Caminhoneiro reage e assaltante morre com tiro

O paraguaio Oscar Andres Benitez Baez, 24 anos, morreu no último sábado (2) com um tiro disparado pela própria arma, após render e fazer refém uma família. O caso aconteceu em Itaquiraí, região sul de MS.

A vítima, um caminhoneiro de 51 anos, contou que estava em um sitio, no Assentamento Santo Antônio, junto com a esposa e o filho pequeno, quando dois homens chegaram e pediram água.

Ao buscar a água, os bandidos que sacaram as armas e anunciaram o assalto. O caminhoneiro, a mulher e a criança foram rendidos, amarrados e colocados no banco de trás da cabine do caminhão da vítima.

Um dos bandidos assumiu a direção, enquanto o comparsa dele, conduzindo um carro de passeio, foi atrás seguindo o caminhão, na MS-487, sentido BR-163. Durante o trajeto, o caminheiro conseguiu se soltar e entrou em luta com o bandido, ainda no caminhão que saiu da pista, desceu um barranco e foi parar em meio a plantação de soja.

A vítima conseguiu segurar o cano do revólver, porém três disparos foram feitos. Um deles acertou o caminhoneiro no tórax, o para-brisa do veículo e o outro o próprio bandido que após o ferimento soltou a arma.

Desesperado com a situação, a vítima foi atrás de socorro e o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados. O caminheiro foi encaminhado à Santa Casa de Naviraí e passa bem. Já o suspeito morreu no local. O comparsa dele não foi localizado. O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Naviraí.

Fonte: O Progresso

Rodovias ruins aumentam consumo de diesel e geram prejuízo de R$ 2,3 bi

As condições precárias das rodovias devem gerar um prejuízo, aos transportadores, de R$ 2,34 bilhões em 2016, somente devido ao consumo desnecessário de mais de 700 milhões de litros de diesel. Esse valor leva em consideração a qualidade do pavimento, item que apresentou problemas em 48,3% da extensão avaliada na Pesquisa CNT de Rodovias 2016.

De acordo com o estudo da Confederação Nacional do Transporte, o desperdício de diesel dos veículos de carga que transitam onde o asfalto tem problemas é, em média, de 5%. Isso se deve ao aumento das frenagens e acelerações.

Outro problema é o aumento das emissões de poluentes. A estimativa da CNT é de que essa queima de diesel excedente contribua para a emissão desnecessária de 2,07 megatoneladas de CO2 neste ano.

O cálculo da Confederação sobre o desperdício de combustível leva em consideração a previsão de consumo em 2016 e o preço médio de revenda do diesel comum, R$ 3,015 o litro (média de janeiro a agosto de 2016). A média de consumo anual é uma estimativa do Primeiro Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2011.

Agência CNT de Notícias

Contran altera pela segunda vez os requisitos para carrocerias de madeira

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) alterou pela segunda vez esse ano, os requisitos para a construção e utilização de carrocerias de madeira no transporte rodoviário de cargas. A nova alteração foi regulamentada pela Resolução nº 631/2016, publicada no dia 1º de dezembro.
A polêmica envolvendo as carrocerias de madeira teve início em setembro de 2015, quando o Contran publicou a Resolução nº 552/2015, que estabeleceu uma série de regras para a amarração de cargas e requisitos para as carrocerias. O texto tornava inviável a utilização das carrocerias de madeira, já que proibia a utilização de dispositivos de amarração em pontos constituídos de madeira ou, mesmo sendo metálicos, que estejam fixados na parte de madeira da carroceria.
Ciente da polêmica, o Contran publicou em março de 2016 a Resolução nº 588/2016 que alterava a resolução nº 552/2015, com o objetivo de evitar essa inviabilidade e até o fim das carrocerias de madeira. Segundo o texto as  novas carrocerias de madeira deveriam ter obrigatoriamente chassis e travessas metálicas.
Agora, a Resolução 631/2016 estabelece que, as novas carrocerias de madeira deverão ser construídas com madeira de alta densidade e alta resistência e ter obrigatoriamente fixadores metálicos de perfil U que comprovadamente resistam às forças solicitadas. Ou seja, a nova resolução dispensa o uso de travessas e chassis metálicos em novas carrocerias.
Os requisitos para as novas carrocerias de madeira serão obrigatórios a partir de 1º de janeiro de 2017.
Confira na íntegra a Resolução nº 631/2016: CLIQUE AQUI
Regras para as carrocerias em circulação 
Já para os veículos em circulação o Contran estabelece por meio da Resolução nº 631/2016 que, deverão ser adicionados aos dispositivos de amarração perfis metálicos em “L” ou “U” nos pontos de fixação, fixados nas travessas da estrutura por parafusos, de modo a permitir a soldagem do gancho nesse perfil e a garantir a resistência necessária.” O prazo para a regularização termina em 31 de dezembro de 2017. A partir de 1º de janeiro de 2018 as mudanças serão exigidas e fiscalizadas.
TEXTO: Lucas Duarte

