Cummins apresenta novas tecnologias para beneficiar em um futuro próximo usuários finais e frotistas

 

Para oferecer o que há de mais moderno aos seus usuários finais e clientes, a Cummins não mede esforços no desenvolvimento de novas tecnologias voltadas a eficiência energética com o benefício da conectividade para o segmento automotivo de motores diesel. O foco, além de ambiental, é a redução do consumo de combustível e do aumento do intervalo de manutenção. Recentemente, após a integração de todo um trabalho gobal, a fabricante de motores apresentou algumas soluções para a máxima eficiência e performance à montadoras, usuários finais e frotistas em evento inaugurado como Cummins Innovation Week.

 

Já em operação no mercado norte-americano, o Adept™ (Advanced Dynamic Efficient Powertrain), é um conjunto de recursos eletrônicos avançados que adapta, de modo dinâmico, às condições momentâneas de funcionamento para operação eficiente do veículo. Este sistema vai instalado no motor e verifica de forma automaticamente as condições de aceleração, monitorando em tempo real e de forma quase imperceptível para o motorista, a performance da máquina em operação.

 

Outra função do Adept™ é o Smart Coast que em modo Cruise Control mantém a velocidade média do veículo mesmo desacoplando a transmissão. Neste caso se a velocidade do veículo for reduzida por algum tipo de obstáculo, como uma subida por exemplo, o motor volta a acoplar a transmissão pra que o caminhão retome a velocidade de referência, sem a necessidade do motorista acelerar novamente.

 

Dessa maneira, o Smart Coast faz com que a retomada desta aceleração seja postergada e, consequentemente, o tempo de injeção de combustível menor, proporcionando uma redução de combustível de até 3%, de acordo com os testes realizados.

 

EBP – Por meio de uma chave seletora (EBP) localizada no painel do caminhão, o motorista pode optar a função mais adequada, entre os diferentes ajustes de funções voltados à economia de combustível, de acordo com a demanda das condições de estrada e de operação. O acionamento do modo Econômico é recomendado quando o caminhão está vazio ou com pouca carga, sem inclinações nas estradas. A opção Balanceada é destinada quando há carga máxima de transporte no veículo, inclinação normal e, nesta condição, o ajuste é moderado. Já a opção Performance desabilita todas as funções quando existe peso bruto de transporte e alta inclinação.Testes mostraram que a utilização da tecnologia EBP pode proporcionar uma economia de combustível de até 8%.

 

PowerSpec – O software é mais uma ferramenta desenvolvida pela Cummins Inc., totalmente disponível para o mercado e o público brasileiro. Após o download no site da fabricante, o sistema permite a customização dos motores Cummins produzidos a partir de 2012 (Euro V) para operação, de acordo com as necessidades diárias. Com base em informações coletadas como percurso, número de paradas, peso do veículo, motor, tempo em marcha lenta, o PowerSpec propõe melhorias de performance e rendimento. A ferramenta eletrônica faz com que seja possível otimizar e adaptar o funcionamento dos motores Cummins em suas aplicações.

 

Smart Filtration – É uma plataforma responsável pelo monitoramento das condições dos filtros do caminhão. Através de uma base de dados coletados com a telemetria e conectado ao smartphone, o usuário final e/ou frotista pode acompanhar e receber informações sobre o período de intervalo de troca. O aplicativo Smart Filtration calcula o delta de pressão e estima a vazão para sincronizar a necessidade de substituição dos produtos, ou seja, vai informar o momento exato da substituição, podendo estender o prazo, caso o ciclo de uso seja mais leve. O Smart Filtration já está implementado na Austrália em motores HHP como projeto piloto. No Brasil, nas aplicações automotivas, a previsão de chegada é no segundo semestre de 2017.

