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Valor mínimo, o “x” da questão

A implantação de uma tabela que determinasse um valor mínimo para o frete era uma das principais exigências feita pelos motoristas de caminhão como solução para a categoria colocar fim à greve geral deflagrada em 21 de maio do ano passado com duração de 11 dias. O movimento interrompeu o fornecimento de produtos essenciais para funcionamento de serviços básicos como hospitais, mercados e postos de combustíveis e alertou o País sobre a real importância do caminhoneiro e caminhão para a sociedade.

Os problemas causados pela paralisação levaram o governo a publicar, por meio da Resolução ANTT nº 5820 de 30 de maio de 2018, a tabela com os preços mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado. A principal pauta da greve havia sido solucionada, mas só em teoria, porque em pouco tempo o setor do transporte rodoviário de cargas percebeu que a metodologia utilizada para os cálculos de frete não seriam o suficiente para atender, de maneira satisfatória, a todos os envolvidos no processo.

Fixação de um piso mínimo ajudará o autônomo a garantir o custo básico do caminhão em cada viagem, defende a CNTA

A primeira grande insatisfação veio do setor de agronegócio. A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) entrou no STF (Supremo Tribunal Federal) com vários pedidos para suspender a tabela. A entidade alegava que a tabela trazia custos altíssimos e, consequentemente, haveria elevação de preço dos alimentos para o consumidor final.

O argumento de que a tabela estava prejudicando o setor aos poucos passou a ser compartilhada também por transportadores, que diante da obrigatoriedade de cumprir o pagamento dos valores e para evitar a autuação, optaram em ampliar a frota própria e reduzir a contratação de motoristas agregados e autônomos. Com isso, a categoria começou a sentir falta de frete e de fiscalização para se fazer cumprir a resolução do governo.

Toda essa avalanche de situações desfavoráveis levou o setor, como um todo, a reivindicar uma nova tabela, cujos valores fossem vistos como mais justos e que contemplassem a todos os participantes do segmento. Foi então que a ANTT anunciou uma a audiência pública para discutir a questão e lançou, no dia 18 de julho, uma nova tabela por meio da resolução nº 5.849/2019.

Essa nova tabela contou com consultoria da USP-ESALQ, que levou cinco meses fazendo estudos e ouvindo as entidades do setor produtivo, transportadores, caminhoneiros e autônomos entre outros envolvidos no processo. Também foram realizadas várias sessões presenciais para debater o tema, porém, diante da reprovação dos caminhoneiros, foi suspensa pelo governo quatro dias depois de ser anunciada.

O fato é que encontrar uma tabela de frete comum aos embarcadores, motoristas e transportadores é uma tarefa difícil. Esta é a visão do engenheiro especialista em transporte, Lauro Valdívia, ao citar a primeira tentativa do governo com a resolução 5820. Ao seu ver, a metodologia aplicada está totalmente errada e fora da realidade do transporte. Talvez por esse motivo, pesquisas revelam que 66% dos transportadores não estão pagando de acordo com o proposto nessa tabela.

A tabela, conforme explica, se fez necessária no Brasil por conta da prática de frete baixo. “A medida que você tem um piso mínimo o transportador não vai aceitar qualquer valor por parte do embarcador, pois sabe que terá de repassar o valor do piso para o motorista. Mas, esse valor não pode ser o previsto na resolução 5820, de maio de 2018.

Para Lauro, a resolução 5849, de julho de 2019, está mais próxima da realidade dos transportadores, porém, ele ainda enxerga a necessidade de alguns ajustes. Ele explica que a USP-ESALQ considerou para cálculo o autônomo que busca carga diariamente com carga horária de 21 dias de trabalho por mês com oito horas diárias. No entanto, esse profissional entrega uma carga e fica parado em busca de outra de retorno, enquanto o agregado, por sua vez, tem carga garantida o mês inteiro. Portanto a sua produtividade é maior.

