Caminhão com dispositivo antirradar é flagrado e apreendido na Régis Bittencourt

Caminhoneiro conseguia andar na velocidade que quisesse, assim como se evadir da cobrança de pedágios. Apreensão ocorreu na altura da cidade de Registro.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) conseguiu, na manhã desta terça-feira (11), apreender um caminhão que tinhas as placas parcialmente encobertas por pedaços de metal, uma espécie de dispositivo antirradar. O veículo trafegava pela rodovia Régis Bittencourt e foi apreendido na altura da cidade de Registro, no interior de São Paulo.

De acordo com a PRF, motoristas que trafegavam pela rodovia informaram que um caminhoneiro estava dirigindo de maneira muito perigosa, ignorando os radares de velocidade na Serra do Cafezal, em Miracatu, e quase provocando acidentes de trânsito.

Por volta das 7h30, os policiais iniciaram as buscas para encontrar o veículo, que tinha placas de Curitiba (PR). O motorista profissional de 23 anos foi encontrado e abordado pela equipe no km 439 da Régis Bittencourt.

Durante a abordagem, os policiais viram que as placas dianteira e traseira do caminhão estavam parcialmente encobertas por placas de alumínio, feitas com partes de latinhas de refrigerante. Desta forma, pela dificuldade de ser identificado, já que as placas estavam encobertas, ele conseguia andar à velocidade que quisesse, assim como se evadir da cobrança de pedágios.

Como nenhum usuário da rodovia quis registrar criminalmente o fato, o episódio foi caracterizado como uma infração de trânsito. O caminhoneiro pagou duas multas no valor de R$ 293,47 cada uma por infringir duas leis de trânsito: conduzir o veículo com dispositivo anti-radar e com qualquer uma das placas de identificação sem condições de legibilidade e visibilidade. O caminhão foi recolhido ao depósito da Polícia Rodoviária Federal para regularização.


Fonte: Portal G1

CCR NovaDutra inicia campanha de alerta sobre o período de neblina

Com o aumento da incidência de neblina durante a madrugada e nas primeiras horas da manhã, entre os meses de maio e setembro, a CCR NovaDutra inicia a campanha de alerta e orientação sobre o período de ocorrências de neblina na via Dutra.

Para orientar os usuários sobre como se comportar caso realize sua viagem sob neblina, a Concessionária distribuirá folhetos nas praças de pedágio com dicas de segurança que também estarão na programação da CCRFM 107,5. A campanha também será reforçada através de seus 38 painéis de mensagens variáveis (PMVs) alertando sobre trechos com neblina e instalará faixas ao longo da rodovia, com orientação aos motoristas.

A campanha de segurança terá mensagens lúdicas com a presença de dois personagens: o ‘Desfarolado’, aquela má ideia que tenta enganar o motorista dizendo que ao se deparar com neblina na rodovia ele deve ligar o farol alto. E o ‘Responsa’, o arqui-inimigo das más ideias, que orienta o usuário da rodovia com dicas para uma viagem segura e tranquila.

De acordo com dados da Concessionária, de janeiro a dezembro de 2018 foram registrados 27 acidentes em situações com neblina na rodovia. Sendo que 17 ocorreram entre os meses de maio e setembro, período de maior incidência do fenômeno na rodovia.

“A neblina, assim como outros fenômenos naturais, exige mais cautela do motorista. A CCR NovaDutra está comprometida em proporcionar uma viagem segura ao usuário e, por isso, oferece informações que podem contribuir para um comportamento responsável no trânsito e, consequentemente, uma viagem mais tranquila”, afirma o gestor de atendimento da CCR NovaDutra, Virgílio Leocádio.

Como fazer uma viagem segura, em caso de neblina:

  • Reduza gradualmente a velocidade;
  • Mantenha distância segura do veículo à frente;
  • Nunca utilize o farol alto;
  • Nunca pare na pista. Evite parar no acostamento e, se precisar estacionar, pare fora da rodovia, em um posto de serviços
  • Nunca acione o pisca-alerta com o veículo em movimento. Os motoristas que vêm atrás podem pensar que o seu veículo parou na pista;
  • Atenção às mensagens dos painéis de mensagens variáveis (PMVs) espalhados ao longo da rodovia.

