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Veja algumas dicas para a primeira viagem internacional

Seja nas estradas do Brasil ou de outros países da América do Sul, em sua rotina de trabalho o motorista de caminhão enfrenta problemas como falta de segurança, de infraestrutura e dificuldades com policiais rodoviários. Confira algumas dicas para a primeira viagem internacional.

  • Conhecer a legislação comum acordada entre os países

• Conhecer a legislação local do país onde for transitar

• Conversar com outros motoristas que já estiveram nas regiões onde pretende ir

• Portar todos os documentos exigidos

• Estar com o veículo em condições de segurança e atendendo os requisitos legais estabelecidos (cinto de segurança, pneus e sistema de iluminação)

• Contratar um seguro internacional para o veículo e, se possível, para pessoas

• Realizar a viagem durante o período diurno, até que conheça a estrada e os hábitos de cada região por onde pretende ir

• Fazer um planejamento de deslocamentos, com mapa em mãos e conhecimento das distâncias entre as cidades para decidir o momento e local de cada parada

Leia mais em Desafios além da Fronteira

Fonte: O Carreteiro 

Cuidados que aumentam a quilometragem

Todo carreteiro sabe que a verificação diária e calibragem correta são medidas essenciais para a aumentar a dia útil dos pneus. Porém, outras atitudes ligadas ao excesso de peso e modo de dirigir também contribuem para aumentar a quilometragem rodada

Por carregarem diuturnamente toneladas de carga, pneus requerem cuidados específicos para não se tornarem os vilões do custo da operação do transporte. Todo profissional do mercado sabe que manter uma condição aceitável de rodagem e de – extrair o máximo rendimento do veículo – nem mesmo os mínimos detalhes podem passar despercebidos. Mas será que os motoristas se preocupam com esse assunto? A resposta é sim, porque mais do que isso, os carreteiros sabem realmente como cuidar e gerir os pneus, aumentando, assim, a vida útil e fazendo a diferença no bolso.

Constantemente, os fabricantes do setor apresentam novas e avançadas tecnologias, com compostos reforçados, bandas e todas as demais partes mais adequadas à realidade brasileira. Mesmo com todos os avanços empregados atualmente na construção dos pneus, a precariedade das estradas e rodovias brasileiras tornam obrigatória e constante as verificações.

Para saber como anda o zelo dos motoristas de caminhão com os pneus, reportagem da revista O Carreteiro foi à estrada para falar com o pessoal do trecho e descobrir como realizam as manutenções, quais os principais cuidados e procedimentos, e como avaliam um pneu quando é chegada a hora da troca.

Alinhamento, balanceamento e verificação diária da calibragem dos pneus estão no topo de suas prioridades, garantiu o carreteiro André Novaes

André Novaes Oliveira, 39, baiano de Belo Campo, afirma que mantém vigilância constante sobre o estado de conversação dos pneus do seu caminhão. Disse que alinhamento e balanceamento estão sempre no topo de suas prioridades. Justificou sua preocupação citando o alto custo dos pneus em sua planilha de custo. “Confiro a calibragem dos pneus todos os dias. Estou sempre dando uma geral. Estou acostumado a parar sempre em alguma borracharia. Além disso, diariamente, ainda com os pneus frios, verifico a calibragem”, acrescentou. Apesar de estar por dentro das principais tecnologias existentes hoje no mercado, como um chip que mostra na tela do computador o estado dos pneus, Oliveira diz que são tecnologias caras ainda, geralmente mais utilizadas por empresas de transporte.

O autônomo Sidney Agner disse que para evitar surpresas na viagem não usa pneus velhos e inadequados em seu caminhão. Disse ainda que fazer rodízio é obrigação

O autônomo Sidney Pedro Ribeiro Agner, 56, de Guarapuava/PR, que transporta papel higiênico entre os Estados de São Paulo e Paraná, explica que para manter a regularidade das viagens sem surpresas, é preciso verificar diariamente a calibragem dos pneus. Diz que não usa pneus velhos e inadequados,  e garante que faz a recapagem ou compra tudo novo. “Fazer o rodízio não é um luxo, é uma necessidade.  E quando vejo que o pneu está entortando não penso duas vezes para mudá-lo de posição”, diz.  Agner acrescenta que na compra de pneus novos ele nunca é guiado pela marca, mas pelo preço, mesmo que isso signifique rodar com um pneu de qualidade inferior.

O uruguaio Antonio Salvador Rodrigues disse que as condições das estradas brasileiras exigem que o motorista seja mais rigoroso nos cuidados com os pneus

O carreteiro uruguaio Antônio Salvador Rodrigues, 59 anos, diz calibrar e balancear os pneus sempre que necessário. Casado com uma brasileira do Rio Grande do Sul, ele criticou o estado das rodovias brasileiras, frisando que no Uruguai e Argentina as boas condições das estradas permitem menos rigor no cuidado com os pneus Tenho ido muito à Argentina e lá as condições das pistas são muito mais favoráveis para o caminhoneiro”, avaliou.

Rodrigues disse ainda que para identificar a espessura do pneu, ele usa um pequeno instrumento para saber mais sobre a profundidade dos sulcos da banda de rodagem, isso é, quanta borracha ainda tem para gastar.  “Sou cliente de uma distribuidora de pneus, então deixo com eles boa parte dos trabalhos de inspeção”, concluiu.