Metodologia aplicada à tabela em vigor está errada e fora da realidade do transporte, afirma especialista

“Como o custo é baseado em horas trabalhadas, por esse cálculo o agregado se tornou um profissional caro e esse fato levou alguns transportadores a pensarem na possibilidade de ampliar a sua frota própria. O ideal para o piso é usar a realidade do profissional com menor custo”, destacou.

O principal objetivo da tabela de frete, para fazer sentindo para todos os envolvidos no transporte, é garantir o custo básico do caminhão não importando quem seja o proprietário desse veículo. Com essa exigência, tanto o embarcador quanto o transportador vão optar em contratar mão de obra terceirizada ao invés de comprar um veículo próprio e assumir as responsabilidades e custos inerentes a uma frota de caminhões, como contratação de profissionais e manutenção entre outros.

O presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), Diumar Bueno, também ressalta que o maior benefício da tabela de frete é estipular um piso mínimo que garanta ao motorista autônomo o recebimento de um valor que cubra os custos do caminhão, evitando assim o prejuízo.

Ele explica que o piso mínimo de frete estabelecido pela ESALQ leva em consideração o custo de toda a operação do transporte, e a partir desse valor estabelecido o motorista consegue negociar uma margem de lucro. “A fixação desse piso é a condição mínima para o caminhoneiro estar garantido de que não terá prejuízo na viagem. Não estamos falando em lucro, mas a partir desse valor – conforme a região, a safra, a época do ano, o tipo de transporte e rota – o autônomo terá condições estabelecer a sua margem de lucro e a livre negociação será mantida”, afirma Bueno.

Resolução 5849 está mais próxima da realidade dos trasnsportadores, mas requer ajustes para atender diferenças entre operações do autônomo e agregado

Diumar explica que 90% das operações de transporte realizadas por autônomo são via transportadoras, portanto ele não negocia o frete com o embarcador. Pelo fato de não existir essa negociação direta, é importante estabelecer esse valor mínimo. “O autônomo emprega o seu capital, sua mão de obra e não tem garantia desse serviço. Hoje, a transportadora oferece qualquer valor para o motorista, o qual muitas vezes não cobre nem os custos básicos. Este valor é o mínimo e vai dar transparência e deixar mais justa as negociações de transporte, pois todos terão acesso ao custo, mas nada impede que as empresas paguem valores superiores”, esclarece.

O presidente da CNTA faz questão de ressaltar que a metodologia feita pela ESALQ é muito boa e se aproxima da realidade do transporte. Mas houve discordâncias de avaliação em alguns itens apresentados na planilha. O assessor jurídico da CNTA, Cleverson Kaimoto, reforça que na primeira tabela não houve tempo hábil para fazer um cálculo detalhado sobre o custo operacional do frete. Com a contratação da ESALQ, esse trabalho foi feito de maneira mais coerente, mas existem certos problemas com os parâmetros considerados para se estabelecer o valor mínimo.

Em relação a fiscalização, a ANTT garante que mais de nove mil autos de infração já foram aplicados

Kaimoto cita entre eles a velocidade média dos veículos, dias trabalhados do autônomo, valor da idade média do veículo. A variação dos parâmetros refletem diretamente no valor dos coeficientes da tabela. “Se você diminui a velocidade média dos veículos, por exemplo, o custo operacional aumenta. Além desses parâmetros, não foram contemplados gastos como as diárias, taxas, tributos e impostos, que consideramos ser essenciais para deixar esse valor mais próximo da realidade dos envolvidos”, explicou.

Para evitar burocracias na aprovação da revisão dos custos dessa planilha, o ministro dos transportes, Tarcísio Freitas, propôs um entendimento entre as representações CNI (Confederação Nacional das Indústrias), CNA (Confederação Nacional, CNT e CNTA. A proposta é que independente de discussões judiciais exista um pacto para pacificar o segmento de transporte rodoviário de cargas, para que a economia possa fluir sem prejuízo e sem preocupações com paralisações e, por outro lado, que os caminhoneiros comecem a ter alguma rentabilidade.

