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Combustível e frete corroem a renda dos caminhoneiros

Remuneração teria de ser 50% maior para acompanhar variação da inflação entre julho de 2011 e setembro de 2018

Por trás da queixa dos caminhoneiros autônomos com o preço do diesel, principal custo da atividade, está a grande perda real de renda da categoria nos últimos anos, também relacionada à crise da economia e consequente redução na procura por frete

Os números que apontam a defasagem no que seria o equivalente aos salários dos profissionais do volante aparecem na comparação de edições de levantamento da Confederação Nacional dos Transporte (CNT), que mostra a evolução do cenário da categoria desde o período de atividade acelerada no país, no início da década, passando pela recessão, até o final do ano passado. Descontente principalmente com o valor que precisa desembolsar com o combustível, a categoria fez uma greve que parou o país em maio de 2018 e, nas últimas semanas, cogitou-se a possibilidade de nova mobilização. 

A pesquisa Perfil dos Caminhoneiros 2019 da CNT, que ouviu profissionais das regiões metropolitanas das 12 unidades da federação com maior frota, indica que, em setembro do ano passado, quando foram feitas as entrevistas, a renda mensal líquida média dos autônomos – descontando impostos, encargos sociais, combustíveis, manutenção e outros custos – era de R$ 5.011. O valor é apenas 2,2% superior aos R$ 4.902 apurados na edição da pesquisa de 2011, com dados coletados em julho daquele ano. 

Se a renda fosse corrigida pelo IPCA teria de ser R$ 7.519. Ou seja, a renda atual teria de ser 50% maior para empatar com a variação da inflação oficial do país acumulada no período. Em menor magnitude, a defasagem também aparece no faturamento dos motoristas que trabalham no próprio caminhão. Em julho de 2011, era estimado em R$ 13.411. Em setembro do ano passado, em R$ 16.117. Atualizado pelo IPCA, teria de ser R$ 20.526.

O diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, lembra que, em regra, o nível de atividade do setor de transporte varia o dobro do PIB, para o bem e para o mal. Quem trabalha por conta, observa ele, é o primeiro a ser atingido quando há queda na procura por frete.

— Grande parte da atuação dos autônomos está relacionada a contratações por empresas maiores. Funcionam como uma suplementação da oferta. Quando a demanda cai para todos, eles são os primeiros a sofrer esse corte — explica Batista.

O diretor lembra que, além da retração da demanda pela recessão nos últimos anos, a categoria foi afetada pela nova política de reajuste de preços dos combustíveis. Após o período do governo Dilma Rousseff em que a Petrobras foi obrigada a segurar aumentos, a chegada de Michel Temer ao poder trouxe a diretriz de acompanhar cotações internacionais e câmbio, levando ao aumento da pressão dos custos. Conforme a série histórica de acompanhamento de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em julho de 2011 o valor médio do litro diesel no país era de R$ 2,028. Em setembro, R$ 3,605, aumento nominal de 77% – acima da inflação de 53% no período.

O presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul (Fecam), André Costa, entende que a queda da renda da categoria é reflexo de problemas que se somam nos últimos 30 anos, agravados com a retração da demanda devido à crise e ao aumento dos custos. Para o dirigente, os autônomos começaram a perder quando passaram a ter o serviço intermediado por empresas e cooperativas e, ao longo do tempo, com a inclusão do custo com pedágios e combustível no preço do frete. O resultado da redução das margens, avalia Costa, é uma frota envelhecida que acaba gerando mais gastos com manutenção e combustível, alimentando um círculo vicioso para a categoria. A situação, afirma, leva à necessidade de um mecanismo ligado aos custos que garanta alguma remuneração ao autônomo pelo serviço.

— Precisamos de um gatilho de proteção mínimo para que o motorista possa se planejar, ter uma gestão do negócio. O resto vai depender da economia do país — diz Costa, que também enxerga, hoje, desequilíbrio entre a oferta de caminhões e a necessidade de transporte.

O assessor técnico da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC Logística), Lauro Valdívia, lembra que o último cálculo do valor do frete, divulgado em fevereiro, mostra defasagem de 13,1% no país. É a diferença entre o custo do setor e o quanto o mercado está pagando pelo serviço. Mesmo que seja um valor apurado para as empresas, também serve de referência para os autônomos, contratados pelas transportadoras.