DICAS PARA MAIOR VIDA ÚTIL DOS PNEUS

A correta manutenção dos pneus gera dúvidas que atingem até mesmo os profissionais que transportam as riquezas do país, ou seja, vocês, amigos carreteiros. Por isso a ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) divulgou recentemente um guia com dez dicas para prolongar a vida útil dos pneus. Veja abaixo:

Carga – Os pneus têm a informação sobre a carga máxima na lateral. Ela é indicada por números que representam o limite de peso do pneu (ex: 152 = 3550 kg pneus para dimensão 295/80R22.5). É importante garantir que o caminhão não esteja sobrecarregado para evitar desequilíbrios nos eixos para poder circular em segurança. O excesso de carga exige mais dos pneus e reduz a sua vida útil.

Condução defensiva – Freadas bruscas e alta velocidade gastam mais pneu. Por isso é importante adotar a condução defensiva. Além de ser mais segura reduz o desgaste dos pneus.

Desgaste – O TWI (ou Tread Wear Indicator) é o nome técnico da saliência com 1,6 mm que está nos sulcos do pneu. Ele representa o limite de segurança e, caso o desgaste do pneu esteja próximo ou atinja esse indicador, significa que já está na hora de trocá-lo. Abaixo dessa medida, o pneu já passa a ser considerado “careca”. A resolução do Contran 558/80 estabelece que trafegar com pneus abaixo do limite é ilegal. O veículo pode ser multado e apreendido.

Fatores externos – O TWI não é o único sinal de desgaste a ser observado. Os caminhões circulam por diferentes tipos de estrada (trajeto, piso e topografia) e encaram os mais diversos climas. Esses fatores, afetam os pneus, por isso é importante ficar atento às rachaduras, cortes mais profundos – tanto na lateral quanto na banda de rodagem.

Calibragem – A calibragem adequada é essencial para a segurança. Pressão abaixo do nível recomendado pelo fabricante deixa o pneu mais quente, desgasta mais rápido, pode causar rachaduras nos flancos da carcaça e leva à perda de estabilidade em curvas. Quando a pressão está acima da recomendada, o desgaste é mais visível na área central da banda de rodagem. Essa condição pode resultar em rachaduras na base dos sulcos e o pneu se torna mais suscetível a rompimento da banda, podendo causar acidentes.

Estepe – Apesar de não estar em uso, o estepe também deve ter a manutenção em dia. Verifique sempre a pressão e o desgaste antes de pegar a estrada.

Pneus reformados – A construção dos pneus de carga permite que sejam recapados até três ou quatro vezes, mediante a qualidade e o estado da carcaça. A recapagem substitui somente a borracha desgastada da banda de rodagem em contato com o solo. Qualquer reforma de pneus deve ser feita em locais com o selo do Inmetro para que haja garantias de que o serviço seja realizado de forma adequada e de maneira a assegurar a segurança.

Alinhamento e balanceamento – Se feitos de forma correta, garantem mais segurança durante o transporte em função da maior estabilidade do veículo, maior vida útil dos pneus e redução do consumo de combustível.

Rodízio – A má distribuição de carga e o tipo de direção do motorista podem levar ao desgaste irregular dos pneus.

Uma das maneiras de prolongar a vida útil dos pneus, igualar o desgaste e de tornar a viagem mais segura é o rodízio, que deve ser feito sempre com supervisão de um especialista. O rodízio varia de acordo com o tipo de caminhão e por isso é sempre necessário verificar as orientações do manual do veículo.

Derivados de petróleo e solventes- O contato com derivados de petróleo e solventes não é benéfico para os pneus, já que atacam a borracha. Esteja atento para não estacionar sobre poças de óleo e verifique se os produtos usados nas rodas possuem alguns destes elementos.

Por Diogo Mendes

Fonte: O Carreteiro 

Negócio entre colegas de estrada

A troca do caminhão sempre foi um tabu para o carreteiro, principalmente o autônomo, profissional que diante da burocracia imposta pelas financeiras encontra grandes dificuldades para obter o crédito necessário para concretizar a transação e realizar seu objetivo. Mudanças na legislação, como o fim da carta frete, ajudaram a tirar esses profissionais da informalidade, porém, entraves como os juros praticados pelo mercado, instabilidade da atividade e preços dos veículos ainda desencorajam os pequenos transportadores a se arriscarem a enfrentar um compromisso financeiro que não tem certeza se conseguirá pagar. E assim, entra ano e sai ano, a frota em poder dos transportadores autônomos vai ficando mais velha e carente de renovação.

Dados divulgados recentemente pela ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre – com base no RNTRC – Registro Nacional de Transporte Rodoviário de Carga, mostram que atualmente o Brasil tem uma frota estimada em 1.746.124 veículos de cargas. Desse total, 648.751 unidades, cuja idade média é de 16 anos, estão nas mãos de autônomos. Ainda de acordo com a pesquisa, quando se trata da idade média da frota das empresas a idade média cai para 9,5 anos.

Para driblar as dificuldades e tentar atualizar o caminhão, os autônomos têm buscado alternativas para evitar financiamentos. Uma delas é comprar um veículo mais novo de algum colega que também esteja pensando em trocar e assim conseguir pagar a vista ou em parcelas sem juros.  É o caso de Heber Coelho, 43 anos de idade e 24 de profissão, de Barra Mansa/RJ, para quem financiamento não é uma boa opção para o autônomo, porque os juros são muito altos e no final acaba não valendo a pena. Para ele, funciona a opção de comprar um caminhão usado, um pouco mais novo, de algum colega que também esteja pensando em trocar seu veículo por outro mais atual.

Comprar caminhão por financiamento não é uma boa opção para autônomos, porque os juros são muito altos e no final acaba não valendo a pena, opinou Heber Coelho

“Vendi meu Scania 112 ano 87 e comprei um Mercedes-Benz 1634, fabricado em 2004, com o qual trabalho hoje”, disse Coelho ao comentar sobre a troca de veículo no início desse ano. O autônomo afirmou que fez a transação com um colega que também estava trocando o caminhão por outro mais novo. “É muito mais tranquilo e seguro. Não tenho de arcar com juros, e caso eu atrase algum pagamento, é só ligar e avisar que fica tudo certo”, afirmou.

