BR-163 MS recebe recursos para duplicação

Foram liberados R$ 737 milhões para a realização das obras de duplicação dos 806 quilômetros de extensão da BR-163, que cruza o Mato Grosso do Sul. Além da duplicação, o projeto prevê a construção de 12,3 quilômetros de contornos, 62 trevos, 44 retornos em nível, 16 passarelas, recuperação de 50 pontes e a construção de 35,3 quilômetros de vias marginais em alguns pontos da rodovia. A BR-163 é importante para o escoamento produtivo da região e de todo o País e tem função importante para a logística de transporte da agroindústria, do comércio e do turismo sul-mato-grossense.

Fonte: Portal O Carreteiro

Conheça os principais sintomas que identificam o desgaste dos amortecedores

O gerente de qualidade e serviços da Nakata, Jair Silva, explica quais os principais cuidados que os motoristas de caminhão devem ter com os amortecedores e os problemas mais comuns decorrentes da falta de manutenção preventiva.

Portal O Carreteiro: Quais os principais cuidados que o motorista de caminhão deve ter com os amortecedores?

Jair Silva: No quesito segurança, os amortecedores são responsáveis por conter os movimentos da mola e manter o contato do pneu com o solo. Por isso, precisam estar em boas condições. Para isso, deve-se evitar excesso de carga, pneus desgastados, passar em alta velocidade em lombadas ou buracos, fazer o alinhamento da direção periodicamente e revisar ou outros itens do sistema de suspensão.

Portal O Carreteiro: A manutenção preventiva deve ser realizada em qual período?

Jair Silva: É recomendado fazer revisão no sistema de suspensão a cada 10.000 km esse intervalo pode variar dependendo da aplicação, veículos que operam fora de estrada necessitam de intervalos menores.

Portal O Carreteiro: Quais os principais problemas que o motorista pode enfrentar caso não faça as manutenções necessárias nos amortecedores?

Jair Silva: Os principais problemas são: perda de estabilidade, diminuição da eficiência dos freios, desgaste irregular dos pneus.

Portal O Carreteiro: Quais são os principais sinais de desgaste dos amortecedores?

Jair Silva: Vazamento de óleo, ruídos na suspensão, balanço excessivo depois de freadas e arrancadas, perda da constância em curvas, redução do contato entre o pneu e solo e do controle da suspensão.

Portal O Carreteiro: Amortecedores desgastados podem comprometer a segurança do motorista?

Jair Silva: Sim, perde a estabilidade do veículo e aumenta da distância de frenagem, consequentemente, o veículo não têm o desempenho esperado com relação à segurança.

Portal O Carreteiro: Em relação aos custos com combustível, pneus entre outros, podem aumentar com o uso de amortecedores desgastados?

Jair Silva: Sim, amortecedores desgastados, além de prejudicar a segurança do veículo, podem provocar desgaste prematuro nos pneus.

Portal O Carreteiro: Na hora de trocar os amortecedores quais os principais itens os motoristas devem estar atentos?

Jair Silva: Optar por marca reconhecida no mercado, procurar oficina especializada no serviço. Os amortecedores Nakata, apesar de não ser obrigatório para linha pesada, vêm com o selo do Inmetro estampado na peça e na embalagem, uma forma de atestar a qualidade do produto. Também é importante se atentar para os demais itens que compõe o sistema de suspensão.

Fonte: Portal O Carreteiro

Pare e Siga | Rota do Oeste – 23/08/16

A Concessionária Rota do Oeste informa que nesta terça-feira (23), entre 07h e 17h, haverá interdição parcial de pista em alguns pontos da BR-163 / BR-364 / BR-070.

Na Rodovia dos Imigrantes (BR-070) e em trechos da BR-364, os trabalhos também serão realizados no período noturno, entre 19h e 4h30. Nestes locais são realizadas obras sobre o pavimento.

Por isso, para evitar acidentes, a Concessionária orienta os usuários que redobrem a atenção. Nos pontos onde a rodovia é de pista simples, o tráfego flui apenas por um dos sentidos e há operação ‘Pare e Siga’*. Nos trechos duplicados, é interditada apenas uma das faixas e o tráfego é realizado em meia pista.

As intervenções podem sofrer alterações de acordo com as condições climáticas no local. Mais informações sobre a rodovia podem ser solicitadas no Centro de Controle Operacional (CCO) por meio do 0800 065 0163.

