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Confira 5 dicas para aproveitar o Carnaval da boleia.

A época da folia é marcada por muitas festas de Norte a Sul do Brasil. E, como todo feriado prolongado, o pessoal aproveita para fazer as malas e botar o pé na estrada. Mas e quem já vive no tapetão todos os dias? A ZF trouxe dicas para os estradeiros não ficarem de fora.

Aproveite o Carnaval no seu destino. ​Várias cidades não tão famosas pela festa tem comemorações muito boas e cheias de gente. Se estiver por perto, dê uma olhada nestes lugares: ​Votuporanga (SP), Diamantina
(MG), Aruanã (GO), Maragojipe (BA), Antonina (PR), Jaguari (RS), Bezerros (PE), Porto Velho (RO).

Crie uma lista de músicas e​ coloque pra ouvir dentro do bruto. Rodar na companhia de uma música boa é muito bom pra entrar no clima e deixar a viagem melhor. Atenção aos mestres do samba: ​Cartola, Zeca Pagodinho, Demônios da Garoa, Jorge Aragão, Beth Carvalho e Alcione.

Reúna os amigos que estão por perto.​ A estrada é um lugar que traz muitas amizades. Veja se alguns amigos estão próximos da sua rota e aproveite pra bater um papo no Carnaval. Afinal, se a companhia é boa tudo fica bem melhor.

Não se esqueça da segurança. ​O movimento vai aumentar, e a estrada vai lotar. Nessas horas, a atenção tem que ser maior ainda. Assim a festa fica boa pra todo mundo do começo ao fim. A manutenção preventiva é uma baita mão na roda pra proteger você, o bruto e quem estiver por perto.

A última dica é sua! D​ eixe nos comentários alguma coisa que você faz para entrar no clima quando passa o Carnaval na estrada.

Seguimos juntos. Boa viagem!

Michelin promove ação no Ceasa do Rio de Janeiro

A Michelin realizará uma ação especial para receber os caminhoneiros no dia 14 de novembro, no Ceasa do Rio de Janeiro no Pavilhão 22 em frente à Gerência.

Além de conhecer mais a marca e seus produtos, você desfrutará de um café da manhã especial. E ainda, pode receber dicas valiosas sobre pneus para utilizá-los da melhor forma e ter a melhor qualidade de vida nas estradas.

Esperamos vocês!

Dia: 14 de novembro de 2019 (quinta-feira)
Horário: a partir das 7h
Local: Ceasa RJ
Referência: Pavilhão 22 – Em frente à Gerência do Ceasa

Como as mídias sociais ajudam na estrada

Você que usa a internet sabe que ela é hoje a forma mais fácil e rápida de se conectar com o mundo. Por ser um território livre, não é legal ser escravo dela, mas é saudável usar o que ela oferece de bom a nosso favor.

Com o avanço das mídias sociais, é comum seguir perfis, nos mais variados segmentos, no intuito de se informar, comparar e até decidir por algo. Esse trabalho vem sendo realizado pelos “influenciadores digitais”, que são na verdade produtores de conteúdo para seu fiel público da internet. Assim como em várias profissões, motoristas de caminhão investiram na ideia para falar de experiências no melhor cenário que podiam ter: a estrada.

Um exemplo de influenciador digital é a carreteira Sheila Rosa Marchiori, mais conhecida como Sheila Bellaver, que a cada dia conquista mais seguidores em suas plataformas digitais. Natural do Rio Grande do Sul, a motorista tem hoje mais de 1 milhão de seguidores no Youtube, mais de 630 mil no Instagram, além de vários perfis de fã-clubes no Facebook.

Na estrada há 10 anos e há 4 como influenciadora digital, Sheila faz a rota Minas Gerais/Rio Grande do Sul com seu caminhão rosa (Scania R440) com câmara fria, transportando frutas e verduras. “As pessoas que mais assistem meus vídeos são aquelas que sonham entrar para a profissão. Eu nunca pensei ter tantos seguidores, e o resultado disso é que a gente nunca está sozinha na estrada. Costumo dizer que sou vigiada pelo rastreador, por Deus e pelos amigos”, brinca.