O carreteiro conta ainda que antes de negociar com o colega havia procurado um financiamento. Porém, como havia registro de atraso de parcelas referente ao seu último contrato, foi classificado como cliente de risco. “É um absurdo. Atrasei três parcelas em 2008, quando também enfrentávamos uma crise. Mesmo já estando tudo quitado e certo, inclusive os juros, fui classificado como um mau pagador”, declarou.

Apesar de ter feito recentemente a troca de caminhão, Heber Coelho disse que já pensa em uma nova atualização, caso surja alguma oportunidade com algum outro colega. Reforça que atualmente o risco eleva os juros, que ficam muito além das condições dos autônomos. “A renda de um autônomo é o caminhão e imprevistos acontecem. Por isso, assumir parcelas altas com essas financeiras é muito complicado”, justificou.

Anderson Kalatalo da Silva, 40 anos de idade e 22 de profissão, da cidade de São Paulo/SP, transporta revistas no interior do Estado com um Mercedes-Benz 1113, ano 1980, em bom estado de conservação. Há seis anos ele havia trocado esse caminhão outro Mercedes-Benz 1113, ano 1976. Anderson também defende que, assim como muitos colegas, a troca só foi possível porque um outro autônomo estava vendendo seu veículo.

Anderson Kalatalo disse que só conseguiu trocar de caminhão porque encontrou outro motorista autônomo que também estava comprando um modelo mais novo

“No meu caso, não penso em trocar por um modelo zero quilômetro, pois o valor do frete seria o mesmo. Na minha área de atuação, a idade do caminhão não importa. Mas penso em pegar um mais novo, 1998, quem sabe”, explicou. No entanto, o carreteiro reconhece que precisa achar um colega que esteja disposto a negociar. Destaca que esse é o caminho mais curto para os autônomos, além de ser mais seguro por se saber a procedência do veículo. “Assumir parcela atualmente é bem complicado, porque não temos muita garantia”, complementou.

Anderson lembra que antigamente as empresas garantiam trabalho, então era mais seguro assumir dívidas, mas hoje a instabilidade é muito grande e força o motorista a não entrar em financiamento. “A melhor maneira de progredir na profissão é cuidar do caminhão para poder ter um valor razoável na hora da venda.  Sempre que possível, o motorista deve fazer uma reserva financeira para poder completar o valor do próximo veículo e pagar à vista”, explicou.

Há apenas dois anos na profissão, Daniel dos Santos Rodrigues, 42 de idade, de Cachoeiro de Itapemirim/ES, também acredita que a melhor maneira de adquirir um caminhão um pouco mais novo é comprando de um outro colega. Igualmente concorda que entrar em financiamento é muito arriscado para uma profissão cheia de altos e baixos. Alerta que os juros são abusivos e chegam a dobrar o valor do veículo.

Daniel Rodrigues contou que para iniciar na profissão ele e seu irmão venderam um caminhão e dividiram o dinheiro. Com a sua parte e um pouco mais ele virou autônomo

Rodrigues conta que para começar a trabalhar na profissão foi necessário seu irmão vender um Mercedes-Benz 1620 anos 2007. “Dividimos o dinheiro da venda e completei minha parte com mais R$ 15 mil para poder comprar, à vista, outro Mercedes-Benz 1318 fabricado em 1988. “É muito sacrifício financiar um veículo zero quilômetro. Além disso, no meu caso eu ganharia apenas no conforto, porque o valor do frete seria o mesmo”, explicou.

Apesar do pouco tempo de estrada, o carreteiro acredita que o sucesso na profissão, e até mesmo o caminho para a troca do caminhão, está na forma como o motorista encara o veículo. “Eu trato o caminhão como uma empresa. Separei um valor para pagamento das despesas particulares e outro para ser direcionado às melhorias do veículo, que podem ser para manutenção, troca de uma peça ou outros cuidados”, explicou. Apesar de estar satisfeito com o seu caminhão, Daniel deixou escapar que tem expectativa de trocá-lo por um modelo mais novo, com o qual poderá ter um pouco mais de conforto.

O capixaba de Guarapari, Farley Nunes Santana, 35 anos, nove de profissão, transporta bobina do Espírito Santo para São Paulo e retorna com carga de sucata. Assim como seus colegas de profissão, acredita que atualmente financiamento não seja uma boa opção. Ele trabalha com um Mercedes-Benz Axor 2540 ano 2006 que comprou em sociedade com um colega. Porém, para entrar na sociedade teve de vender seu carro de passeio. O negócio deu certo e agora já estão se organizando para comprar outro modelo da marca, porém ano 2015.

A venda de um carro de passeio para comprar o caminhão em sociedade com um colega foi o meio encontrado por Farley Santana para entrar na profissão

Quando questionado se poderá optar por financiamento, Farley disse ser muito complicado arcar com os juros oferecidos para o autônomo. “Além da burocracia, o valor é muito alto e se torna arriscado assumir dívida em um momento de instabilidade”, justificou. A estratégia a ser adotada é comprar o veículo de algum colega que esteja pensando em trocar. “Assim é mais fácil e conseguimos nos organizar para pagar à vista e sem ter o compromisso mensal de um financiamento, que somado a outras despesas, como manutenção e diesel, fica muito pesado no orçamento” detalhou. Para atingir esse objetivo, o carreteiro explicou que já está separando dinheiro para a troca.