— O diesel pressiona pontualmente. Tem picos, depois cai. É a crise que fez a demanda pelo frete cair. E, enquanto não tiver demanda, não há piso que resolva — diz Valdívia, referindo-se ao tabelamento do serviço, uma reivindicação da categoria atendida pelo governo federal.

O especialista lembra ainda que, durante o período recessivo, além da queda na necessidade de transportar mercadorias, o mercado foi pressionado pelo aumento do número de caminhões devido à grande oferta de crédito facilitado para a aquisição de veículos, também no governo de Dilma Rousseff.

— Na época, isso não gerou problema. Apenas depois, quando veio a recessão. Hoje, o que pressiona o frete é mesmo a demanda baixa — reforça.

A pesquisa da CNT mostra ainda que, em setembro do ano passado, 66% dos autônomos diziam notar queda na demanda por transporte. No grupo de motoristas de transportadoras, a percepção era um pouco menor: 55%. Entre os principais motivos apresentados pelos caminhoneiros para explicar a redução na busca pelo serviço apareceram a crise econômica nacional, o custo do frete e a maior concorrência.

E as outras categorias?

Embora não seja exatamente o período avaliado, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua mostra que, do primeiro trimestre de 2012 (início da série histórica) até o último trimestre de 2018, a renda real média dos brasileiros subiu 6% – ou seja, superou a inflação. De 2011 a 2018, o salário mínimo teve variação nominal de 76%, e de 16% acima da inflação (INPC). Os motoristas das transportadoras também amargam perdas reais, embora menores do que os autônomos. Em julho de 2011, declararam na pesquisa da CNT renda mensal líquida de R$ 3.166 e, em setembro de 2018, de R$ 3.720, avanço nominal de 17,5%.

Queda no tráfego rodoviário sinaliza para retomada difícil

Se a procura por frete depende da retomada da atividade para voltar a crescer, os últimos sinais são pouco animadores. Na comparação com os meses imediatamente anteriores, o tráfego de veículos pesados nas rodovias pedagiadas brasileiras caiu em fevereiro e março, mostra o Índice ABCR, da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias. Um dos responsáveis pelo indicador, o economista Thiago Xavier, da Tendências Consultoria, dá pistas de que o resultado de abril, a ser divulgado no início de maio, não deve mostrar reação.

— O quadro é de difícil reversão no curto prazo — limita-se a dizer Xavier, quando questionado sobre a tendência.

O economista observa que, apesar do movimento de veículos pesados nas estradas concedidas ser superior a igual período do ano passado, há evidente desaceleração, o que indica retomada mais lenta da economia, afetada por problemas como dificuldades na construção civil e na indústria e a crise na Argentina, que atinge o transporte internacional por rodovias. Sondagem da Confederação Nacional da Indústria sobre o primeiro trimestre aponta queda na produção e no emprego e aumento de estoques, o que indica menor necessidade de transporte de insumos e mercadorias prontas.

O diretor-executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista, observa que as expectativas de aumento na procura por frete estão relacionadas à reação da economia o que, por enquanto, está atrelada à reforma da Previdência.

— Isso está se alongando mais do que o previsto. Começamos com projeção de PIB (para 2019) de 2,5% e agora estamos com algo em torno de 1,5%. Talvez se repita o número dos últimos dois anos (1,1%). Esse é o problema.

O assessor técnico da NTC Logística, Lauro Valdívia, relata que, em conversa com os empresários, o que se nota é oscilação da demanda no ano. Depois de janeiro e fevereiro serem considerados bons, março foi ruim.

— O transporte é uma atividade-meio. Vai a reboque do mercado. Leva o produto de quem produz para quem compra. Mas, se não tem quem compre, não adianta — diz Valdívia.

Pelo índice da ABCR, indicador utilizado inclusive no cálculo do PIB pelo IBGE, o tráfego de veículos pesados em março ainda estava 12,5% abaixo do maior nível, observado em abril de 2013, na série livre de efeitos sazonais.