Lubrificantes para veículos pesados terão mais tecnologia em 2017

A partir de 1º de janeiro de 2017, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determina, através da Resolução nº 22, níveis mínimos de desempenho dos óleos lubrificantes para motores automotivos ciclos Otto e Diesel. A nova regulamentação da ANP, determina que a classificação mínima será a “CH”. Portanto, a partir do próximo ano os lubrificantes para caminhões API CG-4 deixarão de existir.

Entenda a regulamentação:

Por meio da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a legislação brasileira exige que os óleos lubrificantes apresentem classificações como a API (American Petroleum Institute), que aponta a qualidade dos produtos, e a SAE (Society of Automotive Engineers), que informa o tipo de viscosidade.

Essas siglas existentes nos rótulos das embalagens não são meramente ilustrativas, elas são essenciais para identificar o produto e assegurar o desempenho oferecido.

Para conquistar cada um desses certificados é necessário que o óleo cumpra uma série de requisitos e critérios pré-estabelecidos que determinam o tipo e a qualidade do produto, por isso são tão importantes.

Essas especificações também norteiam o consumidor na escolha adequada do lubrificante e estão presentes no manual do fabricante do veículo, com a finalidade de indicarem a norma ideal para cada motor.

No caso da certificação API, há uma divisão em duas subcategorias: “C”, para veículos com combustão espontânea, como os de motores a diesel, e “S”, destinada a veículos com combustão interna, como os de motores a gasolina, etanol e GNV.

A letra que acompanha o “C”, por exemplo, diz respeito à tecnologia e o desempenho dos lubrificantes, e aumenta de acordo com a ordem das letras do alfabeto. O máximo encontrado hoje no mercado para veículos à diesel é o “CJ”, ou seja, quanto mais próxima a letra for do “J”, melhor será a qualidade do lubrificante.

A nova regulamentação da ANP, determina que a classificação mínima a partir de 2017 será a “CH”.

Assista ao vídeo preparado pela Mobil Delvac que explica sobre a Resolução

A gerente de marketing da Mobil, Roberta Maia, explica que movimentações como essa da ANP são fundamentais para abrir espaço para novas tecnologias em substituição a produtos obsoletos, que não agregam tantas vantagens ao consumidor se comparados aos demais disponíveis no mercado.

“Essas mudanças mostram que o mercado nacional tem acompanhado a evolução dos óleos lubrificantes. A Mobil não comercializa produtos com a certificação API CG-4 desde 2014 e investe constantemente em tecnologia para oferecer o que há de melhor ao consumidor, como lubrificantes premium de alta performance, que proporcionam segurança, produtividade e proteção”, completa.

Fonte: Portal O Carreteiro

Pare e Siga

A Concessionária Rota do Oeste informa que nesta  segunda-feira (05) entre 07h e 17h, haverá interdição parcial de pista em alguns pontos da BR-163 / BR-364 / BR-070. Na Rodovia dos Imigrantes (BR-070) e em trechos da BR-364, os trabalhos também serão realizados no período noturno, entre 19h e 4h30. Nestes locais são realizadas obras sobre o pavimento. Por isso, para evitar acidentes, a Concessionária orienta os usuários que redobrem a atenção. Nos pontos onde a rodovia é de pista simples, o tráfego flui apenas por um dos sentidos e há operação ‘Pare e Siga’*. Nos trechos duplicados, é interditada apenas uma das faixas e o tráfego é realizado em meia pista. As intervenções podem sofrer alterações de acordo com as condições climáticas no local. Mais informações sobre a rodovia podem ser solicitadas no Centro de Controle Operacional (CCO) por meio do 0800 065 0163.