Diferente dos demais colegas, o autônomo Luiz Cláudio da Silveira Bugarim, de Volta Redonda/RJ, 43 anos de idade e 16 de profissão, que transporte sucata, teve de optar pelo financiamento. Atualmente ele trabalha com um Scania 124 ano de fabricação 1998,  que apesar de ser antigo não interfere muito no valor do frete, conforme afirmou.

No tipo de transporte que atua, o ano de fabricação do caminhão não interfere no valor frete, afirmou Luiz Cláudio Bugarin, dono de um Scania fabricado em 1998

Está com o veículo desde dezembro de 2017. Seu caminhão anterior era um Scania 114, ano 2001. Porém sofreu um acidente e teve perda total.

Com o valor que recebeu do seguro deu entrada no modelo três anos mais velho e financiou R$ 15 mil em 36 vezes, com pagamentos mensais de R$ 1016,00. Disse que não poderia assumir uma parcela de valor muito maior, sendo essa a única opção, mesmo sabendo dos juros absurdos inseridos em cada parcela. “Apesar do caminhão ser mais velho, não mudou em nada o meu trabalho e nem no valor que recebo. Por isso nem penso em trocar novamente”, explicou.

Luiz Claudio reclama que muitos programas de renovação de frota aparentemente voltados para os autônomos beneficiam apenas as empresas. Lembra de um programa de renovação de frota lançado há algum tempo no Rio de Janeiro, que na prática não valia muito a pena para os motoristas, porque as prestações eram altas. “O que aconteceu? As transportadoras da cidade renovaram suas frotas. O ideal seria um programa com juros baixos e parcelas viáveis para que o autônomo realmente conseguisse pagar a dívida”, opinou.

O autônomo Carlos Rogério, 32 anos de idade e 12 de profissão, da cidade de Recife/PE, autônomo e atua no transporte de carga geral. Atualmente ele trabalha com um Scania ano 2002 e está com o veículo há pouco mais de três anos. Antes tinha um Volvo 340, ano 1995, que vendeu para entrar num financiamento. Rogério recorda que foi um sacrifício pagar as parcelas, mas precisava ter um caminhão melhor para disputar fretes melhores. A burocracia ainda é grande, mas quando você já tem um bem, conta corrente no banco, registro na ANTT e documentação em dia consegue juntar mais um valor fica mais tranquilo”, comentou.

Carlos Rogério disse que vendeu um caminhão ano 1995 e assumiu financiamento para comprar um modelo ano 2002 e obter fretes melhores

Acredita que mudanças como o pagamento eletrônico de frete e o fim da carta frete ajudaram a melhorar a imagem do motorista e encurtaram o caminho para o motorista conseguir financiamento. No entanto, alerta ser muito importante estar em dia com pagamentos e documentação, além de guardar dinheiro para conseguir honrar as parcelas do financiamento. “Acredito que hoje consigo assumir uma parcela de até R$ 2.000,00, por isso já estou me organizando para financiar o menor valor possível na próxima troca”, afirmou.

Sua expectativa é comprar um modelo mais novo, fabricado pelo menos em 2008. Acredita que para crescer profissão é necessário ter planejamento e não adianta dar um passo maior que a perna e trocar o caminhão usado por um zero quilômetro. “Tem de ser aos poucos, pensando sempre no faturamento bruto faturado e nas despesas mensais para calcular o valor máximo que poderá assumir da parcela do financiamento”, concluiu.

por Daniela Giopato

Fonte: O Carreteiro 

Empresa pode pedir extrato do INSS do motorista?

Caminhoneiros empregados passam por uma série de processos para serem contratados, além da entrevista. Por exemplo, o motorista precisa apresentar o exame toxicológico, além da empresa conferir em gerenciadoras de risco qual o perfil daquele futuro empregado. Mas um pedido em especial, sobre o extrato do INSS, intrigou um caminhoneiro que estava sendo entrevistado em uma transportadora.

Durante uma de nossas lives no Facebook do Pedro Trucão, o parceiro nos fez a seguinte pergunta:

Para responder essa dúvida, conversamos com Solon Tepedino, advogado especialista em Direito Trabalhista. Ele nos explicou que não existe qualquer proibição legal que impeça que o empregador solicite documentos na hora da entrevista de emprego.

Porém, “o entrevistado não é compelido, ou seja, não é obrigado a fornecer qualquer documento, ficando facultado a entrega dos documentos solicitado pelo futuro empregador”. Ou seja, a empresa pode até solicitar o extrato do INSS, mas o motorista não é obrigado a mostrar.

POR QUE O EXTRATO DO INSS?

Nem todos os empregadores exigem esse documento na hora da entrevista ou até mesmo na admissão do empregado, de acordo com Tepedino.

Para o advogado, o entrevistador provavelmente requereu o extrato do INSS “para averiguar todos os vínculos anteriores de emprego do entrevistado e principalmente para averiguar seu histórico junto a previdência social, constatando se o futuro empregado tem afastamentos por auxilio doença ou acidente de trabalho”.

E você, também tem alguma dúvida sobre o trecho? Fique ligado e acompanhe nossas transmissões ao vivo pela fanpage do Pé na Estrada no Facebook, todas as terças-feiras às 12h00 e as sextas-feiras na página de Pedro Trucão e na Web Estrada, também às 12h00.

Fonte: Trucão 

Especial direitos e deveres do motorista – INSS, como contribuir e por quê

Muitos autônomos não contribuem com o INSS por não entender os benefícios que essa prática proporciona ou por não saberem como fazer a contribuição, por isso, preparamos este guia para ajudar o motorista que tem dúvidas no assunto. Caso, depois da leitura, ainda tenha dúvidas, envie-nos suas perguntas. Veja também a matéria sobre o assunto no programa do dia 02/03/2014.