Sheila Bellaver tem hoje mais de 1 milhão de seguidores no Youtube

Toda essa repercussão chega a ser uma surpresa para a gaúcha, que começou a fazer vídeos graças a ideia de um colega de estrada. “Lembro que na época não tinha mulher na estrada fazendo isso.  Ser Youtuber hoje não deixa de ser uma profissão como qualquer outra, é uma fonte de renda. Por outro lado, me preocupo com o conteúdo que passo, sempre com o melhor exemplo, pois muitas crianças assistem o meu canal. Pra mim, o influenciador digital passa experiências, opiniões e, de certa forma, ensinamentos”, conta. Segundo a motorista, as mídias sociais vieram para ajudar na rotina do motorista de caminhão que já sofre tanto na estrada. “Eu amo ser motorista de caminhão, sonho com isso desde criança, mas precisamos de mais união para que as coisas melhorem, porque enquanto a classe trabalhar contra a classe, não há como chegar a lugar algum”, finaliza.

“Eu amo ser motorista de caminhão”, afirma a gaúcha

Outro influenciador digital do transporte é Claudemir Gigliotti, 36 anos, 18 anos de profissão, de Sinop/MT. Ele  transporta grãos, na rota de Miritituba, Imbituba, Paranaguá, no estado do Paraná e Nordeste; cavalos acidentados para uma associação de Cascavel/PR e máquinas linha amarela em todo território nacional. Conhecido como Neni, atualmente o influenciador tem mais de 600 mil inscritos e 597 vídeos no seu canal no Youtube e 146 mil inscritos no Instagram. Ele explica que não tinha muito conhecimento dessas plataformas e que tudo foi acontecendo de maneira natural.

Neni tem mais de 600 mil inscritos e 597 vídeos no seu canal no Youtube

“Quando comecei não tinha ideia do que essas mídias eram e nem que podiam ser rentáveis. Tudo começou como um hobbie, de estar entre os colegas fazendo vídeos, brincando um com o outro. Mas, todos os vídeos que eu postava começaram a ter bastante acesso. Um exemplo é o vídeo do “Pneus amarrado atrás da carreta” que estourou e as pessoas começaram a pedir para eu fazer mais vídeos. Até que eu recebi uma ligação de um amigo dos Estados Unidos, do canal Presta Atenção Brasil, dizendo que eu era um “Youtuber” pois tinha mais de 25 mil inscritos e me explicou todas as vantagens da ferramenta e que poderia ter uma renda com isso. E foi ai que tudo começou efetivamente”, contou.

Para Neni, o trabalho do influenciador digital é muito importante. No seu caso, ele explica que o grande objetivo é trazer o espírito de humanidade entre os motoristas e oferecer dicas para melhorar o dia a dia. Garante que muitos seguidores olham o seu trabalho como um apoio e agradecem pelas dicas de produtos e serviços oferecidos no canal. “Acredito que os motoristas se identificam com meus vídeos pois eles se deparam com a rotina deles e com as dificuldades que enfrentam”.

“Tenho orgulho de ser motorista e amo trabalhar com caminhão”, diz

Ele conta que o número de pessoas que pedem para continuar com esse trabalho o faz acreditar que está no caminho certo, ajudando os colegas. “Na Fenatran desse ano, por exemplo, um mecânico que estuda engenharia mecânica disse que visita o meu canal para aprender na prática aquilo ele viu na teoria. Pessoas doentes, com depressão também me procuram para agradecer e dizem que os vídeos deram inspiração para seguir”, explicou.

O influenciador explica que sua rotina mudou bastante pois antes era apenas um motorista que fazia uns vídeos. “Hoje é difícil eu conseguir conciliar o trabalho de motorista de buscar carga, carregar o caminhão com o de influenciador digital, gravando vídeos, postando nas mídias sociais e dividindo a minha vida com os seguidores. Tenho que tomar cuidado com o que eu falo e posto”.

Neni afirma que ser o influenciador digital ajudou a abrir muitas portas e a encurtar alguns caminhos burocráticos. Por outro lado, afirma ser um trabalho de extrema responsabilidade. “As pessoas acreditam nas coisas que a gente posta e por isso eu decidi desde o início que falaria apenas das coisas que eu realmente provo e aprovo”, afirmou.