Fonte: Zero Hora

Valor do diesel tem mais uma alta

A Petrobras anunciou a quarta alta no valor do diesel nesse mês, com o valor do combustível passando de R$ 1,9484 para R$ 1,9778, hoje, 19 de janeiro. O último havia sido feito no dia 12 de janeiro. O valor apresentado hoje pela estatal já estão valendo.

Até 31 de dezembro estava em vigor o programa de subsídio ao diesel, implementado durante a greve dos caminhoneiros em maio de 2018, que chegou a conceder R$ 0,46 de desconto no valor do combustível. O valor final do subsídio, em dezembro, ficou na casa dos R$ 0,30.

A Petrobras é responsável por praticamente a metade do valor do diesel, que é vendido nos valores acima das reinarias para as distribuidoras. Como o mercado é livre, e ainda acrescido de tributos, o consumidor paga, em geral, o dobro do valor nos postos.

Consumo de combustível aumenta na chuva?

Os períodos de chuva no Brasil geralmente começam em outubro e vão até janeiro, podendo se estender até abril dependendo da região do país. Pensando no início dessa temporada, o parceiro Carlos Eduardo nos enviou uma dúvida sobre consumo de combustível durante uma chuva.

A pergunta foi: “Caminhão gasta mais quando tá chovendo?”

Na teoria, gasta sim. Engenheiros da Mercedes-Benz Caminhões explicam que esse aumento do consumo de combustível na chuva é praticamente imperceptível. “Uma acelerada brusca com o chão seco pode gastar mais do que um dia de chuva”, brincam. Mas por que isso acontece?

Existem algumas explicações:

A chuva cria uma resistência ao rolamento, o que desacelera o veículo mais do que o normal, gastando um pouco mais de combustível.

O consumo também pode aumentar devido a aparelhos usados pelo veículo. Normalmente quando está chovendo, há maior consumo elétrico, porque os limpadores de pára-brisas e o ar condicionado estão ligados. Inclusive, o trânsito aumenta, ampliando o tempo de trajeto, o que consequentemente aumenta o consumo de combustível.

COMO ECONOMIZAR?

O combustível responde por cerca de metade do custo de operação do caminhão. Por isso a direção econômica é tão importante – ela pode garantir para o estradeiro um lucro maior no fim do mês. Existem algumas maneiras de se economizar combustível e nós listamos três delas:

1. TER OS PNEUS SEMPRE CALIBRADOS

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Não calibrar regularmente os pneus faz com que eles fiquem mais aderentes ao chão, é quase como andar levemente freando. Aí o motor precisa trabalhar com mais força para descolar o veículo e se usa mais força, gasta mais combustível. Especialistas afirmam que o consumo aumenta entre 20 e 25%.

2. NÃO EXCEDER O PESO LIMITE DO CAMINHÃO

Segundo o Departamento de Eficiência Energética dos EUA, cada 40 quilos extras impactam em 2% de aumento no consumo de combustível. Além de gastar mais, o excesso de peso também prejudica o funcionamento do bruto, causando desgaste prematuro dos componentes como conjuntos de suspensão, direção e freios.

3. DIRIGIR EM VELOCIDADE MÉDIA

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Veículos têm uma taxa ótima de aproveitamento do combustível rodando em velocidades entre 40 e 70km/h. Acima disso, o caminhão passa a gastar mais que o necessário. A partir de 88 km/h esse consumo cresce muito, em média 1% para cada 1km/h a mais. Ou seja, se você subir a velocidade para 100km/l, está gastando 12% a mais de combustível para percorrer a mesma distância.

Por Pietra Alcântara do Trucão 

10 dicas para economizar combustível

1. Mantenha-se a 80 km/h

Antes de alcançar os 90 km/h para ultrapassar o veículo a sua frente, pense de novo. Uma boa alternativa é manter-se constantemente a 80 km/h. A medida vai te fazer economizar até 10% de combustível, além de reduzir o risco de acidentes mortais em até 40%. Pense nisso: rodar a 90 km/h somente diminui o tempo da viagem em 1% — pouco tempo e muito risco.

2. Evite rodar em marcha lenta

Existem algumas lendas sobre o assunto: alguns motoristas acham que é a melhor maneira de se aquecer um motor. Quando você roda em marcha lenta, você está desperdiçando muito combustível e colaborando nas emissões de poluentes. Se parar por mais de 20 segundos, desligue o motor. Isso vai te fazer economizar um bons trocados.

