Unimog conquista título de melhor “Cross Country” do ano

Pela décima segunda vez consecutiva, o Mercedes-Benz Unimog foi eleito o melhor cross-country do ano na categoria “Veículos para Fins Especiais” pelos leitores da revista “Off Road”. A eleição do “Veículo Cross-Country do Ano” teve um total de doze categorias. Mais de 85 mil votos foram contabilizados entre os 126 modelos participantes da competição. O Unimog conquistou o primeiro lugar entre os concorrentes para fins especiais com um percentual acima de 43% dos votos.
 
Linha Unimog 2016
É difícil encontrar um desafio no mundo que o Mercedes-Benz Unimog não seja capaz de enfrentar, seja no deserto de Gobi, na tundra e taiga da Sibéria ou em alguma estrada quente da cratera vulcânica do Vesúvio.
Os atributos para aplicações tão radicais estão em seu sangue. Graças ao motor Euro VI do Unimog localizado no meio do veículo para enfrentar terrenos extremamente difíceis, o deslocamento do quadro está ainda mais para trás, e isso significa que o seu centro de gravidade ficou mais baixo e ao mesmo tempo proporciona uma grande distância do chão, otimizando ainda mais a dirigibilidade em operações fora de estrada. As articulações do eixo, atingindo até 30 graus, são possíveis devido à tecnologia de tubo e de torque em conjunto com molas helicoidais. Eixos do tipo portal e uma capacidade de subida de 45 graus são outras características do Unimog U 4023/U 5023 para terrenos extremamente difíceis. Além disso, há uma capacidade de atravessar áreas alagadas com profundidade de 1,20 m e um ângulo de inclinação lateral de até 38 graus. A condução em situações extremas com a tração em todas as rodas engatada é auxiliada pelos bloqueios dos diferenciais por solicitação e pelo sistema de controle de pressão dos pneus “Tirecontrol Plus”. Ele pode simplesmente ser selecionado pelos botões do volante de seleção para a respectiva aplicação por meio dos modos “estrada”, “areia” e “estrada irregular”.
A força do Unimog U 4023/U 5023 vem do motor OM 934 LA de alto torque com BlueTec 6 e duto comum, uma unidade de quatro cilindros com deslocamento de 5,1 litros, 170 kW (231 hp) e torque de 900 Nm. Oito marchas à frente e seis à ré estão disponíveis, e opcionalmente há ainda um grupo de marchas para aplicações fora de estrada que funcionam na faixa de velocidade entre 2,5 e 35 km/h.
Juntamente com esse veículo para terrenos radicais, há o porta-implemento para os modelos entre U 216 e U 530, frequentemente visto em aplicações municipais. A linha Unimog é equipada com motores modernos Euro VI com potência de até 220 kW (299 hp).
Quando se trata de manutenção, diagnósticos ou reparação, o Unimog também tem todas as bases cobertas. Oficinas autorizadas especializadas na linha prestam assistência técnica em mais de 650 postos de serviços, localizado em mais de 130 países, enquanto que ofertas de serviços especiais e serviços financeiros completam o pacote.
Desde 1982, a revista “Off Road” realiza a eleição do modelo cross-country do ano.