O QUE DIZ A ANTT

Para a Assessoria de Comunicação da ANTT (ASCOM) a tabela de frete realmente é um tema complexo que envolve diversas variáveis (diferentes tipos de veículos e de cargas). Todas essas variáveis são levadas em consideração e precisa de tempo para que sejam equalizadas e abrangidas na tabela. Além disso, há necessidade de submeter a proposta de resolução e tabelas a participação social (audiência pública), o que consome um tempo considerável.

A ANTT garante que apesar dos motoristas reclamarem sobre a falta de fiscalização, operações de fiscalização, distribuídas por todo o Território Nacional têm sido mantidas. Até o momento já foram aplicados 9.805 autos de infração, conforme relatou a ASCOM e, a maioria dos infratores já foi notificada. A todos ainda cabe a defesa em 1ª instância e, num segundo momento, recurso. Somados, os valores atingem R$ 5 milhões (montante das multas, caso todas os recursos sejam esgotados e indeferidos).

Fonte: O Carreteiro

Representantes de transportes vão poder opinar na nova tabela do frete

Agência Nacional de Transportes Terrestres abriu consulta pública para colher sugestões de caminhoneiros e interessados no setor

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) abriu nova Audiência Pública (AP nº 17/2019) com o objetivo de dialogar com o setor e estabelecer as regras gerais, a metodologia e os indicadores dos pisos mínimos, referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado, instituído pela Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM).

De acordo com o diretor de Departamento de Gestão e Projetos Especiais do Ministério da Infraestrutura, Marcelo da Costa, há novidades que vão favorecer os caminhoneiros, como: a obrigatoriedade do pagamento do retorno para alguns casos específicos, a atualização do preços dos insumos e a inclusão de diária dos motoristas, entre outros.

A nova tabela foi feita em parceria com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP).

O período para envio das contribuições será das 9 horas (horário de Brasília) do dia 24 de outubro de 2019 até as 18 horas (horário de Brasília) do dia 8 de dezembro de 2019.

Sessão presencial:

Brasília – DF: Edifício sede da ANTT – Auditório Eliseu Resende

Data: 22 de novembro de 2019

Horário: das 13h30 às 18h

Endereço: Setor de Clubes Esportivos Sul, Lote 10, Trecho 03 – Projeto Orla Polo 8 – Brasília/DF, CEP: 70.200-003

Capacidade: 300 lugares

Fique por dentro das informações específicas sobre a matéria, bem como as orientações acerca dos procedimentos relacionados com a realização e participação da Audiência Pública nº 17/2019, que estarão disponíveis, na íntegra, no sítio http://www.antt.gov.br, a partir do dia 24 de outubro de 2019. Informações e esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos pelo e-mail ap017.2019@antt.gov.br.

Fonte: Estradas

Motorista sem infrações de trânsito pode ter IPVA até 15% mais baixo

Bons motoristas poderão ter desconto de até 15% no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). É o que consta no Projeto de Lei 1.099, de 2017, aprovado nesta quarta-feira (23) pela Assembleia Legislativa (Alesp). A proposta depende de sanção do governador João Doria (PSDB). 

De autoria da deputada Beth Sahão (PT), a regra prevê desconto de 5% no tributo, caso o motorista registrado no Estado não tenha infrações de trânsito nos 12 meses anteriores à cobrança do imposto. O abatimento dobra caso o condutor não receba multas por dois anos consecutivos. A partir do terceiro, a redução é de 15%.  

Para a parlamentar, o objetivo é “estimular os bons motoristas, que se esforçam para cumprir as leis de trânsito”.  

“No Brasil, 47 mil pessoas morrem anualmente, vítimas de acidentes de trânsito, número que é muito superior, por exemplo, ao total de mortos em decorrência da Guerra do Iraque”, afirma a parlamentar, na justificativa do projeto.  

Beth pondera que a violência no tráfego deixa até 400 mil pessoas com sequelas por ano. A parlamentar afasta a possibilidade de a proposta ser caracterizada como renúncia de receita pelo Palácio dos Bandeirantes, algo que é passível de cassação de mandato.  