3. Verifique os freios regularmente

Se você utiliza o retarder com frequência, você pode não estar exercitando os freios de forma adequada. A má utilização dos freios provoca um aumento drástico no consumo. Por isso, verifique todos os freios da composição ao menos uma vez ao ano (isso na Europa, onde as condições da estrada e topografia são muito diferentes das nossas) como forma de manutenção preventiva.

4. Aproveite o vácuo

Se estiver andando em comboio, uma boa dica é aproveitar o vácuo entre os caminhões. Andar a 70 m de distância pode render até 5% de consumo de combustível, além de ser uma distância segura para a modalidade.

5. Manutenção em dia 

Consulte a oficina de sua preferência, ou da marca, regularmente. O caminhão pode apresentar falhas imperceptíveis e, se observadas a tempo, podem te poupar um boa grana. Certas falhas podem adulterar o correto funcionamento do equipamento, aumentando o consumo de combustível.

6. Planeje o trajeto com antecedência

Planejar a operação com antecedência é uma das maneiras mais eficientes de se poupar combustível. Procure informações sobre o trajeto, possíveis obstáculos, e até qual tipo de veículos circulam pela rodovia. Pequenas ações também são úteis: ao se aproximar de uma rotatória, tente perceber como os carros da frente se comportam e diminua a velocidade antecipadamente.

7. Rodar em descidas

Ao ver que um declive se aproxima, não deixe o caminhão na banguela. Tire o pé do acelerador, e mantenha o caminhão engrenado. Assim, você poderá desfrutar a descida sem gastar uma só gota de combustível e contar com freio-motor, em caso de necessidade.

8. Verifique os pneus

Após verificar se os pneus que equipam o seu caminhão são os corretos, você deve verificar se a pressão está correta (ao menos uma vez por semana). Verifique também o monitor de pressão na cabine.

9. Não customize o veículo

Cada caminhão é projetado para atender à uma necessidade. Isso significa que os recursos que eles trazem consigo são adequados para determinadas tarefas. Qualquer modificação, mesmo que pequena, como nas luzes ou faróis, pode significar aumento em até 2% no consumo.

10. Confira o alinhamento 

Muitas pessoas não percebem o quão importante é verificar o alinhamento das rodas e do reboque. Eixos e rodas desalinhados resultam em consumo extra de combustível e desgaste prematuro dos pneus.

5 DICAS PARA FAZER SEU FRETE RENDER MAIS

Dizem que de grão em grão a galinha enche o papo. Bom, é o mesmo com a direção econômica. São pequenas decisões que, no fim da viagem, podem significar muito. Separamos 5 delas para você.

1. ACERTE NO COMBUSTÍVEL

Não adianta: na estrada tem pouco espaço para escolher o posto certo. Na dúvida, sempre dê uma boa olhada se o posto é bem-cuidado, se os frentistas estão uniformizados e se o combustível é certificado. Desconfie do preço muito baixo: pode ser cilada.

2. RODE COM BOAS PEÇAS

Peças de qualidade, além de darem mais estabilidade no volante, reduzem os gastos com combustível. A LEMFORDER, por exemplo, tem componentes de direção e suspensão que duram até duas vezes mais do que as outras, ou seja, menos custo com manutenção e menos reais por quilômetros.

3. CALIBRE SEMPRE OS PNEUS

A calibragem, além de deixar a sua viagem mais segura, faz a diferença no uso do combustível. A regra é a cada 1 libra a menos pode aumentar em até 0,3% o gasto com combustível por quilômetro rodado.

4. APOSTE NA DIREÇÃO ECONÔMICA

Faça o máximo para manter a sua velocidade constante, sem frear ou acelerar muito, o combustível agradece. Uma dica é ficar de olho no conta-giros do seu caminhão, o ideal é trocar as marchas dentro da faixa de torque máximo.

5. PROGRAME SUA VIAGEM

Desde o abastecimento até as refeições. Uma entrega programada sempre vai ser mais rentável, marque os pontos de abastecimento, refeições, descanso, tudo. Você evita congestionamentos e paradas desnecessárias. Faz uma baita diferença. Estes são apenas alguns dos muitos hábitos que você pode ter para fazer o seu frete render ainda mais sem que isso signifique menos segurança.

