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Vendas de caminhões alcançam novo patamar

Desempenho de maio acima de 9 mil unidades foi o melhor resultado mensal desde 2014

No mês passado, a indústria de caminhões entregou ao setor transportador rodoviário de carga mais de 9,1 mil unidades, um avanço de 62,2% na comparação com maio de 2018, quando os licenciamentos somaram 5,6 mil veículos do segmento.

Além de reforçar mais uma vez a trajetória de recuperação do mercado, o desempenho das vendas em maio saltou para um patamar superior em relação ao que até então vinha apresentando, entre 7,5 mil e 8,5 mil unidades.

“Foi o melhor resultado desde 2014 e mostra um ritmo mais aquecido nos outros segmentos do mercado, não só no da faixa de pesados”, observou Luiz Carlos de Moraes, presidente da Anfavea, durante divulgação dos números do setor automotivo na quinta-feira, 6 de junho.

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, as vendas alcançaram 39,1 mil caminhões, em alta de 48,5% sobre o volume apurado no mesmo período do ano passado, de 26,3 mil unidades.

Do resultado apresentado até maio, a categoria de pesados continua como o carro-chefe das vendas. No acumulado do ano, o mercado absorveu 19,9 mil unidades do segmento, o que representou um crescimento de 71% em relação há um ano e participação de 51% nas vendas internas totais.

O forte desempenho dos pesados levanta a hipótese de que o grande embarcador de carga estaria optando por ter frota própria como medida de proteção contra o efeito da Tabela Mínima de Frete sobre o negócio. Para Moraes, no entanto, a teoria conta meia-verdade.

“Existe sim no setor de transporte quem queira depender menos de terceiros, mas ainda é irrelevante no resultado”, garante Moraes. “Mesmo porque uma decisão dessa traz outras consequências, relacionadas à gestão de frota, que a empresa precisa estar preparada, como contratar motoristas, cuidar da manutenção e adquirir implementos.”

No chão de fábrica, o ritmo segue a demanda do mercado interno. Em maio, a indústria produziu 11,2 mil caminhões, altas de 19,3% sobre abril (9,4 mil unidades) e de 51,3% em relação ao mesmo mês de 2018, quando produziu 7,4 mil veículos. Cabe lembrar, porém, que a acentuada alta na produção tem influência da greve de caminhoneiros do ano passado, período que afetou as atividades produtivas.

De janeiro a maio, a produção de caminhões acumula 45,4 mil unidades, volume 10,9% superior ao verificado um ano antes, de 41 mil veículos.

O ritmo da atividade nas fábricas certamente não foi maior em virtude das exportações. Com a crise na Argentina, o maior comprador de veículos do Brasil, as remessas caíram 58,3% no acumulado até maio, de 11,9 mil unidades exportadas nos cinco primeiros meses do ano passado para 4,9 mil caminhões.


Fonte: Estadão

Com tabela do frete em vigor, venda de caminhões para frota própria cresce 47%

Segundo a Associação Nacional dos Usuários de Transportes (Anut), esse tipo de investimento é um movimento natural e generalizado

Apesar da estagnação da economia, as vendas de caminhões no país somaram 39 mil unidades nos cinco primeiros meses do ano, alta de 47% ante igual período de 2018, sinalizando que está se consolidando um movimento de investimentos das empresas em frotas próprias, diante da elevação de custos com a tabela do frete. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entidade que representa concessionárias de veículos.

A produtora de soja e milho Amaggi, da família do ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi, frigoríficos e até fabricantes de alimentos já fizeram investimentos do tipo. A processadora de grãos americana Cargill estuda seguir o mesmo caminho desde o ano passado – a empresa informou que ainda não tomou uma decisão, pois aguarda a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade da tabela.

A concorrente Bunge informou que também aguarda uma decisão do STF e que está avaliando diversas possibilidades em relação ao frete de seus produtos. A companhia disse em nota que “confia que o Poder Judiciário afastará a tabela de fretes mínimos o mais rápido possível”.

Venda de caminhões

Ao longo do segundo semestre de 2018, as vendas de caminhões foram crescendo mês a mês e fecharam em 76,4 mil unidades, alta de 46,8% ante 2017, conforme a Fenabrave.