 

ISG 12 – Recém lançado no mercado, o motor ISG 12 define um novo padrão de plataforma global de motores pesados. Segue a tendência downsizing, traz potência de até 510 hp e é oferecido através de um pacote compacto e leve. O motor, disponível para atender às diversas normas internacionais em requisitos de emissões – Euro 5, Euro 6, EPA 2017, é a solução da Cummins para serviços de longa distância.

 

Fonte: Cummins 

Ligações interurbanas passam a custar o mesmo que chamadas locais em 587 municípios

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) anunciou que a partir deste domingo (30) as chamadas para telefones fixos para 587 municípios vizinhos não serão cobradas como interurbanas e terão o mesmo custo que ligações locais.

A estimativa do órgão é de redução de até 60% nos custos das ligações, dependendo do plano do consumidor. A queda na tarifa acontecerá em 281 cidades da Região Sul; 199 da Região Nordeste; 69 do Sudeste; e 38 municípios da Região Norte.

Em maio deste ano, a Anatel publicou um novo regulamento sobre áreas locais e só agora as alterações serão realizadas. Segundo a agência, os clientes dos planos básicos que até agora pagavam R$ 0,20 por minuto para ligações interurbanas, irão pagar R$ 0,08.

Esses números podem mudar dependendo do serviço contratado e das condições contratuais de cada um deles. Dados de junho deste ano apontam que 25,30% dos assinantes da Oi; 9,64% da Telefônica; 8,60% da CTBC Telecom, e 7,87% da Sercomtel utilizam os planos básicos de serviço.

Para ver a lista de cidades, clique aqui.

Fonte: Gizmodo

Notificação por aplicativo que dá desconto em multas começa nesta terça-feira

A partir desta terça-feira (1º) os motoristas poderão aderir ao sistema de notificação de multas pelo celular. Mas a ferramenta estará disponível, inicialmente, apenas para quem utiliza smartphones: os condutores devem baixar o aplicativo Sistema de Notificação Eletrônica, disponível na Apple Store e na Google Play. A ferramenta será apresentada e detalhada pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) nesta terça.

Ao fazerem o download, os motoristas terão que preencher informações pessoais e sobre o veículo (como número da carteira de habilitação e código do Renavam – Registro Nacional de Veículos Automotores). Quem aceitar receber as notificações de multas pelo aplicativo poderá pagar o valor com desconto de 40%, até a data do vencimento.

Conforme o Denatran, inicialmente serão notificadas apenas as multas por infrações cometidas em rodovias federais ou quando o condutor está trafegando em estado diferente daquele onde o veículo foi emplacado. Conforme o coordenador de Educação do Departamento Nacional de Trânsito, Francisco Garonce, a inclusão dos órgãos de trânsito estaduais e municipais no sistema deverá ser concluída ao longo de um ano. “Estamos fazendo a coisa por etapas para que os problemas possam ser resolvidos e, quando tivermos o sistema nacional, que vai abranger todos os veículos em uma mesma base de dados, que os condutores cadastrados possam receber a notificação quase de forma imediata”, diz.

Garonce também destaca que o sistema de notificação eletrônica promoverá economia de recursos públicos, com a redução do envio das correspondências: “acaba com a preocupação de imprimir material, mandar por correio e obter o aviso de recebimento. Muitas vezes os endereços estão desatualizados, porque o motorista se muda e não atualiza os dados, então a notificação não chega até o destinatário. Com o aplicativo, nós poderemos ter certeza da notificação”. Outra vantagem, afirma, é a possibilidade do desenvolvimento de ações educativas personalizadas. “Poderemos passar para os perfis de condutores que incorrem nos mesmos erros campanhas educativas próprias que alertem para os riscos daquele comportamento”, esclarece.

Ele alerta, no entanto, que a única forma de notificação eletrônica das multas é pelo aplicativo Sistema de Notificação Eletrônica. Os órgãos não enviam multas por e-mail nem por SMS, que é mensagem de texto de celular.