Para Neni, a profissão hoje está muito defasada no Brasil, principalmente para os autônomos. Acredita que não existe leis que realmente os apoie. “A profissão é tão digna quanto qualquer outra e merecia mais respeito. Tenho orgulho de ser motorista e amo trabalhar com caminhão. Por isso eu falo que hoje só amando a profissão para se mante nela, pois está muito difícil”, destacou.

Fonte: O Carreteiro

O tempo passa, mas algumas sensações nunca envelhecem.

Os anos de experiência de um motorista ficam marcados na memória, mas existe uma coisa que, apesar do tempo, não muda nunca no coração do estradeiro: aquela sensação de liberdade que faz o camarada se sentir livre como uma criança.

A vida de caminhoneiro é uma viagem cheia de emoção e aventura. Começa com a partida e a sensação de ter o mundo na ponta dos dedos. Quando o pé encosta no acelerador, a potência do motor puxa o bruto para a frente, o vento começa a soprar mais forte e a estrada vira um tapete por onde passa um homem que carrega tanta simplicidade, liberdade e esperança que mais parece um menino sonhador. E quando o parceirão de estrada anda equipado só com coisa fina? Aí, meu amigo, a tranquilidade ganha espaço, a preocupação de ficar pelo caminho some e dirigir fica tão bom quanto as brincadeiras de infância.

Na semana da criança, a ZF passa para lembrar que está sempre ao seu lado para garantir a liberdade e a proteção de que você precisa para rodar despreocupado.

Boa viagem e seguimos em frente juntos!

Oktoberfest 2019 de São Paulo

Oi, amigo motorista!
Tudo bem com você?

Você sabe que já está acontecendo a edição da Oktoberfest em São Paulo-SP, no Jockey Club ?

E, para ficar melhor ainda, a nossa parceira “Mercedes-Benz” está dando alguns ingressos gratuitamente  para os dias 27, 28 e 29 de Setembro (Sexta, sábado e domingo) com direito aos shows do dia!

Veja as regras do passo a passo para ganhar um par de ingressos:

  •  Os primeiros 50 motoristas podem retirar os ingressos na Sala TruckPad, localizada no Terminal de cargas Fernão Dias (Rua Benito Meana, 100 – Jd Julieta – São Paulo/SP).
  • Horários para retirada dos ingressos:
    24/09 – (Terça-feira) – Das 9h às 18h
    25/09 (Quarta-feira) – Das 9h às 18h
    26/09 (Quinta-feira) –
    Das 9h às 18h

Endereço Sala de Embarque TruckPad (Retirada dos Ingressos):
Terminal de Cargas Fernão Dias

Rua Benito Meana, 100  – Jardim Julieta – São Paulo- Sp

IMPORTANTE : Se beber, não dirija.

Observações:
O ingresso dá direito a entrada gratuita (não inclui bebidas e comidas) + acesso às Tendas Biergarten, Bierpark e Biertent com um palco de shows exclusivos.
(**Apenas para ciência, se você fosse pagar pelo ingresso,  o valor da entrada é de R$99,00 (inteira). Caso queira comprar outros ingressos, deverão ser adquiridos diretamente pelo
site do evento.)

Mais informações:

  • Se quiser saber mais informações sobre o evento, clique aqui!
  • Se tiver alguma dúvida, pode mandar um WhatsApp para gente no número: (11) 4118-2880

Nos EUA, idosa engana motoristas fingindo que secador é radar

Quando um veículo se aproxima, a mulher aponta rapidamente o secador. Patti conta que a medida tem funcionado

Em Montana, nos EUA, uma idosa se propôs a ajudar autoridades locais a combater o excesso de velocidade em uma das vias da cidade onde mora.
Patti Baumgartner fica sentada numa cadeira apontando um “radar móvel” para a estrada. Mas, na verdade, o que ela carrega na mão não passa de um secador de cabelo.

Quando um veículo se aproxima, a idosa aponta rapidamente o secador. Patti conta que a medida tem funcionado. 

