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Menor fluxo de milho eleva custo de frete de fertilizantes

A quebra da principal safra de milho do país em 2015/16 reduziu o fluxo de caminhões para os portos e provocou um aumento nos custos de frete para o transporte de fertilizantes às vésperas do plantio da nova temporada, disse nesta segunda-feira o diretor-presidente da Fertilizantes Heringer, Dalton Carlos Heringer.

“As entregas estão acontecendo, mas o frete subiu muito”, disse o empresário, nos bastidores de um congresso do setor, em São Paulo.

A Heringer distribui cerca de 5 milhões de toneladas de fertilizantes no Brasil por ano, respondendo por pouco mais de 15 por cento do mercado brasileiro.

Segundo ele, há estimativas de que o frete para entrega de fertilizantes está 15 a 20 por cento mais caro do que 12 meses atrás, em dólares, o que está impactando negócios residuais para a colheita de verão 2016/17 e também para a safra de inverno de milho, que responde pelo maior volume colhido do cereal no país.

Em geral, o setor agrícola conta com o grande fluxo de caminhões carregados com grãos para as regiões portuárias para gerar fretes de retorno relativamente baratos para levar os fertilizantes para as áreas de plantio.

Em 2016, contudo, adversidades climáticas em algumas das principais regiões produtoras frustraram as expectativas de uma grande safra de milho, que está em fase final de colheita, ao mesmo tempo que muito produtores preparam os lotes para a semeadura da nova safra de soja, a partir de setembro e outubro.

Segundo Heringer, os valores mais altos de frete –um custo para o qual não há mecanismos de travamento antecipado de preços– acabam sendo assumidos em parte pelos produtores e em parte pelas indústrias, dependendo do modelo de negócio.

O executivo afirmou ainda que os novos patamares de preço de frete já se refletem nas vendas fechadas atualmente para o fornecimento de fertilizantes para a segunda safra de milho de 2016/17, que será semeada no primeiro semestre do ano que vem.

“Tem que precificar (o fertilizante) nessa nova realidade”, comentou, acrescentando que negócios residuais para entrega de fertilizantes ainda para o plantio de verão 2016/17 também estão sofrendo a influência dos preços elevados de frete.

Recuperação em 2016

Heringer, que lidera uma das três maiores empresas brasileiras de fertilizantes, fundada por seu pai, estima que 2016 verá uma recuperação no volume de vendas do setor para um patamar semelhante ao recorde registrado em 2014.

Nos sete primeiros meses do ano, as empresas de fertilizantes já entregaram 16,5 milhões de toneladas de fertilizantes aos produtores, alta de 10,4 por cento ante mesmo período em 2015 e volume ligeiramente superior ao período em 2014, que fechou com um recorde de entregas de 32,2 milhões de toneladas.

“Não vamos ter um segundo ano de queda”, disse o executivo.

“Está havendo uma recuperação impulsionada pelos preços (de fertilizantes) que caíram em dólares. É uma combinação de fatores que levou o produtor a fixar (contratar)”, analisou Heringer, destacando o bom volume de negócios fechados no primeiro semestre deste ano, com ajuda também dos bons preços de grãos.

Ele lembrou ainda que a recuperação dos preços de açúcar, que tem garantido boa rentabilidade para as usinas do centro-sul, é outro fator que contribui para uma recuperação do setor de fertilizantes este ano.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Rota do Oeste | Pare e Siga | 31/08/16

A Concessionária Rota do Oeste informa que nesta quarta-feira (31), entre 07h e 17h, haverá interdição parcial de pista em alguns pontos da BR-163 / BR-364 / BR-070.

Na Rodovia dos Imigrantes (BR-070) e em trechos da BR-364, os trabalhos também serão realizados no período noturno, entre 19h e 4h30. Nestes locais são realizadas obras sobre o pavimento. Por isso, para evitar acidentes, a Concessionária orienta os usuários que redobrem a atenção.

Nos pontos onde a rodovia é de pista simples, o tráfego flui apenas por um dos sentidos e há operação ‘Pare e Siga’*. Nos trechos duplicados, é interditada apenas uma das faixas e o tráfego é realizado em meia pista.

As intervenções podem sofrer alterações de acordo com as condições climáticas no local. Mais informações sobre a rodovia podem ser solicitadas no Centro de Controle Operacional (CCO) por meio do 0800 065 0163.