A deputada pondera, do contrário, que a adoção de descontos pode contribuir com a redução no número de acidentes, o que geraria economia para os cofres públicos. Ainda de acordo com ela, o Estado tem custos elevados na Saúde com vítimas de acidentes de trânsito.  

“O IPVA de São Paulo é um dos mais caros do Brasil. Além de premiar o bom condutor, o desconto vai reduzir um pouco do impacto no orçamento doméstico familiar no começo do ano, período em que as famílias estão endividadas (e quando ocorre o pagamento do tributo)”, diz a deputada, em vídeo postado ontem numa rede social. 

Há exemplos  

O mestre em Sociologia e especialista em Educação e Segurança no Trânsito Eduardo Biavati é defensor de regras do tipo para promover a conscientização ao volante. 

Medida similar foi adotada em outros estados, como Amazonas, Pará e Rio Grande do Sul.  

Após aprovação pela Assembleia Legislativa, o projeto será encaminhado ao governador para sanção ou veto – se houver rejeição, pode ser derrubada pelos deputados. 

Em nota, o Palácio dos Bandeirantes afirma que o texto ainda não chegou ao Executivo. Quando for recebido, será avaliado, mas sem prazo fixo para resposta. 

O imposto  

O IPVA é um imposto estadual anual. Em São Paulo, a alíquota é de 4% do valor do veículo (3% para álcool, gás ou eletricidade), conforme a Tabela Fipe. O pagamento pode ser dividido em três parcelas, com desconto de 3% para quem optar pela cota única em janeiro. Metade do valor do tributo é destinada ao município onde o veículo está licenciado.  

Fonte: A Tribuna

Comissão discute obrigatoriedade de exame toxicológico

Nesta terça-feira, 22, a Comissão Especial que altera o Código de Trânsito Brasileiro promove uma audiência pública para discutir a obrigatoriedade de exame toxicológico.

O exame toxicológico é exigido para motoristas com categorias C, D e E da carteira de habilitação. O teste utiliza uma tecnologia capaz de detectar o contato do condutor com substâncias psicoativas, por meio da análise de cabelo, pelo ou unha.

Porém, uma das ideias do presidente Jair Bolsonaro para as leis de trânsito é que o exame deixe de ser obrigatório para que o custo de renovação do documento seja diminuído. 

Foram convidados para a sessão representantes do Departamento Nacional de Trânsito, Polícia Rodoviária Federal, Ministério Público do Trabalho, SOS Estradas, ONG Trânsito Amigo e outros.

O deputado Hugo Leal, que também foi convidado para a audiência, se diz contra o fim da obrigatoriedade do exame.

“A própria Associação Brasileira de Medicina de Tráfego e outras entidades que inicialmente tinham alguns obstáculos com relação ao exame toxicológico hoje reconhecem, pelos resultados, que eles têm trazido um efeito positivo do ponto de vista de livrar o trânsito dessas pessoas que infelizmente, às vezes por desvio ou por doença, fazem uso dessas substâncias”, explica Leal.

Fonte: Trucao

STF adia decisão sobre inconstitucionalidade da tabela

O STF adia decisão sobre a inconstitucionalidade da tabela de frete, que estava marcada para o dia 4 de setembro. O adiamento foi divulgado nesta quinta-feira, 29. Ainda não há nova data prevista.

O relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, atendeu a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e requereu a retirada de pauta do tema. O adiamento foi pedido pois o governo negocia uma solução alternativa ao piso mínimo, os acordos coletivos, defendidos pelo ministro da Infraestrutura Tarcísio Freitas.

O STF entende que é preciso dar mais tempo para que haja uma negociação entre todos os interessados no tema.

Acordos coletivos

Resolver a questão do piso mínimo com acordos coletivos, ideia defendida pelo ministro da Infraestrutura, não é uma tarefa simples. Após a sugestão do setor da Indústria da elaboração de uma tabela referencial, que foi recusada pelos autônomos, o diálogo não foi para frente.

