Dez caminhões que fizeram história no Brasil

Mercedes L-1113

Sucessor do igualmente popular 1111, o Mercedes L-1113 surgiu em 1969 com a mesma cabine, mas com motor mais moderno e potente – era um seis cilindros 5.7 de 147 cv e 41 mkgf de torque. Contudo, a principal bossa era sua cabine suspensa por molas e dois amortecedores de dupla ação, conforto que nenhum outro modelo tinha até então.

Confiável e de manutenção barata, o 1113 se tornou tão popular que foi apelidado de “Fusca das estradas”. Pudera: foram cerca de 200 mil unidades vendidas até 1987, sem contar as variações 1313, 1513 e 2013 com maior capacidade e tração e de carga. Estima-se que mais de 170 mil deles ainda estejam circulando pelo Brasil.
Scania L111

Lançado no Brasil em 1976, o Scania L111 sucedeu os L75 (de 1959) e L76 (1963). Todos eles receberam o apelido “Jacaré”, mas foi o L111, lançado em 1976, o mais bem-sucedido deles e também o que teve produção em maior escala, sem deixar de lado a cor laranja característica estreada pelo L76.

Boa parte dos L111 recebeu o motor DS11, um seis cilindros de 11 litros com turbo que entregava 296 cv a 2.200 rpm e 111 mkgf de torque a 1.400 rpm, com transmissão de 10 marchas e duas gamas. A produção durou até 1981, mas a robustez e a simplicidade mecânica deste caminhão de origem sueca permitem que eles sejam vistos aos montes cruzando estradas brasileiras, sempre tracionando cargas pesadas.
Chevrolet C6500

C6500 é o “nome científico” do popular Chevrolet Brasil. Levou este apelido por ter sido o primeiro caminhão da Chevrolet fabricado no Brasil, em São Caetano do Sul (SP). A produção começou em 1958 com cabine baseada na picape americana “Advance Design”, mas com frente da “Task Force”.

O motor era um Jobmaster seis cilindros 4.3 a gasolina de 142 cv a 4.000 e 32 mkgf a 2.400 rpm, com câmbio de três marchas. A versão 3100, considerada picape, deu origem a outros modelos: o Alvorada tinha cabine dupla, enquanto a Amazona era a versão fechada de passageiros e o Corisco era seu furgão. A produção deles durou até 1964, quando foram substituídos pela linha C-10.
Mercedes L-1620

Lançado em 1996, o Mercedes L-1620 é considerado sucessor direto do L-1113, tanto pela capacidade de carga quanto pelo sucesso que teve no mercado. Foi campeão de vendas no Brasil por seis anos. O motor é um 6 cilindros turbocooler de 211 cavalos de potência e torque de 71 mkgf entre 1200 e 1900 rpm.

O modelo foi descontinuado em 2012, sendo substituído pelo Atron 2324, que por sua vez foi descontinuado no final de 2016. A cabine bicuda continua viva apenas no Atron 1635, um cavalo mecânico com motor de 12 cilindros que gera 345 cv e 147,9 mkgf.
Volvo Titan L935

Os veículos da Volvo chegaram ao Brasil em 1934. Além de automóveis, vieram ônibus, tratores e caminhões, que lidavam bem com as primitivas estradas brasileiras. Mas os famosos L385 “Viking” e L395 “Titan” só chegaram nos anos 50. Também conhecido pelo nada modesto apelido de “Super Volvo” o Titan tinha motor seis cilindros 9.6 diesel de 150 cv, bastante força para a época.

 

Ford F-Series

Em 1971 a quinta geração da Ford Série F estava saindo de linha nos Estados Unidos. Foi o ensejo para importar o ferramental e fabricá-la no Brasil. Era considerada terceira geração por aqui, onde marcaria o retorno da Ford às estradas. Ali nasceria uma família com diversas variações de chassi e capacidade de carga.

