista fica parado em filas ou esperando para carregar ou descarregar. Na antiga legislação, a Lei 12.619 considerava tempo de espera as horas que excedessem à jornada normal de trabalho do motorista, não sendo computadas como horas extraordinárias. Essas horas eram indenizadas com base no salário-hora normal acrescido de 30%. Hoje, segundo a Lei 13.103, quando esse tempo de espera é superior a 2 horas, pode ser considerado repouso, desde que não seja exigida a permanência do motorista junto ao veículo e o local ofereça condições adequadas. O marco regulatório pretende que essas horas sejam contabilizadas como horas trabalhadas.

Com essas mudanças, as transportadoras não descartam que os custos possam ser repassados nos fretes. “Todo segmento, quando impõe algum tipo de regulamentação acaba envolvendo custos. Não tenho dúvidas que, a partir do momento que nós tivermos regulado, isso irá gerar um custo que será passado para o contratante. No caso específico do agronegócio, com certeza a conta vai ser um pouco maior para o produtor”, afirma Miguel Mendes, da Associação dos Transportadores de Carga do Mato Grosso, para o Canal Rural.

Livre concorrência x preço mínimo do frete

De acordo com o deputado Assis do Couto, existem pontos negativos no marco regulatório, como por exemplo o artigo segundo do documento, que estabelece “regime de livre concorrência”, ou seja, permitindo que a atividade seja realizada por pessoas físicas ou jurídicas em livre concorrência. “Isso é um dispositivo para inviabilizar o nosso projeto que estabelece o Preço Mínimo do Frete (PL 528/2015) e que dá proteção aos caminhoneiros mais fracos, aos pequenos e aos autônomos”, explica. Para ele, a livre concorrência sepulta de vez o preço mínimo do frete. Outro ponto que pode prejudicar os autônomos, segundo Couto, é a restrição de posse de apenas um caminhão para essa categoria.

Fonte: Pé na Estrada escrito por Pietra Alcântara

O desafio de segurar o frete

Viver do próprio caminhão não tem sido fácil no Brasil. Não é tarefa para amadores e nem cabe romantismos. Além das diversas exigências básicas da atividade, tais como conhecimento do caminhão, das estradas e a convivência com os desafios impostos pela rotina da atividade, é imprescindível conduzir o negócio com eficiência e dentro das regras do mercado. Entre elas se destacam o seguro do veículo e o sistema de rastreamento, que aliados ao valor nem sempre satisfatório do frete, são elementos que pesam na lista de despesas do autônomo.

Diante dos altos índices de roubos de cargas chega a ser normal poucas empresas não se disporem a confiar suas mercadorias a motoristas que não contem com um desses dois serviços citados. Isso faz com que mesmo diante de todas as dificuldades financeiras enfrentadas pelo autônomo, ele seja obrigado a recorrer a sistemas de rastreamento, pois são comuns os casos em que motoristas alegam ter perdido viagens simplesmente pelo fato de não contarem com o sistema em seus caminhões.

Para a categoria, normalmente é alto o custo para segurar e equipar o veículo com sistema de rastreamento, mas além disso existe ainda, por parte das empresas, a possibilidade de análise do perfil do carreteiro, como aspectos da sua vida profissional e pessoal para que aceitem fazer seguro. E não raramente, as condições do equipamento também são levadas em conta, caso da contratação da carga. No quesito seguro, a Lei 11.442 diz que a empresa contratante dos serviços é a responsável pelos riscos da carga. Ou seja, como encarregada, a maioria opta por fazer o seguro, o que explica a exigência do sistema de rastreamento nos caminhões que vão levar a mercadoria.

O carreteiro José Anisio de Souza disse que já perdeu fretes porque atualmente se encontra sem condições de ter seguro e rastreamento no seu caminhão

Porém, não é todo carreteiro que se encontra em condições de ter seguro ou rastreamento em seu caminhão, como é o caso do sergipano de Poço Verde, José Anísio de Souza. Ele disse à reportagem da Revista O Carreteiro que no momento ele não tem faturamento para contratar seguro ou qualquer sistema de rastreamento. “Não está fácil seguir na profissão, e já perdi viagens por não ter o rastreador. Trabalho como autônomo há muitos anos e tenho a felicidade de nunca ter tido problemas de segurança, pois se tivesse, hoje eu não estaria preparado para lidar com eles”, relatou.