“Eles se esquecem de diminuir a velocidade e muitos estão se queixando disso. Eles não podem caminhar ou andar de bicicleta. Eu mesma não posso passear”, disse Patti à emissora KRTV.
Após viralizar, a Montana Highway Patrol Trooper, polícia rodoviária do estado, deu o título de “patrulheira honorária” para Patti.

Fonte: Estado de Minas


Prêmio Cliente Satisfeito Mercedes – Benz 2019

Amigo Caminhoneiro, estamos na 7ª Edição do Prêmio Cliente Satisfeito, que reconhece as melhores práticas de atendimento e relacionamento com os clientes. Em 2018 contamos com sua participação para avaliar as melhores iniciativas de nossos concessionários, em 2019 não será diferente… 

De 16/09 a 20/09 na sala de embarque da TruckPad do Terminal de Cargas Fernão Dias ocorrerá a votação para eleger os melhores projetos que beneficiam você no relacionamento com nossos concessionários! 

Participe dessa ação, afinal ninguém mais adequado que você para decidir o que é melhor e mais inovador para te ajudar no dia a dia da estrada!

A votação é rápida e simples, e no final preparamos uma surpresa, Venha Conferir! 

Um papo para você que roda pelo Brasil

Fala a verdade, andar por esse Brasilzão afora é ter a certeza de carregar várias histórias e experiências na bagagem, né?

Tem gente que enche o bruto com mandioca que, no meio do caminho, vira aipim e na hora que chega ao destino é macaxeira.

E quando bate a fome? Pega uma bergamota, tangerina, poncã ou mexerica? De vez em quando, é mais fácil comer um biscoito. Ou será que é bolacha?

No calor, às vezes a gente nem dorme. A boleia enche de pernilongos, e aí, a solução é caçar os mosquitos, dar um tapa no carapanã para, finalmente, conseguir descansar sem a muriçoca incomodar.

É bonito de ver a alegria da meninada nas cidades da rota. Os guris saem de carreira atrás da pandorga que vem caindo do céu, tudo para conseguir pegar o papagaio e ter uma pipa nova para empinar.

Como diriam lá em Minas Gerais: o Brasil é um trem muito grande. Então, a gente tem que valorizar todo esse povo batalhador que mora aqui, junto com a história e a cultura que cada um tem.

A ZF sabe disso e, pensando em levar mais economia para você, motorista, vem aí a promoção Descontão Brasil. Encontre ofertas imperdíveis na nossa loja dentro do aplicativo e leve mais qualidade para o grandão rodar macio de norte a sul. Clique Aqui e conheça!

8 perrengues que todo caminhoneiro já passou

A vida de estradeiro é cheia de desafios e aventuras. Por isso, resolvemos reunir uma lista de 8 perrengues que todo caminhoneiro já passou. Confira os perrengues a seguir e veja se você se identifica com algum deles.

perrengues
Imagem: Arapondoar

1. Passar por um trecho ruim

carro deveria saber sobre caminhoes buraco

Quem nunca teve que rodar por uma estrada ruim? Buracos, pavimentação gasta e muitas vezes até a falta de pavimentação dificultam a vida do motorista e do caminhão.

De acordo com Alexandre Capelli, engenheiro da Iveco, as partes mais afetadas por estradas difíceis são os componentes de suspensão do bruto – eixos, molas, amortecedores, cubos e rolamentos, suportes. Porém, chassi e outros elementos estruturais também podem ser comprometidos. As baterias também podem sofrer deterioração acelerada em função da vibração excessiva.

2. Caminhão quebrado

perrengues caminhao quebrado

Quem nunca ficou na mão por causa de algum problema no caminhão? O motorista pode ser surpreendido por algum imprevisto mas, na maioria das vezes, um caminhão que quebra no meio da estrada já estava dando sinais de algo não ia bem.

Por isso, fazer check-up com certa regularidade e investir em manutenção preventiva pode evitar esse tipo de perrengue, além de te fazer economizar uma boa grana.