Trechos com maior incidência de neblina nesta época do ano:

Trecho paulista

  • Entre o km 170 e o km 212 (Guararema/Santa Isabel/Arujá/Guarulhos)
  • Entre o km 159 e o km 175 (Jacareí)
  • Entre o km 121 e o km 157 (Caçapava/São José dos Campos)
  • Entre o km 115 e o km 119 (Taubaté)
  • Entre o km 87 e o km 104 (Pindamonhangaba/Taubaté)
  • Entre o km 80 e o km 84 (Roseira/Pindamonhangaba)
  • Entre o km 73 e o km 75 (Aparecida)
  • Entre o km 59 e o km 62 (Guaratinguetá)
  • Entre o km 0 e o km 50 (Queluz/Lorena)

Trecho fluminense

  • Entre o km 313 e o km 333 (Itatiaia)
  • Entre o km 293 e o km 304 (Resende)
  • Entre o km 258 e o km 264 (Volta Redonda)
  • Entre o km 219 e o km 236 (Piraí)
  • Entre o km 216 e o km 199 (Paracambi/Queimados)


Fonte: Brasil Caminhoneiro

Como é a pontuação da CNH em outros países

Estudos de Dinamarca, Espanha e Itália mostram que o sistema de pontos na carteira de habilitação muda o comportamento dos motoristas e, segundo estimativas dos pesquisadores, contribui para a queda no número de infrações, lesões e mortalidade no trânsito.

A proposta do governo de afrouxar regras para a perda da CNH vai na contramão do que fazem alguns países, como a Alemanha, que criou em 2014 um dos sistemas mais restritivos.

No dia 4 de maio o presidente da República, Jair Bolsonaro, enviou ao Congresso projeto de lei que prevê elevar o limite de pontos na CNH de 20 para 40. Para o governo, há excesso de rigidez nas sanções e uma indústria de multas no país. “Por mim, botaria 60 (pontos)”, disse Bolsonaro.

Trabalhos científicos têm mostrado a eficácia do sistema de pontos para conter a violência no trânsito. Adotado em 2003 na região de Veneto, na Itália, o sistema de pontos foi seguido por um aumento no uso de cinto de segurança de 51,8% entre os condutores, de 42,3% entre os passageiros da frente e de 120% entre os passageiros dos bancos de trás.

Os dados são de estudo publicado no Journal of Epidemiology & Community Health em 2007. Após a introdução do sistema, aponta a pesquisa, houve recuo de 18% nas mortes e de 19% nas lesões.

Com a reforma que introduziu o sistema de pontos em Copenhague, os motoristas reduziram a frequência de infrações de trânsito em até 30%. E a medida levou à redução de até 20% na probabilidade de que os motoristas cometam violação de trânsito. A pesquisa, de 2014, foi realizada pelo Departamento de Economia da Universidade de Copenhague.

Conforme o trabalho, enquanto estudos anteriores sugeriam que o efeito das multas dependia do nível socioeconômico do motorista, “nossos resultados mostram que as penalidades não monetárias baseadas em pontos afetam mesmo aqueles com alta renda e riqueza”, analisam os pesquisadores.

“Sanções administrativas são necessárias – não é criminalização de conduta. Senão cria-se outra camada de desigualdade num país já desigual. Quem pode pagar a multa terá salvo conduto”, diz Pedro de Paula, coordenador da Iniciativa Bloomberg para a Segurança Global no Trânsito e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Outro estudo avaliou o efeito do sistema de pontuação na Espanha sobre 29.113 mortes em acidentes de trânsito entre 2000 e 2007.

O modelo foi introduzido em 2004 e o levantamento considerou os cenários anterior e posterior à implementação da medida. Estima-se que 618 pessoas teriam morrido em acidentes nos 18 meses seguintes ao de implementação, caso ele não estivesse em vigor.

Variações pelo mundo

O sistema de pontuação varia de país para país – e até entre regiões, como nos Estados Unidos e no Canadá.

No Estado de Nova York, se o condutor perder 11 pontos em menos de um ano, terá suspensa a licença para dirigir. Mas até ter a carteira suspensa pode sofrer antes outras sanções: com 6 ou mais pontos em 18 meses, é preciso pagar uma taxa.

O sistema alemão é um dos mais rigorosos: se atingir 8 pontos no período de dois anos e meio, o motorista tem a licença retida.

O excesso de velocidade pode fazer o infrator perder dois pontos. Não parar em faixa para pedestre ou utilizar celular na direção pode resultar no desconto de um ponto.

Segundo especialistas, porém, comparações internacionais devem levar em conta múltiplos fatores que diferenciam o trânsito de um país para o outro, como o peso de cada infração e a condição das vias.

Como são os sistemas

BRASIL

O limite para perda da CNH é de 20 pontos (mas a falta gravíssima também leva à suspensão); governo quer ampliar para 40.

AUSTRÁLIA

O condutor começa com zero ponto na carteira de habilitação. Se atingir 12 pontos, em 3 anos, tem a licença suspensa.