Antes, as discussões estavam paralisadas até o julgamento sobre a inconstitucionalidade da tabela, que seria em 4 de setembro.

Agora com a decisão do STF de adiar o julgamento, não se sabe se as reuniões sobre os acordos serão retomadas.

Ações de inconstitucionalidade

Ações apresentadas ao STF contestam a medida provisória, hoje já convertida em lei, editada no governo Michel Temer que institui um preço mínimo para cobrança do frete. A medida foi uma das peças chave na negociação entre governo e motoristas durante a Greve dos Caminhoneiros, em maio de 2018.

Entidades empresariais argumentam que estabelecer um preço mínimo viola princípios da livre concorrência, da livre iniciativa e da defesa do consumidor.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Associação do Transporte Rodoviário do Brasil (ATR Brasil) são responsáveis pelas ações movidas. 

Fonte: Trucão

Audiência avalia exigência de exames de aptidão física e mental para tirar carteira de motorista

A comissão especial que analisa o Projeto de Lei 3267/19, do Executivo, que altera o Código de Trânsito Brasileiro realiza nova audiência pública nesta tarde. Desta vez, os parlamentares vão discutir a eficácia dos exames de aptidão física e mental exigidos para a obtenção da carteira de motorista.

O deputado Hugo Leal (PSD-RJ), um dos parlamentares que pediu a realização da audiência, afirma que os acidentes de trânsito são uma das principais causas de óbitos no Brasil. “Somente nas rodovias federais policiadas, no período entre 2007 e 2017, o País registrou 1.652.403 acidentes e 83.481 mortes”, contabiliza.

“A causa da grande maioria dos acidentes de trânsito está relacionada a fatores humanos, ou seja, ao motorista do veículo. Por isso, é necessária maior atenção ao processo de formação e capacitação do condutor”, explica o deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), que também propôs a realização do debate.

O projeto do governo exige a realização de exame de aptidão física e mental para obtenção da carteira de habilitação. Esses exames deverão ser renovados a cada dez anos para quem tiver até 65 anos; e a cada cinco anos, para motoristas acima desta idade.

“Muito se questiona acerca da eficácia desses exames. O argumento, de fato procedente, é o de que são realizados em geral por profissionais desqualificados, com rapidíssima duração, que só servem para arrecadar dinheiro dos condutores”, afirma Gonçalves.

Outras mudanças

Por outro lado, o texto do governo acaba com a exigência de exame toxicológico para motoristas profissionais de ônibus e caminhões; e com o prazo de 15 dias para que o candidato reprovado, no exame escrito ou prático, possa refazer a prova.

Cadeirinha

Na semana passada, os deputados questionaram o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Jerry Adriane Dias Rodrigues, sobre o fim da multa para o condutor que transportar crianças sem a cadeirinha. A medida está prevista no projeto.

Rodrigues explicou que as normas estão apenas sendo adequadas após decisão do Supremo Tribunal Federal que considerou inconstitucional parte do Código de Trânsito que permitia ao Conselho Nacional de Trânsito criar infrações. “Embora possa parecer estranho, a infração sobre cadeirinha não está no Código de Trânsito. Está prevista em uma resolução.”

Debatedores

Desta vez foram convidados para discutir o assunto, entre outros, a representante da Associação Brasileira de Psicologia de Tráfego (Abrapsit) Juliana de Barros Guimarães; o representante da Associação Nacional de Clínicas de Trânsito Daniel Medrado de Castro; e um representante do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Projeto prevê multa de trânsito mais alta para empresa cuja frota atinja 20 pontos

O Projeto de Lei 4603/19 estabelece multa de trânsito específica para as pessoas jurídicas cuja frota de veículos acumule 20 pontos no período de 12 meses. A multa será o triplo da aplicada à infração de natureza gravíssima, multiplicado pela quantidade de veículos multados. A proposta tramita na Câmara dos Deputados.

