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Amor pela profissão: a carga que não se descarrega.

Quando uma criança nasce a família vira vidente: “Esse vai ser médico”, “Esse vai ser engenheiro”. Mas o amor que vem de berço é o amor de caminhoneiro.

O tempo voa e, uma hora, o sonho de menino vira realidade. O pneu encosta no asfalto, a paixão fala mais alto e o barulho do motor vira um grande amor. A partir daí, não tem parada. A vida acelera e o motorista conquista a estrada.

Só quem vive sentado, de joelho dobrado e com o sol do lado sabe o valor que tem cada quilômetro rodado. A jornada não é fácil, não dá para negar. Mas, apesar da saudade e da pressão, nada é tão importante para o nosso Brasil quanto a sua profissão.

Motorista, pode contar com a ZF para rodar sempre com segurança e qualidade. Afinal, a gente também sabe que não existe outra profissão tão boa a ponto de fazer você trocar a sensação de liberdade.

Caminhoneiros poderão renegociar dividas com a Caixa a partir de 19 de agosto

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou ontem, 15 de agosto, que o banco irá abrir um canal especial para renegociação de dívidas exclusivo para caminhoneiros. O anúncio foi feito em uma transmissão ao vivo pela internet junto com o Presidente Bolsonaro.

O presidente do banco disse que o programa é uma ampliação do que já existe, onde clientes da Caixa fazem negociação de dívidas.

Os caminhoneiros poderão procurar as agências da Caixa a partir de segunda-feira, 19 de agosto.

Os caminhoneiros poderão renegociar dívidas gerais, como outros empréstimos, cartão de crédito e financiamento imobiliário, desde que tenham sido feitas com a Caixa Econômica Federal.

De acordo com o presidente da Caixa, cerca de 100 mil caminhoneiros tem dívidas com o banco.

Veja no vídeo abaixo, a partir dos 36 minutos: CLIQUE AQUI

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Medidas para atender caminhoneiros, como o crédito do BNDES, ainda não deslancharam

BNDES admite dificuldade de acesso à linha de crédito para categoria. Cartão para compra de diesel ainda está em teste

Duas das principais medidas anunciadas pelo governo federal para amenizar oscustos dos caminhoneiros ainda não decolaram. Uma delas é oprograma de crédito do BNDESpara financiar manutenção de caminhões de autônomos. A outra é o cartão pré-pago para compra de diesel criado por Petrobras e BR . Nesta segunda-feira, o governo decidiu suspender a tabela do frete, após pressão da categoria.

O BNDES Crédito Caminhoneiro foi anunciado em 16 de abril, com R$ 500 milhões para financiar conservação e manutenção de veículos usados para frete. Mas a circular do banco anunciando a criação do programa a instituições financeiras credenciadas, só saiu um mês depois, entrando em vigor em 27 de maio.

A linha, que aceitará pedidos de financiamento até 26 de maio de 2020, oferece até R$ 30 mil para caminhoneiros autônomos. Em maio, Joaquim Levy, então presidente do banco, chegou a afirmar que a linha poderia ser ampliada para R$ 1 bilhão se houvesse demanda.

Fonte: O Globo

Ministro terá reunião com caminhoneiros para discutir frete

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, receberá representantes da categoria na próxima semana

Diante da insatisfação dos caminhoneiros com a nova resolução sobre a política de pisos mínimos do frete rodoviário, o Ministério da Infraestrutura fará uma ampla reunião com a categoria na próxima semana para tentar encontrar um consenso.

A resolução publicada na quinta-feira, 18, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) gerou reação imediata dos líderes da categoria, que voltaram a falar em paralisações. A data exata para esse encontro com os caminhoneiros depende ainda da agenda do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Um dos líderes dos caminhoneiros autônomos, Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, publicou ainda na noite desta quinta-feira um vídeo relatando uma conversa com o ministro, que, segundo ele, teria prometido adequações à resolução da ANTT.

O ministério confirmou a conversa entre os dois, mas não adiantou qualquer informação sobre mudanças na resolução. Segundo a assessoria da pasta, “o ministério continua aberto para dialogar com a categoria”.