O F-8500, maior cavalo mecânico da família, chegaria em 1977 para acabar com o hiato da Ford no segmento, que durou quase 10 anos. Seu motor era um Detroit (sim, um GM) V6 5.2 de 202 cv a 2.600 rpm e 61 mkgf a 1.800 rpm, números excelentes que só eram conseguidos pelo fato deste motor ser dois tempos.
Os grandes caminhões da Série F ganhariam mais uma geração e algumas reestilizações até seu fim, em 2005. Hoje, são representados pelos F-350 e F-4000.
FNM  D-11.000

FNM (ou FêNêMê) é a sigla para a Fábrica Nacional de Motores, estatal que foi a primeira fabricante de caminhões do Brasil. A fábrica de Xerém (distrito de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro) chegou a fica um ano parada por causa da má situação financeira da Isotta Fraschini, que lhe fornecia as peças para o D-7.300. Sem poder contar com a Isotta, encontraram outra fabricante de caminhões italianos, a Alfa-Romeo!

Não havia “cuore sportivo” nos cara chata da FNM derivados dos Alfa Romeo. O primeiro foi o D-9.500, mas quem se destacou na histótia foi o D-11.000, lançado em 1958. Caminhão pesado da empresa, tinha motor seis cilindros todo de alumínio de 150 cv. Logo veio o apelido “Barriga D’água”, culpa do vazamento de água no bloco em cerca de 30% dos veículos vendidos no primeiro ano. A FNM trocou gratuitamente todos os motores afetados naquele que pode ter sido o primeiro recall do Brasil.
O detalhe mais curioso do D-11.000, porém, era o cruzamento de marchas. Para cada uma das quatro marchas à frente, havia uma reduzida controlada em uma alavanca extra no painel. Em algumas trocas o motorista precisa tirar as duas mãos do volante, mas na passagem da terceira para a quarta reduzida ele pode usar a mão e o cotovelo. Ao mesmo tempo.
VOLVO N10

Apesar do relativo sucesso dos Titan e Viking, só em 1979 a Volvo deu início à produção de caminhões no Brasil. Foi com o N10, com motor 10 litros de 263 cavalos de potência e capacidade de tração de até 52.000 kg. O detalhe mais característico está nos quatro faróis.

Para entrar nos canaviais, em 1984 a Volvo instalou no N10 um motor que queimava álcool e diesel. Duas linhas de combustível alimentavam o motor turbo TM101 G de 9,6 litros com injeção piloto, que produzia 275 cv. Apenas 10 unidades foram produzidas.
Mercedes L-608 D

Sempre é mais legal chamar o Mercedes L-608 D de “Mercedinho”. Lançado no Brasil em 1972 (a estreia na Europa foi em 1967), foi a aposta da marca para o segmento de caminhões urbanos. Deu tão certo que ao final do primeiro ano já detinha 35% do segmento. Com motor 3.8 de quatro cilindros com injeção direta, 85 cv e caixa de cinco velocidades ZF, tinha capacidade para 3.500 kg.

Muito utilizado para entregas , o L-608 seria reestilizado 1984 e substituído pelo L-709 em 1988. Este depois ganharia motor turbo de 106 cv e seria rebatizado de L-710. Aos poucos esta família foi substituída pelo Accelo, desenvolvido no Brasil e muito mais moderno, até ter a produção encerrada em 2014.
Volkswagen Constellation

Último caminhão de Pedro e Bino na série Carga Pesada, o Volkswagen Constellation foi lançado em 2005. É a família de caminhões pesados mais nova da Volkswagen (MAN), desenvolvida por engenheiros alemães e brasileiros. Ele chegou a ser testado na África e na Europa, mas sua produção se dá unicamente na fábrica de Resende (RJ), de onde também é exportado.

Hoje, existem 29 variações na família, graças a diferença de potência, capacidade de tração e tipo de chassi. O menor, 13.180 (4×2), tem motor MWM 4.7 quatro cilindros de 179 cv, enquanto o 31.370 usa motor Volkswagen 9.4 seis cilindros com turbo de geometria variável que gera 367 cv.

