Como funciona o CDT? Conheça o app que oferece CNH Digital e CRLV

Veja respostas para seis dúvidas comuns sobre o app que reúne documentos do motorista e do veículo

A Carteira Digital de Trânsito (CDT)é um aplicativo que reúne dois documentos no celular. Um deles é a CNH Digital, válida desde fevereiro de 2018 e disponível desde dezembro daquele ano, e que serve como substituta à Carteira Nacional de Habilitação em papel. O outro é a versão virtual do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), conhecido popularmente como “documento do veículo”.

O app para Android iPhone (iOS) está disponível em qualquer estado do país e no Distrito Federal para qualquer brasileiro ou estrangeiro que possua a documentação no formato tradicional. Veja, a seguir, tudo o que você precisa saber sobre o app CDT.

Como funciona?

O CDT é um aplicativo que carrega versões digitais da CNH e do CRLV com o mesmo valor jurídico dos documentos impressos. Uma vez configurado, o aplicativo pode ser usado como meio de identificação pessoal e do veículo caso um agente de trânsito solicite. Não é preciso carregar o documento impresso juntamente com o virtual — apenas o app é suficiente. O download do software é grátis e não é preciso pagar nada ou se dirigir a um ponto de atendimento físico para validar a documentação. O processo é todo realizado pelo smartphone.

Como obter e usar?

É possível solicitar as versões digitais da CNH e do CRLV por meio do aplicativo no celular. Para fazer login, é preciso usar CPF e a senha do gov.br, nova plataforma que unifica a autenticação de usuário nos serviços do Governo Federal. Se o cidadão ainda não tiver cadastro online, é possível criar um na hora tocando na opção “Entrar com gov.br”.

Uma vez com acesso à conta, é preciso fazer o cadastro com o documento impresso em mãos. É possível configurar apenas a CNH, apenas o CRLV ou ambos. O aplicativo mostra uma cópia virtual do documento no celular, que serve como meio de identificação. Além disso, é preciso exibir um QR Code (espécie de código de barras) para o agente de trânsito como meio de validação do app.

Login no app Carteira Digital de Trânsito requer cadastro no gov.br — Foto: Reprodução/Paulo Alves

Login no app Carteira Digital de Trânsito requer cadastro no gov.br — Foto: Reprodução/Paulo Alves

Quais são as vantagens para o cidadão?

A Carteira Digital de Trânsito (CDT) não é obrigatória, mas oferece algumas vantagens importantes para quem deseja habilitar a versão virtual dos documentos. Além de ter o mesmo valor oficial da versão impressa, ela fica disponível sempre offline no celular (só é preciso de conexão para configurar pela primeira vez) e serve como precaução se o cidadão esquecer de levar a CNH consigo. Dirigir sem portar a habilitação comete infração que rende multa de R$ 88,38, três pontos na carteira e retenção do veículo.

O aplicativo também pode gerar uma versão em PDF dos documentos do motorista e do veículo assinados digitalmente. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a cópia digital tem a mesma validade de uma cópia física autenticada em cartório.

App traz versão virtual da CNH e do CRLV  — Foto: Rodrigo Fernandes/TechTudo
App traz versão virtual da CNH e do CRLV — Foto: Rodrigo Fernandes/TechTudo

E se o agente de trânsito não aceitar?

A portaria 184 do Denatran e as resoluções 684 e 720 do Contran garantem que o agente de trânsito é obrigado a aceitar a Carteira Digital. A verificação se dá pela leitura do QR Code gerado pelo aplicativo: a autoridade precisa apenas de um celular para ler o código e comprovar sua autenticidade. Se o guarda ou o policial recusarem a aceitar o documento apenas por ser em forma digital, o Denatran recomenda registrar ocorrência no Órgão de Trânsito competente.

Como saber se a Carteira Digital de Trânsito (CDT) é autêntica?