VW estuda vender marcas para fazer caixa

Escaldada pelos efeitos do Dieselgate, o escândalo da fraude nos testes de emissões de poluentes em seus motores a diesel, a Volkswagen está revendo suas estratégias de crescimento. O CEO da montadora, Matthias Mueller, está repensando como as 12 marcas do grupo podem efetivamente se encaixar num cenário em que motores elétricos desempenham um papel cada vez maior.
Uma das medidas avaliadas é a possível venda das marcas Ducati, Scania e MAN. As transações significariam uma geração de caixa mais que bem-vinda neste momento em que o grupo sofre sanções financeiras pesadas por conta do Dieselgate. A VW já separou US$ 18,2 bilhões para cobrir os custos com multas e reparação dos 11 milhões de veículos que receberam os softwares fraudulentos.
Um analista do setor comentou à agência Bloomberg que o timing para a venda das marcas Scania e MAN, ambas de caminhões, não poderia ser mais apropriado, já que a demanda de veículos comerciais na Europa está em alta. Além disso, as motos da Ducati são bastante cultuadas, o que também sugere que uma transação envolvendo a marca italiana traria um bom dinheiro aos cofres do grupo.
Outra ideia da Volkswagen é concentrar todos os seus fabricantes de componentes em uma única entidade, como a General Motors fez com a Delphi e a Ford, com a Visteon. Isso resultaria em uma empresa com cerca de 70 mil funcionários em 24 fábricas e traria um ganho sensível de eficiência e economia no processo industrial.
Essa não é a primeira vez que a Volkswagen cogita se desfazer de algumas de suas marcas. Em dezembro do ano passado, um relatório da agência Reuters indicou que o grupo venderia a MAN e mais uma marca entre Bentley, Lamborghini e Ducati, caso não conseguisse honrar o empréstimo de US$ 21 bilhões que havia contraído.

DNIT é condenado a indenizar empresa que perdeu carga devido a buraco

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) terá que pagar indenização por danos materiais para uma transportadora catarinense que teve a carga danificada em acidente ocorrido na BR-226 devido às más condições da rodovia. A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou, na última semana, recurso do órgão.
O acidente aconteceu em maio de 2013. O caminhão trafegava no Km 404, no município de Grajaú (MA), quando ao tentar desviar de um buraco na pista tombou, perdendo a carga de arroz, que foi saqueada por moradores locais.
A Data Mecânica ajuizou ação na 4ª Vara Federal de Criciúma (SC) contra o Dnit alegando que as péssimas condições da estrada teriam ocasionado o acidente e pedindo indenização por danos materiais. A ação foi julgada procedente, condenando o órgão ao pagamento de R$ 72.775,00.
O Dnit recorreu atribuindo a culpa pelo acidente ao motorista, que estaria dirigindo sem cautela. O órgão alegou também que os recibos levados aos autos pela empresa não discriminam o quanto foi gasto na manutenção do veiculo, mas apenas o que foi perdido em carga.
Para o desembargador federal Fernando Quadros da Silva, relator do caso, “é comprovado que o buraco na rodovia foi a causa direta e imediata para a ocorrência do acidente”. Segundo o desembargador, ficou configurada a responsabilidade do réu sobre a perda da carga, devendo ressarcir a autora.
Quanto aos danos no caminhão, o magistrado ressaltou que “cabe à parte autora demonstrar documentalmente o valor do dano material sofrido pelo conserto do veículo, bem como os lucros cessantes, não bastando para isso orçamentos sem data ou de oito meses após o acidente”, concluiu.

Ford apresenta quatro novos modelos

A Ford apresentou hoje em Campinas, SP, quatro novos caminhões, lançados para atender os segmentos de 14, 15 e 31 toneladas de peso bruto total com a maior capacidade de carga. A proposta desses novos veículos comerciais, formados pelo C1419, C1519, C3129 e C3129 Mixer, é aumentar a rentabilidade no negócio de transporte de carga e serviços.

“Estes novos produtos são verdadeiros ‘puros-sangues’ da linha Ford Cargo. Ou seja, têm muita durabilidade e oferecem mais tonelagem de carga com o melhor compromisso em relação ao preço de compra e manutenção”, diz João Pimentel, diretor da Ford Caminhões. “Foram focados para o trabalho mais rentável no atual cenário do País”, acrescenta.

As novas opções da Ford Caminhões são destinadas a diferentes tipos de aplicação. Otimizam tanto a capacidade de carga como a durabilidade, melhorando o desempenho geral da frota, como mostram os vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=yHti5BbCqM8

https://www.youtube.com/watch?v=8i23rh9_7Wc

“Eles estão totalmente alinhados com as atuais necessidades do mercado, em que aumentar a produtividade tornou-se vital para todos os setores de atividade, principalmente no transporte”, completa Pimentel.