Para a profissão de motorista autônomo, que está sempre sujeita a percalços do caminho, a contribuição com o INSS é altamente indicada. Afinal, o motorista autônomo não pode nem ficar doente, porque o caminhão não roda sem o motorista e caminhão parado é prejuízo. Mas é uma das profissões que mais expõe seus profissionais a doenças e acidentes, por isso, o motorista tem que ter o Plano B, para caso adoeça ou sofra um acidente.

Benefícios

Ao pagar o INSS, o motorista autônomo tem direito a vários benefícios:

Aposentadoria por idade – Homens a partir de 65 anos e mulheres a partir de 60 anos podem ter direito à aposentadoria. Atenção: o tempo mínimo de contribuição para esse caso é de 15 anos, ou seja, você tem que estar contribuindo desde os 50 anos (ou 45 para as mulheres) continuamente, sem parar, ou somar 15 anos de contribuição ao longo da vida.

Aposentadoria por invalidez – Quando a perícia do INSS considera uma pessoa total e definitivamente incapaz para o trabalho, o contribuinte é aposentado por invalidez. Atenção: o mínimo de contribuição para esse benefício são 12 contribuições mensais.

Aposentadoria por tempo de contribuição
 – Com 35 anos de contribuição, para homem, e 30 para mulher, o contribuinte tem direito à aposentadoria por tempo de contribuição. Ou seja, se você começou a trabalhar e pagar o INSS aos 18 anos e nunca parou, aos 53 (homens) ou 48 (mulheres), já pode se aposentar – e continuar trabalhando se quiser.

Auxílio doença – Se adoecer e por isso não puder trabalhar, o contribuinte tem direito ao auxílio doença. O benefício deve ser pago desde o início da incapacidade. Atenção: o mínimo de contribuição para esse benefício são 12 contribuições mensais.

Salário-maternidade
 – As gestantes e os adotantes têm direito ao salário-maternidade por 120 dias (4 meses), período em que ficam afastados do trabalho.

Auxílio-reclusão
 – A família do contribuinte que for preso tem o direito ao auxílio-reclusão. Esse benefício tem características específicas. (veja aqui)

Pensão por morte – Maridos, esposas, companheiros, pais, irmãos ou filhos com até 21 anos têm direito à pensão por morte. Atenção: o segurado tem que manter suas obrigações com a Previdência em dia para que sua família tenha o benefício.

Veja mais informações sobre benefícios para profissionais autônomos aqui.

Mas para tudo isso o motorista tem que pagar o INSS, e como fazer isso sendo autônomo?

O contador Amarilton dos Santos nos explica que o contribuinte pode começar a pagar o INSS em qualquer momento da vida. O mesmo vale para quem quer voltar a pagar.

Quanto contribuir?

A contribuição do motorista autônomo é diferente da de outros profissionais, o cálculo dos demais é feito sobre 100% da renda, enquanto o do motorista é feito sobre 20% do faturamento. Baseado nesse valor, o motorista escolhe por qual faixa salarial quer pagar, que vai desde o mínimo que é com base em um salário mínimo, até o máximo de 6 salários mínimos. Veja as faixas de contribuição aqui.

Como contribuir?

Existem dois caminhos para o autônomo: 1 – A própria empresa já desconta o INSS do valor pago ao motorista e recolhe esse valor na receita federal 2 – o motorista paga o seu próprio carnê. Pode existir também uma combinação dos dois.

1 – Quando a empresa recolhe tudo

Vamos simular um caso em que a empresa já faça todo o recolhimento. A retenção da empresa é diferente da do motorista. A empresa tem que recolher entre 8 e 11%, dependendo do valor total (ver novamente tabela do INSS), respeitando o teto que é com base em um “salário-contribuição” de R$ 4.390,24 (lembrando que, no caso do motorista autônomo, esse salário-contribuição é 20% do que ele faturou no mês), 11% disso da R$ 482,93, então esse é o valor máximo da contribuição via empresa. Veja um exemplo:

Soma do que você faturou no mês com a empresa:       R$ 30.000,00
20% do valor é o “salário-contribuição”:                          R$   6.000,00
11% disso é o que a empresa deve recolher:                 R$      660,00
Como passa do teto, o valor recolhido é o do teto:         R$      482,93 

2 – Quando você recolhe tudo

Vamos simular um caso em que a empresa não recolheu nada, então você fará o seu recolhimento. Enquanto a retenção da empresa é de 11%, a do motorista é de 20%. Aí o motorista pode optar desde o pagamento mínimo, de 20% sobre o salário mínimo, até 20% do teto, que é de 6 salários e da R$ 878,05. Lembrando que, na hora da aposentadoria, você vai receber sobre o que pagou, então, se pagou o mínimo, vai receber 1 mínimo quando se aposentar. Veja um exemplo de recolhimento do teto:

Soma do que você faturou no mês com a empresa:       R$ 30.000,00
20% do valor é o “salário-contribuição”:                          R$   6.000,00
20% disso é o que o motorista deve recolher:                R$   1.200,00
Como passa do teto, o valor recolhido é o do teto:         R$      878,05

3 – Quando a empresa recolhe uma parte e você a outra

Vamos simular um caso em que você preste serviço para mais de uma empresa. Uma delas fez o recolhimento, mas esse valor não foi o teto, então você pode completar. Veja um exemplo:

Soma do que você faturou no mês com a empresa que recolheu:      R$ 15.000,00
20% do valor é o “salário-contribuição”:                                               R$   3.000,00
11% disso é o que a empresa deve recolher:                                      R$      330,00

Como o salário-contribuição não chegou ao teto, você pode recolher a diferença.