Qualquer pessoa pode saber se uma CNH ou um CRLV digital são válidos. Para isso, basta fazer o download gratuito do aplicativo Vio (antes chamado de Lince), que é capaz de ler o QR Code gerado pelo app Carteira Digital de Trânsito.

Confirmada a autenticidade do documento, estão também comprovadas a veracidade dos documentos do motorista e do veículo. De acordo com o Denatran, o aplicativo reflete o status atual tanto da CNH quanto do CRLV — se um dos documentos não estiver válido, ele nem chega a aparecer no smartphone.

Verificação da CNH ou CRLV digitais se dá por QR Code — Foto: Divulgação/Portal de Serviços Denatran

Verificação da CNH ou CRLV digitais se dá por QR Code — Foto: Divulgação/Portal de Serviços Denatran

É possível ter a CDT em mais de um celular?

Não. A Carteira Digital de Trânsito de uma pessoa só pode estar vinculada a um aparelho por vez. O funcionamento é similar ao do WhatsApp: ao registrar o aplicativo no seu nome em um segundo dispositivo, o anterior automaticamente deixa de operar, perdendo a validade e deixando de exibir os documentos.

É possível ter mais de uma CDT registrada no mesmo celular?

Não. Do mesmo modo, também não é possível ter mais de uma CNH ou CRLV no mesmo aplicativo da Carteira Digital de Trânsito — a menos que o usuário apele a truques que clonam apps no celular por sua conta e risco.

Via Denatran

FONTE: TECH TUDO | GLOBO.COM

STF julga tabela de frete no início de setembro

Ação foi ajuizada por representantes da indústria e agronegócio

Sem acordo em torno da tabela de frete mínimo de transporte de carga rodoviário, caminhoneiros, transportadoras e embarcadores aguardam julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) das ações de inconstitucionalidade ajuizadas contra a tabela por entidades que representam a indústria, o agronegócio e empresas de transportes. A sessão que vai tratar do tema está marcada para o dia 4 de setembro, quando os ministros vão julgar se os preços mínimos de frete contrariam ou não a Constituição.

Se o STF decidir que a tabela é constitucional, as negociações com as entidades devem continuar. Mas se o Supremo entender que é inconstitucional, a manutenção de preços mínimos obrigatórios será descartada. Na semana passada, divididos entre defensores de uma paralisação e grupos que insistem em negociações, representantes dos caminhoneiros autônomos – junto com transportadores e embarcadores – voltaram a se reunir com integrantes do Ministério da Infraestrutura. Entre as propostas formuladas no encontro, duas podem impactar diretamente a categoria.

A que trata de uma nova figura específica, chamada “caminhoneiro empreendedor”, que possibilita ao caminhoneiro autônomo ter um CNPJ e a sua contratação direta pelas empresas, e a que transforma o piso mínimo em uma tabela referencial. De acordo com a Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul (Fecam-RS), que participa das reuniões em Brasília, será uma surpresa se o STF não considerar a tabela inconstitucional. Para o presidente da Fecam, André Luis Costa, em um cenário marcado pela indefinição, há muita especulação em torno do tema. “Seria surpresa a não consideração de inconstitucionalidade do piso mínimo”, ressalta.

Conforme Costa, a partir do momento que se propõe que o caminhoneiro seja empreendedor, ele passa a ser pessoa jurídica, com CNPJ, e deixa de ser transportador autônomo. “Isto por si só caminha para o extermínio da categoria profissional de transportador autônomo de bens”, reforça, alertando que a lei 7.290, que não foi revogada, determina que autônomo é pessoa física proprietária de serviços de transportes. Ele alerta que a segunda proposta, do piso mínimo se tornar tabela referencial, pode ser acatada pelo STF. “Por essência, ser transportador autônomo de carga, a grosso modo, diz que tenho direito de trabalhar quando quiser e por quanto quiser negociar”, destaca.