 

Data Rodovia KM Inicial KM Final Localização
31/08/2016

De 19h às 4h30

BR-070 499 503 Várzea Grande
31/08/2016

De 19h às 4h30

BR-364 456 458 Várzea Grande
31/08/2016 BR-163 527 530 Diamantino
31/08/2016 BR-163 630 633 Nova Mutum
31/08/2016 BR-163 774 812 Sorriso a Sinop
31/08/2016 BR-163 755 756 Travessia urbana de Sorriso

* Em operação ‘Pare e Siga’ o tráfego é realizado em meia-pista e em até 15 minutos o fluxo de veículos é invertido, sendo liberado um sentido por vez. O sistema é adotado para realização de obras em pista simples. A sinalização é realizada por operários.

 Fonte: Rota do Oeste

Tecnologia para o bem

Tecnologia que capacita um veículo a ver, avaliar e agir já é realidade pronta e disponível para os caminhões e ônibus das próximas gerações. Uma demonstração da importância da tecnologia sofisticada aplicada aos veículos e o quanto poderá contribuir para evitar acidentes, promover a segurança e reduzir emissões, entre outros fatores, foi dada pela ZF, na Alemanha, ao apresentar um pacote de inovações com grande potencial de facilitar a vida das pessoas. O conceito básico reúne três aspectos para o veículo: ver, julgar e agir.

Sistemas eletrônicos de assistência com capacidade para reduzir riscos de acidentes em congestionamentos, função autônoma de manobra da carreta, eixos elétricos no semirreboque, transmissões automáticas que redefinem os padrões eficiência e conforto e transmissão para ônibus urbano que desliga o motor automaticamente quando o veículo para, entre outras soluções, são parte das novidades tecnológicas prontas para o mercado apresentadas pela empresa.

Para demonstrar e aplicar o que há de mais atual nos programas de assistência ativa para veículos comerciais, empresa preparou o protótipo de caminhão ao qual ela chamou de ZF Innovation Truck 2016. As inovações a ele aplicadas se prestam de sistemas com sensores, radares, mecânica, mecatrônica etc e chegam a impressionar; como se tivessem saído de um filme de ficção cientifica e se materializado.

Uma delas é a função Evasive Maneuver Assist (EMA), desenvolvido em parceria com a Wabco, que funciona da seguinte maneira: em situações de emergência, nas quais o motorista não vê ou percebe tarde demais um obstáculo na pista, ou se o trânsito para de forma brusca, a EMA assume o controle da direção eletro-hidráulica do veículo e o desvia do objeto, evita a colisão e para em seguida.

Mitja Schulz, responsável pela Unidade de Negócios de Sistemas de Direção para Veículos Comerciais da ZF TRW, lembra que nas manobras repentinas de desvio, sempre há o risco de o motorista esterçar muito pouco, podendo provocar uma colisão crítica, ou então de forma muito brusca e forte, fazendo o caminhão derrapar ou até mesmo tombar ou levá-lo a uma outra faixa de rodagem, colocando outras pessoas em perigo.

A função EMA é resultado da combinação das tecnologias de ponta da ZF e da Wabco, incluindo a direção ZF eletro-hidráulica mais o sistema de frenagem eletrônico (EBS) da Wabco, além do programa de assistência ao freio de emergência, o controle eletrônico de estabilidade veicular (ESC) e sistemas de controle da condução.

Para o Dr. Christian Wiehen, responsável pela área técnica da Wabco, a função Evasive Maneuver Assist evidencia claramente o que a Wabco e a ZF são líderes no desenvolvimento de tecnologia de segurança inovadora para veículos comerciais. “EMA é uma função de segurança que interconecta o controle transversal e longitudinal. Por isso, pode ser classificada de semiautomatizada até chegarmos na condução automatizada”, declarou.

IND_01-2_ZF_Innovation_Truck_2016_HDA_netO sistema é mais inteligente ainda, pois ele detecta quando uma frenagem de emergência realizada pelo motorista, ou pelo sistema de frenagem de emergência (AEBS) não é o suficiente para parar o caminhão a tempo de evitar o acidente. Isso acontece independente da velocidade e conduz a composição para uma faixa livre da estrada ou então acostamento.

O Innovation Truck conta também com o sistema de direção assistida em rodovias denominado pela ZF de Highway Driving Assist (HDA) cuja função é manter o caminhão na faixa de rodagem, automaticamente, distância segura do veículo que segue à frente, em qualquer velocidade, e ainda parar e seguir conforme o fluxo do tráfego. Trata-se de uma proteção contra distração ou cochilos ao volante, além de manter o veículo dentro da faixa de rodagem.

