Semana decisiva para o transporte rodoviário de cargas

A semana está sendo considerada como decisiva para muitos caminhoneiros autônomos e transportadoras, principalmente para os que atuam na região centro-oeste do país. A importância se deve a votação prevista para acontecer amanhã (7) na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, onde será definida a aprovação ou não do Projeto de Lei 528/2015, de autoria do Deputado Assis do Couto, do Paraná.

A PL 528/2015 prevê a criação de uma Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, com o objetivo de promover condições razoáveis à realização de fretes em todo o território nacional, proporcionando retribuição ao serviço prestado em patamar adequado. O tabelamento mínimo do frete é visto com uma das principais medidas para solucionar a crise vivida pelo transporte rodoviário de cargas e combater os baixíssimos fretes praticados no setor.

Além de estabelecer a regras para criação e aplicação da tabela mínima do frete, a PL 528/2015 prevê ainda a obrigatoriedade da utilização dos valores pré-estabelecidos como referência, além disso visa estabelecer punições para o descumprimento da mesma.

A votação do tabelamento mínimo do frete estava previsto para acontecer na última semana (quarta-feira, 30), mas foi adiado para essa semana (7) após um pedido de vistas (análise) do Deputado da base governista Edinho Bez (PMDB-SC).

Também na semana passada diversos caminhoneiros vindos de diferentes regiões do país se concentraram em Brasília, afim de pressionarem a aprovação da PL 528/2015. Bloqueios em algumas rodovias federais do país também foram registrados. Com o adiamento da votação, o setor de transportes declarou estado de greve. Caso o projeto de lei não seja aprovado amanhã (7) uma nova paralisação do transporte rodoviário de cargas no Brasil pode acontecer.

TEXTO: Lucas Duarte
Blog Caminhões e Carretas

Diesel e gasolina ficam mais caros

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (5) aumento do preço do diesel nas refinarias em 9,5%, em média, e da gasolina em 8,1%, com vigência a partir desta terça (6). Se o ajuste feito for integralmente repassado pelos outros integrantes da cadeia do petróleo, sem alteração das demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode subir 5,5% ou cerca de R$ 0,17 por litro, e a gasolina 3,4%, ou R$ 0,12 por litro.

Segundo a estatal, seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) se reuniu e, de acordo com a política de preços anunciada pela Petrobras em outubro, decidiu pelo reajuste.

“As principais variáveis que explicam a decisão do Grupo Executivo são o aumento observado nos preços do petróleo e derivados e desvalorização da taxa de câmbio no período recente. Por outro lado, a participação da Petrobras no mercado interno de diesel registrou pequenos sinais de recuperação”, informa a companhia.

A estatal reafirma a sua política de revisão de preços pelos menos uma vez a cada 30 dias, o que lhe dá a “flexibilidade necessária para lidar com variáveis cuja volatilidade vem aumentando recentemente”.

A empresa ressalta ainda que, como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas por ela nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. “Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente distribuidoras e postos de combustíveis.”

Fonte:  Blog do Caminhoneiro

Caminhoneiro reage e assaltante morre com tiro

O paraguaio Oscar Andres Benitez Baez, 24 anos, morreu no último sábado (2) com um tiro disparado pela própria arma, após render e fazer refém uma família. O caso aconteceu em Itaquiraí, região sul de MS.

A vítima, um caminhoneiro de 51 anos, contou que estava em um sitio, no Assentamento Santo Antônio, junto com a esposa e o filho pequeno, quando dois homens chegaram e pediram água.

Ao buscar a água, os bandidos que sacaram as armas e anunciaram o assalto. O caminhoneiro, a mulher e a criança foram rendidos, amarrados e colocados no banco de trás da cabine do caminhão da vítima.

Um dos bandidos assumiu a direção, enquanto o comparsa dele, conduzindo um carro de passeio, foi atrás seguindo o caminhão, na MS-487, sentido BR-163. Durante o trajeto, o caminheiro conseguiu se soltar e entrou em luta com o bandido, ainda no caminhão que saiu da pista, desceu um barranco e foi parar em meio a plantação de soja.

A vítima conseguiu segurar o cano do revólver, porém três disparos foram feitos. Um deles acertou o caminhoneiro no tórax, o para-brisa do veículo e o outro o próprio bandido que após o ferimento soltou a arma.