Mesmo reconhecendo a “capacidade de gestão e gerenciamento” do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, nos últimos oito meses de debate sobre o tema, Costa garante que há insatisfação da categoria. “Nos preocupa, como todos presidentes de sindicatos, não tanto o tempo que está levando pra resolver, mas qual rumo dessa solução”, observa. Ele frisa que apesar dos “discursos” do ministro, é preciso ter mais respeito com os caminhoneiros. “Chegou num momento de esgotamento, e aí provoca na categoria um sentimento de que fomos ludibriados, perdemos tempo, nos iludiram de novo. Isso não pode continuar”, critica.

Apesar de exigir resposta do governo, Costa afirma que uma nova paralisação, mesmo após oito meses de discussão, não vai resolver o problema. “Está se esgotando a capacidade de gestão dele (ministro) com os artifícios que ele possa usar. Não estou dizendo que a categoria vai entrar em greve, vai parar. Nunca fui dado a esse tipo de coisa. Greve por si só não resolve nada”, observa. De acordo com Costa, desde o início do debate da tabela do frete a entidade defende índice mínimo de remuneração de transporte. Ele critica ainda a criação de cooperativas, que ‘vai dar retorno a um pequeno grupo’, e a abertura de linhas de financiamentos para compra de caminhões.

Procurada pela reportagem para falar sobre as negociações envolvendo a categoria e a perspectiva em relação ao julgamento do STF, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM) informou que não vai se manifestar sobre o assunto.

Fonte: Correio do Povo

Multas de trânsito: para onde vai o valor arrecadado

Entenda onde vai parar todo o dinheiro arrecadado em multas toda vez que alguém comete uma infração

Uma das grandes metas do presidente Jair Bolsonaro desde o começo de seu governo, há oito meses, é a questão de multas e radares que ele já chamou de “pegadinha” e “caça-níquel”, entre outros termos.

Mas você sabe para onde vai o dinheiro arrecadado com as multas? Apesar de o termo “indústria da multa” ser utilizado por muita gente, em alusão a uma forma de financiar a máquina pública, esse dinheiro tende a voltar ao contribuinte em forma de melhorias, como educação de trânsito.

Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O artigo 320 deixa claro qual deve ser o destino do dinheiro arrecadado com as multas. A lei vale no âmbito municipal, estadual e federal.

Esse dinheiro deve ser usado, exclusivamente, para instalação e manutenção de sistemas de sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. Na prática, apenas 5% do montante arrecadado é destinado ao Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (Funset).

O Funset é um fundo nacional que foi instituído em 1997 no CTB. Esses 5% têm destino descrito no decreto 2.613/18. Os recursos podem ser usados em planejamento e execução de programas relativos à educação e segurança no trânsito.

No artigo 320 do CTB, a legislação também estipula que “o órgão responsável deverá publicar, anualmente, na internet, dados sobre a receita arrecadada com a cobrança de multas de trânsito e sua destinação”. Portanto, o Detran de cada Estado, assim como os órgãos estaduais e federais de trânsito, devem ter uma área de transparência de informações em seus sites.

Divisão do dinheiro das multas por partes

A resolução 638/16 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) mostra, em detalhes, onde deve ser utilizado os outros 95% do dinheiro arrecadado com as multas, dentro do “em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito”.

Em sinalização, alguns exemplos são dispositivos delimitadores (conhecidos como “tartarugas”), alterações nas características do pavimento, painéis eletrônicos, placas de trânsito, defensa metálica e pintura de asfalto, entre outros.

Do quesito engenharia de tráfego fazem parte ações como elaboração e atualização de mapa viário, cadastramento e implantação de sinalização, identificação, estudo e análise de novos polos geradores de trânsito e elaboração de estudos, projetos e implantação de faixas, pistas exclusivas ou preferenciais, corredores e terminais de ônibus, para citar alguns exemplos.