Trafegar com caminhão em má condição pode gerar multa grave

A maioria dos motoristas de caminhão se preocupa em cuidar de seus veículos, afinal, além de ser o instrumento para se ganhar o pão é também dentro da cabine que passam boa parte do tempo. Porém, um grande número de motoristas ainda insiste em deixar de lado os cuidados básicos com a máquina, atitude que pode ocasionar um final infeliz nesta história.

A PRF tem como missão a segurança com cidadania. Por isso, age ostensivamente nas rodovias federais com a finalidade de assegurar a fluidez do trânsito e a fiscalização de veículos, além da documentação relativa.

Mesmo com todo o empenho na fiscalização e na prevenção aos acidentes de trânsito, esse esforço se torna em vão se o motorista não cuidar da manutenção do seu caminhão. Esse descuido pode lhe custar a própria vida, além da vida de terceiros inocentes.

A manutenção vai desde o item mais básico, como a chave, até um dos mais importantes que são os freios. A má conservação ocasiona muitos acidentes com resultados trágicos. A PRF, nesse sentido, realiza fiscalizações específicas para verificação da manutenção de veículos, para a prevenção de acidentes.

Nestas fiscalizações são verificadas as condições dos pneus, sistema de iluminação, sistema de frenagem, presença de equipamentos obrigatórios, além da documentação do motorista e do caminhão. Por fim, é verificado se o motorista ingeriu álcool e estava dirigindo.

A multa para o carreteiro que trafega com o veículo em mau estado de conservação é grave, com 5 pontos na CNH e R$ 127,69, além da retenção do caminhão para regularização. Até ser regularizado, o veículo não pode circular, podendo ser apreendido se o saneamento não for realizado. Por exemplo, se o Agente da PRF verificou que o caminhão está com pneus que não ofereçam segurança, ele vai ter que substituir o item para poder continuar a viagem.

Portanto, quando o motorista faz a manutenção preventiva, realiza a checagem periódica dos itens de segurança, além de economizar no tempo ele terá uma viagem segura, sem contratempos ou frustrações e, numa fiscalização, evita o aborrecimento de ter o veículo retido e ser multado por algo que é seu dever.

Fonte: Portal O Carreteiro

Após 20 dias de atoleiro, trânsito começa a fluir na BR-163

Começou a fluir o tráfego na BR-163, na altura de Itaituba (1.626 km de Belém), no Pará. Os caminhoneiros estavam parados desde o começo de fevereiro. Cerca de 80 quilômetros formados por caminhões parados, sentido Mato Grosso, já foram desobstruídos, conforme informou a Prefeitura de Itaituba.
O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura), Exército, e servidores do Estado do Pará trabalham na reconstrução de pista desde segunda-feira (27). Carretas com carregamento de soja e milho, majoritariamente, estavam paradas desde o dia 9 devido a áreas de atoleiros que se formaram na estrada após o excesso de chuvas na região.
“Nós tínhamos cerca de 100 quilômetros de caminhões em sentido Mato Grosso parados até semana passada. Mas hoje, uns 80 quilômetros já foram liberados. E a previsão é que até amanhã a situação volte ao normal, quando a fila sentido Itaituba também for liberada”, disse o prefeito Valmir Climaco.
Segundo ele, a liberação de tráfego está sendo realizada parcialmente para evitar acidentes na região, visto que a pista ainda está com muita lama.
“Os alimentos começaram a ser entregues hoje à tarde para os caminhoneiros que estão parados, estamos em trabalho de normalização da situação e acreditamos que no mais tardar amanhã teremos controle da situação”.
Conforme o presidente do Movimento dos Transportadores de Cargas (MTG), Gilson Baitaca, cerca de cinco mil caminhões estavam parados entre os municípios de Novo Progresso e Trairão, a 80 quilômetros do porto de Miritituba.
O MTG calcula prejuízo em torno de R$ 100 milhões e a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) aponta conta de 400 mil dólares para as indústrias em portos de Miritituba e Santarém a cada dia de atraso de carregamento de navios.
O Dnit estima que a liberação do tráfego na BR-163 seja realizada até esta sexta-feira (3), dependendo das condições climáticas no Pará. Em nota divulgada na terça-feira (28), o Dnit informou ter conseguido viabilizar uma parte do tráfego no sentido de Mato Grosso, onde o tráfego estava prejudicado desde o dia 10 de fevereiro.
Segundo o órgão, está sendo feita a recuperação de pontos isolados em um segmento de aproximadamente 37 km localizado entre as comunidades de Santa Luzia e Bela Vista do Caracol, no trecho paraense da rodovia. Trechos no sentido sul, em direção a Mato Grosso, começaram a ser liberados na madrugada da última terça-feira.
A Secretaria Estadual de Infraestrutura (Sinfra) diz que a BR-163 é a segunda rota mais importante para o escoamento da produção agropecuária no Brasil. A rodovia reduz em aproximadamente 1.000 km a distância entre Mato Grosso aos portos de Miritituba e Santarém, no Pará, se comparada com a extensão da saída para o Sudeste.
Na atualidade, o trecho da divisa entre Mato Grosso e Pará até o porto de Miritituba é de 668 km, cerca de 86% da pavimentação está concluída. Já de Miritituba a Santarém, o trecho é de 335 km, e ainda restam 86 km para asfaltar (75% concluído).