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4 coisas para prestar atenção em um posto de combustível

Para você, o que é um posto de combustível de confiança? Existem algumas maneiras de descobrir. Muitos estradeiros avaliam o posto pela estrutura, principalmente quanto estes possuem um espaço para caminhoneiros.

Outra maneira é pedindo um teste de qualidade no combustível antes de comprá-lo. Você pode exigir esse teste, pois é direito do consumidor. Saiba mais clicando aqui.

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, orienta os consumidores sobre cuidados necessários em postos de combustíveis. São 4 coisas para prestar atenção antes de abastecer naquele posto.

1. ORIGEM, PREÇO, VALIDADE E QUANTIDADE

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Imagem: TV Parlamento

Os postos de combustíveis devem informar na entrada do posto, através de placas, faixas ou totens, os valores que são praticados segundo regra da Agência Nacional do Petróleo (ANP). É importante o consumidor verificar se os preços das bombas são os mesmos que os anunciados e se há restrição de horário, forma de pagamento ou bomba.

2. ETANOL

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Imagem: Jonathan Campos

Nas bombas verifique o nível do densímetro, o tubo transparente onde passa o combustível e é possível perceber a quantidade de água. O máximo permitido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) é de 5% ou há adulteração. O etanol deve ser límpido, isento de impurezas. A cor alaranjada significa adulteração.

3. GASOLINA

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Em caso de suspeita quanto à qualidade da gasolina, o consumidor pode pedir ao funcionário do posto que realize na hora o “teste da proveta”, que mede a porcentagem de etanol misturado. Verifique o tipo de gasolina que está sendo utilizado. A gasolina também tem validade, são até três meses no depósito do posto, por isso, muitos empurram o tipo mais caro com menos saída.

4. FLUÍDOS, LUBRIFICANTE E ADITIVOS

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Atenção ao trocar lubrificantes e fluídos que têm prazo de validade a ser respeitado, como também conferir se o preço está na prateleira. Consulte o manual e veja quando realizar a troca. É comum postos comissionarem frentistas para realizar a venda.

O engenheiro mecânico e professor do departamento de engenharia mecânica do Instituto Mauá, Celso Argachoy, alerta aos motoristas sobre a importância de respeitar o prazo de validade dos produtos automotivos. Em especial, óleos lubrificantes, fluídos de freio e aditivos, pois após o vencimento passam a absorver a umidade e perdem suas características.

Para esclarecer dúvidas do consumidor, acesse o site do ProconIpem ANP.

Fonte: Trucão 

Posso pedir teste de qualidade do combustível?

Você sabia que usar combustível adulterado causa danos ao motor do veículo? Muitos caminhoneiros fazem questão de se programar para abastecer sempre no mesmo posto de confiança. Outros desconfiam dos preços baixos demais. Muita gente não sabe, mas outra opção é pedir um teste de qualidade do combustível no próprio posto, exigência que é direito do consumidor.

O fato é que encontrar postos vendendo combustível irregular não é raridade. Em 2016, a ANP registrou 123 postos com irregulares no diesel. E as fraudes também podem abranger outros combustíveis, como gasolina e etanol. Outro tipo de irregularidade cometida é a fraude da bomba baixa, quando a bomba não registra a quantidade correta de combustível que é colocada no carro.

Você sabe quais são os problemas causados pelo uso de diesel adulterado? Clique aqui e confira a reportagem.

Por isso, os testes de qualidade são a maneira mais segura de confirmar se um posto é de confiança ou não. A PROTESTE exigiu, de maneira anonima, testes de qualidade em 30 postos do Rio de Janeiro. Clique aqui e veja o resultado.

Existem vários tipos de testes que podem ser feitos. Hoje vamos falar do teste de proveta e o teste de vazão.

TESTE DE PROVETA

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Imagem: Governo do Estado de São Paulo

O teste é feito em provetas de 100ml e nesse caso, se usa a gasolina. Coloca-se 50ml de gasolina e 50ml de água na mesma proveta, depois sacode-se o tubo a fim de misturar os líquidos. A gasolina comum ou aditivada possui em sua composição um percentual de álcool anidro.