Mitja Schulz, responsável pela Unidade de Negócios de Sistemas de Direção para Veículos Comerciais da ZF TRW, explica que essa função foi desenvolvida inicialmente para automóveis, mas foi transferida para caminhões pesados visando aumentar a segurança e aliviar o estresse do motorista.

O resultado prático é resultado da junção de sensores ZF da câmera de visão frontal S-CAM – para a detecção precisa das marcações na pista com um radar para identificação da distância, o qual oferece amplo campo de visão em baixa velocidade e grande abrangência em velocidades maiores. Outras funções que fazem parte do sistema abrangem sistemas de freio, a transmissão automatizada TraXon Hybrid, estratégia de condução PreVision GPS e a direção ReAX também da ZF.

Outro sistema de assistência eletrônica apresentada pela empresa é a manobra automatizada do caminhão. Trata-se do SafeRange, que se presta de sensores, eletrônica inteligente e sistemas mecatrônicos para otimizar os processos nos pontos de carga e descarga. O objetivo desta função é oferecer também maior segurança além de reduzir o tempo de parada do veículo em terminais de carga e descarga.

Para isso é necessário que o caminhão e o terminal de carga atuem de forma integrada. Isso é feito com uma câmera fixa instalada na doca de carga e descarga para que o caminhão, com sensores instalados na parte traseira estacione automaticamente e com segurança.

O ponto de partida do projeto foi o conceito lançado pela ZF em 2014, que possibilitou manobrar manualmente um caminhão utilizando um tablet. “Com o Innovation Truck 2016, focamos um conceito totalmente aplicável na prática, que otimiza os processos do setor logístico, sem negligenciar a situação dos custos das transportadoras”, relata Winfried Gründler, responsável pela Unidade de Negócios de Transmissões para Caminhões e Vans da Divisão de Tecnologia para Veículos Comerciais da ZF.

Para a função autônoma de manobra SafeRange, com doca e caminhão totalmente integrados, a ZF interconecta os sistemas no caminhão e no terminal de carga e descarga. Câmeras montadas na doca detectam o veículo a ser manobrado, que simplesmente precisa ter um alvo marcado no lado de trás da carreta.

IND_04-1_ZF_Innovation_Truck_2016_SafeRange_System_netUm computador instalado no terminal calcula o trajeto e, por uma rede sem fio, transmite os dados à unidade do Openmatics, o sistema de telemática da ZF, a bordo do caminhão. Auxiliada pela direção elétrica ativa ReAX da ZF TRW e pelo sistema de transmissão automatizada TraXon Hybrid, a unidade de controle do veículo assume temporariamente a condução totalmente elétrica do caminhão e, sem emitir poluentes, estaciona o veículo na doca.

A empresa afirma que o padrão de segurança do sistema é extremamente elevado. Uma função de identificação de pedestres interrompe automaticamente a manobra – independentemente dos comandos do tablet – se uma pessoa estiver entre a carreta e a doca.

IND_03-2_ZF_WABCO_EMA_Function_DE_netO tablet serve como interface homem-máquina para que o motorista possa iniciar o processo, até mesmo depois de ter desembarcado. Diferentemente do conceito apresentado pela ZF em 2014 na feira Internacional de Veículos Comerciais, a IAA, o carreteiro não precisa fazer nenhuma manobra. Ele precisa apenas começar e seguir a operação de manobra automática por meio do tablet.

Com esse conceito de integração, a ZF recorre ao hardware da própria marca e aos sistemas existentes no mercado. Deste modo, seu software pode avaliar as imagens captadas pela câmera com grande confiabilidade. Enquanto não estiverem disponíveis – no início do procedimento de manobra, o caminhão encontra-se em um ângulo de 90° em relação à doca, de modo que a câmera ainda não consegue identificar o alvo –, o veículo é detectado e controlado por meio de GPS. Não havendo Openmatics, o sinal do processador também pode ser transmitido ao caminhão através de outras soluções de controle remoto.

Durante a manobra, os dados processados são constantemente transmitidos ao veículo equipado com um controlador de manobra, que envia os valores nominais da velocidade e do ângulo e instalados no driveline e na direção que, por sua vez, fazem o ajuste das rotações e do esterçamento. O movimento realizado pelo caminhão é monitorado pela câmera ou pelo GPS, que adaptam ou corrigem a linha da curva, conforme necessário.