Para Bráulio Borges, economista sênior da LCA Consultores, não há outra explicação para a continuidade do crescimento nas vendas que não seja a demanda das empresas investindo em frotas próprias. Isso porque a atividade está estagnada não só na economia como um todo, mas o fluxo de caminhões nas rodovias com pedágio, calculado pela ABCR, entidade que representa as concessionárias, não cresce desde o início de 2018.

Movimento generalizado

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Usuários de Transportes (Anut), Luis Henrique Baldez, o investimento em frotas próprias é um movimento natural e generalizado, embora as estratégias das empresas variem. Em alguns casos, as empresas recorrem a outras modalidades de transporte, como a cabotagem e as ferrovias. Em outros, compram ou alugam caminhões.

A Amaggi, por exemplo, anunciou a compra de 300 caminhões da Scania em novembro passado. À época, a montadora sueca informou que tinha outras 400 encomendas, de clientes variados. O frigorífico JBS confirmou a aquisição de 360 caminhões após a greve. Procurada, a companhia não quis informar sobre planos de novos investimentos na frota.

Após a greve dos caminhoneiros, a fabricante de alimentos Predilecta viu o frete terceirizado ficar de 20% a 25% mais caro, segundo Antônio Carlos Tadiotti, sócio-diretor da empresa. A empresa comprou então 15 caminhões, acelerando a estratégia de manter frota própria, que já fazia sentido econômico antes. “Hoje, temos 180 caminhões. Pretendemos chegar a 200”, disse o diretor.

Segundo Tadiotti, a estratégia faz sentido porque permite otimizar a logística, já que os caminhões que entregam produtos em todo o país podem voltar carregados de matéria-prima, como tomate e milho – a empresa tem nos molhos de tomate um de seus carros-chefe.

Entenda o caso

A tabela do frete foi instituída por lei em agosto, após a greve de caminhoneiros que paralisou o país, em maio de 2018. Diversos setores reclamaram da medida, por causa do custo. Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de 2018, estimou que os gastos com transporte rodoviário subiram em média 12%. A medida acabou questionada no STF, mas, enquanto as ações não são julgadas, vale a tabela, conforme decisão liminar da corte.


Fonte: Canal Rural

PIB do transporte confirma baixo desempenho e registra queda de 0,6%

O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro acumulou R$ 1,71 trilhão entre janeiro e março de 2019, de acordo com informações divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado representa uma alta de 0,5% em relação ao mesmo período de 2018, mas uma queda de 0,2% em relação ao 4º trimestre de 2018.

O mau desempenho reflete a fraqueza da atividade econômica, puxada, principalmente, pelo baixo dinamismo da indústria nacional e do setor agropecuário, que amargaram uma retração de 0,7% e de 0,5% no 1º trimestre de 2019 em relação ao trimestre imediatamente anterior, respectivamente, e justifica a piora das expectativas do mercado.

Por outra ótica, também é possível destacar a contribuição negativa das exportações (-1,9%) e dos investimentos (-1,7%) para o desempenho da economia brasileira. Considerando esse foco de análise, o consumo das famílias (+0,3%) e da administração pública (+0,4%) foram responsáveis por evitar que a contração da economia brasileira fosse ainda maior.

O setor de serviços, por sua vez, conseguiu obter um aumento de 0,2% nos primeiros três meses de 2019, quando comparado ao trimestre anterior, sendo os segmentos de transporte (-0,6%) e de comércio (-0,1%) os únicos a apresentarem contração nas mesmas bases de comparação.

O PIB do transporte foi calculado em R$ 64,86 bilhões no acumulado de janeiro a março de 2019. Esse valor representa um aumento de 0,2% em relação ao mesmo período de 2018, mas, quando se compara o trimestre corrente com o imediatamente anterior, é o terceiro resultado negativo do setor nos últimos quatro trimestres.

Fonte: Brasil Caminhoneiro

Pagamento do IPVA com desconto de 10% para veículos com placa final 5 termina nesta sexta (31)

Contribuintes também têm outras duas opções de pagamento, porém sem desconto.