O item policiamento e fiscalização inclui capacitação de autoridades, de agentes de trânsito e agente de autoridade de trânsito, material e equipamento para policiamento, serviço de recolhimento de animais soltos, equipamento ou instrumento medidor de velocidade fixo, estático ou portátil ou compra de veículos para fiscalização.

O dinheiro destinado à educação de trânsito pode ser utilizado em publicidade institucional, campanhas educativas, atividades escolares e material didático, entre outros.

Fonte: Estadão

Número de radares deve reduzir 61% em rodovias federais no Ceará

Novo contrato celebrado prevê instalação de 58 fotossensores no Estado. Contrato antigo previa 93 radares a mais. Aparelhos contarão com tecnologia que facilita integração com a Polícia

Fiscais com olhos imóveis nas rodovias federais do Ceará, os radares eletrônicos terão presença reduzida em 61% no Estado, nos próximos meses. Se, pelo contrato antigo, havia 151 radares de monitoramento, o novo pacto vai instalar apenas 58 fotossensores – 93 a menos. Eles serão implantados nos trechos mais críticos de três rodovias: BR-116, BR-222 e BR-020. Os antigos estão sem funcionar desde o dia 14 de janeiro, quando o contrato anterior foi encerrado.

Conforme a previsão de instalação dos equipamentos, a distribuição deve ser de quatro radares na BR-020 e de 24 na BR-222. A BR-116 deve receber a maior quantidade: serão 30 fotossensores, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Ceará.

O cronograma apresentado na última quarta-feira (21) pelo órgão prevê que a empresa contratada tem um mês para remover todos os aparelhos antigos. “Enquanto isso, estamos fazendo a aprovação dos estudos técnicos e, depois, liberamos a implantação nos pontos considerados críticos”, explica a superintendente do Dnit, Líris Silveira, com previsão final de implantação dentro de dois meses.

Geometria

Os exames do Dnit levam em conta aspectos como o adensamento populacional dos locais e as vias que desembocam nas BRs, bem como a curvatura, a geografia e geometria da via. Outro fator posto na mesa é a quantidade de acidentes de trânsito no trecho. Os novos equipamentos, garante Silveira, contam com tecnologia OCR, que facilita o reconhecimento de caracteres e vai auxilia na comunicação de dados com a Polícia.

Questionada sobre a arrecadação dos valores de multas, a superintendente é enfática: “o dinheiro vai para a conta da União, mas não é intenção do Governo Federal trabalhar com dinheiro arrecadado de multa. A intenção é a gente reduzir acidentes, conscientizar a população e educar nossa população a andar nas vias”, ressalta, reconhecendo que o Ceará tinha um número excessivo de equipamentos.

Por isso, mesmo com a redução no número de radares, Líris Silveira acredita que a educação no trânsito é essencial. “Existem rodovias onde se tem boa visibilidade e o pavimento é de boa qualidade e que não tem necessidade de implantação do radar. Mas, se o motorista vê bom pavimento, acelera”, observa.

Retorno

A superintendente diz que o valor arrecadado com as multas pelo Dnit volta em forma de projetos de educação no trânsito. “Temos o serviço de operações que faz programas educativos; entre eles, o Projeto Escola, que fala sobre educação no trânsito em escolas públicas às margens das rodovias. Temos os radares, as balanças, o controle que fazemos na educação no trânsito e temos nossos agentes”.

A reinstalação dos radares foi pactuada pelo Dnit e pela União com Ministério Público Federal e Justiça Federal. No mês de abril, a juíza Diana Wanderlei, da 5ª Vara Federal em Brasília, proferiu uma decisão para que a União não retirasse os equipamentos.

Fonte: Diário do Nordeste

Entidades rurais querem opinar sobre inconstitucionalidade da tabela

A Sociedade Rural Brasileira (SRB) quer participar no julgamento das ações diretas de inconstitucionalidade da tabela de frete, que ocorrerá em 4 de setembro.

A entidade enviou uma petição ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux reiterando o seu pedido para participar do julgamento.