A Ford usou a experiência da engenharia de caminhões e ouviu as necessidades dos clientes que querem mais por menos. O objetivo desses produtos é proporcionar um impacto positivo de economia no uso diário pesado.

Como toda a linha Cargo, os novos caminhões trazem também conforto ao motorista, fator importante na produtividade. Têm banco com suspensão a ar de série e cabine ergonômica para beneficiar o usuário em longos períodos de serviço.

novos-caminhoes-cargo-1

 

Os caminhões C1419, C1519, C3129 e C3129 Mixer chegam imediatamente à rede exclusiva de distribuidores da Ford Caminhões. Têm preços muito competitivos e contam com pacotes completos de serviços pós-venda.

Descrição dos modelos

O Ford Cargo 1419, novo modelo médio com peso bruto total de 14.500 kg, substitui o Cargo 1319 nessa faixa com a adição de 1.500 kg. A sua capacidade máxima de tração também foi ampliada para 27.000 kg e tem alto rendimento em aplicações de distribuição urbana e rodoviária de curta e média distância.

Com capacidade de carga de 9.500 kg, ele leva 1.100 kg a mais que o atual modelo mais vendido do segmento. E também tem o motor mais potente, de 189 cv.

O Cargo 1519 oferece a maior capacidade de carga da categoria, pelo menos 1 tonelada a mais de peso bruto total em relação aos modelos competidores. Tem PBT de 15.400 kg, com aprimoramentos que incluem a longarina feita de aço especial, novo eixo traseiro e novas suspensões dianteira e traseira ultrarreforçadas.

O Cargo 3129 tem peso bruto total de 30.500 kg e capacidade de tração de 42.000 kg. É indicado para serviço pesado, como canavieiro, madeireiro e mineração. O Cargo 3129 Mixer é uma versão especialmente preparada para o serviço de betoneira em obras da construção civil e de infraestrutura. Tem escapamento vertical e tomada de força traseira, além de novo protetor do radiador. Ambos são equipados com motor Cummins 6.7 de 290 cv, transmissão Eaton de 10 marchas à frente e 3 à ré e eixo traseiro Meritor de dupla velocidade (4,89:1/5,38:1).

Serviços completos

A Ford Caminhões hoje está presente em todas as regiões do Brasil, através da sua rede formada por 120 distribuidores, e oferece um pacote completo de serviços pós-venda adequados às necessidades de cada cliente. O sistema de rastreamento e monitoramento chamado FordTrac vem instalado de fábrica nos veículos para habilitação. O Ford Service oferece planos de serviços que cobrem desde manutenção preventiva a corretiva. O SOS Ford garante atendimento 24 horas para reparo do caminhão em qualquer lugar do País e o DiskFord mantém especialistas para tirar dúvidas dos clientes.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Depois de 15 dias presos pela neve, caminhoneiros voltam a rodar nas Cordilheiras

Os caminhoneiros conseguiram liberação, nesta quinta-feira, 16, para seguir viagem depois de ficarem 15 dias presos por conta de uma nevasca que atinge regiões da Argentina e do Chile. Cerca de sete concordienses, além de outros motoristas da região, estavam parados na região de Uspallata, cidade argentina, esperando que a nevasca diminuísse.

Segundo o concordiense Itamar Luiz Rovani, havia expectativa que a liberação ocorresse ainda na quarta-feira, mas apenas parte dos motoristas que estavam parados conseguiu seguir viagem. No total, segundo Rovani, havia mais de 400 carretas paradas esperando o tempo melhorar. O motorista, agregado ao Transportes Silvio, havia carregado há quase um mês uma carga de peito de frango e leva o produto para o Chile. Nesta quinta, a temperatura marca cerca de – 7ºC onde ele estava.

