Greve por reajuste salarial paralisa a Scania em São Bernardo

No momento em que a indústria de caminhões e ônibus opera com mais de 75% de ociosidade, uma greve paralisou a produção da Scania, fabricante de modelos pesados, em São Bernardo do Campo (SP).

A paralisação foi deflagrada por conta de falta de entendimento no reajuste salarial. Segundo a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a mobilização continuará nos próximos dias, com paralisações por área de trabalho.

A Scania tem 3,2 mil trabalhadores, segundo o sindicato, dos quais 2 mil trabalham na produção. A reivindicação salarial é de reposição integral da inflação. A empresa oferece reajuste de 5% e mais um abono.

Segundo dados de emplacamento de veículos no país, o volume de caminhões Scania licenciados em setembro ficou 25% menor do que há um ano e o de ônibus recuou 69%. O mercado de caminhões em geral encolheu 46,2%.

Em agosto, a Mercedes-Benz, líder do setor, fechou um acordo no qual os empregados da fábrica de caminhões de São Bernardo abriram mão de reajuste salarial em 2017. Em troca, a empresa ofereceu estabilidade no emprego. A Mercedes também fechou 1,4 mil vagas por meio de um recente programa de demissões voluntárias.

Os empregados da Scania também pediram estabilidade, mas sem abrir mão do pedido de ajuste salarial. Mas a empresa rejeitou a proposta, segundo o sindicato.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Multa ficará mais pesada para quem for pego alcoolizado ao volante

Quem for pego pela Operação Lei Seca dirigindo alcoolizado ou se recusar a fazer o teste do bafômetro, a partir do dia 1º de novembro, pagará uma multa muito superior ao valor cobrado atualmente, que é de R$ 1.915. Devido a mudanças na legislação de trânsito, o valor subirá para R$ 2.934,70 e o motorista ainda terá a carteira de habilitação suspensa pelo prazo de 12 meses.

O motorista que falar ao celular enquanto dirige também será penalizado com mais rigor: de infração média (multa de R$ 85,13) para gravíssima (R$ 191,54). E quem estacionar indevidamente em vaga de idoso ou deficiente perderá sete pontos na carteira.

De acordo com o coordenador da Lei Seca, tenente-coronel da Polícia Militar, Marco Andrade, para que o trânsito seja humanizado, é necessário a contribuição de todos. Existe o esforço legal de tentar inibir as transgressões através das penalizações. A multa é para chamar a atenção. “O grande objetivo é a reeducação, não temos prazer em multar”, explicou.

A Operação Lei Seca, iniciada em 2009, trouxe uma mudança para a realidade da segurança nas ruas e estradas do Estado do Rio. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) e do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o número de mortes em 2009 foi de 59 por 100 mil veículos. No ano passado, ficou em 29 para cada 100 mil veículos, uma redução de aproximadamente 50%.

Segundo o coronel Marco Andrade, “quando começamos, há sete anos, 20% dos motoristas eram flagrados sob efeito do álcool. Hoje, este número caiu para 7%. Da mesma forma, esperamos um amadurecimento com relação ao uso do cinto de segurança no banco de trás, com a não utilização do celular ao volante e o respeito às regras de velocidade. Precisamos que a sociedade compre essa ideia”, afirmou.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o quarto país do mundo com o maior número de mortes em acidentes de trânsito por ano. O país tenta cumprir uma meta estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU): uma redução em 50%, no período 2011-2020, de casos fatais em acidentes viários.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Polícia apura incêndios que destruíram cegonheira e três caminhões na BR-381, na Grande BH

O desacerto comercial é uma das causas apontadas para uma série de ocorrências de incêndio criminoso na madrugada deste sábado na BR-381, entre Sabará e Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Quatro carretas foram atingidas pelo fogo. Uma delas, era do tipo cegonheira e carregava dez carros. Todos ficaram completamente destruídos. Os veículos de carga estavam estacionados em dois postos de combustíveis. Câmeras de segurança dos estabelecimentos poderão ajudar a polícia a identificar os envolvidos.