NOVA YORK (EUA)

Ao atingir 6 ou mais pontos em 18 meses, o condutor paga uma taxa. Com velocidade acima do permitido, a infração pode custar de 3 a 11 pontos. Uso de celular pode acarretar 5 pontos.

ALEMANHA

Maior mercado na Europa, a Alemanha tem um frota de carros bem próxima à brasileira. O país tem uma das legislações mais corretas do planeta e está constantemente sendo atualizadas.

O limite para suspensão é de 8 pontos em 2 anos e meio. Quando o condutor atinge de 4 a 5 pontos, recebe uma advertência. Entre 6 e 7 pontos, precisa assistir a uma palestra. Com 8 pontos ou mais, a licença é suspensa.

Em relação ao peso das pontuações, ao exceder a velocidade máxima da via, por exemplo, o motorista perde 1 ponto se a velocidade aferida for até 20% acima do limite; 2 pontos para até 40% e 3 pontos quando acima dos 40%.

Na pontuação mais grave, o infrator tem o direito de dirigir suspenso por um mês, pontuação, que sobe para três meses se for reincidente.

ESPANHA

Lá, o condutor começa com 12 pontos. Após três anos sem infrações “graves” ou “muito graves”, ganha mais dois. E, após um segundo período de três anos sem infrações, atinge 15 pontos.

As perdas variam de 2 (em casos como não usar as luzes do farol corretamente) a 6 pontos (em casos de velocidade 50% acima do autorizado, por exemplo).

PORTUGAL

Criado em 2016, o motorista já começa com 12 pontos, que aumentam ou diminuem conforme as infrações. Cada delito pode levar à retirada de 3 a 6 pontos. Ao atingir 5 pontos ou menos, o motorista é obrigado a frequentar curso.


FONTE: Gazeta do Povo

Fantástico visita estado que acabou com radares fixos há mais de 15 anos

Acidentes aumentaram muito em Santa Catarina depois que lei vetou o uso desses aparelhos em rodovias estaduais. Nesta semana, o governo apresentou um projeto para relaxar as punições para infrações de trânsito.

Nesta semana, o governo apresentou um projeto para relaxar as punições para infrações de trânsito. Entre as propostas, dobrará o limite de pontos para a perda da carteira de habilitação e vai acabar com a multa pra quem transportar criança sem cadeirinha. Isso tudo ainda vai passar pelo Congresso.

Outro plano do governo é combater o uso de radares. O Fantástico visitou um estado que acabou com os radares fixos há mais de 15 anos e mostra como ficaram os índices de acidentes por lá.


Fonte: Portal G1 | Fantástico

Luiz Fux libera ações que questionam a tabela de fretes para julgamento

Foram liberadas para julgamento ontem, quinta-feira, 5 de junho, três ações que questionam a constitucionalidade da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, também conhecida como Tabela de Fretes. Essas ações estavam nas mãos do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.

As ações foram ajuizadas pela ATR Brasil, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O Ministro Fux é o relator das três ações.

As três ações tem conteúdo parecido, e questionam a legitimidade constitucional da Tabela de Fretes, alegando que ela viola os princípios da livre concorrência, da livre iniciativa e da defesa do consumidor.

No final do ano passado o ministro suspendeu outros processos que corriam em outras instâncias da justiça, para não haver insegurança a respeito do tabelamento. Ele também chegou a suspender as multas para quem não cumprisse a tabela, mas com a ameaça de uma nova greve de caminhoneiros, voltou atrás e autorizou as multas para quem não pagasse os fretes com os valores de acordo com a tabela.

Sendo relator dos processos, ele realizou debates entre representantes do governo, de empresas e dos caminhoneiros. Durante esses debates, a Advocacia Geral da União, ainda no Governo Temer, defendeu a tabela de fretes, afirmando que ela é uma tentativa de estabelecer um preço justo para o serviço de transporte rodoviário de cargas, para oferecer a possibilidade de os caminhoneiros conseguirem cobrir seus custos de viagem.

O julgamento da constitucionalidade da Tabela dos Fretes deve acontecer no segundo semestre. A responsabilidade de marcar a data é de Dias Toffoli, presidente do STF. O julgamento será feito pelos 11 ministros do STF.


Fonte: Blog do Caminhoneiro

Vendas de caminhões alcançam novo patamar

Desempenho de maio acima de 9 mil unidades foi o melhor resultado mensal desde 2014

No mês passado, a indústria de caminhões entregou ao setor transportador rodoviário de carga mais de 9,1 mil unidades, um avanço de 62,2% na comparação com maio de 2018, quando os licenciamentos somaram 5,6 mil veículos do segmento.