XXVII Arrancada de Caminhões terá transmissão ao vivo pela internet

Arrancada de caminhões atrai público apaixonados por caminhões do Brasil inteiro.

A 27º Edição da Arrancada De Caminhões que vai acontecer entre os dias 9 a 12 de março em Balneário Arroio da Silva contará com uma transmissão ao vivo pela internet.

A transmissão será feita pela revista W3 que já esteve envolvida na cobertura da competição nas duas últimas edições.

Nos dias 09 e 10 a transmissão da W3 terá flashes ao vivo do local mostrando a movimentação e os bastidores além do desempenho dos competidores na pista. No sábado, dia 11 e no domingo dia 12, a W3 estará ao vivo do local e os internautas poderão participar concorrendo inclusive à prêmios que serão sorteados durante a programação. Para assistir os internautas poderão acessar o site www.revistaw3.com.br ou pelo Facebook da revista.

Texto de Érico Pimenta. Editor-Chefe

Fonte: Midia Truck Brasil

Dono quer reaver caminhão usado em ataque terrorista de Berlim

O empresário polonês enfrenta problemas financeiros e necessita do veículo para evitar falência da sua transportadora. Automóvel usado em atentado contra mercado de Natal está retido desde dezembro pela Justiça alemã.O dono do caminhão usado no atentado do mercado de Natal em Berlim pede que o veículo seja devolvido rapidamente, porque sua empresa enfrenta problemas econômicos. Ariel Zurawski disse em entrevista à televisão polonesa neste sábado (25/02) que sua transportadora tem prejuízo por não poder usar o caminhão, que continua retido pela Justiça alemã.

Zurawski disse à emissora TVN24 que passa por dificuldades financeiras e sua firma está ameaçada de falência. Ele diz que perdeu a carga que era transportada. “Nem mesmo eu sei que o valor da mercadoria, já que ninguém quer me dizer, porque é um segredo comercial. Além disso, a procuradoria alemã não entrou em contato conosco para nos dizer o que vai acontecer com a carga. Então eu temo que acabarei ficando sozinho com este problema”, lamentou.

O empresário afirmou que o caminhão estava transportando vigas metálicas, que já estão cobertas de ferrugem e se tornaram inutilizáveis. Ele disse que a carga estava segurada, mas não contra “atos de terrorismo”.

Após notícias sobre a situação financeira do empresário polonês, muitas pessoas ofereceram dinheiro para ajudá-lo. Zurawski frisou em sua página no Facebook que não quer “esmolas” e pediu para que as pessoas parem de fazer doações. Ele afirmou que quer continuar vivendo do próprio trabalho e que, por isso, necessita que seu caminhão seja liberado o quanto antes.