Os proprietários de veículos com final de placa 5 têm até esta sexta-feira (31) para fazer o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), com o desconto de 10% na opção da cota única à vista, sem acréscimos de juros ou multa.

Além desta, os contribuintes têm outras duas opções de pagamento do imposto. Sendo o parcelamento em três vezes, com a primeira parcela vencendo também nesta sexta (31) e também o pagamento total do IPVA apenas no dia 31 de julho. Nestas duas opções, não há desconto.

Para efetuar o pagamento, é necessário a emissão do boleto por meio do site da Receita ou Detran, podendo ser impresso, preferencialmente, em uma repartição fiscal ou então nas unidades do Detran-PB. Para poder pagar o tributo em casas lotéricas, correspondentes bancários e em toda rede bancária, o contribuinte deve escolher, no ato da impressão, a opção ‘Ficha de Compensação’, sendo necessário esperar 60 minutos para que o boleto seja registrado no sistema de pagamentos da rede bancária.

As categorias (taxistas, portadores de deficiência, transporte turístico, motofretistas e motoboys) que requisitaram, ano passado, a isenção do IPVA precisam comprovar com documentação até o dia 31 de maio em alguma repartição fiscal para ter o direito em 2019. Neste mesmo dia, essas categorias já podem pedir a isenção de 2020.

Também nesta sexta (31), vence a última parcela, de quem optou parcelar em três vezes, dos veículos com final de placa 3 e também a opção de pagamento total, sem desconto, da mesma placa. A segunda parcela de quem escolheu pagar em três vezes também vence nesta sexta (31), dos veículos com final de placa 4.


Fonte: Portal G1

Nova fórmula reduz fretes para os grãos

A nova tabela de frete rodoviário, proposta pela EsalqLog/USP e atualmente em fase de consulta pública, pode reduzir significativamente os preços de frete para cargas a granel em rotas cruciais ao setor agropecuário, conforme levantamentos de entidades do agronegócio brasileiro obtidos pelo Valor. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) espera publicar uma nova resolução e uma nova tabela no próximo dia 20 de julho. 

Na comparação com a tabela em vigor desde maio do ano passado, para o transporte de soja, milho e farelo de soja, o preço do frete recuará 50%, para R$ 89 por tonelada, no trecho de Lucas do Rio Verde (MT) a Miritituba (PA), onde se concentram terminais portuários. 

Em um percurso maior, de Sinop (MT) ao porto de Santos (SP), a queda estimada para o valor do frete com a nova metodologia é de 51%, para R$ 171 por tonelada. 

Juntos, os dois trajetos respondem pelo escoamento de cerca de 70% das exportações originadas pelo Mato Grosso, Estado que lidera a produção nacional de grãos.

“O que pudemos ver é que no caso do granel sólido, a tabela da Esalq traz uma redução enorme nos valores de frete comparado à tabela atual”, afirmou ao Valor André Nassar, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de óleos Vegetais (Abiove), que fez o levantamento de preços considerando a metodologia proposta pela EsalqLog. 

Na avaliação de Nassar, a nova tabela refletirá com mais fidelidade os custos de transporte rodoviário e se aproxima dos valores praticados antes da lei do piso mínimo de frete, sancionada com o intuito de cessar as greves de caminhoneiros que afetaram o país em 2018. 

Ao Valor, o diretor da ANTT, Marcelo Vinaud, admitiu que o estudo da Esalq é “bem mais técnico” que o primeiro feito pela agência. “Na medida em que contrata uma composição maior [caminhão com mais eixos], você tem uma redução do valor [do frete]”, disse. A nova tabela, da Esalq, considera parâmetros como mais eixos, rodagem de pneus, horas trabalhadas, etc. (ver Queda não será generalizada). 

A nova tabela, que ainda está em discussão – a ANTT realiza hoje, em Brasília, a última audiência pública para colher sugestões de transportadores e empresas -, também reduz em até 58% os fretes para lácteos em distâncias médias, geralmente usadas pelo setor em trajetos entre Goiás e São Paulo, ou da região Sul a São Paulo. 