Nesta sexta-feira, mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro disse não acreditar em uma paralisação dos caminhoneiros neste momento, porque – a exemplo do que ocorreu em 2018 – isso teria um impacto muito grande na economia do País. Ele também afirmou estar pronto para continuar conversando com a categoria.

A resolução, que estabelece regras gerais, metodologia e coeficientes dos pisos mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização do serviço de transporte rodoviário de cargas, foi aprovada após estudo técnico realizado pela Esalq-Log e processo de consulta pública e entra em vigor no dia 20 de julho.

Segundo a ANTT, a elaboração da resolução teve participação de transportadores autônomos, empresas e cooperativas de transporte, contratantes de frete, embarcadores e diversos outros agentes da sociedade e foram recebidas aproximadamente 350 manifestações, que englobaram cerca de 500 contribuições específicas, analisadas individualmente pela agência.

Fonte: Estadão

Caminhoneiros acreditam que ponte entre Santos e Guarujá será benéfica para a categoria

Categoria acredita que a ponte será benéfica desde que o valor do pedágio não seja superior ao cobrado na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, que liga as duas cidades.

A construção de uma ponte entre Santos e Guarujá, no litoral de São Paulo, trará benefícios para os caminhoneiros, segundo a categoria, se a tarifa não for maior do que R$ 12,20 por eixo, valor cobrado atualmente pela Ecovias no pedágio da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, conhecida como Piaçaguera, que liga as duas cidades.

Em entrevista ao G1, o diretor do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), José Cicero Rodrigues Agra, explica que se a travessia pela ponte custar mais caro, a tendência é que os caminhoneiros continuem optando pela rodovia.

“Hoje nós fazemos um percurso até o Guarujá e pagamos um pedágio na volta. Se esse valor for compatível com esse pedágio, seria muito bom porque diminuiria na quilometragem. Para o sindicato dos caminhoneiros, a questão é o valor a ser cobrado”, afirma.

Questionada pelo G1 sobre a possibilidade de cobrança de pedágio, a Ecovias, que será responsável pela construção da ponte, disse que as definições sobre o projeto só ocorrerão após avaliação pelo órgão regulador. “O projeto da Interligação entre Margens, que inclui a ponte sobre o canal, está em análise na Artesp”, afirma.

Já a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) informou que, por determinação do Governo do Estado, somente analisa estudos e projetos encaminhados pela concessionária [Ecovias] para avaliação de viabilidade técnica do projeto de implantação da ponte Santos Guarujá.

Piaçaguera

Enquanto os motoristas têm a possibilidade de optar pela balsa para fazer a ligação entre as duas cidades, a única opção dos caminhoneiros é o trajeto pela Piaçaguera. Pela rodovia, o percurso de Guarujá a Santos costuma levar até uma hora.

De acordo com a Ecovias, a ponte deverá reduzir o percurso de 45 km para menos de 10 km. O projeto é composto por uma ponte e trechos com elevados em viadutos que somam 7,5 quilômetros. A estrutura conecta a Via Anchieta, no km 64, à Rodovia Cônego Domênico Rangoni, no km 250.

Carlos Alberto Xavier, de 50 anos, trabalha como caminhoneiro há 23 anos. Ele conta que costuma passar pela Piaçaguera, em média, três vezes por semana, e acredita que a construção de uma ponte permitirá maior fluidez no trânsito, diminuição no tempo para chegar até Santos e maior segurança.

Mesmo quando está de folga, com seu carro, ele conta que prefere utilizar a rodovia. “Acho mais prático. Não gosto de usar a balsa, acho que demora mais”, afirma.

Quem também acredita que a construção de uma ponte será benéfica é o caminhoneiro Jonathan de Oliveira Costa, de 34 anos. Para ele, que utiliza a Piaçaguera há oito anos, será possível ganhar tempo.

Jonathan conta que gasta R$ 439,20 por mês só com pedágio, por isso, não seria viável optar por um trajeto mais caro. “Esperamos que possa ser realizado o mais rápido possível, pois seremos todos beneficiados com essa ponte, tanto caminhoneiros quanto moradores e trabalhadores”.