3. Fazer gambiarra

perrengues gambiarra

Quando o caminhão apresenta um problema no meio do percurso, muitos estradeiros decidem fazer uma gambiarra para poderem seguir viagem. Quem nunca?

A gambiarra pode salvar o motorista caso o lugar seja perigoso demais de ficar parado ou caso ele precise chegar logo ao seu destino. Mas não vale deixar a gambiarra ali para sempre! O ideal é consertar o caminhão assim que o motorista se encontrar em um lugar seguro e adequado para isso.

4. Perigo de roubo de carga e assalto

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Imagem: TV Globo /Reprodução

Seja durante a noite ou durante o dia, em trechos isolados ou quando o veículo quebra e o motorista é obrigado a parar e aguardar por ajuda – um risco constante que o estradeiro passa é o de roubo de carga e assalto.

A insegurança da profissão preocupa as famílias dos caminhoneiros e tira o sono de muitos. Mesmo que um motorista nunca tenha passado por essa situação, o temor de sofrer um assalto é algo que todo caminhoneiro já sentiu.

5. Veículos mais lentos na estrada

protesto na BR 381
Imagem: Divulgação/Estradas

Quem nunca ficou “preso” por um veículo lento – grande ou pequeno – sem poder ultrapassar? O parceiro Fábio Nunes conta que no trecho da BR 452 entre Itumbiara Goiás e Rio Verde isso é comum.

Ele explica que há uma usina na região de Itumbiara e que os caminhões, que possuem velocidade controlada, chegam a parar a rodovia pelo grande movimento. “Aquele trecho já parou da hora do governo duplicar. É um trecho pouco fiscalizado pela PRF”, relata Fábio.

6. Precisar ir ao banheiro e não ter onde ir

perrengues banheiro

Essa é clássica! As vezes o motorista té encontra um local com banheiro, mas as condições são bem ruins. Infelizmente a falta de estrutura de postos e paradas faz com que muitos estradeiros passem por esse tipo de perrengue.

7. Almoço muito caro

perrengues almoco
Imagem: Guia da Semana

Existem opções de almoço que cabem no bolso do estradeiro. Mas já passou aquele perrengue de não encontrar um lugar em conta e ter de pagar caro pela refeição? Muitos motoristas já passaram.

Para evitar esse problema, alguns pesquisam com antecedência o local que pretendem parar ou levam consigo a caixa cozinha, para prepararem o próprio almoço.

8. Dor nas costas

perrengues dor nas costas

Um caminhoneiro pode passar horas na mesma posição, dependendo da duração da viagem. Essa rotina infelizmente pode causar dores nas costas, um perrengue que todo profissional do volante já sentiu na pele.

O melhor a fazer é tentar prevenir as dores: fazer intervalos de duas em duas horas para alongar o corpo e colocar um apoio no assento do banco podem ajudar, segundo o Detran.

Fonte: Trucão

Como é o dia a dia dos “chapas”, homens que carregam e descarregam caminhões na entrada de Porto Alegre

Vilmar de Amorim Ferreira, 63 anos, é um dos trabalhadores que ganham a vida às margens da rodovia

Sentado sobre um galão de tinta coberto de jornais velhos, Vilmar de Amorim Ferreira, 63 anos, apoia os tênis impecavelmente brancos sobre um papelão disposto no chão. O esmero evita olhares de desaprovação de quem o contrata para auxílio nas mais diversas entregas. Ele é “chapa” e há mais de 40 anos trabalha com carga e descarga de caminhões que chegam a Porto Alegre somente com o condutor.

— A cabine é a casa do caminhoneiro. Não posso sujar, tenho que estar bem vestido. Às vezes, ele está com a esposa, então ali é o lugar que carrega a família — define, enquanto ajeita a manta e a touca, acessórios para encarar os 8°C do amanhecer de quarta-feira (21) na Região Metropolitana.

O morador de Canoas tem na informalidade o sustento da casa, enquanto tramita na Previdência Social o pedido de aposentadoria. Orgulhoso, vê no sucesso dos filhos a recompensa do trabalho iniciado ainda na adolescência.