“Com a tabela da Esalq, o preço do leite UHT pago pelo atacado à indústria ficará 8,7% menor do que com a tabela vigente, o que também pode trazer um preço final menor ao consumidor final”, projetou Marcelo Martins, diretor-executivo da Viva Lácteos, que representa as indústrias do setor. 

Procurada, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa os grandes frigoríficos de carne de frango e suína, respondeu que a tabela da Esalq também é mais “adequada” que a atual. Em contrapartida, para as distâncias mais curtas, de até 250 km, a nova tabela pode significar aumento no preço de frete, ponderou a ABPA. 

Apesar da avaliação positiva de representantes do agronegócio, nem todo o setor deve se beneficiar. Se adotada, a nova tabela elevará o frete de fertilizantes. “É notório que teremos um incremento substancial (acima de 50%) para o setor, na medida em que vivemos historicamente do chamado frete de retorno”, afirmou David Roquete, diretor-executivo da Associação Nacional para Difusão de adubos (Anda).


Fonte: Valor Econômico

Sem consenso, ANTT faz última audiência para discutir a nova tabela do frete

Setor produtivo voltou a criticar adoção do frete mínimo; caminhoneiros defenderam piso para o frete e cobraram mais

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realizou nesta quinta-feira (23) a última audiência pública para discutir o novo modelo da tabela do frete mínimo para o transporte de cargas.

Na reunião, caminhoneiros defenderam um piso para frete, mas criticaram a atuação da agência reguladora e alguns critérios usados na elaboração da nova tabela. Representantes do setor produtivo voltaram a criticar a adoção do frete mínimo e a atuação dos chamados atravessadores.

O aumento da fiscalização para garantir o cumprimento da tabela foi um dos pontos cobrados pelos autônomos que participaram da audiência.

Os caminhoneiros voltaram a defender a necessidade da fixação de um frete mínimo, mas criticaram alguns critérios usados na elaboração da nova tabela, como o custo de troca de pneu, considerado baixo, e também a velocidade média usada no cálculo (75 km/h), considerada alta.

“O correto seria uma velocidade de 50 km/h ou 55 km/h”, afirmou Walace Landin, representante dos caminhoneiros autônomos.

“O piso mínimo para nós, autônomos, é, na verdade, o piso máximo. Ninguém vai pagar mais do que o mínimo”, disse o caminhoneiro Jaime Pereira da Cunha ao defender a tabela.

Um dos caminhoneiros também cobrou fiscalização da agência sobre a frota de transporte de cargas. Segundo parte dos caminhoneiros, apesar de a frota de caminhões ser maior que a necessidade do país, parte é de caminhões velhos e sucateados, que não teriam condições de transitar mas continuam nas estradas por falhas na fiscalização da agência.

Indústria

Alberto Nobre, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), criticou o frete mínimo e disse que desde que a tabela foi criada o setor produtivo vem pagando mais pelo frete e os caminhoneiros recebendo menos.

“Nós estamos pagando mais pelo frete e os autônomos estão pagando menos. Alguém nesse meio está ganhando e nós sabemos quem é. Precisamos juntar essas pontes e trabalhar juntos”, disse.

A crítica é aos chamados atravessadores, empresas que intermedeiam a contratação dos caminhoneiros autônomos. Isso ocorre porque a maioria dos caminhoneiros autônomos não tem CNPJ (cadastro de pessoa jurídica) o que não permite a contratação direta por uma indústria, por exemplo.

“Precisamos simplificar o processo e desburocratizar o transporte de carga para aproximar o caminhoneiro da indústria. Pode ser transformando os caminhoneiros em MEI [microempreendedor individual], para todo mundo ter CNPJ, e criar um aplicativo para simplificar as documentações”, afirmou o diretor da CNI, Pablo Cesario.

A nova tabela de frete precisa ser publicada até 20 de julho, mas antes precisa ser aprovada pela diretoria da ANTT.

A tabela de frete mínimo foi criada no ano passado, após a greve dos caminhoneiros que bloqueou estradas brasileiras e comprometeu o abastecimento de combustível, medicamentos e alimentos em todo o Brasil.


Fonte: Portal G1

Ministro anuncia fim do adesivo do RNTRC

O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou pelas redes sociais que a ANTT não irá mais exigir a instalação do adesivo de identificação do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas.