Para os caminhoneiros, a única opção para fazer a ligação entre Santos e Guarujá é a Rodovia Cônego Domênico Rangoni — Foto: Reprodução/TV Tribuna

Autoridade portuária

Em entrevista ao G1, o diretor-presidente da Codesp, Casemiro Tércio Carvalho, afirma que defende a construção de um túnel submerso.

“Há uma solução de túnel já amplamente discutida e para o qual existe, inclusive, projeto contemplando, além de carros de passeio e caminhões, faixa para ciclistas, trilho para VLT e passagem para pedestres. Isso converge para uma verdadeira política de integração porto-cidade, respeitando não só os atores portuários, mas a comunidade da Baixada Santista como um todo”, afirma.

Segundo ele, não está claro a qual demanda a ponte atende. “Localizada ao fundo do canal de navegação, não é, certamente, à mobilidade urbana, o principal fluxo entre margens e longe da maior concentração demográfica de Santos e Guarujá. Isso é essencial ser esclarecido à população”, afirma.

Casemiro Tércio afirma que um túnel localizado em uma área mais próxima à concentração demográfica permitirá atender 100% do fluxo de veículos. “A preferência por túnel submerso em ambientes portuários é consagrada mundialmente, visto que, onde se optou por ponte, tal infraestrutura revelou-se depois limitadora”, finaliza.

Em 2013, governo estadual divulgou detalhes do túnel submerso — Foto: Divulgação/Governo do Estado

Fonte: G1

Caminhoneiros são favoráveis ao Exame Toxicológico

Criado em 2015, com a lei Nº 13.103, de 2 de março daquele ano, o exame toxicológico obriga os motoristas profissionais, que tenham carteira nacional de habilitação nas categorias C, D e E, a realizarem coleta de cabelo, pelos ou unhas para verificação da presença de drogas no organismo. O exame detecta o uso de diversos tipos de substâncias, como rebite, maconha e cocaína, até 90 dias após o uso.

O exame é obrigatório para tirar a carteira de motorista profissional, na renovação da CNH e também na contratação e dispensa de motoristas que trabalhem como empregados.

Nessa semana foi apresentado pelo Presidente Jair Messias Bolsonaro na Câmara dos Deputados, um projeto de lei que altera e atualiza o Código Brasileiro de Trânsito. Entre diversos itens presentes no projeto, está o fim da exigência do exame toxicológico.

Apesar do exame ser considerado caro, por custar para o caminhoneiro mais de R$ 200,00, os motoristas profissionais se mostram favoráveis a ele, e contrários à proposta que desobriga o teste.

Enquete realizada pelo Blog do Caminhoneiro na manhã de hoje, 07 de junho, mostra que mais de 69% do público que nos acompanha nas redes sociais é favorável ao exame. Mais de 1.700 seguidores responderam à enquete até as 11:30 da manhã.

A maioria dos argumentos usados pelos caminhoneiros para serem favoráveis ao exame é a segurança nas estradas. Apesar disso, muitos se mostram contrários ao fato de apenas os motoristas profissionais serem obrigados a fazerem o teste. Muitos seguidores cobram a ampliação dos exames para as categoria A e B da CNH.

Os motoristas favoráveis ao exame também pedem que os exames sejam mais rápidos e baratos para os motoristas, que muitas vezes chegam a ficar impossibilitados de trabalharem pela demora dos resultados.

Os caminhoneiros também dizem que é necessário que exista uma fiscalização mais rígida, com punição e até perda da licença, para laboratórios que vendam exames com resultados falsificados.

Os motoristas que se mostram contrários ao exame dizem que quem não usa nenhuma droga se submete ao teste e passa sem problemas, mas que quem usa drogas burla o exame. A prática foi tema de reportagem até no Fantástico, da Rede Globo, em abril.

O projeto de lei apresentado pelo Presidente Bolsonaro será analisado na Câmara dos Deputados e no Senado, e não há prazo para aprovação definitiva.


Fonte: Blog do Caminhoneiro

ANTT TERÁ CANAL ELETRÔNICO PARA RECEBER DENÚNCIAS DE CAMINHONEIROS

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai lançar um canal eletrônico direto para receber denúncias referentes ao transporte rodoviário de cargas – sobretudo, para monitorar o cumprimento da Política Nacional dos Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.