O crime aconteceu por volta das 3h30. Segundo relatos do motorista da cegonheira à Polícia Militar (PM), ele dormia dentro do caminhão no Posto 13, localizado no km 13 da rodovia. Enquanto descansava, notou um incêndio na parte traseira do veículo. Ao perceber que não conseguiria conter as chamas, desacoplou o semirreboque. A cegonha que levava 10 carros foi completamente destruída.

O incêndio se propagou e atingiu outros dois caminhões que estavam estacionados no posto. Nenhuma pessoa estava nestes veículos, que foram parcialmente destruídos. O fogo foi contido por militares do Corpo de Bombeiros.

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De acordo com a PM, pouco tempo depois, um novo ataque foi registrado em um posto a sete quilômetros do primeiro. O dono dormia dentro do veículo quando também notou as chamas se propagarem. Ele conseguiu desacoplar o semirreboque, mas o incêndio destruiu parte do veículo.

Todas as vítimas são de uma empresa de transporte que tem exclusividade em com uma empresa automobilística. Essa razão, segundo relatos das vítimas incluído no boletim de ocorrência, estaria contrariando outras empresas. Eles apontaram que os incêndios foram criminosos e que ações semelhantes já tinha sido realizadas anteriormente. Inclusive, segundo a PM, os motoristas contaram que a Justiça já tinha sido acionada por causa disso.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

American Trucks: a última geração dos moicanos?

Apesar de a aerodinâmica responder por boa parte dos resultados operacionais em um veículo de transporte, motoristas mais tradicionais norte-americanos não abrem mão dos clássicos, e ainda apostam em modelos como Kenworth W900, Peterbilt 389, Western Star 4900 e International 9900i. Será que esses são os últimos dos moicanos?

Se querem ganhar dinheiro, os transportadores de todas as partes do mundo levam em conta os custos operacionais.

As modernas gerações de cabine bicuda há tempos deixaram para trás as linhas retas e os desenhos geométricos para adotar a estética aerodinâmica, capaz de economizar muitos galões de combustível e, com isso, muitos dólares.

Nos Estados Unidos e no Canadá existem, porém, muitos motoristas apegados às tradições e que não se adaptam à nova tendência, tanto que nas concessionárias, a procura é maior pelos clássicos convencionais, quase escassos naqueles mercados.

Não é difícil ver pelas estradas estadunidenses esses espécimes rodando. Seguramente conduzidos por autônomos ultraconservadores que estão nesse ofício por herança de seus pais. Contudo, as frotas que visam o lucro, e o coloca acima dos valores emocionais, aceitaram bem os caminhões mais modernos, mesmo porque eles ainda atendem a preferência nacional com suas cabines bicudas, porém, mais arredondadas e com motores mais eficientes.

O clássico também é moderno

Uma olhada rápida sobre o universo dos caminhões que fazem parte da populosa Classe 8 nos Estados Unidos – equivalente à categoria de caminhões pesados rodoviários no Brasil – já permite concluir que, realmente, os Clássicos Convencionais são uma espécie ameaçada de extinção.

Um ícone autêntico para os motoristas, como a Kenwort, tem apostado na série limitada para comemorar o aniversário de seu modelo W900 que completou 25 anos de trajetória, um bom exemplo de Clássicos Convencionais do século 21, assim como o seu conterrâneo Peterbilt 389. Também é necessário acrescentar à lista dos clássicos os modelos Western Star 4900 e o International 9900i.