Parsifal Martins Guabiraba afirmou que a maioria dos motoristas autônomos tem seguro ou rastreamento, porque é condição necessária para conseguir frete

Já o cearense de Tabuleiro do Norte, Parsifal Martins Guabiraba, afirmou que hoje em dia, ter seguro do caminhão e equipamento de rastreamento é condição necessária para o carreteiro conseguir frete. “A maioria dos motoristas autônomos tem, embora muitos outros dispensem esses serviços por causa do preço”, explicou. Guabiraba garante que transportava sem seguro, mas nunca perdeu um frete por causa disso. “Mas eu vivia assustado e corria riscos desnecessários”, reconheceu.

Sem rastreador é complicado, porque a empresa bloqueia nosso cadastro e nos deixa sem carga e sem previsão de faturamento, observou Vantuil Martins

O faturamento baixo é uma grande dificuldade para o autônomo manter um sistema de segurança no caminhão, comentou o motorista Vantuil Martins da Silva, de Ituiutaba/MG. Ele disse que seu cargueiro conta com sistema de rastreamento, porém, houve um período em que ele trabalhou sem o equipamento. “É uma situação extremamente complicada para nós, porque se não temos rastreador a empresa bloqueia o nosso cadastro. Se não carregarmos ficamos sem previsão de faturamento e sem as mínimas condições de manter um sistema com custo mensal.

Para João Batista, que sempre trabalhou com sistemas de segurança no caminhão, rastreamento deve ser encarado como um item da lista de custos

Há carreteiros que sempre trabalharam com rastreador, como é o caso de João Batista Franco Borges, de Ituiutaba/MG. Proprietário de dois caminhões (um para seu uso próprio e outro para seu filho), ele calcula que  atualmente quase todas as empresas não deixam o motorista carregar sem ter rastreador no caminhão.

“Eu nunca perdi viagens, pois sempre tive esses sistemas de segurança, mas os colegas de profissão que não têm enfrentam dificuldades e estão quase parados. Borges acrescentou que rastreamento tem de ser encarado como mais um item na lista de custos, pois permite que o motorista viaje mais tranquilo. Outra observação feita por  ele é ter deixado de aceitar cargas para regiões com elevados índices de violência, como o Rio de Janeiro. “Não vou. Se fosse obrigado a rodar por estes lugares, abandonaria a profissão”, finalizou.”

SERVIÇOS  DIFERENCIADOS

De seguro total a apólices apenas para a carga ou por viagem, hoje diversas empresas especializadas têm diversificado os serviços que oferecem ao mercado. Como a máxima de que pesquisar sempre é a melhor opção, os motoristas conseguem contratar pacotes personalizados com valores reduzidos em relação aos comumente praticados. Se a opção é pelo rastreador, há uma infinidade de opções e variedades de dispositivos, incluindo aplicativos gratuitos para smartphones e tablets (DM).

Fonte: O Carreteiro

Celular na cueca salva caminhoneiros em cativeiro

Você já se perguntou o que faria em situações de perigo, como um assalto ou sequestro relâmpago? Nessas horas, pensar rápido e usar o que está a sua disposição pode salvar vidas. Foi o caso de um ajudante de motorista de 19 anos, que escondeu um celular na cueca durante um sequestro relâmpago e conseguiu acionar a polícia.

Graças ao pedido de socorro do jovem, a polícia pôde prender quatro adultos e apreender dois adolescentes, autores do sequestro, na noite de terça-feira, 10, em Guarulhos (Grande São Paulo). Além da mensagem, o ajudante enviou pelo celular a localização do cativeiro, no bairro dos Pimentas, onde havia mais quatro vítimas.

Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Entenda o caso

Segundo a polícia, um caminhão Iveco foi encontrado abandonado em Osasco (Grande São Paulo) por policiais militares. Ao verificar que o veículo era roubado, localizaram o dono da transportadora do caminhão, que mostrou aos policiais a mensagem que havia acabado de receber, por volta das 19h, do ajudante pedindo socorro. Seguiram para a avenida Marginal, em Guarulhos, onde funciona um lava-rápido.