Desesperado com a situação, a vítima foi atrás de socorro e o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados. O caminheiro foi encaminhado à Santa Casa de Naviraí e passa bem. Já o suspeito morreu no local. O comparsa dele não foi localizado. O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia Civil de Naviraí.

Fonte: O Progresso

Rodovias ruins aumentam consumo de diesel e geram prejuízo de R$ 2,3 bi

As condições precárias das rodovias devem gerar um prejuízo, aos transportadores, de R$ 2,34 bilhões em 2016, somente devido ao consumo desnecessário de mais de 700 milhões de litros de diesel. Esse valor leva em consideração a qualidade do pavimento, item que apresentou problemas em 48,3% da extensão avaliada na Pesquisa CNT de Rodovias 2016.

De acordo com o estudo da Confederação Nacional do Transporte, o desperdício de diesel dos veículos de carga que transitam onde o asfalto tem problemas é, em média, de 5%. Isso se deve ao aumento das frenagens e acelerações.

Outro problema é o aumento das emissões de poluentes. A estimativa da CNT é de que essa queima de diesel excedente contribua para a emissão desnecessária de 2,07 megatoneladas de CO2 neste ano.

O cálculo da Confederação sobre o desperdício de combustível leva em consideração a previsão de consumo em 2016 e o preço médio de revenda do diesel comum, R$ 3,015 o litro (média de janeiro a agosto de 2016). A média de consumo anual é uma estimativa do Primeiro Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2011.

Agência CNT de Notícias

Contran altera pela segunda vez os requisitos para carrocerias de madeira

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) alterou pela segunda vez esse ano, os requisitos para a construção e utilização de carrocerias de madeira no transporte rodoviário de cargas. A nova alteração foi regulamentada pela Resolução nº 631/2016, publicada no dia 1º de dezembro.
A polêmica envolvendo as carrocerias de madeira teve início em setembro de 2015, quando o Contran publicou a Resolução nº 552/2015, que estabeleceu uma série de regras para a amarração de cargas e requisitos para as carrocerias. O texto tornava inviável a utilização das carrocerias de madeira, já que proibia a utilização de dispositivos de amarração em pontos constituídos de madeira ou, mesmo sendo metálicos, que estejam fixados na parte de madeira da carroceria.
Ciente da polêmica, o Contran publicou em março de 2016 a Resolução nº 588/2016 que alterava a resolução nº 552/2015, com o objetivo de evitar essa inviabilidade e até o fim das carrocerias de madeira. Segundo o texto as  novas carrocerias de madeira deveriam ter obrigatoriamente chassis e travessas metálicas.
Agora, a Resolução 631/2016 estabelece que, as novas carrocerias de madeira deverão ser construídas com madeira de alta densidade e alta resistência e ter obrigatoriamente fixadores metálicos de perfil U que comprovadamente resistam às forças solicitadas. Ou seja, a nova resolução dispensa o uso de travessas e chassis metálicos em novas carrocerias.
Os requisitos para as novas carrocerias de madeira serão obrigatórios a partir de 1º de janeiro de 2017.
Confira na íntegra a Resolução nº 631/2016: CLIQUE AQUI
Regras para as carrocerias em circulação 
Já para os veículos em circulação o Contran estabelece por meio da Resolução nº 631/2016 que, deverão ser adicionados aos dispositivos de amarração perfis metálicos em “L” ou “U” nos pontos de fixação, fixados nas travessas da estrutura por parafusos, de modo a permitir a soldagem do gancho nesse perfil e a garantir a resistência necessária.” O prazo para a regularização termina em 31 de dezembro de 2017. A partir de 1º de janeiro de 2018 as mudanças serão exigidas e fiscalizadas.
TEXTO: Lucas Duarte

Lubrificantes para veículos pesados terão mais tecnologia em 2017

A partir de 1º de janeiro de 2017, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determina, através da Resolução nº 22, níveis mínimos de desempenho dos óleos lubrificantes para motores automotivos ciclos Otto e Diesel. A nova regulamentação da ANP, determina que a classificação mínima será a “CH”. Portanto, a partir do próximo ano os lubrificantes para caminhões API CG-4 deixarão de existir.