Fonte: CNT

O medo do “L” e o ajuste parcial dos freios dianteiros

Existem várias lendas no universo dos carreteiros. Uma das mais famosas é o efeito e as causas do “L”. Uns falam que é frear na chuva, outros falam que é usar manete do reboque, outros falam que tem a ver com o ajuste dos freios dianteiros. E por aí vai.

Mas o que é realmente o efeito “L”?

O efeito L se dá por uma quebra na estabilidade da carreta sobre a quinta roda e pode ocorrer por várias razões diferentes. Dentre elas: freadas com manete em curvas, freios mal regulados do cavalo, reboque que empurra o cavalo mecânico e velocidade inadequada da composição.

Uma prática bem comum e que deve ser evitada, é a regulagem com folga “a mais” do freio dianteiro. Pela lógica de funcionamento, não há nenhum ganho ou diminuição de riscos, e sim o desequilíbrio de vida útil das lonas de freio, entre tração e dianteira. Então, vamos avaliar na prática a função pneumática?

Quando devidamente regulados os sistemas, com um pequeno toque nos freios, o circuito traseiro já libera ar para o reboque, ou seja, começamos a frenar ligeiramente a carreta e, em seguida, com mínima pressão adiante, segue o circuito traseiro e logo após o circuito dianteiro. Pela lógica, o circuito dianteiro já tem um ligeiro atraso de resposta, na casa de 0,3 bar de diferença até os 5,0 bar. A partir desta pressão, equaliza-se e as respostas de pressão são iguais.

O melhor, então, é regular todas as lonas por igual e deixar a pneumática cumprir com o resto, sem esquecer de usar lonas genuínas, pois além da dureza adequada, o desgaste dos tambores será sempre uniforme.

Lembre-se de tomar precaução defensiva, adotando velocidade compatível com o trecho e as condições da via e clima.

Texto por: Carlos Souza Especialista Iveco

Caminhoneiro é esfaqueado ao dar carona para estranho em Vilhena, RO

Um caminhoneiro de 39 anos levou uma facada após dar carona a um desconhecido na noite da última terça-feira (24) em Vilhena (RO), distante 700 quilômetros de Porto Velho. Depois de golpeá-lo, o suspeito roubou o celular da vítima e fugiu. Ninguém foi preso ainda, segundo a Polícia Civil.

 

Conforme o boletim de ocorrência do caso, o roubo aconteceu por volta das 23h, na Avenida Marechal Rondon. O caminhoneiro estava próximo a um posto de combustível quando atendeu ao pedido de carona do indivíduo.

Ao subir no veículo, instantaneamente o suspeito tirou uma faca das vestes e golpeou a vítima na coxa direita. Em seguida, pegou o celular que estava dentro do caminhão e empreendeu fuga a pé.
Ferido, o caminhoneiro dirigiu até o posto e pediu para que o levassem a um hospital. Ele recebeu atendimento médico. O crime foi registrado na Delegacia de Polícia Civil, que deve investigar o caso.

A safra é recorde, mas o transporte rodoviário de carga nem pode comemorar

Enquanto a agricultura bate recordes, o setor de transporte de cargas sofre para dar conta de escoar a produção. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresentou recentemente um levantamento com a intenção de plantio dos produtores para a safra 2016/2017. A estimativa é que a produção nacional fique entre 210,5 milhões e 215 milhões de toneladas, 15% a mais do que a safra anterior, que passou de 186 milhões de toneladas. Seria um novo recorde. Mas, ainda assim, o feito não deve ser muito comemorado. É o que aponta Geasi Oliveira de Souza, vice-presidente de especialidades do agronegócio na Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística (NTC&Logística).