Conforme portaria publicada hoje (15) no Diário Oficial da União, o canal será implementado em parceria com a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA). De acordo com o texto, caberá à entidade apresentar denúncias que contenham elementos mínimos para apuração sobre o descumprimento da política.

Já a ANTT ficará responsável por analisar todas as denúncias encaminhadas, disponibilizando à confederação um relatório de fiscalizações e ações realizadas. “O presente instrumento não prejudica os demais meios oficiais de recebimento de denúncias e de comunicação da agência”, destacou a portaria.


Fonte: Portal Estradas

Quem paga a conta da tabela do frete dos caminhoneiros

São Paulo — Custoso para o transporte e ineficiente para a economia. Este é o diagnóstico dos economistas sobre o tabelamento do frete, uma das principais conquistas dos caminhoneiros depois da greve de 10 dias que gerou uma crise de abastecimento no país durante o governo Temer.

Passado um ano do episódio, a categoria segue reclamando dos valores praticados no setor e, de tempos em tempos, ameaça fazer novas paralisações.

“Estamos na mesma situação em que estávamos há um ano”, disse Wallace Landim, uma das principais lideranças dos caminhoneiros, a EXAME.

Conhecido como “Chorão”, ele reclama que a política de preços mínimos não tem sido respeitada e pede providências. “Estamos na UTI e o governo é o nosso médico”, diz.

Para economistas, os próprios caminhoneiros passaram a ser prejudicados por preços fixos que não prevaleceriam em um mercado livre, explica Armando Castelar, coordenador de economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

“Com a tabela, surge um preço artificial e acaba saindo mais barato para as empresas contratar a própria frota, transportar por meio de ferrovia, cabotagem (navio que vai pela costa) e por aí vai”, explica o economista.

Quem sofre para se adaptar, segundo Castelar, são os pequenos agricultores e os produtores mais distantes, que perdem competitividade. “O resultado é que opróprio caminhoneiro acaba fazendo o transporte sem respeitar o frete, por não ser viável”, diz.

Na semana passada, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) retirou a exigência de multas a caminhoneiros autônomos que levarem cargas por valor abaixo do piso mínimo estabelecido. Em sua decisão, a agência citou a baixa efetividade na atividade de fiscalização. 

Em fevereiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia reafirmado a validade do tabelamento do frete, mas há sinais de que a judicialização da questão deve continuar.

Para tentar invalidar a lei do frete, os deputados federais Pedro Lupion (DEM/PR) e Alexis Fonteyne (NOVO/SP) apresentaram alterações à MP da Liberdade Econômica, assinada por Bolsonaro no último dia 30.

O argumento dos parlamentares é que a imposição de preços mínimos é incompatível com o teor da MP, que pretende reduzir a burocracia para a iniciativa privada, sobretudo a pequenos empresários.

‘É uma cilada, Bino?’

Um artigo publicado em dezembro pela Universidade Federal do Rio Grande – com o título “É uma cilada, Bino? – concluiu que enquanto os proprietários de caminhões (empregadores de transportadoras) tiveram um aumento de até 28% nos rendimentos estimados após o tabelamento, motoristas autônomos viram uma redução de cerca de 20% em seus rendimentos.

“Esse tipo de tabela incentiva outros modais e aumenta a frota interna das companhias, diminuindo espaço para os autônomos. E acaba aumentando o custo das empresas e o preço final dos produtos no final”, explica Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Só o tabelamento do frete elevou a inflação em 0,34 ponto percentual e reduziu o PIB de 2018 em 7 bilhões de reais, segundo um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O tabelamento não é um consenso nem dentro do próprio governo. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, por exemplo, já deixou claro diversas vezes que não concorda com a medida.

“A tabela de frete criada após a greve dos caminhoneiros afetou a rentabilidade de várias culturas, como as de soja, milho e algodão”, disse em entrevista à revista EXAME em março.

Outros setores também reclamam do encarecimento do transporte, custos pressionados e perda de competitividade.