Em recente entrevista, Rovani disse que os problemas no local eram muitos, especialmente com a precariedade de locais para se abrigar. Foi a primeira vez que ele viveu uma situação como esta. O exército chileno tem auxiliado os moradores das cidades próximas à Cordilheira, onde estão os caminhoneiros, e que enfrentam a nevasca. As temperaturas, na semana passada, chegaram a ficar em -20ºC.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Montadoras veem vendas do setor no fundo do poço

Após quatro anos seguidos de queda nas vendas, levando o mercado automotivo a perder quase metade do tamanho que chegou a ter em seu auge, a percepção de que o setor finalmente alcançou o fundo do poço ganhou consenso na indústria de veículos.

Entre executivos de montadoras e fabricantes de autopeças, persiste, porém, a dúvida sobre o ponto de inflexão em que o consumo começará a reagir. Ou seja, ainda não se sabe por quanto tempo mais as vendas seguirão em queda, antes de dar a partida na recuperação.

As expectativas mais otimistas – como a previsão anunciada pela Anfavea, entidade que representa as montadoras – apostam em sinais de reação até o fim deste ano. Porém, há entre as associadas da Anfavea projeções mais conservadoras que indicam um mercado estagnado até dezembro. Ainda que as vendas de veículos não deem qualquer indício de melhora, a alta dos índices de confiança de empresários e investidores é visto como um primeiro sinal de melhora do ambiente econômico.

Além disso, a acomodação do ritmo diário de vendas a um ritmo ao redor de 8 mil veículos desde janeiro sugere que o mercado encontrou um piso, ou, numa visão mais pessimista, o “volume morto”, como declarou Marco Borba, vice-presidente da montadora de caminhões Iveco.

Mas mesmo os mais otimistas concordam que, independentemente de quando se iniciar, o ciclo de recuperação será lento. Nas contas do Sindipeças, entidade que representa a indústria nacional de componentes automotivos, a produção das montadoras, após chegar em 2016 ao menor patamar em 12 anos, volta a subir no ano que vem, mas não mais do que 3%.

Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças, levou estimativas que indicam um faturamento de R$ 63 bilhões dos fornecedores das montadoras neste ano, R$ 17,1 bilhões a menos do que em 2014, bem como um corte de 35,5 mil postos de trabalho em dois anos.

Com uma cadeia de suprimentos que se encontra fragilizada, o presidente da Anfavea, Antonio Megale, defendeu medidas de estímulo aos fornecedores na renovação do regime automotivo, conhecido como Inovar-Auto. Para o principal porta-voz das montadoras, os fornecedores de componentes automotivos não tiveram incentivos suficientes na política industrial em curso, cujo prazo vence no fim do ano que vem. “O que poderia ter sido feito melhor e precisa ser trabalhado [no Inovar-Auto] é como fortalecer a cadeia de autopeças, que está bastante fragilizada”, disse Megale.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Divisa de MT tem filas quilométricas de caminhões

A saída da safra causou uma fila quilométrica de caminhões no posto de fiscalização Correntes que fica na divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Caminhoneiros denunciaram que nos últimos dias estão ficando até 24 horas parados, esperando para a checagem fiscal e a liberação para seguirem viagem até o destino da carga. “Acredito que a fila passa de 25 km, é muito caminhão”, diz Janice Piccininn, de 43 anos, que viaja junto com o marido, na maior parte dos trechos.

Segundo ela, há muitas dúvidas sobre o que estaria motivando tanta fila.  “Estamos sem saber o que fazer e sem entender o que aconteceu. Normalmente não é assim”, comentou Janice, que vai levar milho, com o marido, de Campo Novo do Parecis, onde moram, até o Rio Grande do Sul (RS). “Geralmente chegamos até São Paulo, mas, desta vez, vamos mais longe e queremos logo seguir viagem”.

No posto de fiscalização, os agentes fiscais checam a carga, o documento fiscal, o que é um procedimento demorado, de acordo com a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). A Sefaz alega que nesta saída de safra de grãos “são muitos caminhões pra conferência da carga e documentação fiscal, por isso a demora e, consequentemente, a fila”.