“As perspectivas de aumento de produtividade, que deveriam ser motivo de intensa comemoração, tornam- se um desafio para os gestores das operações do transporte rodoviário de carga (TR C). Seus orçamentos, que sempre buscam otimizar a relação entre custo e produtividade, são fortemente impactados pela elevação dos custos que a deficitária infraestrutura exige”, afirma. De acordo com um levantamento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), 75% das cargas transportadas pelo Brasil estão relacionadas ao agronegócio. E, de toda a produção agrícola, 85% circula pelas rodovias do País. Para algumas operações específicas, como avícola, pecuária leiteira e papel e celulose, a intensa movimentação de insumos e matérias- -primas é realizada exclusivamente através do TR C. “Essa elevada dependência do modal rodoviário reflete diretamente em custos operacionais, já que contamos com um perfil de frota sucateada, com mais de 13 anos e com restrito uso de recursos tecnológicos. Neste cenário, vemos os impactos nas operações, tanto em termos de custos quanto de sustentabilidade”, afirma.

Outro aspecto que preocupa o setor é a elevada taxa de concentração dos embarcadores. Cadeias produtivas como a da soja são dominadas por um estrito número de empresas, o que pesa nas negociações de tarifas. “Você retira da mesa de negociação os pequenos e médios transportadores, que diretamente irão atender as mesmas demandas como agregados ou contratados de transportadores maiores, gerando um resultado ainda mais desfavorável”, diz.

Segundo Souza, o setor sofre também com a incapacidade de atendimento nos portos. As filas e a falta de coordenação são pontos cruciais, uma vez que os caminhões ficam improdutivos durante horas ou até dias. “Uma medida que poderia ser aplicada no curtíssimo prazo seria o destravamento da Lei Geral dos Portos (Lei 12.815/13), que tornaria o nosso setor portuário ágil e competitivo, já que esse processo representa 96% das exportações”, afirma.

Outro aspecto no curto prazo que poderia aumentar a competitividade do TR C, segundo o especialista, seria o investimento em infraestrutura. A baixa taxa de investimentos em infraestrutura registrada nos últimos anos vem acelerando o apagão logístico do País. “Nossa malha rodoviária é uma verdadeira guerra, na qual se perdem mais de 40 mil vidas por ano, seja pelas más condições das estradas, seja pelo excesso na jornada de trabalho, pelo excesso de peso e pelo excesso de frotas”, denuncia.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Transporte rodoviário de cargas terá retomada lenta

O estudo Custos Logísticos do Brasil, conduzido pelo ILOS (entidade especializada em logística e cadeia de suprimentos), aponta que o transporte rodoviário de cargas (TRC) voltará a crescer em 2017, porém de forma lenta, com crescimento de 1,9% no ano que vem e de 3% em 2018.
Segundo o ILOS, o principal motivo dessa retomada lenta é que o TRC está diretamente relacionado com o Produto Interno Bruto (PIB) – ou seja, se a economia do país decresce, o setor também encolhe, e vice-versa. Em 2015, o PIB brasileiro teve retração de 3,1% e o TR C recuou 4,6%. A perspectiva é que o PIB tenha elevação de 1,3% no ano que vem e de 2,1% em 2018. Assim, o TRC deverá levar cerca de quatro anos para retomar os números de 2014 (antes da crise econômica).
Outra razão para as dificuldades do setor, de acordo com o instituto, foi a alta nos custos operacionais, que atingiu a marca dos 15% no ano passado. Com a queda na demanda geral por serviços de transporte causada pela desaceleração econômica, esse aumento não pôde ser repassado aos clientes e muitos transportadores passaram a ter saldo negativo.
Custo logístico 
O estudo do ILOS calcula o custo logístico brasileiro, isto é, o quanto os gastos com transporte, estoque, armazenagem e serviços administrativos relacionados à logísticas consomem do PIB. Em 2015, o custo logístico consumiu 12,7% de todas as riquezas produzidas no Brasil – acima do índice de 12,1% em 2014. A alta do custo logístico foi puxada pelo estoque, que subiu 0,6 ponto percentual (representando 4,5% do PIB) devido à recessão econômica – ou seja, com a redução da demanda, a quantidade de produtos estocados aumentou.