Fonte: Exame.com

Setor de transporte gera 16 mil empregos no 1º trimestre de 2019

O setor de transporte, armazenagem e correios criou 16 mil empregos com carteira assinada no primeiro trimestre de 2019. O resultado é 52,6% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado e o melhor para o trimestre desde 2014 – quando foram criados 24,1 mil postos de trabalho.

O número, que consta do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, é calculado pela diferença entre contratações e demissões.

O desempenho foi influenciado principalmente pelo transporte rodoviário de cargas, que abriu 12,8 mil postos de trabalho no período. Também se destacaram positivamente o rodoviário de passageiros (1,1 mil vagas); o segmento de armazenamento, carga e descarga (mais de 1,8 mil); e atividades relacionadas à organização do transporte de carga (mais de 1,3 mil). 

No acumulado em 12 meses (até março deste ano), foram criados 34,9 mil empregos com carteira assinada no setor. 


Fonte: CNT

Ipem fiscaliza tacógrafos para motoristas de caminhões cumprirem jornada de trabalho

Além da autarquia, a PRF e a Auditoria Fiscal do Trabalho estavam presentes na operação, realizada no Trevo do Lagarto

Centenas de caminhões tiveram os tacógrafos fiscalizados durante uma operação realizada pelo Instituto de Metrologia de Mato Grosso (Ipem), em parceria coma Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Auditoria Fiscal do Trabalho. A vistoria aconteceu durante dois dias e no que coube a autarquia estadual, foi verificada a selagem dos instrumentos e ainda se estavam regulados conforme a legislação.

Vale lembrar que a função o equipamento é informar quantas horas o motorista trafegou e em que velocidade, o que possibilita ao inspetor da PRF saber se os horários de descanso estão sendo respeitados.

A fiscalização conjunta aconteceu nesta quarta (23) e quinta-feira (24) no trevo do Lagarto, em Várzea Grande, uma das vias de acesso a capital. Segundo o técnico de fiscalização do Ipem, Rogério Ponce de Arruda, as normas exigem que o tacógrafo seja aferido a cada 2 anos de uso e a verificação deve ser realizada por um laboratório credenciado ao Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Caminhoneiros foram notificados quando estavam com equipamentos não aferidos pelo Inmetro

O estabelecimento envia todos os dados colhidos para o Ipem, um braço do Inmetro nos estados, que confirma o resultado e se estiver tudo correto, coloca o selo de certificação. “Não se faz este processo do dia para a noite. Porém, o motorista pode procurar uma unidade do Ipem e pedir um selo provisório, com validade de 30 dias, para rodar sem problemas pela estrada. O período é suficiente para providenciar a aferição”.

No que diz respeito ao trabalho de fiscalização, Arruda explica que existem dois métodos. O primeiro é com a abordagem, no qual o técnico entra no caminhão e faz a conferência in loco.

“Já passamos por várias experiências em campo e quando identificamos qualquer indício de que o condutor está cansado pelo excesso de horas no volante, chamamos os inspetores para tomarem das demais medidas necessárias”, explica o fiscal do Ipem.

Outra modalidade é com o registro das placas, que são consultadas e assim, é possível saber qual foi a última regulagem do equipamento. Nesta última situação, uma equipe consegue fazer mais de 500 verificações por dia.

Risco de acidentes

Bruno Davantel, chefe do Núcleo Saúde e Segurança do Trabalho, que integra a Auditoria do Trabalho, diz que o trabalho conjunto faz parte da Campanha de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Cpat), realizada simultaneamente em todo o país.

Ele ressalta a importância do trabalho, uma vez que a profissão de caminhoneiro é uma das que apresenta o maior número de acidentes por quantidade de trabalhadores.

De acordo com Davanel, desde 2015, os caminhoneiros são obrigados a fazer jornadas máximas de 5 horas consecutivas de direção e 30 minutos de descanso. Também é exigido um descanso diários consecutivo de 8 horas seguidas. “Quando paramos um profissional que tem uma relação trabalhista com uma transportadora e ele está irregular, coletamos os dados e depois, autuamos a empresa”.


Fonte: 24 Horas News