Além de reforçar mais uma vez a trajetória de recuperação do mercado, o desempenho das vendas em maio saltou para um patamar superior em relação ao que até então vinha apresentando, entre 7,5 mil e 8,5 mil unidades.

“Foi o melhor resultado desde 2014 e mostra um ritmo mais aquecido nos outros segmentos do mercado, não só no da faixa de pesados”, observou Luiz Carlos de Moraes, presidente da Anfavea, durante divulgação dos números do setor automotivo na quinta-feira, 6 de junho.

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, as vendas alcançaram 39,1 mil caminhões, em alta de 48,5% sobre o volume apurado no mesmo período do ano passado, de 26,3 mil unidades.

Do resultado apresentado até maio, a categoria de pesados continua como o carro-chefe das vendas. No acumulado do ano, o mercado absorveu 19,9 mil unidades do segmento, o que representou um crescimento de 71% em relação há um ano e participação de 51% nas vendas internas totais.

O forte desempenho dos pesados levanta a hipótese de que o grande embarcador de carga estaria optando por ter frota própria como medida de proteção contra o efeito da Tabela Mínima de Frete sobre o negócio. Para Moraes, no entanto, a teoria conta meia-verdade.

“Existe sim no setor de transporte quem queira depender menos de terceiros, mas ainda é irrelevante no resultado”, garante Moraes. “Mesmo porque uma decisão dessa traz outras consequências, relacionadas à gestão de frota, que a empresa precisa estar preparada, como contratar motoristas, cuidar da manutenção e adquirir implementos.”

No chão de fábrica, o ritmo segue a demanda do mercado interno. Em maio, a indústria produziu 11,2 mil caminhões, altas de 19,3% sobre abril (9,4 mil unidades) e de 51,3% em relação ao mesmo mês de 2018, quando produziu 7,4 mil veículos. Cabe lembrar, porém, que a acentuada alta na produção tem influência da greve de caminhoneiros do ano passado, período que afetou as atividades produtivas.

De janeiro a maio, a produção de caminhões acumula 45,4 mil unidades, volume 10,9% superior ao verificado um ano antes, de 41 mil veículos.

O ritmo da atividade nas fábricas certamente não foi maior em virtude das exportações. Com a crise na Argentina, o maior comprador de veículos do Brasil, as remessas caíram 58,3% no acumulado até maio, de 11,9 mil unidades exportadas nos cinco primeiros meses do ano passado para 4,9 mil caminhões.


Fonte: Estadão

Caminhoneiros são favoráveis ao Exame Toxicológico

Criado em 2015, com a lei Nº 13.103, de 2 de março daquele ano, o exame toxicológico obriga os motoristas profissionais, que tenham carteira nacional de habilitação nas categorias C, D e E, a realizarem coleta de cabelo, pelos ou unhas para verificação da presença de drogas no organismo. O exame detecta o uso de diversos tipos de substâncias, como rebite, maconha e cocaína, até 90 dias após o uso.

O exame é obrigatório para tirar a carteira de motorista profissional, na renovação da CNH e também na contratação e dispensa de motoristas que trabalhem como empregados.

Nessa semana foi apresentado pelo Presidente Jair Messias Bolsonaro na Câmara dos Deputados, um projeto de lei que altera e atualiza o Código Brasileiro de Trânsito. Entre diversos itens presentes no projeto, está o fim da exigência do exame toxicológico.

Apesar do exame ser considerado caro, por custar para o caminhoneiro mais de R$ 200,00, os motoristas profissionais se mostram favoráveis a ele, e contrários à proposta que desobriga o teste.

Enquete realizada pelo Blog do Caminhoneiro na manhã de hoje, 07 de junho, mostra que mais de 69% do público que nos acompanha nas redes sociais é favorável ao exame. Mais de 1.700 seguidores responderam à enquete até as 11:30 da manhã.

A maioria dos argumentos usados pelos caminhoneiros para serem favoráveis ao exame é a segurança nas estradas. Apesar disso, muitos se mostram contrários ao fato de apenas os motoristas profissionais serem obrigados a fazerem o teste. Muitos seguidores cobram a ampliação dos exames para as categoria A e B da CNH.

Os motoristas favoráveis ao exame também pedem que os exames sejam mais rápidos e baratos para os motoristas, que muitas vezes chegam a ficar impossibilitados de trabalharem pela demora dos resultados.

Os caminhoneiros também dizem que é necessário que exista uma fiscalização mais rígida, com punição e até perda da licença, para laboratórios que vendam exames com resultados falsificados.