Salário-contribuição (SC) já utilizado para INSS:     R$ 3.000,00              SC teto   R$ 4.390,24
Salário-contribuição (SC) restante:                         R$ 1.390,24         SC recolhido  -R$ 3.000,00
20% do SC restante é o que você recolhe:             R$     278,05        SC restante     R$. 1.390,24

Importante: se a cada mês você faturar um valor diferente, é possível que tenha que refazer o cálculo a cada mês, sempre utilizando a mesma regra. Não se preocupe, pode dar trabalho no primeiro ou segundo mês, no terceiro você já estará craque. Outro fator para ficar atento é nunca pagar mais do que você precisa, porque pagar acima do teto não te dará benefícios extras, esse será um dinheiro que você não recuperará no futuro.

Pagar anos anteriores

Por facebook, recebemos a mesma dúvida do Rosivaldo Santos e do Felipe: É possível pagar retroativo, se eu fiquei algum tempo sem pagar, eu sou obrigado a pagar depois esse período, tem juros?

Nenhum autônomo é obrigado a pagar o INSS e não há punição caso você pare de pagar, o que acontece é que aquele tempo não conta para a sua aposentadoria, ou seja, se você começou a trabalhar com 18 anos e sempre pagou o INSS, aos 53 você já pode se aposentar, mas se ficou 15 anos sem pagar, aí só poderá se aposentar com 65. Então, se você não quiser perder os anos trabalhados, pode pagar atrasado, com juros. Para saber quanto de juros, você deve procurar um posto do INSS ou ligar para o 135, telefone onde pode tirar diversas dúvidas.

Como ter certeza que a empresa recolhe

Outras dúvidas que chegaram pra gente, do Cristiano Colozzo e de outras pessoas foram: Como saber se a empresa está repassando certo o INSS, porque descontar ela desconta, agora será que ela está depositando certo? E se ela não manda escrito na nota o valor descontado para o INSS?

Quando uma empresa desconta o valor do INSS, ela deve informar no recibo que te entrega quanto foi descontado e para que. Por exemplo, se a empresa te contratou por um frete de 5 mil reais, o valor tributável será R$ 1.000,00 (20%, como já vimos antes), desses, 11% vão para o INSS, ou seja, 110 reais, 2,5% vão para o Sest Senat, 25 reais, então no final, a empresa te depositará 4865 reais. Mas todos esses valores precisam estar discriminados no recibo. Eles são a sua prova de que você está pagando a previdência. Se eles não estiverem descritos no recibo, você pode conversar com a empresa ou fazer uma denúncia.

E para ter certeza que a empresa está depositando corretamente o INSS?

É possível fazer uma consulta em sua conta na previdência. Isso pode ser feito presencialmente, em algum posto do INSS, por telefone, no 135, ou via site, vá em Serviços ao cidadão, extrato de pagamento de serviço previdenciário (ou clique aqui). Tenha em mãos o seu número de benefício e seu CPF. Aí você pode consultar os últimos depósitos em sua conta e quem foi que os fez.

Caso chegue a conclusão que a empresa não está depositando, também deve denunciar. Descontar esse valor do contrato e não recolher para o INSS é crime. Isso tem o nome de apropriação indébita e pode resultar em até 5 anos de prisão mais multa para o responsável dentro da empresa.

Para fazer as denúncias você deve entrar em contato com a ouvidoria da previdência. Isso pode ser feito por telefone, no número 135, por internet, na aba ouvidoria (clique aqui), por carta, ou presencialmente. As denúncias podem ainda ser feitas de forma anônima. Ao cadastrar uma denúncia, você recebe um controle, para que possa acompanhar o andamento da investigação.

Embora pareça complexo, o INSS ainda é a forma mais segura de garantir uma renda quando você precisar, seja por doença ou por aposentadoria. Se tiver dúvidas, pode procurar o contador ou advogado do sindicato que te representa ou ainda ligar na previdência, no telefone 135.

Fonte: Pé na Estrada

7 dicas para aumentar a vida útil de pneus de caminhão

Atenção aos limites de carga e ao tipo de pavimento fazem a diferença e ajudam a economizar o tempo de vida útil dos pneus

De olho em uma melhor qualidade de vida para os profissionais e, claro, em tornar as constantes viagens mais seguras para todos, José Eduardo Romeiro, Supervisor de Produto da Dunlop, dá dicas de como aumentar a vida útil dos pneus, reduzindo o custo por quilômetro, sem comprometer a qualidade do equipamento. Confira!

Alinhamento e rodízio

Realize o alinhamento, o balanceamento e o rodízio a cada 10 mil km. “Isso é importante para minimizar o desgaste irregular e aumentar a vida útil dos pneus do caminhão”, afirma Romeiro.

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Calibragem

Manter o controle sistemático da pressão de ar (calibragem) a cada 14 dias é um dos pontos mais importantes da manutenção preventiva dos pneus. Em estradas com terrenos mais irregulares, a recomendação é calibrar os pneus a cada parada, mas sempre com eles frios.

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Direção defensiva

Um modo de direção com arrancadas, frenagens e manobras suaves pode garantir maior vida útil dos pneus. “Além disso, é importante evitar choques e contatos contra obstáculos ou guias, principalmente quando os pneus estiverem quentes, pois isso pode danificar o pneu e, em casos mais extremos, inutilizá-lo.”

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Momento da troca

“Todos os pneus Dunlop possuem indicadores de desgaste da banda de rodagem (TWI), com 1,6 mm de profundidade, dentro do sulco do pneu e estão distribuídos em seis pontos ao longo da banda de rodagem.” Ao atingir esse indicador, o pneu chegou ao seu desgaste máximo e deve ser substituído imediatamente.