O caminhão foi roubado pelo tunisiano Anis Amri, que usou o veículo para invadir um mercado de Natal em Berlim em 19 de dezembro, matando 11 pessoas e ferindo dezenas de outras. O motorista do caminhão, primo de Zurawski, foi morto por Amri.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Honestidade de caminhoneiro em acidente chama atenção da PRF

Na última sexta-feira houve um grave acidente na BR-135, próximo Engenheiro Navarro-MG, envolvendo dois carros de passeio. Três pessoas morreram e o resgate precisou ser feito com um helicóptero por causa da gravidade dos ferimentos de uma das vítimas.

Durante a ocorrência, um fato chamou a atenção dos policiais. O caminhoneiro Márcio Alves Fernandes, que viajava entre Campinas-SP e Paulo Afonso-BA, chegou no local imediatamente após o acidente, antes mesmo do socorro. Com a força da batida, diversos objetos pessoais das vítimas ficaram espalhados pelo asfalto, inclusive dinheiro, que estava sendo roubado por pessoas que passavam pelo local.

Ao ver o fato, o caminhoneiro pegou o máximo de notas que pode, e levou até o posto da PRF de Montes Claros. A atitude foi muito elogiada pelos policiais, e mostra a honestidade do caminhoneiro brasileiro.

É vergonhoso saber, que mesmo em um cenário de um acidente, existam pessoas que possam se aproveitar e roubar dinheiro e pertences das vítimas, que muitas vezes não podem fazer nada para se defender.

A apropriação de qualquer item em acidentes é crime previsto no art. 169 do Código Penal, que pode levar à prisão de um mês a um ano.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Motorista sai em busca de ajuda e, na volta, encontra caminhão em chamas

Um caminhão carregado com soja pegou fogo nesta quarta-feira (1º), na Rodovia Prefeito Jorge Bassil Dower (SP-421), em Rancharia. Segundo as informações do Corpo de Bombeiros, após perceber que um dos pneus do caminhão estava furado, o motorista parou no acostamento da rodovia, na altura do km 90,900, e usou uma ferramenta conhecida com “macaco” para suspender o veículo.
Depois disso, ele saiu em busca de um borracheiro na cidade. Após esperar o profissional por cerca de uma hora, pois o borracheiro havia saído para atender a outro chamado, o motorista voltou até o local onde estava o caminhão e já se deparou com o incêndio, por volta das 10h.
Ainda de acordo com a corporação, um caminhão pipa de uma usina que fica próximo ao local da ocorrência já estava apagando o fogo no momento em que os bombeiros chegaram.
Foram utilizados uma viatura dos bombeiros e dois caminhões pipas, que levaram cerca de uma hora para conter as chamas.
As polícias militares Rodoviária e Ambiental também compareceram ao local e o trânsito ficou interrompido nos dois sentidos para o atendimento da ocorrência.
Os bombeiros ainda informaram que, segundo o motorista, apenas a carga do caminhão tinha seguro. De acordo com a Polícia Rodoviária, a perícia esteve no local e as causas do incêndio serão investigadas.

Caminhoneiros parados na BR-163 recebem mantimentos

 Os mais de 4 mil caminhoneiros que estão parados há mais de uma semana na rodovia BR-163, no sudoeste do Pará, começaram a receber água e mantimentos nesta terça-feira (28), doados pelo dono de um posto de combustíveis da região. Ministério da Integração Nacional, pela Defesa Civil Nacional, enviou cestas básicas para a área e a chegada dos mantimentos está prevista para esta quarta-feira (1º) em Itaituba, de onde serão encaminhados para o local.

Fortes chuvas resultaram em um grande atoleiro no trecho da rodovia entre os municípios de Trairão e Novo Progresso, que provoca um congestionamento de 50 quilômetros e impede a passagem de veículos. Na madrugada desta terça, parte do tráfego foi liberado no sentido Pará – Mato Grosso da rodovia.

O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) informou que, caso haja boas condições de tempo, a expectativa é de que seja feita a liberação total do tráfego até a próxima sexta-feira (3). O Dnit disse também que os trechos de atoleiros serão pavimentados ainda em 2017 e que toda a extensão da rodovia no Pará estará asfaltada até 2018.