A operação de manobra precisa ser mantida por um comando permanente no tablet. Assim que o operador tira o dedo da tela, o sistema também interrompe a manobra. Especialistas da ZF destacam que hoje as manobras frequentes têm impacto considerável no consumo de combustível de um caminhão, e os sistemas da empresa instalados no Innovation Truck foram programados para alcançar níveis máximos de eficiência e economia de combustível nas manobras.

Dentro deste contexto, os trajetos curtos em terminais de carga e descarga podem ser realizados no modo puramente elétrico com a caixa TraXon Hybrid. Além disso, informa a empresa, o motor elétrico assegura a dosagem altamente precisa da aceleração longitudinal. A direção foi projetada para que a servoassistência também esteja totalmente disponível no modo elétrico, ou seja, quando o motor estiver desligado.

IND_04-2_ZF_Innovation_Truck_2016_Safe_Range_netO Dr. Stefan Sommer, CEO do Grupo ZF Friedrichshafen AG, afirma que o grande desafio é preparar os produtos para o futuro com tecnologia sofisticada, para que o veículo não cause problemas. O executivo cita ainda que as três megatendências para o futuro são a segurança ativa – e passiva e tudo que possa evitar acidentes -, redução de poluentes e a direção autônoma. Trata-se de um caminho sem volta, recheado de inovações para que os veículos tenham capacidade de tirar conclusões próprias e serem conduzidos da forma mais segura possível”, acrescentou.

Hoje, na União Europeia por exemplo, os pesados modernos já rodam com alto grau de segurança auxiliados por diversos sistemas de proteção. Nos países do bloco, controle eletrônico de estabilidade veicular (ESC), sistemas automáticos de frenagem de emergência (AEBS) e programas de centralização na faixa (LDW) já são obrigatórios para licenciar caminhões novos.

Fredrik Staedtler, responsável pela divisão de tecnologias para veículos comerciais da ZF, disse que a ZF trabalha para fornecer o sistema completo às montadoras, mas lembra que isso depende da demanda de cada empresa. Quanto ao Brasil e América Latina, acredita que o produto mais pertinente é a transmissão modular automatizada TraXon (com 12 e 16 marchas) que substituirá a ZF AS Tronic, que já é utilizada no Brasil. Na Europa, essa nova transmissão vai equipar os novos caminhões Ford, MAN e Iveco, além de ônibus. É também a caixa que equipa o Innovation Truck.

FONTE: Portal O Carreteiro

Transporte Internacional – Carga além das fronteiras

Mais de 600 empresas e 48 mil caminhões brasileiros percorrem a América do Sul levando carga comprada ou vendida pelo país. O transporte rodoviário internacional de cargas é representativo por aqui: 58% de tudo o que é comercializado com países sulamericanos passa pelas rodovias. E como todo o setor, o transporte internacional também vem sentindo o peso da crise política e econômica.

“Quando você opera na área internacional, você tem que levar em conta que tudo é cotado em dólar americano. E existe uma pressão muito grande para que sejam feitos descontos quando a cotação da moeda está em alta”, explica Sônia Rotondo, diretora executiva de transporte internacional e multimodal da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística). Ela cita que um frete razoável de US$ 3.600, chegava a ser feito por US$ 3 mil nas oscilações maiores do dólar no Brasil. “Isto é extremamente prejudicial às empresas e ao setor como um todo, porque os custos do negócio não tiveram desconto, então muitas empresas se endividaram”, avalia. “Estamos passando por um cenário econômico ruim para quem vende e quem compra. E isso reflete diretamente no transporte. Do ano passado para cá, houve uma redução de 35% no transporte rodoviário internacional. Essa margem não é pequena”, alerta.

Em sua análise, a crise ainda perdura ao menos até o fim do ano. “Até 2017 não haverá milagre. Vivemos um momento muito peculiar, uma soma de fatores que repercute na economia. Quando tivermos uma definição política, talvez comecem a melhorar as tratativas internacionais”, afirma. E completa: “O Brasil é o condutor da América do sul. A maior economia, a maior população, a maior produção, o maior mercado consumidor. À medida que o país começa a dar um respiro, você traz consigo todo o continente”, aposta.

Como funciona?

O Brasil, em virtude de sua situação geográfica, mantém historicamente acordos de transporte internacional terrestre, principalmente rodoviário, com quase todos os países da América do Sul.

O Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre entre os Países do Cone Sul, que contempla os transportes ferroviário e rodoviário, inclui Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Peru, Paraguai e Uruguai. O Mercado Comum do Sul (Mercosul), que é um Tratado de Integração, com maior amplitude entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, também absorveu o Acordo de Transportes do Cone Sul.

Tais acordos servem para facilitar o incremento do comércio, permitindo que veículos e condutores de um país, circule com segurança e trâmites fronteiriços simplificados nos territórios dos demais.

O Brasil tem acordo ainda com Guiana, Venezuela e busca fechar negociação com a Colômbia (atualmente, a carga com destino a este país precisa seguir via Peru).

Para realizar o transporte rodoviário internacional de cargas, as transportadoras, bem como seus veículos, devem obrigatoriamente estar habilitados pelo órgão de transporte internacional de cada país – no Brasil é a Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT).

O principal destino dos caminhões brasileiros é a Argentina, sendo seguido por Paraguai, Chile e Uruguai. As cargas vão de produtos agrícolas a produtos químicos, carros, motos, sapatos, boninas de papel e roupas, entre outras.

Para Vicente Aparicio Y Moncho, diretor da Álamo, empresa especializada em transporte internacional, a maior dificuldade para as empresas que realizam este tipo de transporte é a falta de sincronismo nos acordos em razão de legislações não uniformes entre os países.

Quanto aos motoristas, ele explica que é exigido ter ao menos um entendimento básico do idioma espanhol, além de conhecimento das leis de transito de cada destino. E que, apesar dos muitos quilômetros a serem percorridos, o que vale é a lei brasileira – ou seja, o tempo de direção e as paradas para descanso são as mesmas.

Fonte: Diário de S. Paulo

RESTRIÇÃO A CAMINHÕES EM SÃO PAULO SERÁ REVISTA

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição, disse nesta sexta-feira, 26, que vai rever a lei que restringe a circulação de veículos de carga na cidade. Segundo Haddad, a revisão está em fase de estudos pela área técnica da Secretaria de Transportes.
 “A primeira impressão é que a medida foi exagerada e não contribuiu com a mobilidade na cidade. Então é preciso rever. Foi criada de forma atabalhoada e prejudicou o abastecimento. Certamente vai haver uma revisão. Não sei se nos moldes anteriores”, disse Haddad depois de participar de um café da manhã no Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp).
A restrição foi ampliada de um limite de 24,5 quilômetros para aproximadamente 100 quilômetros em 2008, na gestão de Gilberto Kassab (DEM).
O secretário de Transportes, Jilmar Tatto, que acompanhou Haddad no encontro, disse que a restrição nos moldes atuais “não faz o menor sentido”. Mas admitiu sentir “um medinho” em relação ao tema.
Segundo ele, os limites só serão redefinidos depois da análise dos técnicos da prefeitura para evitar impactos negativos no trânsito da cidade.
Em conversa com empresários do setor, Haddad disse considerar o transporte de cargas como “transporte público” e cogitou criar áreas específicas de circulação para os caminhões a exemplo dos corredores de ônibus usados na condução de pessoas.
FONTE: UOL

Direção defensiva reduz risco de acidente e de colisão traseira

O excesso de velocidade e o desrespeito às normas de trânsito são fatores que podem ocasionar acidentes. A direção defensiva deve ser pratica constantemente pelos condutores. Através de atitudes simples é possível agir preventivamente ao volante. Quando o motorista se preocupa com a distância segura ele tem um tempo maior de resposta e reflexo imediato aos estímulos e, consequentemente, um tempo de frenagem mais ágil evitando o risco de acidentes. A imprevisibilidade na rodovia pode gerar acidentes envolvendo todo tipo de veículo. Uma das ocorrências mais comuns é a colisão traseira, que acontece pelo desrespeito ao limite de velocidade,  distância segura entre os veículos, distração entre outros. Para evitar este tipo de acidente a recomendação é acionar o freio assim que avistar qualquer eventualidade. No entanto, o condutor deve frear aos poucos para evitar derrapagens ou uma parada brusca.