“No entanto, caso o motorista deseje reutilizar a carcaça do pneu, ou seja, recapar, a Dunlop recomenda que o pneu seja substituído com 3 a 4mm de profundidade da banda de rodagem, de modo a garantir uma boa reforma”, ressalta Romeiro.

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Atenção à garantia

“Os pneus Dunlop têm garantia de 5 anos a partir da data de venda do item ou do veículo novo que saia de fábrica equipado com os pneus da marca”.

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Pneus para todos os terrenos

“Saber identificar o pneu correto para a sua aplicação irá garantir maior vida útil dos pneus e economia para você.”

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Respeito aos limites de peso

A utilização de pneus com excesso de carga ou baixa pressão de ar, faz com que a sua estrutura trabalhe sobrecarregada, ocasionando danos irreparáveis e, consequentemente, diminuindo a sua vida útil.

Quer fretes melhores? Invista no seu caminhão!

A definição do valor do frete impacta diretamente no dinheiro que vai para o seu bolso no fim da viagem. Mas, como se destacar no mercado e conseguir fretes melhores? Algumas condições podem ajudar nisso, como possuir curso MOPP ou um rastreador no caminhão. Entendê-las é essencial para calcular o faturamento e melhorar ganhos.

Entenda como o rastreador pode te ajudar a receber mais pelo frete!

Embarcadores valorizam um caminhão protegido

Quando seu caminhão está mais protegido, ele passa a ter mais opções de carga, garantindo um maior número de viagens carregadas e com fretes mais altos.

Em um levantamento feito à partir de uma grande base de dados de fretes oferecidos e contratados pelo mercado, observou-se que os embarcadores pagam um frete por quilômetro até 30% maiores quando necessitam de veículos com rastreamento por via satélite.

Cargas mais valiosas

Normalmente, a exigência de rastreador envolve uma carga valiosa e/ou visada. Portanto, é natural que o frete tenha mais valor, já que o caminhoneiro tem mais custos com a viagem. A composição do preço do frete costuma considerar:

  • deslocamento
  • peso;
  • manutenção do veículo;
  • combustível;
  • pedágios;
  • taxas e outros custos operacionais.

No caso da carga com rastreador, também é incluído na conta do embarcador o investimento com este item, por isso os fretes ofertados normalmente são mais atrativos.

Como as características da carga influenciam no valor do frete, é fácil concluir que optar por cargas com rastreador é uma ótima opção para quem busca viagens com mais lucro.  Se quanto mais valiosa a carga, mais alto o frete, investir nas cargas com rastreador é um movimento rumo aos fretes com maiores chances de bons lucros!

Aproveite as condições especiais de rastreador Sascar para os usuários do TruckPad.  Garanta fretes mais lucrativos!

A Sascar conhece suas principais dificuldades do dia a dia nas estradas. Por isso, oferece as soluções ideais para você. As soluções para carga permitem conseguir melhores fretes dos principais embarcadores do Brasil. As soluções para segurança do caminhão protegem o seu maior bem das quadrilhas especializadas em roubos e furtos, garantindo a tranquilidade que você merece para trabalhar no dia a dia. Conheça hoje mesmo!

7 festas no mês de julho em homenagem a São Cristóvão e aos motoristas

São Cristóvão é considerado o padroeiro dos caminhoneiros, taxistas, motoristas e viajantes em geral

O Dia de São Cristóvão é comemorado anualmente em 25 de julho. O santo é considerado o padroeiro dos viajantes, peregrinos, caminhoneiros, taxistas e motoristas em geral. Confira algumas festas em homenagem a São Cristóvão e aos motoristas que acontecem pelo país neste mês.

34ª Festa dos Motoristas de Araxá e região – Minas Gerais
Quando: de 19 a 22 de julho
Onde: Sede da Associação de apoio ao motorista – Alameda da Liberdade, 25

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55ª Festa de São Cristóvão de Pará de Minas – Minas Gerais 
Quando: de 16 a 25 de julho
Onde: Igreja de São Cristóvão – Rua Delfim Moreira

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Festa de São Cristóvão – Erechim – Rio Grande do Sul
Quando: 19 a 22 de julho
Onde: Paróquia São Cristóvão – R. Santos Dumont, 220

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50ª Festa de São Cristóvão – Lajeado – Rio Grande do Sul
Quando: 22 de julho
Onde: Paróquia São Cristóvão – Rua 11 de Junho, 1-77

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6ª Festa dos Caminhoneiros de Itupeva – São Paulo
Quando: 22 de julho
Onde: Praça de Eventos da Pedreira – Av. Nelson Gulla, 365

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Festa de São Cristóvão – Curitiba – Paraná
Quando: 22 a 29 de julho
Onde: Paróquia São Cristóvão – R. Santa Catarina, 1750 – Bairro Guaíra

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11ª Festa dos Caminhoneiros de Machado – Minas Gerais
Quando: 27 a 29 de julho
Onde: Posto da Churrascaria Brasão – BR-267, Km 2

Agendou tudo aí? Boa festa e curta com moderação!

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Fonte: Brasil Caminhoneiro

Celular na cueca salva caminhoneiros em cativeiro

Você já se perguntou o que faria em situações de perigo, como um assalto ou sequestro relâmpago? Nessas horas, pensar rápido e usar o que está a sua disposição pode salvar vidas. Foi o caso de um ajudante de motorista de 19 anos, que escondeu um celular na cueca durante um sequestro relâmpago e conseguiu acionar a polícia.