Entenda a regulamentação:

Por meio da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a legislação brasileira exige que os óleos lubrificantes apresentem classificações como a API (American Petroleum Institute), que aponta a qualidade dos produtos, e a SAE (Society of Automotive Engineers), que informa o tipo de viscosidade.

Essas siglas existentes nos rótulos das embalagens não são meramente ilustrativas, elas são essenciais para identificar o produto e assegurar o desempenho oferecido.

Para conquistar cada um desses certificados é necessário que o óleo cumpra uma série de requisitos e critérios pré-estabelecidos que determinam o tipo e a qualidade do produto, por isso são tão importantes.

Essas especificações também norteiam o consumidor na escolha adequada do lubrificante e estão presentes no manual do fabricante do veículo, com a finalidade de indicarem a norma ideal para cada motor.

No caso da certificação API, há uma divisão em duas subcategorias: “C”, para veículos com combustão espontânea, como os de motores a diesel, e “S”, destinada a veículos com combustão interna, como os de motores a gasolina, etanol e GNV.

A letra que acompanha o “C”, por exemplo, diz respeito à tecnologia e o desempenho dos lubrificantes, e aumenta de acordo com a ordem das letras do alfabeto. O máximo encontrado hoje no mercado para veículos à diesel é o “CJ”, ou seja, quanto mais próxima a letra for do “J”, melhor será a qualidade do lubrificante.

A nova regulamentação da ANP, determina que a classificação mínima a partir de 2017 será a “CH”.

Assista ao vídeo preparado pela Mobil Delvac que explica sobre a Resolução

A gerente de marketing da Mobil, Roberta Maia, explica que movimentações como essa da ANP são fundamentais para abrir espaço para novas tecnologias em substituição a produtos obsoletos, que não agregam tantas vantagens ao consumidor se comparados aos demais disponíveis no mercado.

“Essas mudanças mostram que o mercado nacional tem acompanhado a evolução dos óleos lubrificantes. A Mobil não comercializa produtos com a certificação API CG-4 desde 2014 e investe constantemente em tecnologia para oferecer o que há de melhor ao consumidor, como lubrificantes premium de alta performance, que proporcionam segurança, produtividade e proteção”, completa.

Fonte: Portal O Carreteiro

Pare e Siga

A Concessionária Rota do Oeste informa que nesta  segunda-feira (05) entre 07h e 17h, haverá interdição parcial de pista em alguns pontos da BR-163 / BR-364 / BR-070. Na Rodovia dos Imigrantes (BR-070) e em trechos da BR-364, os trabalhos também serão realizados no período noturno, entre 19h e 4h30. Nestes locais são realizadas obras sobre o pavimento. Por isso, para evitar acidentes, a Concessionária orienta os usuários que redobrem a atenção. Nos pontos onde a rodovia é de pista simples, o tráfego flui apenas por um dos sentidos e há operação ‘Pare e Siga’*. Nos trechos duplicados, é interditada apenas uma das faixas e o tráfego é realizado em meia pista. As intervenções podem sofrer alterações de acordo com as condições climáticas no local. Mais informações sobre a rodovia podem ser solicitadas no Centro de Controle Operacional (CCO) por meio do 0800 065 0163.

Segunda-feira (05)