Os motoristas que se mostram contrários ao exame dizem que quem não usa nenhuma droga se submete ao teste e passa sem problemas, mas que quem usa drogas burla o exame. A prática foi tema de reportagem até no Fantástico, da Rede Globo, em abril.

O projeto de lei apresentado pelo Presidente Bolsonaro será analisado na Câmara dos Deputados e no Senado, e não há prazo para aprovação definitiva.


Fonte: Blog do Caminhoneiro

Conheça os prós e os contras da nova legislação da CNH

O Projeto de Lei (PL) que altera as regras para a Carteira Nacional de Habilitação foi entregue a Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, no dia 04 de junho

O presidente Jair Bolsonaro apresentou à Câmara dos Deputados um Projeto de Lei (PL) que altera as regras para a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O texto foi entregue pessoalmente ao chefe da Casa Legislativa, Rodrigo Maia, no dia 04 de junho.

Na oportunidade, Bolsonaro declarou: “É um projeto que parece que é simples, mas atinge todos do Brasil. Porque todo mundo é motorista ou anda de uma forma ou de outra em um veículo automotor”.

Após o documento ser entregue Congresso, discussões em torno das novas regras propostas, como a elevação da pontuação mínima para a perda da carteira, que atualmente é de 20 pontos e poderá passar para 40, e sobre o novo prazo de validade do documento, que passa dos atuais cinco para dez anos,  se iniciaram.

Entre as discussões e as análises de especialistas sobre o tema, algumas das principais dúvidas a surgirem é: as novas normas defendidas pelo atual governo influenciarão o comportamento dos motoristas e o funcionamento do trânsito no Brasil? Além disso, quais são os pontos positivos e os negativos da nova proposta de lei?

Refletindo sobre isso, trouxemos alguns dos prós e dos contras da nova legislação da CNH apresentada por Jair Bolsonaro. Confira!

Alguns prós e contras da nova legislação da CNH

Em avaliações de especialistas sobre o tema, as novas regras para a CNH influenciarão muito pouco o comportamento dos motoristas e o trânsito no país. Para eles, alguns pontos da nova proposta, como a desburocratização, tornará a aquisição do documento mais barata, isso porque o prazo para a renovação da habilitação será aumentando. Além disso, o exame médico para adquirir e renovar a carteira de habilitação poderá ser realizado em qualquer clínica especializada e não apenas naquelas credenciadas pelo Detran de cada estado.

Já um dos pontos considerados negativos e polêmicos é a prática de infrações que podem levar o motorista a perder sua CNH. Pela atual legislação, que é determinada pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), além das  as normas previstas em resolução do Conselho Nacional de Transito (Contran), aos atingir 20 pontos o documento fica suspenso, sendo o condutor obrigado a realizar um curso de reciclagem de 30 horas-aula promovido pelas autoescolas para então ter o direito de voltar a conduzir um veículo.

Como o aumento do limite de pontos proposto por Bolsonaro, os condutores teriam, na teoria, direito a cometer mais infrações de trânsito até que a carteira seja apreendida. No entanto, especialistas destacam que dobrar o número de pontos na carteira não implica, necessariamente, que os motoristas se tornarão mais irresponsáveis no trânsito.

Outro ponto polêmico da proposta é o que envolve o transporte de crianças até sete anos e meio, que devem ser transportadas no banco traseiro e com o acento próprio ao tamanho e ao peso.  A resolução em vigor determina que o descumprimento da regra se constitui uma infração gravíssima que soma 7 pontos na carteira, sendo sujeita a multa e retenção do veículo. O novo projeto de lei retira a previsão de multa de R$ 293, 47 pelo descumprimento da norma, trocando para uma advertência por escrito.

Também está previsto o fim da exigência do exame toxicológico, que tem a finalidade de verificar o consumo de substâncias psicoativas que comprometam a capacidade de direção, para os motoristas profissionais das categorias C, D e E, que tem permissão para conduzir vans, ônibus carretas e caminhões. Estes profissionais com carteira válida por 5 anos devem fazer o exame no prazo de dois anos e meio.

Os condutores acima de 65 anos devem fazer os exames a cada um ano e meio e a reprovação no exame implica na suspensão do direito de dirigir pelo período de 3 meses.

Para o presidente do Sindicato dos Proprietários de Centros de Formação de Condutores (Siprocfc-MG), Alessandro Dias, o principal ponto positivo do projeto é o fato de que ficará mais barato ter uma carteira de motorista. Por outro lado, Dias considera preocupante algumas alterações, como o próprio fim da exigência do exame toxicológico para aqueles que exercem função remunerada com vans, ônibus, carretas e caminhões.


Fonte: Mais Minas

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