 

Data Rodovia KM Inicial KM Final Localização
23/08/2016

De 19h às 4h30

BR-364

459 462

Várzea Grande

23/08/2016

De 19h às 4h30

BR-364

523 526

Jangada

23/08/2016

BR-163

520 522

Diamantino

23/08/2016

BR-163

630 635

Lucas do Rio Verde

23/08/2016

BR-163

786 788

Vera

* Em operação ‘Pare e Siga’ o tráfego é realizado em meia-pista e em até 15 minutos o fluxo de veículos é invertido, sendo liberado um sentido por vez. O sistema é adotado para realização de obras em pista simples. A sinalização é realizada por operários.

Fonte: Rota do Oeste

Vale Pedágio: saiba como exigir o direito

O Vale Pedágio, instituído através da Lei nº 10.2009/2001, é uma das maiores conquistas dos carreteiros autônomos. A legislação trouxe a responsabilidade pelo embarcador (ou equiparado) pelo pagamento antecipado do pedágio e fornecimento ao motorista do respectivo comprovante. Essa lei de 2001 é regulamentada pela resolução nº 2885 de 2008.

Através dessa Lei, os contratantes do serviço de transporte, passaram a ser responsáveis pelo pagamento antecipado do pedágio e fornecimento do respectivo comprovante ao transportador rodoviário. Portanto, com a Lei do Vale-Pedágio obrigatório, os Transportadores Rodoviários de Carga deixam de arcar com a tarifa de pedágio, já que o pagamento do pedágio deverá ser feito de forma separada ao pagamento do Frete, pois acontecia de alguns contratantes acabarem por embutir o valor da tarifa de pedágio na contratação do frete, o que obriga o carreteiro a pagar o pedágio indevidamente.

Como denunciar caso haja algum tipo de descumprimento da Lei:

Como deve ser o pagamento do Vale Pedágio Obrigatório?

– Cartão Eletrônico: O transportador pode ter ou receber um cartão para o pagamento do pedágio. O contratante carrega um crédito no valor referente ao pedágio a ser pago da origem ao destino da carga, emite o comprovante do carregamento com as informações do responsável pelo carregamento do cartão e anexa ao documento da carga. O transportador passa pelas cabines de pedágio com o cartão magnético.

– Cupom: O transportador recebe os cupons do contratante e utiliza esses cupons para o pagamento do pedágio na cabine. Esses cupons têm informações referentes ao adquirente, que deverá ser o contratante do serviço de transporte.

– Pagamento Automático de Pedágio: O contratante deverá se cadastrar nas empresas habilitadas pela ANTT, e utilizar o código do dispositivo eletrônico (TAG, Via Fácil, etc…) do transportador para carregar o crédito referente ao valor do pedágio da origem ao destino da carga. Para essa transação deverá emitir-se o comprovante e anexar ao documento da carga.

Infração

  • Verificada a infração, o órgão fiscalizador lavra o respectivo auto de infração, com notificação ao infrator para pagamento da multa ou apresentação de defesa.
  • Ao embarcador ou equiparado será aplicada multa no valor de R$ 550,00 por veículo, para cada viagem na qual não fique comprovada a antecipação do Vale-Pedágio obrigatório.
  • A operadora de rodovia sob pedágio que não aceitar o Vale-Pedágio obrigatório será penalizada com multa no valor de R$ 550,00, a cada dia que deixar de aceitar os modelos de Vale-Pedágio obrigatório habilitados pela ANTT ou descumprir as demais determinações legais sobre a matéria.

Principais infrações

  • Não antecipar o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador (responsabilidade do embarcador);
  • Não registrar as informações sobre a aquisição do Vale-Pedágio obrigatório no documento de embarque (responsabilidade do embarcador); e
  • Não aceitar o Vale-Pedágio obrigatório (responsabilidade de todas as operadoras de rodovias sob pedágio – aceitação obrigatória)

Fonte: Portal O Carreteiro

Falta de manutenção do veículo é infração grave e aumenta riscos à segurança

A falta de manutenção e de conservação do veículo não é um simples descuido. Motorista que não se preocupa em mantê-lo em dia comete infração grave, que soma cinco pontos na carteira de habilitação. A multa, por enquanto, é de R$ 127,69. Mas, a partir de novembro, passará para R$ 195,23.