Ainda segundo o Dnit, o Exército e a Polícia Rodoviária Federal, que chegaram neste último fim de semana ao local, estão organizando os veículos ao longo da pista para permitir a passagem das equipes de manutenção.

Força-tarefa
O Governo do Pará ordenou o atendimento às populações das cinco localidades do município de Trairão, que estão isoladas pela interdição da rodovia.

Uma força-tarefa foi criada com as secretarias estaduais de Transporte, Segurança, Saúde, Educação, além da Casa Civil, Bombeiros, Defesa Civil, PM e Grupamento Aéreo de Segurança Pública, para garantir agilizar procedimentos emergenciais como o monitoramento de danos, riscos e impactos.

O coordenador da Defesa Civil estadual orientou a Defesa Civil municipal de Trairão a montar uma cozinha para atender aos caminhoneiros com alimentação e hidratação e solicitou ao Exército os carros-pipas para distribuir água potável.

Fonte: G1

Furto e roubo de cargas crescem 30% em 2016 em Goiás; Anápolis é alvo

O roubo e furto de cargas aumentaram quase 30% em Goiás, no ano passado, em comparação com 2015, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) aos quais o G1 teve acesso. Segundo a Polícia Civil, a cidade de Anápolis, a 55 km de Goiânia, é onde se concentra a maior incidência desse tipo de crime.

Conforme os números, somando furtos e roubos, em 2015 foram registrados 757 casos. Já em 2016, foram 981. Nesse período, Anápolis concentrou cerca de 11% dos crimes. Caminhoneiros, donos de transportadoras e até empresas de seguro relataram ao G1 que as quadrilhas estão agindo constantemente e que os prejuízos só aumentam.

Quem precisa transportar cargas passando pela região diz que teme pela segurança e que as histórias de criminosos assaltando caminhoneiros são comuns. Um motorista de 34 anos, que prefere não ter a identidade divulgada, foi vítima de roubo em Anápolis, em 2015. Ele transportava um carregamento de leite avaliado em cerca de R$ 40 mil.

“Eu estava em uma subida na BR-153, a 20 km/h. Um carro entrou na minha frente, deu tiro para cima e me obrigou a parar. Mandaram eu abrir a porta e um homem armado entrou no caminhão. Colocaram um capuz na minha cabeça e me colocaram no carro em que eles estavam”, relatou a vítima ao G1.

O caminhoneiro conta que viveu momentos assustadores. “Passou um filme na minha cabeça, lembrava da minha família a toda hora. Achei que não fosse sair vivo. Rodaram comigo no carro, fiquei a noite toda ajoelhado e com a cabeça coberta. No dia seguinte, me deixaram debaixo de uma ponte”, relembra.

Ele se recorda ainda que os criminosos tinham várias informações sobre sua vida. “Sabiam toda minha rota, pegaram meus documentos e disseram que conheciam meus filhos. Na época, eu morava em Anápolis. Depois disso, me mudei de cidade. Até hoje carrego esse trauma”, concluiu.

Cidade alvo
O titular da Delegacia Estadual de Repressão a Roubo de Cargas (Decar), Alexandre Bruno Barros, explica que Anápolis é visada por quadrilhas especializadas nesse tipo de crime devido às características geográficas e econômicas.

“Tem a proximidade com a capital, é uma cidade grande, que cresce muito, cheia de galpões. Ela é cortada por grandes rodovias, inclusive federais, onde há um maior fluxo de caminhões. Também tem o porto seco, com fluxo enorme de carga e descarga de produtos, principalmente gêneros alimentícios”, disse.

Furto e roubo de cargas aumenta em Goiás e Anápolis é um dos principais alvos em Goiás (Foto: Vitor Santana/G1)Número de furto e roubos de cargas aumentou quase 30% em 2016 (Foto: Vitor Santana/G1)

O delegado confirma que houve um aumento na quantidade de furtos e roubos de carga no estado. Porém, ele revela que em grande parte há o envolvimento direto ou indireto dos motoristas dos caminhões.