A CART – Concessionária Auto Raposo Tavares preparou algumas dicas para uma condução segura:

  • Distância segura: alguns motoristas que seguem “colados” ao veículo da frente potencializam o risco de uma colisão. Para se afastar de quem segue a uma distância curta, o condutor pode reduzir a velocidade ou deslocar-se para outra faixa de trânsito, ultrapassando com segurança.
  • Planejar o trajeto: o condutor não deve ficar indeciso em relação ao percurso, especialmente com entradas e saídas que deverá acessar. O ideal é planejar o trajeto antes de sair para não confundir o veículo que vem atrás.
  • Sinalização correta: também deve ser feita a sinalização correta com as setas para a mudança de percurso no tempo adequado para que os outros motoristas possam planejar suas atitudes no trânsito. Principalmente em veículos maiores como os caminhões, esse tempo de resposta para a ação do motorista é mais lento.
  • Faixas de aceleração e desaceleração: o momento de entrada e saída de um veículo para a rodovia ou para as vias marginais merece atenção dos motoristas e motociclistas, especialmente os que transitam em trechos urbanos. O respeito ao limite de velocidade indicado pelas faixas de aceleração e desaceleração garante as entradas e saídas com segurança, em harmonia entre fluxo urbano e o da rodovia.

FONTE: Portal O Carreteiro

Conheça a história dos caminhões no País

Entre 1970 e 1975, o volume de carga transportada por rodovias no País saltou de 124,5 para 204,8 bilhões de toneladas/ano, sinalizando que havia espaço para a expansão da indústria de caminhões. Naquela época, os fabricantes de caminhões instalados no Brasil eram a Chrysler (Dodge), Alfa Romeo, que fabricava os FNMs e em 1976 foi incorporada pela Fiat, Ford, General Motors, fabricante dos caminhões Chevrolet (depois GMC), Mercedes-Benz e Scania.

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Primeiros caminhões produzidos pela Volkswagen, no início dos anos 80, já traziam o conceito da cabine avançada

A International Harvester, que desde 1957 produzia caminhões no País – em fábrica instalada em Santo André, no ABC Paulista. O veículo da marca era o NV184, com PBT de 8,4 toneladas, impulsionado por um motor V8 a gasolina que gerava 184cv de potência. Nos anos seguintes, após a empresa ter fechado as portas em 1965, e ter produzido 5.669 unidades, muitos deles foram convertidos a diesel.

Evolução

Incorporada pela Fiat em 1976, a FNM fez história nas rodovias brasileiras durante muitos anos

A Chrysler, primeiro fabricante de caminhões a patrocinar a Revista O Carreteiro, começou a montar caminhões no Brasil em 1969, na mesma fábrica onde eram montados os caminhões International Harvester. O modelo inicial foi o D700, com 19 toneladas de PBT. Depois viram o médio D400 e a camionete D100, todos com motor V8 e de 196cv de potência. Os modelos da marca foram produzidos até 1983, após a Volkswagen ter comprado a empresa e entrado no segmento de caminhões.

As montadoras de caminhões movimentavam muitas empresas do setor automotivo e toda a cadeia de auto partes para supri-las, como o segmento de pneus novos e reformados, combustíveis, lubrificantes, peças e serviços em geral.

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Os caminhões Dodge começaram a ser produzidos no Brasil em 1969, na mesma fábrica que até 1966 havia sido ocupada pela International

Na ocasião, a frota brasileira contava com 411.879 caminhões e 647.295 comerciais leves. No final dos anos 60, quase todas as capitais brasileiras eram ligadas por estradas federais. Entre 1970 e 1980 surgiram várias das grandes empresas de reformas de pneus de carga que hoje estão no mercado.

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Caminhões Mercedes-Benz com motor a diesel dominaram as estradas e fortaleceram a presença da marca

A entrada de novos fabricantes de caminhões no País voltou a ganhar impulso em 1979, com a chegada da Volvo. Os modelos da marca que rodavam no País haviam sido importados entre os anos 30 e 60. Ao contrário das outras montadoras, a empresa montou fábrica em Curitiba/PR e começou a produzir motores e chassis de ônibus. Em 1980, a empresa começou a produzir o caminhão pesado N10, com motor de 10 litros, seguido em 1981 pelo N12.

Coincidentemente, em janeiro de 1979, a Volkswagen também havia entrado no segmento de veículos pesados após ter adquirido – através de sua matriz na Alemanha, a Volkswagenwerk AG – 67% da Chrysler Corporation do Brasil Ltda., empresa que produzia os caminhões Dodge D-700 (com motor a diesel) e os modelos D-400 e D-950 (ambos com propulsor a gasolina). Em novembro de 1980, a Volkswagen concluiu a compra de 100% da Chrysler.