E o problema não é apenas a infração de trânsito. O responsável pela área de Pesquisa e Desenvolvimento do ONSV (Observatório Nacional de Segurança Viária), Renato Campestrini, alerta que um veículo malconservado coloca em risco todo mundo no trânsito: “quando se deixa de realizar a manutenção de forma adequada, está se colocando a própria vida e a dos demais usuários da via em risco. Manutenção de freios, pneus, itens de segurança, palheta do limpador de para-brisa, são itens que, num momento de dificuldade, se não estão em dia, pode causar problemas e levar a um acidente.”

Campestrini lembra que, quanto mais idade o veículo tem, maior é a necessidade de cuidados. Segundo o especialista, as revisões devem ser mais frequentes, para verificação, por exemplos, dos sistemas de freios, de suspensão e pneus.

Em 2015, a Polícia Rodoviária Federal aplicou, em média, 75 multas por dia a motoristas que trafegavam em veículos em mau estado de conservação, colocando em risco a segurança viária. No total foram mais de 27 mil autuações.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Fiscalização constata irregularidades trabalhistas na rodovia de Marília

Fiscais do Ministério do Trabalho realizaram nesta segunda-feira (22) uma blitz na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, em Marília (SP) e constataram que vários caminhoneiros não cumprem as normas trabalhistas estabelecidas em lei para a categoria. As maiores irregularidades estão no controle das ”jornadas de horas de serviço” e de descanso.

Durante quatro horas, quase cem caminhões foram parados em frente à base da Polícia Rodoviária. A operação dos auditores do Ministério do Trabalho fiscalizou as condições em que os motoristas estão trabalhando. “Estamos verificando o vínculo empregatício, a relação de trabalho, se estão formal ou informalmente trabalhando, além disso estamos vendo o controle de jornada deles”, explica o auditor fiscal Francisco José Rotelli de Mattos.

A maioria dos caminhoneiros viajava sem o controle do registro de horas, um documento obrigatório e que serve para conferir se o descanso está sendo respeitado.

A lei que estabeleceu o controle de horas de trabalho para os motoristas do transporte de carga rodoviário está em vigor desde março de 2015. O problema, de acordo com o MPT, é que ainda são poucas as empresas que fazem o controle da jornada de trabalho e que respeitam o período de descanso dos motoristas.

A lei diz que os motoristas devem descansar trinta minutos a cada seis horas dirigindo. Para as viagens que extrapolam esse tempo, o descanso deve ser de onze horas. “Os motoristas, muitas vezes tem essa noção, sabem da situação, só que muitas vezes, devido a situação deles, acabam sendo forçados a trabalhar sem vinculo empregatício ou muitas vezes com excesso de jornada, porque, eles tem meta a cumprir, eles tem horário pra entregar aquela mercadoria, então eles acabam excedendo a jornada de trabalho em virtude disso”, diz o auditor.

De acordo com a Polícia Rodoviária, esse excesso, coloca a vida dos motoristas em risco. “Todo mundo sabe que o ponto chave no trânsito, o principal, é o condutor. 90% dos acidentes acontecem devido ao condutor. No caso do cansaço, esse é objetivo da norma. Evitar que o condutor, além do respeito da profissão, evitar que o condutor cansado fique desatento e acabe se envolvendo em acidente. Então o principal, é realmente cumpri-la não por causa da profissão, mas principalmente pra evitar que se envolva em acidente de trânsito”, diz o tenente da PR Douglas Dias.

Os motoristas que foram flagrados sem o controle de horas dentro do caminhão e que não tinham vínculo empregatício foram identificados pelos fiscais. As empresas responsáveis pelo transporte da carga serão multadas pelo Ministério do Trabalho.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Caxias do Sul sediará maior concessionária Scania do mundo

Com investimentos acelerados de R$ 50 milhões, entre recursos próprios e financiados pelo BNDES, a Brasdiesel está finalizando em Caxias a maior concessionária de caminhões Scania do mundo, título que se soma ao de ser a primeira revenda nomeada da marca no Brasil, fundada em 1957. É isso mesmo: a portentosa estrutura chama a atenção de quem circula pela Rota do Sol, nas imediações dos pavilhões da Festa da Uva. A novidade será inaugurada antes do final do ano, reunindo executivos do Brasil e da sede da Scania, na Suécia.