“De cada 100 registros, em 70 houve participação do motorista. Eles são aliciados pelos líderes da quadrilha para que levem a carga para um ponto específico e depois registrem o roubo. O valor do frete, às vezes, é de R$ 3 mil, e os criminosos oferecem R$ 10 mil para que eles desviem a mercadoria”, contou.

Em outros casos, as quadrilhas investigam a vida dos caminhoneiros e os chantageiam, ameaçando sequestrar ou matar algum familiar, como esposa ou filhos. Com medo, os motoristas obedecem às ordens dos criminosos, entregando a mercadoria.

Evolução do crime
Givaldo Pacheco, diretor da corretora de seguros Gpax, que atende transportadoras de vários tipos de carga, conta que a quantidade de furtos e roubos de mercadoria tem crescido a cada ano. Para combater a ação dos criminosos, a empresa está implementando várias técnicas diferentes de segurança.

“No início, na década de 90, eram roubos amadores, as pessoas cometiam o crime sem planejar. Para coibir isso, dávamos cursos aos motoristas e colocamos escoltas armadas. Algumas quadrilhas viram que esse crime era lucrativo, fácil de cometer, então começaram a atuar com mais força, com mais planejamento e nas rodovias. A partir daí, as seguradoras começaram a exigir outros itens, como rastreadores, tanto no caminhão quanto nas mercadorias, investigação da ficha do motorista, entre outras exigências”, explicou.

O diretor conta que são roubados todos os tipos de carga, de eletrônicos a gêneros alimentícios, passando por combustíveis e medicamentos. “Tem carga que vai desde R$ 60 mil a R$ 1,2 milhão. E esses produtos são revendidos por até 40% do valor da nota”, contou Pacheco.

Enquanto não houver uma ação junto aos receptadores, o roubo de carga só vai aumentar”, Givaldo Pacheco, diretor da Gpax

Segundo o representante da seguradora, outro grande problema são os receptadores das cargas. O diretor explica que os crimes já são cometidos com destinatários certos para as mercadorias roubadas.

“Enquanto não houver uma ação junto aos receptadores, o roubo de carga só vai aumentar. Porque é um crime que compensa, já tem a carga encomendada, o lucro é certo, não vai ter trabalho quase nenhum e o risco é baixo”, disse.

Já o analista de risco da corretora de seguros, Vinicius Santos, aponta que é necessário ter uma polícia que faça a repreensão desse tipo de crime. “Temos uma delegacia, que é a de Furtos e Roubos, que só vem depois do roubo. É uma delegacia investigativa, não temos uma unidade de repressão”, disse.

Ele ainda reforça que é preciso fazer mais fiscalização, atuando na prevenção aos delitos. “Falta um policiamento específico para o roubo de cargas. Tinha que haver mais abordagem de veículos, conferência de notas fiscais, se veículo está regulamentado”, sugere Santos.

Combate e monitoramento
O delegado Alexandre Bruno explicou que existe um trabalho constante de fiscalização da Decar para tentar coibir esse tipo de crime, incluindo parcerias com outros setores da segurança pública. Diante do alto índice de roubos em Anápolis, por exemplo, a polícia começou a monitorar todos os galpões da cidade. “A pessoa pode até pegar a carga em Anápolis, mas agora ela vai ter que deixar guardada em outro lugar, vai dificultar para as quadrilhas”, disse.

Além disso, em Anápolis foi criado o Grupo de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri), para auxiliar no combate aos grupos especializados. Periodicamente também são feitas reuniões entre as polícias para estabelecer estratégias de ação.

Segundo o delegado, com essas operações e parcerias, 112 pessoas foram presas em 2016. Este ano, 18 suspeitos já foram presos. “Acreditamos que conseguimos já desarticular algumas quadrilhas de furto e roubo de cargas que atuavam no estado. E, à medida que você vai atuando, o foco vai mudando. Hoje essas quadrilhas já estão agindo mais no Mato Grosso, Tocantins e Minas Gerais”, explicou.