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Os caminhões Ford começaram a ser produzidos no País a partir de meados dos anos 50 e a ganhar espaço no mercado de transporte

O Brasil passou a ser o primeiro País do mundo a produzir caminhões da marca Volkswagen. Os veículos começaram a ser montados dentro da fábrica da Ford (na ocasião no Bairro do Ipiranga/SP), devido à parceria entre as duas montadoras, da qual havia surgido a Autolatina, casamento – que incluía também o compartilhamento de plataformas de automóveis de passeio – durou até 1995.

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A Iveco, que havia deixado o mercado brasileiro em 1985, retornou ao Brasil em 1998 para ficar e montou fábrica em Sete Lagoas/MG

Todos os modelos produzidos pela Volkswagen eram com a cabine avançada, a qual permitia maior espaço para a plataforma de carga. O primeiro caminhão com a marca Volkswagen, o E 13, lançado em 1981, tinha motor a álcool. O lançamento dos modelos VW 11.130 e VW 13.130 ocorreu em março do mesmo ano. No ano seguinte, a fabricante de tratores Agrale começou a produzir e comercializar caminhões, montados em Caxias do Sul/RS, sendo o TX 1100 o primeiro modelo da marca.

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O mercado brasileiro continuou a atrair novos fabricantes. Em 1998 foi a vez da marca norte-americana International, pertencente ao Grupo Navistar. Após ter produzido 3.500 unidades – dentro das instalações da Agrale –, em 2002 a empresa interrompeu a comercialização de seus produtos no mercado doméstico e passou a produzir somente para exportação. Em 2013, a empresa voltou a distribuir seus veículos no Brasil, os quais passaram a ser montados em fábrica própria, no município de Canoas/RS.

O ano de 1998 marcou também o retorno da marca Iveco ao Brasil. Em 1976 a Fiat havia assumido o controle total da FNM – produziu os FNMs 180 e 210 até 1979, que foram substituídos pelo Fiat 190 depois Iveco – e deixou o País em 1985. Desta vez a empresa italiana se instalou em Sete Lagoas/MG e se firmou.

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Scania, que já estava no Brasil desde os anos 50, passou a ter como concorrente a também sueca Volvo, a partir de 1980

A partir dos anos 2000, a economia em crescimento começou a atrair novos fabricantes do setor, como a DAF, marca de caminhões de origem holandesa pertencente ao grupo norte-americano Paccar – que produz os caminhões Perterbilt e Kenworth – que chegou ao Brasil e começou a montar a linha pesada XF no segundo semestre de 2013.

O mercado brasileiro de caminhões atraiu também os fabricantes chineses de caminhões pesados das marcas Sinotruk e Shacman – que apesar de venderem seus veículos no País ainda patinam para montar suas fábricas. Outra fabricante do País, a Foton, está construindo fábrica no Rio Grande do Sul para montar, inicialmente, caminhões leves, os quais já são vendidos no Brasil.

Fonte: Portal O Carreteiro

 

Mercedes-Benz fecha acordo para redução de excedentes

A Mercedes-Benz do Brasil acaba de formar acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC para reduzir o excedente de colaboradores na fábrica de São Bernardo do Campo/SP. O acordo prevê mais uma nova oportunidade de desligamento voluntário na planta do ABC paulista. Trata-se de um novo PDV (Programa de Demissão Voluntária) mais atrativo, que tem como principal vantagem o valor fixo de R$ 100 mil, independentemente do tempo de casa e da idade do colaborador.

Com esse novo PDV, com o período de adesão entre 24 e 31 de agosto, a Mercedes-Benz do Brasil tem como principal objetivo a redução de 1.400 colaboradores neste ano para que possa combater a ociosidade e, assim, manter as suas operações enquanto não ocorre a recuperação do mercado brasileiro. O excedente soma mais de 2.500 pessoas nessa unidade.

No decorrer das negociações com o Sindicato, a Empresa reiterou a necessidade de reduzir o excesso de pessoas diante de uma ociosidade permanente nos últimos dois anos, acima de 50%, o que tem comprometido a sua operação no País. Com o novo acordo, a Mercedes-Benz apresenta mais uma alternativa aos seus colaboradores para suportar os efeitos da forte crise econômica no Brasil. Consciente de sua responsabilidade social, a Empresa tem gerenciado o excedente nessa fábrica desde 2014.