Segunda-feira (05)

Data

Rodovia

KM Inicial

KM Final

Localização

05/12/2016

De 19h às 4h30

BR-070

514

516

Várzea Grande

05/12/2016

De 19h às 4h30

BR-364

505

512

Jangada / Rosário Oeste

05/12/2016

BR-070

512

514

Várzea Grande

05/12/2016

BR-163

677

679

Lucas do Rio Verde

05/12/2016

BR-163

715

716

Sorriso

05/12/2016

BR-163

729

730

Sorriso

05/12/2016

BR-163

760

769

Sorriso

05/12/2016

BR-163

780

795

Vera

Fonte: Rota do Oeste

Nikola One e Nikola Two serão os novos caminhões elétricos do mundo

Muita gente acha que não adianta nada ter carros elétricos se caminhões e ônibus continuarem a poluir as ruas e estradas com a fumaça preta do diesel. Não sabemos se essa foi a inspiração da Nikola Motor, mas ela mostrou que não está para brincadeira ao revelar seu primeiro caminhão, o Nikola One, em Salt Lake City, nos EUA. Ele não é apenas elétrico, mas também conta com pilha de combustível como um extensor de autonomia.
Pilhas de combustível são equipamentos que convertem hidrogênio em eletricidade. Como subproduto, elas geram apenas água. Se você se lembra das experiências de eletrólise na escola, que geram hidrogênio, normalmente armazenado em um tubo de ensaio, é o processo inverso. Ou seja, em vez de colocar energia elétrica para gerar hidrogênio, você coloca hidrogênio para gerar eletricidade.
O Nikola One usa essa grande sacada justamente para evitar longos períodos de recarga de suas baterias. O cavalo-mecânico tem 275,5 kgfm de torque e mais de 1.000 cv de potência, com uma autonomia de até 1.931 km. A autonomia mínima é de 1.287 km, ou 800 milhas, como a empresa divulga. Seu pacote de baterias tem 320 kWh. Como base de comparação, o carro elétrico com o maior pacote de baterias na atualidade, o Tesla Model S P100D, tem um pacote de 100 kWh.
Outra ideia de tirar o chapéu dos caras da Nikola Motor (outra empresa inspirada no gênio Nikola Tesla) é a distribuição de pontos de reabastecimento de hidrogênio por todos os Estados Unidos e Canadá. Serão 364 pontos, cuja construção começa em janeiro de 2018.
Tanto o Nikola One quanto um modelo mais em conta, batizado de Nikola Two, serão oferecidos por meio de leasing. O custo mensal ficará entre US$ 5.000 e US$ 7.000 (de R$ 17.500 a R$ 24.500) por mês ao longo de 72 meses. Sem limite de milhas e com manutenção, garantia e combustível incluídos no pacote. Ao final dos 72 meses ou de 1 milhão de milhas (1.609.344 km), o “locatário” do caminhão poderá trocá-lo por um completamente novo, sem custo.
Se isso te parece caro, saiba que é um tremendo negócio. Segundo o site Drive Big Trucks, o custo anual de manter um caminhão nos EUA chega a US$ 180.000, ou à média mensal de US$ 15.000, contando os salários dos motoristas. O que a Nikola oferece é um custo de 1/3 ou pouco menos da metade, sem outra preocupação que não o salário dos motoristas. Poderia ser ainda melhor se a economia de combustível pudesse ficar com o proprietário, mas fica com a Nikola, que o fornecerá. E o CEO da Nikola, Trevor Milton, promete uma economia equivalente a 6,6 km/l, que seria o dobro do que cavalos-mecânicos turbodiesel conseguiriam.
As primeiras unidades devem ser entregues no final desta década. No começo, os caminhões serão construídos em parceria com a Fitzgerald, mas a Nikola pretende anunciar o local de sua fábrica em meados do ano que vem. Ela será capaz de entregar 50 mil unidades por ano. E a Nikola diz que já tem pedidos da ordem de US$ 4 bilhões. Se a empresa cumprir o que promete, o santo de Nikola Tesla vai transformar outra empresa em moda no mercado americano.
Como nota curiosa, a Nikola também promete trocar as baterias de seu único produto à venda atualmente, o Nikola Zero, um ATV (ou UTV, como eles o chamam nos EUA). Em vez do atual pacote de 72 kWh, ele terá um de 107 kWh, ampliando sua autonomia em 160 km, para mais de 480 km, e o torque dos atuais 65,8 kgfm para inacreditáveis 138,3 kgfm.