A SRB já havia feito esse pedido em julho de 2018, mas ainda aguarda uma decisão do Ministro Fux. Além da Sociedade Rural Brasileira, outras oito entidades aguardam autorização para participar como amicus curiae.

Estão entre elas: a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a União da Indústria de Cana de Açúcar (UNICA).
 
A SRB quer que o ministro aprecie o pedido o mais breve possível, pois as ações que tratam do tabelamento de frete serão julgadas no dia 4 de setembro.

O ingresso na ação de inconstitucionalidade da tabela como amicus curiae é interessante para essas entidades pois assim elas podem participar ativamente do julgamento, fornecendo dados e subsídios técnicos para embasar a decisão do STF.

Fonte: Trucão

PRF apreende carga de armas e munições em rodovia no Rio

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu um carregamento de armas e munições, hoje (23), durante uma abordagem na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), em Vigário Geral, zona norte do Rio de Janeiro. Foram apreendidas 47 pistolas, além de munições para diversos calibres de fuzil e pistola.

Os agentes da PRF desconfiaram do motorista de uma caminhonete e decidiram abordá-lo. Com ajuda de um cão farejador, os policiais conseguiram encontrar um carregamento de 47 pistolas, 91 carregadores de pistola e cinco de fuzil, além de 60 munições para uso de fuzil. O material estava escondido em um compartimento preparado debaixo do banco traseiro.

O motorista, de 48 anos, confessou que receberia R$ 5 mil para levar o armamento de Ponta Grossa, no Paraná, até São Gonçalo, na região metropolitana do Rio.

O motorista foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá, onde foi feito o flagrante, e levado para um presídio do estado, onde ficará à disposição da Justiça, aguardando julgamento.

Fonte: Isto É

PRF fiscaliza jornada de trabalho de motoristas profissionais no Rio Grande do Sul

Nos dias 19 e 20 de agosto, a PRF desencadeou operação de fiscalização do tempo de direção dos motoristas profissionais que conduzem veículos de transporte de carga e de transporte coletivo.

O objetivo da fiscalização é assegurar que os condutores cumpram os períodos mínimos de descanso previstos na Lei 13.103 de 2015 que alterou o Código de Trânsito Brasileiro – CTB.

Os intervalos de descanso objetivam proporcionar a segurança viária e preservar a saúde dos condutores profissionais, que antes da regulamentação, conduziam os veículos com jornada de trabalho excessiva, tendo muitas vezes que recorrer ao uso de drogas para se manter acordados.

Na ação, foram flagrados diversos condutores que não respeitaram os períodos de descanso. Nessas situações o veículo fica retido até que o condutor cumpra o período de descanso correspondente, ou que um novo condutor que comprove o descanso assuma a viagem.

Durante a operação, foram constatadas outras irregularidades, como defeito no sistema de freios dos veículos de carga, situação que compromete a segurança do trânsito.

Os policiais que participaram da Operação receberam treinamento específico e devem dar seguimento neste tipo de fiscalização na região.

A sonolência é uma das principais causas de acidentes de trânsito e tem gravidade quando o condutor é responsável por veículos de carga, especialmente em pistas simples pelo risco de colisão frontal.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

ANTT ordena redução no pedágio da BR 050

A partir desta sexta-feira, começam a valer os novos valores de pedágio do trecho da rodovia BR 050 entre o entrocamento com a BR 040 em Goiás até a divisa de Minas Gerais com o estado de São Paulo. Uma deliberação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ordenou que houvesse redução no valor do pedágio em pelo menos 6 praças de pedágio.

As seguintes praças terão redução no valor do pedágio: P1, em Ipameri/GO; P2, em Campo Alegre de Goiás/GO; P3, em Araguari/MG; P4, em Araguari/MG; P5, em Uberaba/MG; e P6, em Delta/MG. A concessionária responsável é a Eco 050, antiga MGO Rodovias.