Porém, o titular da Decar admite que o maior desafio é atuar em cima de quem compra os produtos roubados. “É difícil pegar o receptador, tem carga que são bem específicas, como implementos agrícolas, combustível, são mais difíceis de localizar. A primeira porque vendem diretamente para o fazendeiro, produtor rural, então a mercadoria é rapidamente utilizada. Com os combustíveis, a mesma coisa. Coloca dentro do reservatório e não tem como saber se aquela carga foi ou não produto de roubo”, explicou.

Mesmo com as dificuldades, Barros garante que a polícia segue atuando no combate aos receptadores. “Há seis meses, a região de Aparecida de Goiânia era muito crítica em relação a isso. Donos de supermercados contratavam os agentes delitivos para roubar essas cargas de gêneros alimentícios e produtos de limpeza. Eles tinham até estrutura de galpão para esconder a carga. Prendemos nove donos de supermercados e hoje não temos mais tanto esse problema”, concluiu.

Fonte: G1

Força-tarefa desarticula quadrilha especializada em roubo de cargas

A Operação Hicsos, deflagrada pela PF (Polícia Federal), pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) e pela Polícia Militar de Goiás nesta quarta-feira (22), desarticulou uma quadrilha especializada em roubo de cargas. Segundo as investigações, o bando realizava cerca de 25 roubos por mês, gerando um prejuízo que chega a R$ 30 milhões.

Conforme a Polícia Federal, os roubos aos transportadores eram financiados por empresários proprietários de estabelecimentos comerciais, como postos de combustíveis, supermercados e distribuidoras de alimentos e bebidas. Eles pagavam cerca de metade do valor pela carga e o produto era revendido normalmente aos consumidores finais. “Nos surpreende porque somos, muitas vezes, consumidores desses comerciantes, considerando que estamos tratando de redes de supermercados, de postos de gasolina… Portanto, é uma ação que tem toda uma estrutura organizacional muito bem definida”, comenta o superintendente da PF em Goiás, Umberto Ramos Rodrigues. Clique aqui para ouvir o delegado da PF 

A ação, que mobilizou 350 policiais, cumpriu 30 mandados de prisão preventiva, 29 de busca e apreensão e 12 de condução coercitiva. Além disso, foram realizadas quatro prisões em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. A operação foi realizada nas cidades de Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Trindade, Bela Vista, Leopoldo de Bulhões, Alexânia, Morrinhos, Campos Belos – no estado de Goiás, além do Distrito Federal.

Os bandidos chegavam a montar falsas barreiras policiais para parar os caminhões. Quando consideravam que a carga era de alto valor, anunciavam o assalto. Eles utilizavam até tecnologia para evitar o rastreamento dos veículos. “Utilizavam, de maneira frequente, bloqueadores dos rastreadores, impedindo que essa carga fosse acompanhada pelas organizações de segurança que atuam junto às empresas”, destaca Umberto Ramos.

Os investigadores descobriram, ainda, que o dinheiro arrecadado pelos bandidos financiava outras atividades criminosas, como tráfico de drogas e de armas e roubos a bancos.

Os presos responderão pelos crimes de roubo qualificado, cárcere privado, lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de drogas e receptação.

Operação Hicsos

A operação foi batizada de Hicsos em alusão a um povo asiático que invadiu a região oriental do delta do rio Nilo, no Egito Antigo, cerca de dois mil anos antes de Cristo. Segundo a PF, a referência se deve ao fato de os hicsos terem sido conhecidos, na antiguidade, como saqueadores e ladrões.

No RS, delegado e comissário de polícia financiavam roubos de cargas

Já no Rio Grande do Sul, uma investigação do Ministério Público em parceria com a Polícia Civil descobriu que um delegado da Polícia Civil e um comissário aposentado financiavam grupos criminosos que praticavam roubos de cargas, receptação e estelionatos.

Os valores eram repassados por meio de conta corrente de terceiros e empresas de fachada. Em contrapartida, o delegado e o comissário aposentado recebiam parte dos lucros do crime. A apuração do MPRS já identificou a lavagem de R$ 1,1 milhão.

Natália Pianegonda
Fonte: Agência CNT de Notícias 

Notícias das Estradas Todos os Dias Para os Caminhoneiros TruckPad