A medida parte de uma orientação do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, que visa reduzir custos e diminuir a burocracia sem sentido, que só dificultam a vida do trabalhador e dos empresários brasileiros.

A partir de agora os caminhões serão fiscalizados exclusivamente por meio eletrônico, via consulta de placas. A decisão da ANTT também altera os valores das multas para transportadores que criavam dificuldade à fiscalização, como ter o adesivo rasurado. A multa era de R$ 5 mil, e baixou para R$ 550.

Os dois temas eram demandas dos transportadores há bastante tempo. A resolução 5.847/2019 da ANTT passa a vigorar daqui a 30 dias.

A ANTT publicou a medida hoje no Diário Oficial da União, alterando as resoluções anteriores que tratavam do assunto:


RESOLUÇÃO Nº 5.847, DE 21 DE MAIO DE 2019

Altera a Resolução nº 4.799, de 27 de julho de 2015, que regulamenta procedimentos para inscrição e manutenção no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas – RNTRC; e dá outras providências.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, no uso de suas atribuições, fundamentada no Voto DMV – 144, de 17 de maio de 2019, e no que consta dos Processos nos 50500.314588/2019-31 e 50500.315144/2019-13, resolve:

Art. 1º Alterar a Resolução nº 4.799, de 27 de julho de 2015, que regulamenta procedimentos para inscrição e manutenção no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas, RNTRC; e dá outras providências, passando a vigorar com a seguinte redação:

“Seção VII

Da identificação eletrônica dos veículos

(…)

Art. 36. Constituem infrações, quando:

I – o transportador, inscrito ou não no RNTRC, obstruir ou, de qualquer forma, dificultar a fiscalização durante o transporte rodoviário de cargas: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);

V – o TRRC:

c) impedir, obstruir ou, de qualquer forma, dificultar o acesso às dependências, às informações e aos documentos solicitados pela fiscalização: multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais);

…”

Art. 2º Revogar o artigo 18 e a alínea “d” do inciso V do artigo 36 da Resolução nº 4.799, de 27 de julho de 2015.

Art. 3º Esta Resolução entra em vigor 30 (trinta) dias após sua publicação.

MARIO RODRIGUES JUNIOR

Diretor-Geral


Fonte: Blog do Caminhoneiro

Medida cautelar da CNA contesta reajuste na tabela de preço mínimo para frete

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) impetrou, no Supremo Tribunal Federal (STF), medida cautelar contra reajustes na tabela de preços mínimos para o frete rodoviário pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O pedido ocorre após a ANTT autorizar, em 24 de abril, aumento de 4,13% nos fretes, após a alta de 10,69% no preço do diesel.

A petição da CNA defende o fim de quaisquer atos normativos sobre o tema até julgamento de três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) que tramitam na corte. O documento foi encaminhado ao ministro Luiz Fux, relator das ações.

As ADIs questionam a Lei 13.703, de agosto do ano passado, que criou a tabela para o transporte rodoviário. A CNA chegou obter, em 2018, liminar para suspender os efeitos da lei até o julgamento do mérito nos processos, mas o próprio STF revisou, em dezembro, a decisão, manteve o tabelamento e determinou a inclusão imediata das ações na pauta da Corte. Como isso não ocorreu, a entidade representante dos produtores sugere, no novo pedido feito ao Supremo, a inclusão imediata do julgamento na pauta.

Além disso, a medida cautelar requer a suspensão da eficácia de outra resolução da ANTT, de 30 de abril, que excluiu qualquer sanção para caminhoneiros caso haja o descumprimento do tabelamento mínimo do preço do frete. Para a CNA, essa medida fere o princípio constitucional da isonomia.

Entre 1º de fevereiro e 8 de maio “foram lavrados, pela ANTT, 5.375 autos de infração, onde o montante total das multas aplicadas aos embarcadores pode chegar a R$ 37.363.525,00. A ANTT possui um salvo conduto para editar atos sem controle judicial algum, em patente afronta também ao direito fundamental de acesso à Justiça”, relata.