Data

Rodovia

KM Inicial

KM Final

Localização

05/12/2016

De 19h às 4h30

BR-070

514

516

Várzea Grande

05/12/2016

De 19h às 4h30

BR-364

505

512

Jangada / Rosário Oeste

05/12/2016

BR-070

512

514

Várzea Grande

05/12/2016

BR-163

677

679

Lucas do Rio Verde

05/12/2016

BR-163

715

716

Sorriso

05/12/2016

BR-163

729

730

Sorriso

05/12/2016

BR-163

760

769

Sorriso

05/12/2016

BR-163

780

795

Vera

Fonte: Rota do Oeste

Nikola One e Nikola Two serão os novos caminhões elétricos do mundo

Muita gente acha que não adianta nada ter carros elétricos se caminhões e ônibus continuarem a poluir as ruas e estradas com a fumaça preta do diesel. Não sabemos se essa foi a inspiração da Nikola Motor, mas ela mostrou que não está para brincadeira ao revelar seu primeiro caminhão, o Nikola One, em Salt Lake City, nos EUA. Ele não é apenas elétrico, mas também conta com pilha de combustível como um extensor de autonomia.
Pilhas de combustível são equipamentos que convertem hidrogênio em eletricidade. Como subproduto, elas geram apenas água. Se você se lembra das experiências de eletrólise na escola, que geram hidrogênio, normalmente armazenado em um tubo de ensaio, é o processo inverso. Ou seja, em vez de colocar energia elétrica para gerar hidrogênio, você coloca hidrogênio para gerar eletricidade.
O Nikola One usa essa grande sacada justamente para evitar longos períodos de recarga de suas baterias. O cavalo-mecânico tem 275,5 kgfm de torque e mais de 1.000 cv de potência, com uma autonomia de até 1.931 km. A autonomia mínima é de 1.287 km, ou 800 milhas, como a empresa divulga. Seu pacote de baterias tem 320 kWh. Como base de comparação, o carro elétrico com o maior pacote de baterias na atualidade, o Tesla Model S P100D, tem um pacote de 100 kWh.
Outra ideia de tirar o chapéu dos caras da Nikola Motor (outra empresa inspirada no gênio Nikola Tesla) é a distribuição de pontos de reabastecimento de hidrogênio por todos os Estados Unidos e Canadá. Serão 364 pontos, cuja construção começa em janeiro de 2018.
Tanto o Nikola One quanto um modelo mais em conta, batizado de Nikola Two, serão oferecidos por meio de leasing. O custo mensal ficará entre US$ 5.000 e US$ 7.000 (de R$ 17.500 a R$ 24.500) por mês ao longo de 72 meses. Sem limite de milhas e com manutenção, garantia e combustível incluídos no pacote. Ao final dos 72 meses ou de 1 milhão de milhas (1.609.344 km), o “locatário” do caminhão poderá trocá-lo por um completamente novo, sem custo.
Se isso te parece caro, saiba que é um tremendo negócio. Segundo o site Drive Big Trucks, o custo anual de manter um caminhão nos EUA chega a US$ 180.000, ou à média mensal de US$ 15.000, contando os salários dos motoristas. O que a Nikola oferece é um custo de 1/3 ou pouco menos da metade, sem outra preocupação que não o salário dos motoristas. Poderia ser ainda melhor se a economia de combustível pudesse ficar com o proprietário, mas fica com a Nikola, que o fornecerá. E o CEO da Nikola, Trevor Milton, promete uma economia equivalente a 6,6 km/l, que seria o dobro do que cavalos-mecânicos turbodiesel conseguiriam.
As primeiras unidades devem ser entregues no final desta década. No começo, os caminhões serão construídos em parceria com a Fitzgerald, mas a Nikola pretende anunciar o local de sua fábrica em meados do ano que vem. Ela será capaz de entregar 50 mil unidades por ano. E a Nikola diz que já tem pedidos da ordem de US$ 4 bilhões. Se a empresa cumprir o que promete, o santo de Nikola Tesla vai transformar outra empresa em moda no mercado americano.
Como nota curiosa, a Nikola também promete trocar as baterias de seu único produto à venda atualmente, o Nikola Zero, um ATV (ou UTV, como eles o chamam nos EUA). Em vez do atual pacote de 72 kWh, ele terá um de 107 kWh, ampliando sua autonomia em 160 km, para mais de 480 km, e o torque dos atuais 65,8 kgfm para inacreditáveis 138,3 kgfm.

FONTE: Blog Caminhões e Carretas

DNIT deve reparar BR 158 em MS e instalar pesagem de caminhões

O Ministério Público Federal em Três Lagoas (MPF/MS) conseguiu decisão judicial que determina que o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) realize reparos e manutenção na BR 158, no trecho entre Paranaíba e Aparecida do Taboado, na região leste de Mato Grosso do Sul.

Segundo o MPF/MS, a autarquia, responsável pelas estradas federais do país, deve realizar obras de reparo e conservação do pavimento, iluminação horizontal e vertical e do acostamento da BR 158. Também deve ser instalada base de operação de equipamentos de pesagem para veículos de carga. O DNIT tem 180 dias para cumprir a determinação, sob pena de multa diária de R$ 15 mil.