Apesar de esses caminhões se manterem fiéis à tradição graças à estética, é inegável que eles possuem o mesmo nível de modernidade quando se trata do trem de força. São modelos equipados com os mesmos blocos de caminhões hoje considerados mais modernos, como o motor Paccar MX-13, que também equipa os caminhões DAF XF e CF, ou mesmo o propulsor Cummins ISX-15 dos caminhões Ken e Pet, além dos consagrados blocos da Detroit Diesel no Western Star – símbolo da filiação da “estrela do oeste” ao consórcio Daimler Trucks. Além dos motores, é preciso mencionar os câmbios manuais e automatizados, geralmente um Eaton Fuller, e os eixos Meritor e Dana Spicer.

A instrumentação do painel também deixou de lado aquele cockpit antigo e repleto de interruptores por todos os lados, com cores e formas diferentes, para assemelhar-se aos caminhões dessa nova geração.

Dentro dos cânones da construção modular, com fabricantes globais que lidam com montadoras em todo o mundo, não faria sentido produzir componentes muito diferentes para atender uma pequena demanda de mercado. Mas isso não significa que os Kenworth W900, Peterbilt 389, Western Star 4900 e International 9900i não conservem suas tradições e que, frente às impressionantes cabines, a modernidade se sobreponha.

O que se espera realmente é que esses clássicos ainda tenham uma longa vida e que seus fabricantes entendam que modernidade e tradição podem caminhar juntas.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Com mercadoria avaliada em R$ 5 milhões, caminhoneiros param na BA

Nove caminhoneiros que saíram do Ceará para entregar uma carga em uma fazenda em Campo Formoso, norte da Bahia, estão parados há três semanas em um posto de gasolina da BR-407, em Juazeiro. Eles viajaram cerca de 1.100 quilômetros com peças usadas na construção de torres eólicas para geração de energia com o vento, mas a empresa que contratou o serviço não pagou.
Os motoristas estão sem saber como irão descarregar a mercadoria, que é avaliada em R$ 5 milhões. A viagem, que deveria durar dois dias, se transformou em um drama. De acordo com os caminhoneiros, todo esse problema começou porque a empresa contratante teria atrasado as operações de transporte, não teria feito o pagamento do frete e nem dado condições para descarregar as peças. Com isso, gerou diárias, que também ainda não foram pagas.
O diretor comercial da empresa Tomé Equipamentos e Transportes, que contratou os caminhoneiros, informou que pagou 60% do valor do frete e que o restante será repassado quando a carga for entregue. Ele disse ainda que, depois de um acordo, a empresa vai pagar os adicionais por esses dias parados.
Porém, de acordo com o advogado Eduardo Madureira, ainda não houve acordo com a empresa. “Todas as tentativas de acordo foram sem êxito porque a empresa, apesar de apresentar propostas, ela mesmo se retrai ao cumprí-la”, disse.
Drama
Eduardo Pereira, caminhoneiro de Betim, Minas Gerais, está longe de casa há dois meses e não sabe quando irá rever a família. Os mantimentos que ele possui já estão acabando e ainda não há solução para o problema. “Está precária a situação. Não tem nenhum acordo. A gente está dormindo mal e não tem como tomar banho porque é cobrado o banho e o dinheiro já acabou. Aguardamos a resposta da empresa e até hoje nada”, disse o caminhoneiro.
O motorista André Voelkl também está passando por dificuldades. Na cozinha improvisada no caminhão, os alimentos também estão acabando. Tudo que ele queria era rever a família. “A gente está aqui trabalhando, tentando trabalhar, a gente não está conseguindo. Se eu for lembrar das minhas crianças em casa, dá vontade até de chorar”, disse o caminhoneiro.
André, Eduardo e outros sete caminhoneiros não sabem o que fazer para voltar para casa. “Estamos aguardando que eles pelo menos se manifestem e digam ‘olha, a partir de tal data vai ser acertado’. E cumpra!”, disse indignado o caminhoneiro Flávio Santos. Apenas um dos nove motoristas conseguiu autorização para descarregar as peças, mas até agora o dono do caminhão também não recebeu pelo serviço.
“O acordo foi de pagar umas diárias e depois fazer um depósito na conta após a descarga desse caminhão. Foi feito a descarga, mas até agora nada”, disse o caminhoneiro Marcos Barros. “É muito complicado. Espero que resolva o mais rápido possível para cada um seguir o seu caminho”, concluiu o caminhoneiro Eduardo Pereira.