Durante o teste, o álcool anidro que a gasolina possui se une aos 50ml de água adicionados, separando-se do combustível. O volume da água irá aumentar por causa disso, mas não deve ultrapassar o teto de 64ml. Se a quantidade de água for maior do que 64 ml, a gasolina pode estar adulterada.

TESTE DE VAZÃO

Para saber se a bomba está liberando a quantidade exata de combustível, seja qual for, é realizado o teste de vazão. Em um balde aferidor, coloca-se 20L do combustível direto da bomba.

A diferença máxima aceitável do valor registrado na bomba para o valor medido pelo balde é de 100ml para mais ou para menos. Acima dessa margem, a combustível ou o bico podem estar adulterados.

O combustível suspeito de adulteração deve ser encaminhado aos laboratórios credenciados junto à ANP para emissão de laudo definitivo, cabendo a possibilidade de suspensão imediata em caso de suspeita de irregularidades. As informações são do Procon MA.

ETANOL

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Imagem: Exame

Se você utiliza etanol, verifique se está límpido, isento de impurezas e sem coloração alaranjada. A cor alaranjada pode ser sinal de irregularidade.

Confira, também, se é o etanol adequado para motores: seu teor alcoólico deve estar entre 95,1% e 96,6% em volume (92,5 % e 93,8 % em massa). Ou entre 97,1 % e 98,6 % em volume (95,5 % e 97,7 % em massa), no caso do produto “premium”. Se duvidar, solicite o teste de verificação do teor alcoólico.

Para entender como funciona a verificação do teor alcoólico do etanol e outros testes, clique aqui.

DIREITO DO CONSUMIDOR

O consumidor tem o direito de solicitar ao estabelecimento o teste de qualidade sempre que desconfiar da procedência do combustível, conforme Resolução da ANP 9, 07.03.2007. Por isso, não hesite em pedir pelo teste, mesmo que de início os funcionários do posto não pareçam dispostos a colaborar.

Caso os funcionários do posto se recusem a fazer o teste, você pode fazer uma denúncia à Agência Nacional de Petróleo, a ANP. É dever de todo posto de combustível ter um aviso sobre os direitos do consumidor quanto aos testes de qualidade.

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Exemplo de aviso sobre os direitos do consumidor em relação a testes de qualidade do combustível.

CONTATE A ANP

Se você suspeitar de irregularidades, informe o ocorrido à ANP, pela internet ou pelo telefone 0800-970-0267. A ligação é gratuita.

Para registrar sua queixa, a ANP precisa do maior número de informações possível sobre o posto – como CNPJ, razão social, endereço e distribuidora. Para isso, é importante ter a nota fiscal.

PROCURE OS PROCONS

  • O consumidor que suspeita de irregularidade pode procurar o Procon do seu município ou estado, fornecendo endereço do estabelecimento suspeito, município e o relato do que aconteceu;
  • Se o Procon não puder ir até o local na hora da queixa, poderá informar ao consumidor um e-mail para que ele envie documentos como nota fiscal e fotos, se existirem. A fiscalização pode ocorrer em outro momento.

As informações são do Gauchazh

Por Pietra Alcântara

Fonte: Trucão

30 postos têm seus combustíveis testados; veja o resultado

Que o combustível anda caro, não é novidade. Para motoristas, profissionais ou não, essa é uma realidade principalmente depois da mudança da política de preços da Petrobras, que completa 1 ano. Mais do que nunca, o consumidor pode e deve exigir seus direitos na hora de abastecer. Pensando nisso, a PROTESTE, associação de consumidores, fez um estudo com 30 postos da cidade do Rio de Janeiro, que tiveram seus combustíveis testados.

A associação exigiu, anonimamente, que fosse feito o teste de vazão, que verifica se a bomba abastecedora fornece o mesmo volume que está sendo registrado. Dos postos abrangidos pela pesquisa, 23 realizaram a prova na gasolina imediatamente após a solicitação, geralmente com a presença do gerente ou do responsável.

Influenciada pelo aumento do dólar e da cotação do barril do petróleo, a escalada de preços dos combustíveis se intensificou no mês passado, irritou consumidores e motivou uma greve de caminhoneiros, que parou o país por mais de uma semana.