Em tempos de crise, a ousadia do projeto, que começou a sair do papel há quatro anos, chama a atenção.São 50 mil metros quadrados de terreno, sendo 16 mil metros quadrados de área construída. Uma pista de teste está prevista em área de 70 mil metros quadrados. A oficina terá capacidade para atender 30 caminhões com implementos, ou 90 cavalos mecânicos. A reformadora poderá restaurar simultaneamente 15 caminhões batidos. A estrutura compreende ainda showroom e áreas administrativas.

Serão 110 trabalhadores na nova unidade, que está demandando R$ 2 milhões apenas em infraestrutura de asfaltamento para o acesso, obra inicialmente prevista pelo governo do Estado, mas que, por falta de recursos públicos, precisou ser bancada pela empresa.

– Nós vínhamos percebendo que o espaço lá ficou pequeno e precisamos agregar serviços e comodidade, pois hoje o transportador fica mais tempo com o caminhão, e precisa revisar preventivamente seu modelo usado – explica Itamar Fernando Zanette (foto), diretor da Brasdiesel.

Além da unidade em Caxias – em breve, em estratégica localização, com acesso facilitado a Flores da Cunha, Litoral e Porto Alegre –, a Brasdiesel tem filiais em Ijuí, Garibaldi e Lajeado. Atende a 325 municípios gaúchos, incluindo Serra, Vale do Taquari e região Missioneira. De cada 10 caminhões pesados vendidos na Serra, cinco são comercializados pela Brasdiesel.

Como investir tão alto em tempos tão incertos?

– Não podemos nos queixar, fecharemos 2016 no azul, e o transporte rodoviário continuará sendo a principal via de escoamento. Estaremos preparados para quando o mercado retomar – responde Zanette.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Rota do Oeste | Pare e Siga

A Concessionária Rota do Oeste informa que nesta segunda-feira (22), entre 07h e 17h, haverá interdição parcial de pista em alguns pontos da BR-163 / BR-364 / BR-070.

Na Rodovia dos Imigrantes (BR-070) e em trechos da BR-364, os trabalhos também serão realizados no período noturno, entre 19h e 4h30. Nestes locais são realizadas obras sobre o pavimento. Por isso, para evitar acidentes, a Concessionária orienta os usuários que redobrem a atenção.

Nos pontos onde a rodovia é de pista simples, o tráfego flui apenas por um dos sentidos e há operação ‘Pare e Siga’*. Nos trechos duplicados, é interditada apenas uma das faixas e o tráfego é realizado em meia pista.

As intervenções podem sofrer alterações de acordo com as condições climáticas no local. Mais informações sobre a rodovia podem ser solicitadas no Centro de Controle Operacional (CCO) por meio do 0800 065 0163.

 

Data Rodovia KM Inicial KM Final Localização
22/08/2016

De 19h às 4h30

BR-364

459 462

Várzea Grande

22/08/2016

De 19h às 4h30

BR-364

523 526

Jangada

22/08/2016

BR-163

520 522

Diamantino

22/08/2016

BR-163

630 635

Lucas do Rio Verde

22/08/2016

BR-163

786 788

Vera

* Em operação ‘Pare e Siga’ o tráfego é realizado em meia-pista e em até 15 minutos o fluxo de veículos é invertido, sendo liberado um sentido por vez. O sistema é adotado para realização de obras em pista simples. A sinalização é realizada por operários.