Duplicação da BR 101 Sul vai reduzir custos logísticos

Depois de dez anos, o último trecho da duplicação da BR-101 Sul foi entregue à população. A ponte sobre o Rio Tubarão era a última obra que faltava para que os 248,5 km da rodovia estivessem totalmente interligados.
Essa obra beneficia 19 municípios e mais de um milhão de pessoas. Além da duplicação, as obras da 101 Sul envolveram a construção de 45 viadutos, 16 passarelas, 29 pontes, 71 passagens inferiores para pedestres, 10 interseções, 4 travessias, 8 acessos e 47 passa faunas.
A 101 é um importante corredor logístico brasileiro, atravessa 12 estados e corta o País de Norte a Sul. Segundo o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, a obra proporciona mais conforto e segurança aos moradores da região.

 

Ela também reduz o número de acidentes, melhora o escoamento da produção local e contribui para o aumento da competitividade da região. Também permite a interligação multimodal dos pólos produtivos ao porto marítimo de Imbituba, em Santa Catarina.
Tráfego na BR 101
O ministério calcula que cerca de 30 mil veículos passam pela BR 101 diariamente e, desse total, 60% são veículos pesados, como caminhões. Em período de férias escolares, no Verão, o número de veículos aumenta em 50%.
Um estudo da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) avalia que sem a duplicação, o sul do estado de Santa Catarina perdeu bilhões em comparação com o Norte do estado, onde o trecho da estrada já era duplicado. Apenas na balança comercial, a diferença chegava a 900%.
Agora, com o sul do estado atendido pela duplicação da BR 101, a expectativa é reduzir os custos logísticos e gerar ganhos cada vez maiores para os produtores rurais e fábricas de Santa Catarina.

Principais fatores de desinteresse da profissão de carreteiro

Principais fatores de desinteresse da profissão de carreteiro

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Ser motorista de caminhão sempre teve um pouco de romantismo, seja pela possibilidade de poder explorar as estradas dentro e fora do País, ter liberdade para ir e vir e realizar um sonho de infância, ou até mesmo de dar continuidade à profissão herdada do pai ou avô. Todas essas circunstâncias envolvendo a imaginada rotina do carreteiro encantaram jovens das décadas de 70, que abandonaram os estudos acreditando que seriam os donos do seu próprio negócio trabalhando na estrada, livres, e ainda com perspectiva de obter sucesso profissional. Uns poucos conseguiram, enquanto a maioria continuou batendo marchas e brigando pelo frete.

Motoristas mais velhos lembram que no passado era fácil conseguir frete. Dizem que havia menos roubos decarga e os transportadores solicitavam apenas a Carteira de Habilitação do motorista e uma condução responsável. Transportadores não exigiam cursos, palestras ou treinamento. A profissão era mais valorizada pela sociedade, que enxergava o caminhão como o principal meio para ter acesso às novidades.

De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Júlio Simões – braço social da companhia JSL – antigamente a profissão era passada de pai para filho, que ainda muito jovem iniciava a vida na estrada. Atualmente a profissão atravessa um período de amadurecimento. Pelos dados do levantamento, mais da metade dos entrevistados inicia a carreira em torno dos 36 anos e, como consequência, cresce também a participação no mercado daqueles profissionais que já poderiam se aposentar e continuar na estrada.

Nos últimos três anos, a presença de profissionais com mais de 55 anos de idade triplicou e já representa quase 10% do mercado. Pesquisa CNT de Perfil dos Caminhoneiros 2016, também mostra que os profissionais têm em média 18 anos de profissão e mais de 44 anos de idade.