O portão estava aberto e os policiais entraram. Dentro do local, se depararam com um estudante de 18 anos, que empunhava uma arma de brinquedo. Ele foi preso. No lava-rápido, encontraram também três vítimas, de 37, 34 e 19 anos, entre elas o ajudante que pediu socorro, em um cômodo, e mais duas pessoas, de 65 e 32 anos, em outro.

Ao lado dos cativeiros, em um corredor, estavam três suspeitos, de 16, 19 e 20 anos, que, ao avistarem os policiais, se renderam. A PM levou as vítimas e os criminosos para frente do imóvel. Instantes depois, uma perua Kombi entrou na rua. Os dois ocupantes, de 16 e 36 anos, foram reconhecidos pelas vítimas e presos pela PM.

Segundo o ajudante, ele e dois colegas de trabalho foram rendidos por volta das 14h pelos bandidos, na rodovia Ayrton Senna. O caminhão deles não transportava nenhuma carga. Três horas depois, duas outras vítimas chegaram ao local. Os ladrões pretendiam sacar o dinheiro dos reféns.

Fonte: Pé na Estrada

Rosas de Ouro com apoio da TruckPad contará a vida do caminhoneiro no carnaval de SP em 2018

Escola tradicional Rosas de Ouro, da Freguesia do Ó vai homenagear os ‘guerreiros das estradas’.

“É uma homenagem aos guerreiros que mantém o Brasil vivo”, diz Angelina Basílio, presidente da Rosas de Ouro. O anúncio do tema da escola para o próximo carnaval foi feito em uma festa na noite desta sexta-feira (30), na quadra da Rosas de Ouro.

4 problemas que atrapalham o dia a dia na estrada

1- Falta de ponto de apoio

Uma das principais reclamações dos motoristas, desde a implantação da lei do motorista, é a falta de locais seguros e com estrutura para parar. Os motoristas alegam que a maioria dos postos de serviços exigem abastecimento ou utilização de serviços para autorizarem as paradas. A ANTT divulgou em seu site uma lista de locais de paradas ao longo dos cerca de 10 mil km de rodovias sob sua responsabilidade. O restante das rodovias federais é de responsabilidade do Dnit.

Os motoristas e as empresas podem ver a relação e suas localizações no link http://portal.antt.gov.br/index.php/content/view/41594/Pontos_de_Parada_e_Descanso.htm

2-  Valor baixo do frete

A desvalorização do frete é um problema que afronta os motoristas de caminhão. Eles afirmam que o valor recebido não acompanhou o aumento dos custos do transporte como o diesel, alimentação, manutenção entre outros. Pesquisa de defasagem dos fretes, apresentado pelo assessor técnico da NTC&Logística, Lauro Valdívia identificou uma defasagem de 24,83% nos fretes de carga lotação e 11,77% para carga fracionada. Segundo Valdivia é importante considerar se o valor do frete será suficiente para pagar todos os custos da viagem e se sobrará alguma coisa. E o frete analisado deve ser a soma recebida na ida e na volta.

3- Infraestrutura precária

Pesquisa CNT de Rodovias 2016 avaliou 103.259 km. Desse total,  58,2% apresentam algum tipo de problema no estado geral, cuja avaliação considera as condições do pavimento, da sinalização e da geometria da via. Em relação ao pavimento, 48,3% dos trechos avaliados receberam classificação regular, ruim ou péssimo. Na sinalização, 51,7% das rodovias apresentaram algum tipo de deficiência. De 2015 para 2016, houve aumento de 26,6% no número de pontos críticos (trechos com buracos grandes, quedas de barreiras, pontes caídas e erosões), passando de 327 para 414. De acordo com a pesquisa, somente os problemas no pavimento geram um aumento médio de 24,9% no custo operacional do transporte.

4- Falta de Segurança

roubo de carga é um dos problemas que mais tira o sono do motorista de caminhão. Em 2015, levantamento realizado pela NTC&Logística, apontou crescimento de 10% no total de ocorrências em comparação a 2014. Foram 19.250 registros, ante 14.500 do ano anterior. O dano causado pelas mercadorias perdidas somou R$ 1,12 bilhão. Já em 2016, dados da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), mostraram prejuízo, com este tipo de ação criminosa, na ordem de R$ 1,4 bilhão. Foram mais de 22 mil ocorrências, número 86% superior aos cerca de 12 mil registrados em 2011.

Fonte: O Carreteiro