Graças ao pedido de socorro do jovem, a polícia pôde prender quatro adultos e apreender dois adolescentes, autores do sequestro, na noite de terça-feira, 10, em Guarulhos (Grande São Paulo). Além da mensagem, o ajudante enviou pelo celular a localização do cativeiro, no bairro dos Pimentas, onde havia mais quatro vítimas.

Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Entenda o caso

Segundo a polícia, um caminhão Iveco foi encontrado abandonado em Osasco (Grande São Paulo) por policiais militares. Ao verificar que o veículo era roubado, localizaram o dono da transportadora do caminhão, que mostrou aos policiais a mensagem que havia acabado de receber, por volta das 19h, do ajudante pedindo socorro. Seguiram para a avenida Marginal, em Guarulhos, onde funciona um lava-rápido.

O portão estava aberto e os policiais entraram. Dentro do local, se depararam com um estudante de 18 anos, que empunhava uma arma de brinquedo. Ele foi preso. No lava-rápido, encontraram também três vítimas, de 37, 34 e 19 anos, entre elas o ajudante que pediu socorro, em um cômodo, e mais duas pessoas, de 65 e 32 anos, em outro.

Ao lado dos cativeiros, em um corredor, estavam três suspeitos, de 16, 19 e 20 anos, que, ao avistarem os policiais, se renderam. A PM levou as vítimas e os criminosos para frente do imóvel. Instantes depois, uma perua Kombi entrou na rua. Os dois ocupantes, de 16 e 36 anos, foram reconhecidos pelas vítimas e presos pela PM.

Segundo o ajudante, ele e dois colegas de trabalho foram rendidos por volta das 14h pelos bandidos, na rodovia Ayrton Senna. O caminhão deles não transportava nenhuma carga. Três horas depois, duas outras vítimas chegaram ao local. Os ladrões pretendiam sacar o dinheiro dos reféns.

Fonte: Pé na Estrada

Fui bloqueado na gerenciadora de risco, e agora?

Uma das maiores reclamações que recebemos aqui no Pé na Estrada é em relação a quem é bloqueado na gerenciadora de risco e seguradoras por diversos motivos, mas principalmente por nome sujo.

“Eu trabalhei por oito anos e nunca tive problema, porque tinha o nome limpo. Agora estou querendo voltar e fui informado que não posso porque estou com o nome sujo. Isso eu acho injusto.” afirma Carlos Pires, de Itaquaquecetuba/SP.

Quem está no vermelho sempre alega a mesma coisa. Se eu não consigo trabalhar por conta do nome sujo, como vou pagar minhas contas e limpar meu nome? E é verdade. Mas além disso, existe uma questão mais importante. O que uma conta não paga diz sobre o meu caráter? O motorista se torna um potencial ladrão de carga porque deve 300 reais? É claro que não! E a questão vai ainda mais fundo. Qual o direito que essas empresas têm de vasculhar assim a minha vida?

Pois é, não têm…

Segundo o diretor jurídico do Sindicam/SP, Aílton Gonçalves, qualquer dúvida sobre este assunto foi encerrada com a Lei 13.103, a Lei do Caminhoneiro. O Artigo 13-A diz o seguinte:

É vedada a utilização de informações de bancos de dados de proteção ao crédito como mecanismo de vedação de contrato com o TAC e a ETC devidamente regulares para o exercício da atividade do Transporte Rodoviário de Cargas.

Ou seja, as Gerenciadoras de Risco e Seguradoras não podem usar informações do Serasa e SPC para bloquear motoristas. A lei só abrange os casos em que o motorista é barrado por nome sujo, mas mesmo assim muitos motoristas continuam sendo barrados. Existem ainda outras situações.

“Eu fui roubado e até a gerenciadora analisar o roubo, eu fiquei bloqueado.” afirma o caminhoneiro Marcelo Fernandes, de São Paulo/SP

Para quem, assim como o parceiro, tem problemas de outra natureza ou foi barrado mesmo a com a lei dizendo que não pode, existem alguns caminhos.

Saída via justiça

Segundo o advogado do Sindicam, a própria Lei determina que a competência para julgar esse tipo de situação é da ANTT e as multas para as empresas que bloquearem injustamente um motorista variam de R$ 550,00 a R$ 10.000,00. Por isso, o primeiro passo é fazer uma denúncia através da ouvidoria da Agência Nacional (clique aqui para acessar o site da ANTT).

O motorista deve procurar também o Ministério Público do Trabalho da região de sua residência (clique aqui para acessar o site do MPT).

Saída via Câmara de Conciliação

O problema de entrar na justiça é o prazo, que chega a ser de dois a três anos. Até lá o motorista já morreu de fome. Por isso o pessoal do Sindicam formou uma Câmara de Conciliação com as maiores gerenciadoras do País.

“A câmara funciona há mais de cinco anos, já atendemos mais de sete mil motoristas e o índice de sucesso é maior que 90%.” afirma Gastão Rodrigues, diretor do Sindicam/SP. Desde o começo, a ideia era dar uma solução que fosse mais rápida para o motorista.

Para registrar o seu caso, mande um e-mail para [email protected] ou ligue para 11 2632 4622 e procure a Débora ou o Gastão, você ainda pode entrar em contato através do site, clicando aquiO prazo de resposta é de 48h. Para ser atendido, o motorista precisa indicar seu nome, RG e CPF, telefone para contato, o nome da gerenciadora e da transportadora que o recusou. Se for possível, passe também o nome do atendente que avisou da recusa e data em que isso aconteceu. A câmara está aberta a caminhoneiros de todos os estados e é gratuita.

Agora você já sabe, se tiver problemas com uma gerenciadora, existem dois caminhos, a justiça ou a câmara de conciliação. Mais informações sobre esse assunto, você encontra na matéria do Pé na Estrada do dia 06/03/2016.