FONTE: Blog Caminhões e Carretas

DNIT deve reparar BR 158 em MS e instalar pesagem de caminhões

O Ministério Público Federal em Três Lagoas (MPF/MS) conseguiu decisão judicial que determina que o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) realize reparos e manutenção na BR 158, no trecho entre Paranaíba e Aparecida do Taboado, na região leste de Mato Grosso do Sul.

Segundo o MPF/MS, a autarquia, responsável pelas estradas federais do país, deve realizar obras de reparo e conservação do pavimento, iluminação horizontal e vertical e do acostamento da BR 158. Também deve ser instalada base de operação de equipamentos de pesagem para veículos de carga. O DNIT tem 180 dias para cumprir a determinação, sob pena de multa diária de R$ 15 mil.

O trecho de 54 km é objeto de inquérito civil desde 2014. “Neste tempo, já foram expedidos diversos ofícios e duas recomendações ao DNIT, que descumpriu todas as determinações. À notificação inicial do problema, foram juntando-se reclamações dos usuários da rodovia, matérias jornalísticas e relatórios da Polícia Rodoviária Federal. Todos dão conta da crescente precarização das condições da rodovia, que recebe, além de veículos de passeio, tráfego de caminhões de carga”, diz o MPF.

O MPF ajuizou ação civil pública em março deste ano, com pedido de liminar, para que a autarquia fosse obrigada a tornar a BR 158 trafegável com segurança. A decisão que atendeu os pedidos foi deferida em 7 de outubro, chegando para conhecimento do MPF em 11 de novembro.

A BR 158, no trecho entre Aparecida do Taboado e Paranaíba, está localizada em região de alta concentração industrial e possui elevado fluxo de carros e caminhões. A extensão foi considerada de “baixíssima qualidade” pela Polícia Rodoviária Federal, que classifica a manutenção da via como “deficiente”.

O excesso de peso é um dos principais fatores da decomposição da rodovia e contribui para o surgimento de buracos e o afundamento da pista. De acordo com inspeções da PRF, a BR 158 possui várias extensões comprometidas, com ondulações, elevações, desníveis e buracos.

Fonte: Globo Rural

O que é o tabelamento mínimo do frete?

Apontada como a principal solução para minimizar a crise vivenciada pelo transporte rodoviário de cargas no Brasil, a tabela mínima do frete estabelece valores mínimos por quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado, considerando o tipo de carga.

O tabelamento mínimo do frete ganhou força no início de 2015, principalmente na região Centro-Oeste do país. Em março de 2015 o Deputado Federal Assis do Couto, do Paraná, elaborou o Projeto de Lei nº 528/2015 que regulamenta a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.