Governo amplia refinanciamento para caminhoneiros

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quinta-feira (27), mudanças no refinanciamento dos empréstimos do Procaminhoneiro. Agora, mais trabalhadores poderão aderir à renegociação. A medida não deve acarretar custos para o Tesouro Nacional que, inclusive, pode economizar R$ 353,9 milhões nos próximos dois anos.
As mudanças refletem alterações trazidas pela Lei nº 13.295/2016, que amplia o alcance da renegociação de dívidas do Procaminhoneiro. Antes, podiam participar financiamentos feitos até 31 de dezembro de 2014. Agora, esse prazo passou para 31 de dezembro de 2015.
O grupo de beneficiários que podem ter acesso ao refinanciamento também aumentou, foram incluídos os trabalhadores que se enquadram como “associados de cooperativas de transporte”. O prazo para formalizar as operações de renegociação também foi expandido, passou de 30 de junho de 2016 para 30 de dezembro de 2016.
O Ministério da Fazenda, por meio de nota, explicou que as operações de refinanciamento serão realizadas com outra taxa de juros: TJLP mais 2,5% ao ano. A taxa anterior era menor. Com isso, a expectativa é reduzir os gastos do Tesouro com essas operações em R$ 82,8 milhões em 2017 e R$ 122,3 milhões em 2018.
O que é o CMN?
O CMN é um conselho formando pelo Ministério da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O grupo se reúne ordinariamente no fim do mês e decide sobre regras e normativos que tem de garantir o bom funcionamento do sistema financeiro.

Brasil tem apenas 12,3% da malha rodoviária com pavimento

A densidade da malha rodoviária pavimentada do Brasil é ainda muito pequena, principalmente quando comparada com a de outros países de dimensão territorial semelhante. São aproximadamente 25 km de rodovias pavimentadas para cada 1.000 km² de área, o que corresponde a apenas 12,3% da extensão rodoviária nacional. Nos Estados Unidos são 438,1 km por 1.000 km² de área. Na China, 359,9 km e na Rússia, 54,3 km. Os dados integram a Pesquisa CNT de Rodovias 2016, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte.

Ao analisar as regiões, o Nordeste concentra o maior percentual de infraestrutura rodoviária com pavimento (30,8%), seguido do Sudeste (19,3%), do Sul (18,5%), do Centro-Oeste (17,6%) e do Norte (13,7%).

A expansão da malha rodoviária pavimentada também não acompanha o ritmo de crescimento da frota de veículos. Nos últimos dez anos (de julho de 2006 a junho de 2016), a frota cresceu 110,4%, enquanto a extensão das rodovias federais cresceu somente 11,7%.

Além desses problemas, grande parte dos trechos que têm pavimento não estão em bom estado. Com isso, o Brasil ocupa a 111ª posição no ranking de competitividade global do Fórum Econômico Mundial, no quesito qualidade da infraestrutura rodoviária. O ranking divulgado em setembro deste ano analisou 138 países. Na América do Sul, alguns países com melhor avaliação são Chile (30ª), Uruguai (98ª) e Argentina (103ª).

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Roubo de Cargas: Transporte rodoviário enfrenta crise no Rio

Há três anos, o roubo de cargas no Rio de Janeiro somava pouco mais de 3 mil casos por ano. De dois anos para cá, a modalidade criminosa dobrou, batendo em mais de 7 mil casos, com estimativa de ultrapassar os 8 mil casos até o final de 2016 (um aumento de 14%). Para o diretor de segurança do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro (Sindicarga), Coronel Venâncio Alves de Moura, o cenário tende a ser ainda pior – ele aposta em um aumento de mais de 20%. Para efeito de comparação, em São Paulo, a estimativa é que o aumento seja de 8%.