Ainda no âmbito da negociação, ficou acordado para a fábrica: 

  • Estabilidade de emprego até 31.12.2017;
  • Não reposição da inflação de 2016 nos salários do próximo ano;
  • Adotar novas medidas para administrar o excedente que ainda permanecerá na unidade

Fonte: Portal O Carreteiro

Comissão rejeita cobertura obrigatória de telefonia celular em rodovias federais

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados rejeitou, nesta terça-feira (23), o Projeto de Lei 465/11, do deputado Roberto Britto (PP-BA), que torna obrigatória a cobertura da telefonia celular ao longo das rodovias federais. Pelo texto, as operadoras deverão compatibilizar, entre si, as tecnologias necessárias para promover a cobertura.

O parecer do relator, deputado Vitor Lippi (PSDB-SP), foi contrário à matéria. De acordo com ele, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Ministério das Comunicações já se manifestaram contrários à proposta. “Um dos problemas apontadas pelo ministério foi a possibilidade de se impactar no equilíbrio econômico e financeiro das empresas e resultar em aumento de preço do serviço”, disse.

“A obrigação de roaming entre as empresas, por si só, não resolverá o problema, uma vez que em grande parte das estradas federais não há cobertura satisfatória de nenhuma operadora”, complementou o parlamentar. Roaming é o serviço que permite ao usuário receber e fazer ligações em regiões fora de cobertura da companhia contratada, utilizando-se de operadora local.

Na visão de Lippi, o esforço financeiro e técnico necessário para a cobertura de todas as estradas federais “terminaria por prejudicar inúmeras outras iniciativas de ampliação da cobertura da infraestrutura mais prementes, como aquelas relacionadas à banda larga”.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

O “jeitinho” que sai caro

Considerando a frota de caminhões que saiu de fábrica nos últimos quatro anos, já com nova tecnologia de motores, atendendo as normas do Proconve P7, o consumo de Arla 32 estaria 43% abaixo do esperado.

A informação é da Associação dos Fabricantes de Equipamentos de Controle de Emissões de Poluentes da América do Sul (Afeevas), entidade que reúne os fabricantes do reagente à base de ureia necessário, juntamente com o diesel S10, por reduzir as emissões dos gases de escape

Este assunto foi apresentado e debatido no 23, no 13º Fórum SAE BRASIL de Tecnologia de Motores Diesel que aconteceu em Curitiba, e que tratou do futuro dos motores a diesel. já que uma nova norma, o Proconve P8, deve ser exigida dentro de alguns anos a exemplo do que já acontece na Europa.

“Mesmo que parte da frota esteja parada em função da crise, é grande o número de caminhões que tem circulado sem o uso correto do Arla e isso, pela legislação, é fraude passível de punição”, alertou o diretor adjunto da associação, Elcio Farah.

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Segundo uma cartilha da Afeevas, o ARLA 32, é um reagente usado com a tecnologia de pós-tratamento dos gases de escapamento dos veículos chamada SCR – Selective Catalytic Reduction (Redução Catalítica Seletiva), para reduzir quimicamente a emissão de óxidos de nitrogênio (NOx), família de gases responsáveis pela formação do ozônio na baixa atmosfera e vários problemas adversos ao sistema respiratório.

O ARLA 32 e o SCR proporcionam drástica redução da emissão de óxidos de nitrogênio presentes nos gases de escape dos veículos a diesel, permitindo que os fabricantes também implantem nos motores calibrações que reduzem significativamente a emissão de material particulado. Dependendo da calibração do motor, o consumo de combustível também pode ser reduzido.

Conforme a regulamentação ambiental, o proprietário e o usuário do veículo são responsáveis pela correta manutenção e operação dos sistemas de controle de emissão, o que inclui o abastecimento do ARLA 32 e o sistema SCR. Essas e outras obrigações serão verificadas nos programas de inspeção sendo implantados ou já em operação no país.

“Veículos diesel pesados representam menos de 10% da frota, mas eles, no seu conjunto, emitem 50% da poluição. Portanto, se eu tiver veículos diesel que emitam menos, eu resolvo a poluição do Brasil pela metade”, avalia Paulo Saldiva, professor de medicina da USP.

Além de constituir crime ambiental e atentar contra o meio ambiente, a dispensa do Arla-32 contribui para a perda de potência. O veículo estará automaticamente fora da garantia do fabricante. Com o tempo, ele pode até poder parar de funcionar e requerer elevados custos de reparação, como a troca do catalizador e dos injetores. Portanto, trata-se de um “jeitinho” que pode custar caro.

Neuto Gonçalves dos Reis, Diretor Técnico Executivo da NTC&Logística, membro da Câmara Temática de Assuntos Veiculares do CONTRAN e presidente da 24ª. JARI do DER-SP.

Fonte: Blog do Caminhoneiro