Segundo o chefe da Assessoria Jurídica CNA, Rudy Ferraz, a investida no STF é “mais uma tentativa de tentar estancar o prejuízo que a aplicação de forma arbitrária da lei tem causado ao setor do agronegócio”. Para Ferraz, sem o julgamento das ações e sem a apreciação da medida cautelar, há “a manutenção de um estado de salvo conduto da ANTT para editar normativas que não podem nem ser questionadas na Justiça comum”, afirmou, ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

No documento, a CNA considera que a ameaça de uma nova greve de caminhoneiros “tornou-se um grande ‘ativo’ político das lideranças da categoria que, assim, constrangem o governo e esse Supremo Tribunal Federal, diante dos prejuízos incomensuráveis que podem causar”.

A entidade cita o recuo do governo no reajuste quinzenal programado no preço do diesel após a ameaça, em março, de uma nova paralisação dos motoristas e, em seguida, a concessão de um aumento um pouco mais baixo no preço do combustível, seguido pelo reajuste do frete.

Para a representante de produtores rurais, as resoluções da ANTT sobre o tema tratam de maneira desigual e desequilibrada partes do processo “uma vez que, se um lado não pode buscar no Poder Judiciário sequer proteção contra abusividades (…) decorrentes do tabelamento do frete rodoviário, a outra parte (sindicato dos caminhoneiros e governo federal) têm a autonomia de livremente alterar a tabela de preços mínimos do frete”.

A CNA citou também que o prejuízo à economia, provocado pela greve dos caminhoneiros, há um ano, foi estimado em R$ 15,9 bilhões pelo Ministério da Economia.


Fonte: IstoÉ

Como é calculada a tabela de frete dos caminhoneiros

Um ano depois da greve que parou o país, cálculo do frete segue no centro do debate entre o governo e os caminhoneiros. Entenda como funciona a conta

Há pelo menos um ano o termo tabela de frete ganhou espaço em rádios, televisões, jornais e revistas. A paralisação dos caminhoneiros, em maio do ano passado, foi a mola propulsora do debate, que se estende até hoje, um ano depois do fim da greve, sobre o quão justa é a tabela e também a eficácia no cumprimento dos valores nela contidos. Mas, afinal o que é e como é calculada a tabela do frete?

Conforme a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), braço do governo que responde por esse tema, a tabela tem objetivo de definir o custo mínimo do transporte de cargas no país e é baseada na política nacional dos pisos mínimos dos transportes de cargas. Como a tabela prevê o mínimo a ser pago, é permitido que o transportador e o contratante do frete negociem esse valor para mais, já que alguns pontos nessa conta podem variar.

Hoje, segundo a ANTT, a tabela é pensada a partir dos custos que um caminhoneiro tem para manter o caminhão funcionando de forma adequada. Esse custo é dividido em dois fatores: fixos, que não variam de acordo com a distância percorrida e continuam existindo mesmo quando o caminhão está parado, e variáveis, que aumentam conforme o trajeto feito e ficam no zero quando o veículo não está sendo usado.

No entendimento da ANTT, a depreciação ou perda de valor dos caminhões, o salário do motorista e os encargos sociais são alguns dos pilares que integram o grupo dos custos fixos. Já a manutenção do caminhão e gastos com óleo diesel — combustível do caminhão, que é a maior parcela dessa conta —, norteiam o grupo dos custos variáveis.

Colocando a média dos valores desembolsados na ponta do lápis, se chegou a famigerada tabela do frete. Como os valores previstos são os mínimos, há ainda um terceiro grupo de fatores que fazem com que haja variação para mais nessa remuneração pré-estabelecida. Entre eles, gastos com pedágios — que segundo a atual legislação, deve ser pagos pelos contratante do frete —, despesas com a alimentação do motorista, tributos, taxas e ainda o lucro do transportador.

Os valores mínimos e a cobrança

Em abril deste ano a ANTT publicou, por meio da resolução 5.842, no Diário Oficial da União, uma atualização da tabela com os pisos mínimos do frete. Essa atualização é prevista na lei 13.703 de 2018, que prevê que esses valores sejam revisados sempre que o preço do diesel tenha variação superior a 10%.