Outro motivo desta fila, ainda conforme a Sefaz, é que foram detectadas algumas irregularidades no segmento e, com isso, a fiscalização ficou mais rigorosa. Janice reclama da lentidão e diz que nem sempre foi assim. “Todo ano tem safras e nunca foi tão difícil pra carimbar. Estamos nervosos por causa de estarmos parados em uma BR, a 163, sem suporte pra nada”.

No posto fiscal Flávio Gomes, em Cuiabá, e nos demais postos de fiscalização de Mato Grosso, a situação está normal.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Roubo de combustíveis preocupa transportadores no Sul do país

Os combustíveis têm sido cada vez mais visados por quadrilhas especializadas em roubo de cargas. No Paraná, o número de relatos vem crescendo, o que preocupa os transportadores. A maior parte das ocorrências tem sido registrada próximo à cidade de Araucária, na região metropolitana de Curitiba, onde está localizada a Refinaria Presidente Getúlio Vargas, pertencente à Petrobras.

“Os criminosos estão abordando caminhões parados em postos de combustíveis, semáforos, cidades menores. Aí, depois de um tempo, a polícia encontra o caminhão. Acreditamos que a carga tem sido levada para Santa Catarina, porque, na divisa com o estado, já foram encontrados alguns veículos”, conta o presidente do Setcepar (Sindicato dos Transportadores de Cargas do Estado do Paraná), Gilberto Cantú.

Uma reunião já foi realizada entre representantes dos transportadores e da Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas do estado. Conforme Cantú, uma das demandas é organizar um sistema de informações sobre as ocorrências, a fim de permitir que, com estatísticas confiáveis, a polícia tenha mais ferramentas para o desenvolvimento de estratégias na investigação e identificação dos criminosos.

O presidente da Fetranspar (Federação das Empresas de Transportes do Estado do Paraná), Sérgio Malucelli, que acompanha o trabalho da polícia, afirma que já há suspeitas sobre os receptadores das cargas roubadas. Segundo ele, os combustíveis são comercializados de forma clandestina e individualizada.

Para Malucelli, o aumento de ocorrências contra os transportadores é um dos efeitos da crise econômica. “Isso tem ocorrido até em função do momento que o país passa na economia, com desemprego, salários defasados. E, não raras vezes, o Paraná sofre consequências de uma ação mais rigorosa das forças de segurança em São Paulo. Quando a situação aperta lá, as quadrilhas migram para o Paraná”, diz ele.

Segundo dados mais atualizados do setor, em 2014, os roubos de cargas causaram prejuízo superior a R$ 2 bilhões no Brasil. O Sudeste é a região que concentra a maior parte das ocorrências.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Exames toxicológicos evitam mesmo acidentes?

Vigente desde o início do ano, a obrigatoriedade do exame toxicológico para motoristas de ônibus e caminhões foi barrada em parte do país após questionamentos de entidades ligadas ao trânsito e associações médicas.

Conforme determina a lei 13.103 de 2015, desde janeiro motoristas precisam fazer exames que detectam o uso contínuo de drogas nos últimos 90 dias para tirar ou renovar carteiras de motorista nas categorias C (caminhões), D (ônibus) e E (veículos com reboque acoplado).

Além disso, o teste também é exigido em processos admissionais e demissionais nas empresas para as quais esses motoristas trabalham.

Entre os argumentos para a exigência está a alta incidência do uso de drogas em profissionais desses setores, que procuram se manter acordados para trabalharem por mais horas, já que ganham por produtividade. Essa prática pode causar acidentes em estradas, diz Marcello Santos, presidente da Abratox (Associação Brasileira de Laboratórios Toxicológicos), que pressionou pela aprovação da lei.