O texto da PL 528/2015 classifica as cargas em três categorias, carga geral, a granel, frigorificada, perigosa e neogranel. Além disso o texto deixa claro o objetivo da proposta, “A Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas tem como finalidade promover condições razoáveis à realização de fretes em todo o território nacional, proporcionando retribuição ao serviço prestado em patamar adequado”. Ou seja, o tabelamento mínimo do frete tem como principal objetivo combater preços baixos praticados atualmente no mercado, que em determinadas situações não cobrem nem os custos da operação de transporte.
A PL 528/2015 prevê ainda a publicação de duas tabelas por ano, a primeira em janeiro sendo válida para o primeiro semestre do ano e a segunda em julho, válida para o segundo semestre do ano. Segundo a proposta as tabelas deverão ser publicadas até o dia 20 desses meses.
A Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas determina ainda que o processo de definição dos valores mínimos do frete deverá contar com a participação dos sindicatos de empresas de transportes e de transportadores autônomos de cargas, bem como com representantes das cooperativas de transporte de cargas. Além disso, a definição dos preços a serem praticados deverá levar em conta, de forma prioritária,  a oscilação e a importância do valor do óleo diesel e dos pedágios na composição dos custos do frete.
Por fim a PL 528/2015 define ainda valores que deverão ser aplicados de forma imediata em todo o território nacional após sua aprovação. São eles:
Carga geral, carga a granel e carga neogranel: R$ 0,70 (setenta centavos) por quilômetro rodado para cada eixo carregado
Carga frigorificada (refrigerada) e carga perigosa: R$ 0,90 (noventa centavos) por quilômetro rodado para cada eixo carregado.
No caso de fretes curtos, ou seja, com distâncias inferiores a 800 quilômetros, deverá ser feito um acréscimo de no mínimo 15% nos valores mencionados acima. O texto da PL 528/2015 deixando claro ainda que os valores acima valem até que o Ministério do Transporte edite a norma.
A votação da PL 528/2015 na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados estava prevista para ontem, porém um pedido de vistas (análise) adiou a votação para a próxima quarta-feira (7). Caminhoneiros de diversas regiões do Brasil estiveram em Brasília reivindicando a aprovação da tabela. Com o adiamento, um estado de greve foi declarado no fim da tarde de ontem.
TEXTO: Lucas Duarte

Manutenção pode aumentar a vida útil dos pneus

Na hora de comprar pneus é muito comum que o consumidor tenha uma série de dúvidas sobre marcas e especificações técnicas. Porém, após a compra, diversos procedimentos podem ser tomados para potencializar a durabilidade do pneu e tornar o veículo mais seguro. Para aumentar a vida útil de um pneu é preciso tomar medidas, sejam preventivas ou de manutenção. Uma das mais importantes é sempre conferir a calibragem dos pneus.

A importância da calibragem correta dos pneus

Segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), o descuido com a calibragem pode trazer consequências para a durabilidade e riscos de segurança. À baixa pressão, o pneu tende a trabalhar mais quente, o que acelera o desgaste geral. Como fica mais murcho que o ideal, a área de contato com o solo é expandida, o que causa desgaste nos ombros do pneu e perda da estabilidade nas curvas. Um pneu com calibragem abaixo da recomendada também apresenta maior resistência de rolamento, deixando a direção pesada e consumindo mais combustível.

Se a calibragem estiver acima do indicado, o pneu tende a desgastar mais no centro de rodagem, e também pode causar perda da estabilidade em curvas, uma vez que a área de contato com o solo diminui. A pressão dos pneus pode ser alterada devido a pequenas perfurações, pelo escape natural do ar ou até pela queda da temperatura ambiente. Por isso, é indicado fazer a calibragem a cada mês e antes de grandes viagens com o veículo.

Por questões de segurança, é indicado que seja sempre verificado o desgaste máximo dos pneus, através da profundidade dos sulcos. Abaixo da medida recomendada, o pneu é considerado “careca”, está em situação irregular e traz riscos. Os pneus vêm com ressaltos na base dos sulcos, que indicam o limite de segurança, assim, o condutor não precisa usar um medidor para saber se está no momento certo de comprar pneus.

Veículo cuidado, pneu conservado

Só cuidar dos pneus pode não trazer a solução dos problemas. De acordo com a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), vários componentes mecânicos podem interferir na durabilidade dos pneus, causando desgastes e insegurança. Por isso, é necessário estar sempre atento à situação dos amortecedores, molas, freios, rolamentos, eixos e rodas.

O alinhamento do também é de suma importância para que os pneus sofram menos desgaste. O veículo deve ser alinhado sempre que sofrer algum impacto na suspensão, a cada troca de pneus, a sinais de trepidação das rodas dianteiras, vibração ou enrijecimento do volante. Se o veículo estiver puxando para o lado, se houver desgaste excessivo na área do ombro ou se há escamas na banda de rodagem, também é preciso fazer o alinhamento.

Mesmo sem qualquer sinal aparente, a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) recomenda o alinhamento a cada 10.000 km, enquanto a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) sugere o procedimento a cada 5.000 km. Um bom alinhamento faz a direção e a suspensão funcionarem bem e é ótimo aliado da segurança.