 Fonte: Rota do Oeste

Fiscalização analisa condições de trabalho de motoristas de caminhões

Uma ação realizada nesta sexta-feira (19) por auditores fiscais do trabalho, na base da Polícia Militar Rodoviária, em Presidente Epitácio, fiscalizou as condições de trabalho dos motoristas de caminhões que passavam pelo trecho, na Rodovia Raposo Tavares (SP-270). Conforme a polícia, cerca de 40 veículos foram abordados durantes os trabalhos dos auditores.
Conforme o auditor fiscal do trabalho responsável pela operação, Leandro Guizzardi, o principal objetivo da ação foi garantir os direitos trabalhistas dos motoristas de caminhões de carga pesada. “Os pontos fundamentais fiscalizados foram a verificação da existência do registro em carteira, o cumprimento de controle de jornada, o combate de jornadas excessivas e também o combate à falta de concessão de descanso aos condutores, que deve ser feita pela empresa”, explicou o auditor ao G1.
Guizzardi informou ao G1 que o local da ação foi escolhido como estratégia, por se tratar de uma região de divisa entre os estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, onde trafegam veículos com cargas e destinos diversos. Conforme ele, a Auditoria Fiscal do Trabalho realiza nos últimos 30 dias ações de fiscalização em portos, aeroportos e rodovias de todo o país.
No último dia 28 de julho, a operação aconteceu na base da Polícia Militar Rodoviária localizada em Presidente Prudente.
Segundo Guizzardi, os dados com os resultados da fiscalização desta sexta-feira (19), entre eles as infrações mais encontradas e a quantidade de autuações expedidas, devem ser divulgados na próxima quarta-feira (24). A operação foi realizada por 12 auditores fiscais do trabalho e teve o apoio da Polícia Militar Rodoviária.
Segundo a polícia, o trânsito no local não foi comprometido durante os trabalhos de vistoria.

Transporte rodoviário de carga tributária

O Transporte Rodoviário de Carga (TRC) deveria se chamar, na verdade, Transporte Rodoviário de Carga Tributária (TRCT). A definição é do advogado tributarista Gilberto Luiz do Amaral, diretor do IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, entidade responsável pelo Impostômetro.

“O transporte é o burro de carga dos demais setores da economia”, declarou Amaral durante palestra realizada no SETCESP, o sindicato das empresas de transporte de carga de São Paulo, dia 11 de agosto. Segundo ele, impera no Brasil uma “tributação exacerbada” sobre o setor, que já atinge mais de 45% do valor agregado pelo TRC aos bens transportados. “É ICMS, PIS, CONFINS, INSS, CSLL, IRPJ”, enfim toda uma plêiade de tributos que não tem retorno à altura”.

A infraestrutura é ruim, falta segurança nas estradas, a Justiça Trabalhista é complemente injusta e o transportador, como fiel depositário, acaba sofrendo milhões de autuações por irregularidades da mercadoria.

Segundo o palestrante, existiam no Brasil, em 2015, 210 mil empresas de transporte, com arrecadação bruta de R$ 207 bilhões, dos quais 41 bilhões foram consumidos no pagamento de tributos. Um valor 8,2 vezes maior do que o lucro, que não passou de R$ 5 bilhões (2,4%) do faturamento; e maior do que a massa salarial do setor, de R$ 30 bilhões (980 mil empregados). A dívidas de tributos do TRC chegou a R$ 12 bilhões e a carga transportada atingiu valor de R$ 5 trilhões.

Mas o fisco não é um exator implacável apenas com o TRC. “A carga tributária do país cresceu de 20% em 1979 para 34,21% em 2015 do PIB”, constatou Amaral. O pior é o sistema de impostos está moldado para arrecadar mais de 42% do PIB. “Só não chega lá devido à sonegação e a inadimplência”. A inadimplência, que era de 10,21% do PIB em 1979, chegou a 37,60% em 2015, ou seja, 127% da arrecadação anual.

Amaral reclama também da burocracia, que custa R$ 120 bilhões por ano para as empresas, o equivalente a 1,5% do faturamento para dar conta das 97 obrigações acessórias existentes no Brasil. “Para o TRC, setor que mais recebe autos de infração no país, este número é maior e chega a 2%.”

Mas, a situação pode piorar. Devido ao déficit fiscal, Amaral prevê para um futuro próximo a revisão das desonerações (aumento de arrecadação de R$ 5 a R% 15 bilhões), mudança no PIS/COFINS para regime não cumulativo (R$ 30 a R$ 50 bilhões), tributação dos lucros distribuídos às pessoas físicas (R$ 15 a R$ 100 bilhões), elevações de ICMS (R$ 10 a R$ 30 bilhões) e a volta da CPMF. “Sempre é mais fácil para o governo elevar impostos do que fazer reforma tributária ou cortar custos.”

Se a tributação, como já disse alguém, consiste na arte de tirar as penas do ganso com o mínimo de dor, no caso do Brasil, o ganso (empresariado) vai acabar complemente depenado e morto de tanta dor.

Neuto Gonçalves dos Reis Diretor Técnico Executivo da NTC&Logística, membro da Câmara Temática de Assuntos Veiculares do CONTRAN e presidente da 24ª. JARI do DER-SP.

Fonte: Blog do Caminhoneiro