O texto foi proposto pelo deputado Felipe Rigoni (PSB-ES). O objetivo, segundo ele, é regulamentar as multas aplicadas à frota das empresas, que não raro disponibilizam aos motoristas veículos em condições irregulares ou estimulam o desrespeito às regras de trânsito, como trafegar com carga acima dos limites permitidos.

“A pessoa jurídica proprietária do veículo não pode ficar alheia ao comportamento dos seus motoristas no trânsito”, disse. “Esse projeto visa a desencorajar esse tipo de comportamento por parte das companhias, ao mesmo tempo que incentiva ações de conscientização dos seus colaboradores.”

O texto, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, estabelece ainda que as locadoras de veículos terão 15 dias, após receber a autuação, para apresentar, na forma que dispuser o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a identificação da pessoa jurídica locatária, quando for o caso.

Tramitação
O projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; Viação e Transportes; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Câmara dos Deputados

Projeto quer criar banco de dados com histórico de conduta de motoristas

A regulamentação de motoristas profissionais é um assunto que sempre está em pauta. Com o objetivo de criar um sistema de formação e consulta de banco de dados sobre esses profissionais, para formação de histórico de conduta de motoristas, foi criado o Projeto de Lei PL 5240, que está tramitando na Câmara dos Deputados.

De autoria da deputada Christiane Yared, o projeto altera a Lei 9.503 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para criar o cadastro positivo de motoristas profissionais.

Conforme o testo, poderão ser cadastrados prestadores de serviço público de transporte individual por táxi, nos termos de regulamento dos Municípios, condutores das categorias C, D e E e motoristas que exerçam atividade remunerada.

A proposta prevê ainda que as informações disponibilizadas no banco de dados só poderão ser utilizadas para realização de análise de conduta no trânsito do cadastrado e concessão de desconto na pontuação por infrações. Para Yared, a intenção é incentivar e reconhecer quem faz do trânsito um lugar melhor.

Fonte: Trucão

Frente parlamentar defende ‘planilha de custos’ no lugar do piso mínimo

Chamada Frente Parlamentar Mista do Caminhoneiro Autônomo e Celetista, inaugurada na última quarta-feira, 25, a associação foi criada para que os interesses dos caminhoneiros autônomos fossem debatidos.

Presidente da frente parlamentar, o deputado Nereu Crispim falou em entrevista para o UOL e sugeriu que o piso mínimo do frete fosse trocado por uma “planilha de custos”.

A frente é comandada por membros do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e tem pela frente o desafio de conciliar interesses da categoria com a política econômica do governo.

Desde o adiamento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em 4 de setembro, o destino do piso mínimo de frete tem sido uma incógnita.

Para o deputado Nereu Crispim, o PSL não pode apoiar tabelamento de preços, porque isso fere o liberalismo econômico que guia o partido. Ele defende uma “planilha de custos” meramente sugestiva, embora acredite na construção de acordos para que nenhum transportador tenha prejuízo ao realizar fretes.

Apesar de alguns protestos de caminhoneiros já terem acontecido em escala pequena, Crispim diz que não vê clima para uma nova greve e que acredita que o governo conseguiu abrir bons canais de diálogo com a categoria, por meio do Ministério da Infraestrutura e dos parlamentares da base.

Por Pietra Alcântara com informações do UOL

Fonte: Trucão

Projeto obriga órgãos de trânsito a divulgar o que fizeram com o dinheiro das multas

O Projeto de Lei 4724/19 obriga órgãos e entidades de trânsito a divulgar os dados sobre recursos arrecadados com multas na internet. O texto estabelece ainda que essa divulgação será feita em linguagem acessível.

O autor do projeto, deputado Célio Studart (PV-CE), explica que a proposta é garantir uma maior transparência em relação aos recursos arrecadados com as multas de trânsito.

“Sabe-se que alguns órgãos e entidades de trânsito não divulgam, com linguagem clara e acessível, dados com informações sobre os recursos arrecadados com a cobrança de multas em seus respectivos sítios eletrônicos”, diz o parlamentar.

Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Câmara dos Deputados