Resultados

Apesar da maioria dos postos ter feito o teste imediatamente, uma minoria não colaborou com tanta facilidade.

Sete postos negaram fazer o teste na gasolina, mas quatro voltaram atrás e aceitaram fazê-lo: Gasoal-EPP, localizado no Engenho Novo, ZIP Auto Posto, na Vila Valqueire – ambos de representação ALE –, Posto de Gasolina do Netinho da Tijuca, na Tijuca, e Posto de Abastecimento Gallena Lago, no bairro da Lagoa, estes, respectivamente, de bandeira Ipiranga e branca, ou seja, sem exclusividade à marca.

Os casos mais graves, entretanto, foram os dos postos Gasolina Bonanza (bandeira branca) em Vila Valqueire, Mirante da Taquara (BR Petrobras), na Taquara, e Garagem São José do Grajaú (BR Petrobras), em Vila Isabel. Neste último, ao contrário dos demais – em que se ouviu muito a desculpa de que o gerente não estava no local e que, por isso, seria impossível realizar a avaliação –, foi dito que não havia gasolina comum para esse fim.

Já dos 27 estabelecimentos que realizaram o teste, em apenas dois foram encontradas diferenças entre o limite de 100 ml de disparidade permitido. No Posto de Abastecimento e Serviços V. Marques, de bandeira Ipiranga, em Del Castilho, constatou-se que a quantidade de gasolina entregue pela bomba e a aferida pelo equipamento medidor do Inmetro foi superior, com 180 ml.

O contrário ocorreu no Posto de Gasolina Andaraí (de bandeira ALE), na Tijuca, despejando 120 ml a menos do que o informado no dispositivo abastecedor.

Vale destacar a atitude, que deveria servir de exemplo, do gestor Paulo, do Posto Catedral, da bandeira Shell, na Lapa. Ele estava efetuando o procedimento durante a nossa visita e disse que a aferição das bombas ocorre semanalmente.

Além do volume

Foram analisados, ainda, outros quesitos para ver se esses locais estão respeitando seus direitos. Nesse caso, se as bombas haviam passado pela verificação anual. Isso é vital para evitar fraudes. A boa notícia é que quase todos os locais traziam a certificação do Inmetro de 2017, referente ao ano de 2018, tanto em suas abastecedoras quanto nesses medidores.

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A exceção foi a do AT Posto Duzentos e Um Eirelli (bandeira branca), no bairro de São Cristóvão. O selo no dispositivo de gasolina comum tinha validade só até 2010, enquanto as bombas dos demais combustíveis – como, por exemplo, do diesel comum – eram de 2018.

Diante disso, esse abastecedor, com vencimento em 2010, não deveria estar sendo usado. Além disso, deveria sofrer verificação imediata pelo Instituto de Pesos e Medidas do Rio de Janeiro (Ipem-RJ) antes de voltar a operar.

Por fim, foram os preços: se estavam sendo exibidos corretamente e com fácil identificação tanto nas entradas dos postos quanto nas bombas, respeitando a exigência de terem três casas decimais.

Valor pago

O estudo da PROTESTE também notou que o cálculo foi feito errado do valor a ser pago em 12 dos 27 postos. Assim, o resultado da multiplicação do preço por litro de combustível pelo volume total de litros adquiridos, mostrado na bomba, não procedia.

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Em três locais – Posto de Gasolina e Bar Garoa, em São Conrado, Posto de Gasolina Todos os Santos, no Engenho de Dentro, e Auto Posto Metro, no Centro –, o litro exposto no dispositivo era de R$ 4,879. Na compra de 4,09 litros, a cifra total deveria ser de R$ 19,95, e não de R$ 20, como exibida na bomba, ou seja, uma diferença de R$ 0,05, ou de 10 ml.

Além disso, nem sempre a quantidade de litros na nota fiscal condiz com a que figura na bomba, pois normalmente a gasolina que sai dela tem duas casas decimais, enquanto na nota fiscal aparece com três.

A PROTESTE informou ao Procon e ao Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) os resultados do teste, pedindo providências para que o consumidor não sofra mais com as ofertas enganosas que lhes foram feitas pela entrega de uma quantidade de combustível inferior a realmente está sendo cobrada.