Para Rafaela Gigliotti, delegada responsável pelo Detran em Minas, não é bem assim. “Não existe comprovação científica de que reduz acidentes porque o exame detecta o uso de drogas nos 90 dias que antecedem e, para a fiscalização, o que é importa é o momento da condução do veículo”, diz.

A AND (Associação Nacional dos Detrans) tenta reverter a exigência no STF. A FetcesAp (Federação das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo) também questiona a regra.

A federação afirma que o exame é caro (de R$ 250 a R$ 350, segundo a Abratox), e que o custo deveria ser absorvido pelo Estado. Além disso, argumenta que não há necessidade de realizá-lo no momento da demissão. A entidade também questiona a logística: ainda que haja uma rede de coleta de material para o exame, só seis laboratórios no Brasil o fazem.

A CNTTT (Confederação Nacional dos Trabalhadores de Transportes Terrestres) também entrou com ações para derrubar a lei no STF. Para o consultor da entidade Luis Festino, é preciso combater as causas do uso de drogas. “Precisamos solucionar a questão da jornada de trabalho, qualidade de rodovias, pedágios, infraestrutura para descansar”, afirma.

Ceticismo

Sequer o Denatran, que regula o setor, sustenta o exame de maneira enfática.

“Antes da edição da lei, eu fazia alguns reparos à exigência”, diz o diretor do departamento, Alberto Angerami. “Me pronunciei várias vezes defendendo que o exame deveria ser feito no momento da fiscalização nas estradas, porque seria mais eficaz para reduzir acidentes. Agora, depois de promulgada, como agente público, não posso deixar de cumpri-la”, afirma.

Também se posicionam contrárias à medida entidades médicas como a Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego).

Propensão

Presidente da Abratox e diretor de um dos seis laboratórios que fazem o exame no país, Marcello Santos discorda dos argumentos. Segundo ele, o número de pontos de coletas tem se expandido, e as empresas têm “capacidade de sobra” para atender o mercado. Mas a principal questão, diz, é a capacidade de reduzir acidentes nas estradas.

“O teste é importante para estabelecer um perfil. Se um indivíduo é usuário contumaz de drogas, é possível supor que ele tenha propensão a usá-las mesmo durante sua jornada de trabalho”, diz. Ele cita, como exemplos, a obrigatoriedade do exame na aviação civil e em concursos públicos para policiais militares, civis e federais.

Embora seja presidente da AND, que questiona a exigência no STF, Marcos Traad, diretor do Detran do Paraná, se diz a favor do exame. “Fui voto vencido na AND. Se acontece um acidente com um ônibus, todos morrem e depois descobre-se que o motorista tinha usado drogas e existe um exame, não poderia ter sido evitado?”, afirma.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

 

Lei amplia renegociação das dívidas de caminhoneiros

O presidente em exercício, Michel Temer, sancionou com vetos a lei que amplia o prazo para refinanciamento de dívidas de caminhoneiros com o BNDES. O novo prazo para formalização da renegociação é 30 de dezembro deste ano. O benefício vale para as operações de crédito firmadas até 31 de dezembro de 2015.

A lei sancionada ainda diz que a inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) será obrigatória para todas as propriedades e posses rurais, devendo ser requerida até 31 de dezembro de 2017, prorrogável por mais um ano por ato do chefe do Poder Executivo.

O texto também determina que, após 31 de dezembro de 2017, as instituições financeiras só concederão crédito agrícola, em qualquer de suas modalidades, para proprietários de imóveis rurais que estejam inscritos no CAR.

A nova lei é resultado da Medida Provisória 707/2015, que foi aprovada pelo Congresso com dispositivos que também ampliavam a renegociação de dívidas de crédito rural. Esses trechos, porém, foram todos vetados por Temer, que já editou uma nova MP, a de número 733, para tratar do tema.

O novo texto permite a liquidação e renegociação de dívidas de crédito rural contraídas até 2011 por produtores do Nordeste e norte dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A nova lei e a nova MP estão publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (15).

Fonte: Portal NTC&Logística