— Tenho uma filha formada em Radiologia, outra dona de empresa e ainda um filho bem empregado em uma metalúrgica. Conquistei tudo trabalhando de chapa, sempre com trabalho honesto — conta, antes de ser interrompido por um motociclista que estaciona no canteiro em busca de informações do caminho até Alvorada.

No ponto escolhido para tentar a sorte diária — embaixo do viaduto de acesso ao bairro Fátima, em Canoas —, duas placas afixadas em uma árvore e um poste de concreto anunciam os seus serviços. Pendurada em um galho, a surrada mochila preta protege o lanche da manhã: três pequenos pães tipo brioche e duas cocadas, que, por sua insistência, são divididas com o repórter.

— Come, prova. Não é bom? — questiona retoricamente.

Tão insistente quanto Ferreira são os automóveis que paravam no recuo da BR-116 o procurando na manhã desta quarta. Às 7h30min, conquistou R$ 160 de um carreteiro que trazia duas toneladas de telha de Erechim, no norte do Estado.

— Sempre pegamos chapa, porque eles conhecem muito bem as ruas. É a primeira vez que vou entregar telha dentro da cidade. Se entro em uma rua errada, arrisco ficar trancado ainda — explica Joel Pedro Saccomori, 27 anos, que segue o trajeto com Vilmar a seu lado, após se certificar que ele conhece os endereços das notas fiscais.

Rodovia é escolha de dezenas de trabalhadores 

Repleta de automóveis de carga, a rodovia que cruza o Vale do Sinos em direção à Serra é a escolha de outros dezenas de chapas, que se protegem sobre as elevadas ou nos postos de combustíveis. Carlos Roberto Fagundes, o Carlão, 43 anos, é figura conhecida em Sapucaia do Sul.

Tiago Boff / Agência RBS
Carlos Roberto Fagundes, o Carlão, 43 anos, é figura conhecida em Sapucaia do Sul.Tiago Boff / Agência RBS

— O pessoal do posto já tem meu telefone e, quando pedem indicação, eles me ligam. E tem outras firmas que me telefonam no fim de tarde — explica, ao contar que já ouviu de um “patrão do dia” a história de um homem que se passou por chapa, pegou R$ 50 adiantado com a justificativa de ter de comprar gás, mas nunca apareceu para o serviço.

De olhar atento e ouvido treinado a identificar o som do rodado no asfalto, também tenta a féria do dia às margens da BR-116. Ao avistar o alvo, abana com o tradicional sinal do dedão erguido e a palma da mão fechada. 

— Se o motorista chega no destino sozinho, a empresa fala: “Se vira”. Eles não colocam a mão em nada. E o caminhoneiro tem pressa, pois logo tem outro frete — afirma, com a experiência de quem já fez até viagem internacional no banco do passageiro e conheceu a Argentina.

Quem avista a cena dos homens que perseguem veículos com o dedo em riste, crê se tratar de andarilhos em busca de carona. Ledo engano. Há inclusive uma tabela informal, definida por peso ou pela quantidade de unidades descarregadas. Uma caixa leve rende cerca de R$ 0,40. A tonelada pode render até R$ 20.

Em pé, ao lado de um caminhão-baú que fora seu endereço nos últimos dois dias no Litoral Norte, Marco Antônio Rosa, 53 anos, não se deu ao luxo de descansar após carregar mais de 1,5 mil caixas. O pagamento foi previamente acertado por turno.

— Cobrei R$ 120 por dia para descarregar as caixas com alimentos em Capão da Canoa. Mas era tudo levinho, uns cinco quilos cada — conta, acrescentando que, apesar do trabalho pesado, está com sorte, pois “tem dias que não se ganha nada”. 

Ainda mais convencido do êxito na profissão, Antônio Luís Soares, 56 anos, tem trabalho fixo. O lucro menor é compensado pela certeza de receber todos os dias: as diárias pagas são de R$ 70, quase metade de quem “trabalha na pedra”, como define os homens que vão para as ruas à caça de algum bico.

— É pouco, mas dá pra sobreviver — conta.

Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirma que “não há nada de irregular” no trabalho dos chapas. A corporação pondera que “estacionar sem motivo no acostamento é passível de multa”.

Fonte: GZH