Isso representa fraude econômica e contraria os direitos básicos do consumidor, como o direito à informação correta. Além de tudo, esses produtos possuem um vício de quantidade que lhes diminui o valor – nesse caso, se constatada a ilegalidade, o consumidor pode pedir o abatimento do preço.

Você, como consumidor, pode exigir do postos alguns tipos de testes para conferir se o combustível está sendo vendido de acordo com a lei. Quais são esses testes? Que lei permite essa exigência? Em breve teremos mais posts falando sobre isso.

Fonte: Pé na Estrada

 

Planalto cria canal de denúncia à postos que não repassam desconto no diesel

Estradeiros relatam que nem todos os postos estão repassando o desconto de R$ 0,46 no preço do diesel, decidido durante a greve dos caminhoneiros. Por isso, o Planalto está divulgando um canal de denúncia especialmente para postos que se recusam a reduzir o preço do diesel nas bombas.

O governo federal orienta caminhoneiros e demais consumidores a denunciarem os estabelecimentos por meio do número (61) 99149-6368. As denúncias devem ser encaminhadas por meio de mensagem via WhatsApp.

“Atenção, caminhoneiro! Este é seu canal para denúncia. De hoje até segunda-feira, de acordo com a renovação dos estoques, todas as bombas do país devem oferecer desconto de R$ 0,46 no litro do diesel. Ajude-nos a fiscalizar”, diz mensagem divulgada pelo Planalto.

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Fonte: Governo FederalRedução do diesel

A principal reivindicação e medida negociada entre motoristas e o governo federal durante a greve dos caminhoneiros foi a redução do preço do diesel. Por meio de uma medida provisória, Temer ordenou a redução do combustível em R$ 0,46.

O valor está valendo desde sexta-feira, dia 1º. Segundo o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, o preço do diesel deve ser R$ 0,46 menor que o praticado em 21 de maio, quando começaram as paralisações de caminhoneiros. O preço não será reajustado por 60 dias.

Embora a determinação do governo federal seja para os postos repassarem o desconto “imediatamente”, a Agência Nacional de Petróleo (ANP) já informou que a redução só deverá chegar aos consumidores de todo o país em até 15 dias.

Segundo o governo federal, deverá ser criada uma rede nacional de fiscalização para coibir preços abusivos nos postos.

De acordo com Marun, os postos terão de fixar uma placa com o preço do diesel cobrado em 21 de maio, quando começou a greve dos caminhoneiros, e com o preço atualizado, já com o desconto.

Punições

A portaria do Ministério da Justiça define as seguintes punições para os postos que não reduzirem o preço do diesel:

  • Multa;
  • Suspensão temporária da atividade;
  • Interdição, total ou parcial, do estabelecimento ou de atividade.

As penas de cassação de alvará de licença, de interdição e de suspensão temporária da atividade serão aplicadas mediante procedimento administrativo. As informações são do G1.

Fonte: Pé na Estrada

Postos de São Paulo estão sem receber combustível, diz sindicato

Postos de São Paulo não receberam nenhum tipo de combustível

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, José Alberto Paiva Gouveia, informou que, desde o início desta quarta-feira (23), os postos de abastecimento do estado não receberam nenhum tipo de combustível.

“Os postos de combustíveis têm, em média, estoque para operar por dois ou três dias. Hoje não recebemos combustível”, afirmou Gouveia. Ele disse acreditar em um desfecho rápido da paralisação dos caminhoneiros e que não espera uma corrida aos postos de combustível.

“Torcemos para a paralisação não se prolongar e, por enquanto, não enxergamos uma corrida aos postos.” Sobre a possibilidade de redução dos impostos que incidem sobre os combustíveis, especialmente o oleo diesel, Gouveia ressaltou que ainda não é possível ter ideia do impacto da medida para o consumidor final.

“Estamos aguardando o posicionamento das distribuidoras, quando começarmos a receber novamente o produto. Não consigo precisar uma redução de preços nas bombas, porque é uma decisão de cada dono de posto. Vamos acompanhar, mas ainda não sei precisar se vai redução [de preço] ou de quanto será”, acrescentou Gouveia.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Brasil Caminhoneiro