Além do alinhamento veicular, o balanceamento regular das rodas pode dar mais vida útil aos pneus. Desgaste irregulares e sinais de vibração são sintomas de que seu carro pode estar desbalanceado. Fique atento ainda à perda de tração, de estabilidade e se há algum desconforto ao dirigir. As rodas precisam ser balanceadas a cada troca ou conserto. O balanceamento protege ainda a suspensão, a direção e a transmissão. É preciso fazer o balanceamento cada 5.000 km rodados.

Armazene corretamente pneus que não estão em uso

Pneus que não estão em uso também demandam cuidados especiais de manutenção. Por segurança, o armazenamento deve ser feito em locais longe de chamas ou objetos que possam provocar faísca ou descargas elétricas. Procure zonas arejadas, secas e longe da incidência direta do sol e da chuva. Evite ainda a proximidade com produtos químicos que possam atuar sobre a borracha. Metais e madeiras pontiagudas devem ser mantidas distantes dos pneus armazenados. A manipulação é sempre feita com luvas de proteção.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Wanderléa-tanque carregada não pode ser colocada em marcha à ré

Uma Wanderléa-tanque com parede fina jamais deve ser colocada em marcha à ré quando carregada. Esse é o alerta do engenheiro mecânico Rubem Penteado de Melo, da TRS Engenharia, de Curitiba. Isso porque o risco de rupturas e trincas no costado, durante essa manobra, é muito grande.

Toda vez que uma carreta de eixos distanciados precisa ser movimentada para trás, é preciso levantar seu eixo autodirecional, eliminando-se um ponto de apoio no piso. Se estiver carregado, o semirreboque será submetido a esforços muito grandes. “Praticamente dobra-se o momento fletor na região, e o ponto crítico desloca-se um pouco para trás”, afirma o engenheiro (veja gráfico abaixo).

revista-carga-pesada-wanderlea-5

Para as carretas convencionais – com chassi -, a manobra provocará uma deformação extra: “o chassi sela”. Por isso, o ideal é que nenhum tipo de Wanderléa seja colocada em marcha à ré quando carregada. Mas, normalmente, no caso das tracionais o chassi retorna à posição normal quando o 1º eixo volta para o piso. “O maior risco está nos tanques longos autoportantes e de parede fina”, avisa. Neste caso, ao se levantar o primeiro eixo com o tanque carregado, praticamente dobram-se as solicitações na região central do tanque. “O aumento das tensões pode provocar, nessa região, desde pequenas trincas até a ruptura do costado”, conta.

O grande risco, de acordo com Melo, tem início na região superior do costado do tanque. “Dependendo da intensidade da compressão no topo do tanque, pode ocorrer a flambagem (buckling). Ao deformar-se no topo, provoca-se o colapso da região inferior, abrindo o costado do tanque e vazando toda a carga”, alerta.

O engenheiro recomenda à indústria que reforce a estrutura desses semirreboques.

MECÂNICA

Rubem Melo explica como funciona a Wanderléa: “Para semirreboque com eixo distanciado, a condição de autodirecional é proporcionada pela instalação da rala giratória em um dos eixos, normalmente no primeiro. O mecanismo desse eixo, segundo ele, é dotado de sistema de auto-alinhamento quando em movimento retilíneo à frente. “Durante uma manobra, o eixo executa o esterçamento unicamente por força do atrito dos pneus com o pavimento, e alinha-se automaticamente quando o veículo retorna ao movimento retilíneo para frente”, afirma.

Esse auto-alinhamento, conforme conta o engenheiro, se dá em função da excentricidade entre o centro do eixo e o centro da rala giratória. “Como o centro do eixo está posicionado para trás do centro do giro da rala, ele se alinha automaticamente no movimento retilíneo à frente”, ressalta.

Mas, da mesma forma que ocorre com um carrinho de supermercado, o mecanismo não funciona bem quando o movimento é feito para trás. Por isso, o eixo autodirecional da Wanderléa deve ser obrigatoriamente levantado em marcha à ré. “Caso contrário, tenderia a girar 180º em função da excentricidade”, destaca.

revista-carga-pesada-wanderlea-2

revista-carga-pesada-wanderlea-4

Fonte: Revista Carga Pesada