Segundo a ANTT, a oscilação do combustível usado pelos caminhões em comparação com o valor usado na tabela de frete publicada em janeiro foi de 10,69%. Com isso, o reajuste na tabela foi de 4,13%, segundo a ANTT. Além disso, a resolução ainda determina que, caso independente da variação, o piso mínimo também deve ser corrigido duas vezes ao ano, até os dias 20 de janeiro e 20 de julho, com validade para o semestre em que forem editadas.

A tabela de frete prevê um valor para cada quilometro rodado e também por eixo carregado, considerando distâncias e também o tipo de carga, que são cinco, geral, a granel, frigorifica, perigosa e neogranel. Com o reajuste mais recente, em abril, o valor mínimo para uma viagem entre Florianópolis e São Paulo, que daria cerca de 707 quilômetros, por exemplo, transportando móveis — carga geral — em um caminhão com três eixos (modelo usado como base para o cálculo da ANTT), ficaria em R$ 2,1 mil.

Isso por que, conforme a tabela, viagens de 701 a 800 quilômetros custam R$ 1,01 por Km/eixo. Ou seja, R$ 1,01 multiplicado pelo três, que é o total de eixos, totaliza R$ 3,03. Esse valor multiplicado pelos quilômetros rodados, nesse caso 707, em R$ 2,1 mil. Lembrando que esse é o mínimo para uma viagem de ida. Na resolução original da tabela de frete, assinada em maio de 2018 como uma das exigências para o fim da greve, a ANTT prevê que, caso o caminhoneiro não tenha um frete de volta, ele pode cobrar o frete em dobro.

FONTE: NSC


Cartão caminhoneiro começa a valer em São Paulo, Paraná e Rio

Ele funciona como cartão pré-pago na compra de diesel em alguns postos da rede Petrobras e começa a ser testado principalmente com os autônomos

Um ano depois da greve de caminhoneiros, que durou de 21 a 31 de maio de 2018, começa a fase de testes do “Cartão do Caminhoneiro Petrobras”, que visa a dar garantia ao caminhoneiro autônomo em relação às oscilações do preço do óleo diesel.

Nesta semana também, o governo deve liberar o acesso aos caminhoneiros à linha de financiamento de R$ 500 milhões para compra de pneus e manutenção de veículos, conforme promessa feita no mês passado para evitar uma nova greve da categoria.

O limite do crédito individual será de R$ 30 mil e poderá ser buscado nos bancos que fazem financiamento indireto para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), responsável pela administração da linha.

Em maio do ano passado, a parada de dez dias dos caminhoneiros por causa do aumento do diesel tirou 1,2 ponto porcentual do Produto Interno Bruto (PIB), o que poderia enfraquecer ainda mais a previsão do crescimento para este ano.

“Cartão do Caminhoneiro Petrobras”

No caso do cartão, além dos autônomos, transportadores e embarcadores também poderão ter acesso. Ele funcionará como cartão pré-pago na compra de diesel, em postos com a bandeira Petrobras nos principais corredores rodoviários do país.

Os caminhoneiros devem fazer um pré-cadastramento pelo site www.cartaodocaminhoneiro.com.br. Com isso, eles poderão transferir valores para o cartão e fazer a conversão dos valores para litros de óleo diesel, que podem ser utilizados em até 30 dias na rede de postos Petrobras credenciada.

O “Cartão do Caminhoneiro Petrobras” também é uma conta digital, permitindo que as transações sejam realizadas sem a presença do cartão físico, por meio do site e do aplicativo.

Os valores em reais para conversão em litros de diesel estarão sempre disponíveis no site, no aplicativo e nos postos credenciados. O crédito em litros de diesel também pode ser revertido a qualquer tempo para reais, dentro dos 30 dias, descontando-se uma taxa cujo valor será previamente informado aos usuários.

“Entendemos que existe uma oportunidade de mercado e conseguimos desenvolver uma solução segura e viável economicamente. É um produto que gera valor para a BR, nossos revendedores e caminhoneiros”, afirma o diretor executivo de Rede de Postos e Varejo da Petrobras Distribuidora, Marcelo Bragança.


Fonte: Portal R7