Mas por que o cenário é tão pessimista no Rio de Janeiro? “O que acontece no Rio não acontece em nenhuma outra localidade do País. O roubo de cargas virou uma diversificação dos negócios do narcotráfico”, afirma Moura.

Conforme avalia o especialista, o programa das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), da Secretaria Estadual de Segurança do Rio de Janeiro, que tinha por meta desarticular quadrilhas que ocupavam as comunidades, só serviu para “mudar o endereço dos traficantes” e aumentar os índices do roubo de cargas. “Com a UPP, houve certa inibição ao narcotráfico, e o roubo de cargas se mostrou uma alternativa interessante para esses criminosos porque, diferentemente do assalto a banco ou do sequestro, tem muito valor agregado e liquidez”, avalia. “O traficante consegue, em média, uns R$ 50 mil por dia sem muito esforço”, revela. Ele explica que, com uso de jammers, os criminosos embaralham o sinal do rastreamento e impedem o bloqueamento dos caminhões. Como os motoristas não têm condição de reagir a assaltantes fortemente armados, o “negócio” mostrou-se “fácil”.

A Rodovia Presidente Dutra é o local onde acontece a maioria dos ataques. Os criminosos agem principalmente no quilômetro 166, na altura da Pavuna, zona norte da capital. A região é considerada rota de fuga para as comunidades do Chapadão, Pedreira, Costa Barros e Barros Filho. As cargas roubadas são levadas para a área dominada pelo tráfico de drogas. Os caminhões mais visados são os que transportam, nesta ordem: carnes, bebidas, eletroeletrônicos e cigarros. “Até mesmo o perfil da carga roubada mudou. Cigarro sempre foi o item mais visado. Agora, são alimentos e bebidas que, na maioria das vezes, são distribuídos e revendidos na própria comunidade”, avalia Moura, ressaltando, porém, que o roubo de cargas com maior valor, como caminhões frigoríficos com mais de R$ 700 mil em produtos a bordo, vem sendo registrado, o que aponta uma possível organização maior do crime, com a existência de receptadores.

Com este cenário, instalou- -se o pânico em todo o setor de transporte rodoviário de cargas, o que, na pior das hipóteses, pode gerar uma crise de abastecimento na cidade. “Os transportadores estão se recusando a atuar na região, os motoristas estão com medo de morrer, as seguradoras estão recusando seguro, as empresas estão deixando a cidade, até porque, paralelamente, o tráfico vem cobrando uma espécie de pedágio dos empresários. Quem não aceita pagar é assaltado”, denuncia.

E há solução para o problema? “Só quando o poder público decidir acabar com ele. Mas, até aqui, parece que a intenção é manter as UPPs como se fossem solução, e elas só serviram para tirar o bandido de um lugar e levá-lo para outro”, condena Moura.

Cenário em São Paulo

Em São Paulo, que teve registro maior do que o Rio de Janeiro ano passado em casos de roubo de cargas (8.490 contra 7.225 ocorrências), a tendência é de aumento de 8% este ano. Mas, conforme afirma o Coronel Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da Associação Nacional do Transporte de Cargas & Logística (NTC&Logística), apesar de grave e alto, o índice é estável.

“Ao final de 2015, o total de ocorrências no Brasil todo foi de 19.250, sendo que São Paulo e Rio de Janeiro somavam 82% delas. Isto significa que, a cada cinco casos de roubo de cargas, quatro acontecem entre Rio e São Paulo. É uma coisa estratosférica”, avalia. “Porém, o que acontece no Rio de Janeiro é muito particular, porque lá a polícia não tem condições de agir. O crime organizado que domina os morros descobriu no roubo de carga uma fonte de dinheiro. Eles vendem a preços baratos, doam para a comunidade para ganhar a simpatia dos moradores. A polícia, se não estiver com veículos blindados, não sobe o morro, porque vai ser metralhada. Em São Paulo, apesar da gravidade do crime, não tem lugar onde a polícia não possa entrar”, completa.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

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