A nova tarifa representa, em média, uma redução de 5,96% em relação à anterior. O motivo da medida foi o atraso na entrega das obras de ampliação de capacidade e melhorias previstas em contrato.

A tarifa básica de pedágio passará de R$ 6,80 para R$ 6,40 por eixo na praça Ipameri e de R$ 7,30 para R$ 6,90 por eixo em Campo Alegre de Goiás.

Fonte: Trucão

Concessionária comunica que não reduzirá tarifas de pedágio por ‘decisão judicial’

Novos valores entrariam em vigor nesta sexta-feira (23), de acordo com deliberação publicada no Diário Oficial da União

Após decisão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para reduzir o pedágio em sete trechos das BRs 324 e 116, a concessionária ViaBahia informou que as tarifas não serão reduzidas “por conta de uma decisão judicial”.

De acordo com a empresa, “foi reconhecida a impossibilidade de redução da tarifa enquanto estiver pendente a análise, por parte da ANTT, de direitos da concessionária previstos no contrato de concessão. Estes direitos estão em discussão no processo de Revisão Contratual (em trâmite desde 2016). Enquanto isso, a tarifa de pedágio não sofrerá alteração”.

Os novos valores entrariam em vigor nesta sexta-feira (23), de acordo com deliberação publicada no Diário Oficial da União (DOU) de quarta-feira (21). Na BR-324O valor tarifário para carro, caminhonete e furgão passaria de R$ 2,90 para R$ 2,60 (redução de 10,34%). Já nas outras cinco praças da BR-116, que compreende Santo Estevão, Milagres, Manoel Vitorino, Poções e Veredinha, o valor reduziria de R$ 5,10 para R$ 4,60 (redução de 9,80%).

A ANTT havia divulgado que o ajuste ocorreria em função do descumprimento de exigências do contrato por parte da ViaBahia.

Serviços aos usuários
A VIABAHIA atende a chamados através dos telefones 0800-6000-324 para a BR-324 – rodovia Eng° Vasco Filho e 0800-6000-116 para a BR-116 – rodovia Santos Dumont, que recebem chamadas também através de aparelho celular. Ao longo das rodovias há 15 (quinze) Bases dos Serviços de Atendimento aos Usuários (SAUs), que estão equipadas com banheiros femininos e masculinos e banheiros para portadores de necessidades especiais.

Fonte: Correio 24 horas

Como é o dia a dia dos “chapas”, homens que carregam e descarregam caminhões na entrada de Porto Alegre

Vilmar de Amorim Ferreira, 63 anos, é um dos trabalhadores que ganham a vida às margens da rodovia

Sentado sobre um galão de tinta coberto de jornais velhos, Vilmar de Amorim Ferreira, 63 anos, apoia os tênis impecavelmente brancos sobre um papelão disposto no chão. O esmero evita olhares de desaprovação de quem o contrata para auxílio nas mais diversas entregas. Ele é “chapa” e há mais de 40 anos trabalha com carga e descarga de caminhões que chegam a Porto Alegre somente com o condutor.

— A cabine é a casa do caminhoneiro. Não posso sujar, tenho que estar bem vestido. Às vezes, ele está com a esposa, então ali é o lugar que carrega a família — define, enquanto ajeita a manta e a touca, acessórios para encarar os 8°C do amanhecer de quarta-feira (21) na Região Metropolitana.

O morador de Canoas tem na informalidade o sustento da casa, enquanto tramita na Previdência Social o pedido de aposentadoria. Orgulhoso, vê no sucesso dos filhos a recompensa do trabalho iniciado ainda na adolescência.

— Tenho uma filha formada em Radiologia, outra dona de empresa e ainda um filho bem empregado em uma metalúrgica. Conquistei tudo trabalhando de chapa, sempre com trabalho honesto — conta, antes de ser interrompido por um motociclista que estaciona no canteiro em busca de informações do caminho até Alvorada.