O trecho de 54 km é objeto de inquérito civil desde 2014. “Neste tempo, já foram expedidos diversos ofícios e duas recomendações ao DNIT, que descumpriu todas as determinações. À notificação inicial do problema, foram juntando-se reclamações dos usuários da rodovia, matérias jornalísticas e relatórios da Polícia Rodoviária Federal. Todos dão conta da crescente precarização das condições da rodovia, que recebe, além de veículos de passeio, tráfego de caminhões de carga”, diz o MPF.

O MPF ajuizou ação civil pública em março deste ano, com pedido de liminar, para que a autarquia fosse obrigada a tornar a BR 158 trafegável com segurança. A decisão que atendeu os pedidos foi deferida em 7 de outubro, chegando para conhecimento do MPF em 11 de novembro.

A BR 158, no trecho entre Aparecida do Taboado e Paranaíba, está localizada em região de alta concentração industrial e possui elevado fluxo de carros e caminhões. A extensão foi considerada de “baixíssima qualidade” pela Polícia Rodoviária Federal, que classifica a manutenção da via como “deficiente”.

O excesso de peso é um dos principais fatores da decomposição da rodovia e contribui para o surgimento de buracos e o afundamento da pista. De acordo com inspeções da PRF, a BR 158 possui várias extensões comprometidas, com ondulações, elevações, desníveis e buracos.

Fonte: Globo Rural

O que é o tabelamento mínimo do frete?

Apontada como a principal solução para minimizar a crise vivenciada pelo transporte rodoviário de cargas no Brasil, a tabela mínima do frete estabelece valores mínimos por quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado, considerando o tipo de carga.

O tabelamento mínimo do frete ganhou força no início de 2015, principalmente na região Centro-Oeste do país. Em março de 2015 o Deputado Federal Assis do Couto, do Paraná, elaborou o Projeto de Lei nº 528/2015 que regulamenta a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas.

O texto da PL 528/2015 classifica as cargas em três categorias, carga geral, a granel, frigorificada, perigosa e neogranel. Além disso o texto deixa claro o objetivo da proposta, “A Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas tem como finalidade promover condições razoáveis à realização de fretes em todo o território nacional, proporcionando retribuição ao serviço prestado em patamar adequado”. Ou seja, o tabelamento mínimo do frete tem como principal objetivo combater preços baixos praticados atualmente no mercado, que em determinadas situações não cobrem nem os custos da operação de transporte.
A PL 528/2015 prevê ainda a publicação de duas tabelas por ano, a primeira em janeiro sendo válida para o primeiro semestre do ano e a segunda em julho, válida para o segundo semestre do ano. Segundo a proposta as tabelas deverão ser publicadas até o dia 20 desses meses.
A Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas determina ainda que o processo de definição dos valores mínimos do frete deverá contar com a participação dos sindicatos de empresas de transportes e de transportadores autônomos de cargas, bem como com representantes das cooperativas de transporte de cargas. Além disso, a definição dos preços a serem praticados deverá levar em conta, de forma prioritária,  a oscilação e a importância do valor do óleo diesel e dos pedágios na composição dos custos do frete.
Por fim a PL 528/2015 define ainda valores que deverão ser aplicados de forma imediata em todo o território nacional após sua aprovação. São eles:
Carga geral, carga a granel e carga neogranel: R$ 0,70 (setenta centavos) por quilômetro rodado para cada eixo carregado
Carga frigorificada (refrigerada) e carga perigosa: R$ 0,90 (noventa centavos) por quilômetro rodado para cada eixo carregado.
No caso de fretes curtos, ou seja, com distâncias inferiores a 800 quilômetros, deverá ser feito um acréscimo de no mínimo 15% nos valores mencionados acima. O texto da PL 528/2015 deixando claro ainda que os valores acima valem até que o Ministério do Transporte edite a norma.
A votação da PL 528/2015 na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados estava prevista para ontem, porém um pedido de vistas (análise) adiou a votação para a próxima quarta-feira (7). Caminhoneiros de diversas regiões do Brasil estiveram em Brasília reivindicando a aprovação da tabela. Com o adiamento, um estado de greve foi declarado no fim da tarde de ontem.
TEXTO: Lucas Duarte

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