No ponto escolhido para tentar a sorte diária — embaixo do viaduto de acesso ao bairro Fátima, em Canoas —, duas placas afixadas em uma árvore e um poste de concreto anunciam os seus serviços. Pendurada em um galho, a surrada mochila preta protege o lanche da manhã: três pequenos pães tipo brioche e duas cocadas, que, por sua insistência, são divididas com o repórter.

— Come, prova. Não é bom? — questiona retoricamente.

Tão insistente quanto Ferreira são os automóveis que paravam no recuo da BR-116 o procurando na manhã desta quarta. Às 7h30min, conquistou R$ 160 de um carreteiro que trazia duas toneladas de telha de Erechim, no norte do Estado.

— Sempre pegamos chapa, porque eles conhecem muito bem as ruas. É a primeira vez que vou entregar telha dentro da cidade. Se entro em uma rua errada, arrisco ficar trancado ainda — explica Joel Pedro Saccomori, 27 anos, que segue o trajeto com Vilmar a seu lado, após se certificar que ele conhece os endereços das notas fiscais.

Rodovia é escolha de dezenas de trabalhadores 

Repleta de automóveis de carga, a rodovia que cruza o Vale do Sinos em direção à Serra é a escolha de outros dezenas de chapas, que se protegem sobre as elevadas ou nos postos de combustíveis. Carlos Roberto Fagundes, o Carlão, 43 anos, é figura conhecida em Sapucaia do Sul.

Tiago Boff / Agência RBS
Carlos Roberto Fagundes, o Carlão, 43 anos, é figura conhecida em Sapucaia do Sul.Tiago Boff / Agência RBS

— O pessoal do posto já tem meu telefone e, quando pedem indicação, eles me ligam. E tem outras firmas que me telefonam no fim de tarde — explica, ao contar que já ouviu de um “patrão do dia” a história de um homem que se passou por chapa, pegou R$ 50 adiantado com a justificativa de ter de comprar gás, mas nunca apareceu para o serviço.

De olhar atento e ouvido treinado a identificar o som do rodado no asfalto, também tenta a féria do dia às margens da BR-116. Ao avistar o alvo, abana com o tradicional sinal do dedão erguido e a palma da mão fechada. 

— Se o motorista chega no destino sozinho, a empresa fala: “Se vira”. Eles não colocam a mão em nada. E o caminhoneiro tem pressa, pois logo tem outro frete — afirma, com a experiência de quem já fez até viagem internacional no banco do passageiro e conheceu a Argentina.

Quem avista a cena dos homens que perseguem veículos com o dedo em riste, crê se tratar de andarilhos em busca de carona. Ledo engano. Há inclusive uma tabela informal, definida por peso ou pela quantidade de unidades descarregadas. Uma caixa leve rende cerca de R$ 0,40. A tonelada pode render até R$ 20.

Em pé, ao lado de um caminhão-baú que fora seu endereço nos últimos dois dias no Litoral Norte, Marco Antônio Rosa, 53 anos, não se deu ao luxo de descansar após carregar mais de 1,5 mil caixas. O pagamento foi previamente acertado por turno.

— Cobrei R$ 120 por dia para descarregar as caixas com alimentos em Capão da Canoa. Mas era tudo levinho, uns cinco quilos cada — conta, acrescentando que, apesar do trabalho pesado, está com sorte, pois “tem dias que não se ganha nada”. 

Ainda mais convencido do êxito na profissão, Antônio Luís Soares, 56 anos, tem trabalho fixo. O lucro menor é compensado pela certeza de receber todos os dias: as diárias pagas são de R$ 70, quase metade de quem “trabalha na pedra”, como define os homens que vão para as ruas à caça de algum bico.

— É pouco, mas dá pra sobreviver — conta.

Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirma que “não há nada de irregular” no trabalho dos chapas. A corporação pondera que “estacionar sem motivo no acostamento é passível de multa”.

Fonte: GZH