Hoje, existe o risco de assalto e roubos, custo alto do combustível, valor baixo do frete e baixa expectativa de crescimento. Assim, poucos querem se submeter a arriscar a vida na profissão. Os próprios motoristas pararam de incentivar seus filhos a ganhar a vida na estrada. A pesquisa mostra também que dos 1.066 caminhoneiros entrevistados, 60,6% acham a profissão perigosa, 34,9% desgastante e 32,1% dizem que compromete o convívio familiar.

A nova realidade acabou com o romantismo que envolvia a atividade, porém contribuiu para profissionalizar o carreteiro, que para se manter competitivo se atualiza, faz cursos, busca informações em feiras do setor, se preocupa com a aparência e enxerga o caminhão mais como um negócio do que um veículo que serve só para transportar carga.

O novo carreteiro se transformou no principal formador de opinião dentro das transportadoras, das quais muitas já começaram a se preocupar em treinar e preparar seus motoristas, para que estes estejam atualizados com o setor e suas tendências.

Para o diretor executivo de operações da JSL, Adriano Thiele, hoje em dia existe uma preocupação das empresas e dos próprios motoristas em fortalecer a profissão. “Percebemos que junto com o amadurecimento profissional houve uma transformação do setor. A imagem do motorista bronco caiu em desuso e ganharam espaço os profissionais liberais, organizados em pequenas empresas ou cooperativas, que investem em veículos modernos, cercados de tecnologia e que utilizam aplicativos para fechar contratos”, afirma.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

A correta instalação dos adesivos do RNTRC

Atenção, transportador! Veja algumas dicas de como fazer a instalação dos adesivos do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC). Ao tomar simples cuidados, você garante uma maior durabilidade do adesivo.

Desde dezembro de 2015, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está realizando em todo Brasil o recadastramento e inscrição de transportadores no novo Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC). Somente em Minas Gerais, onde o RNTRC é gerido pela Fetcemg, foram inseridos ou atualizados o registro para 36.644 caminhões e 29.094 implementos até agosto.
 
Procedimentos nas empresas
Após recadastrar ou cadastrar um veículo ou implemento no RNTRC em qualquer um dos postos de atendimento credenciados pela Fetcemg no estado (os sindicatos), é de responsabilidade do transportador a colocação dos adesivos de identificação visual.
Os adesivos são entregues ao responsável técnico de cada empresa e devem ser colados nas duas laterais externas de cada reboque ou semirreboque e nas laterais das cabines de cada veículo automotor. As instruções para correta fixação e manutenção do adesivo constam no próprio verso.
Nos últimos meses, têm surgido com frequência a ocorrência de danos ao adesivo, segundo conta a gerente administrativa da Fetcemg e gestora do RNTRC em Minas Gerais, Vanessa Borges. “Temos recebido muitos questionamentos em relação à qualidade e durabilidade dos adesivos. Porém, percebemos diversas irregularidades na instalação dos adesivos danificados”, afirma.
“Além das instruções no verso, os sindicatos têm se esforçado para instruir corretamente os responsáveis técnicos das empresas no momento em que fornece os adesivos, bem como a maneira correta, os cuidados necessários e o melhor local para afixá-lo. Esse procedimento fará toda a diferença em sua durabilidade”, destaca.
Situações peculiares observadas em adesivos danificados:
– Colocação do adesivo em cima do adesivo antigo e sem realizar uma limpeza prévia;
– Colocação do adesivo em cima de ferrugem no chassi ou implemento;
– Colocação do adesivo sobre tanque de metal de carga líquida de alta temperatura e volatilidade;
– Colocação do adesivo sem respeitar critérios mínimos, ocasionando o surgimento de bolhas;
– Colocação do adesivo em lugar com espaço físico menor do que o adesivo;
– Colocação do adesivo em superfície de madeira;
– Polimento sobre o adesivo.
Confira abaixo alguns cuidados a serem tomados na instalação dos adesivos:
– Tenha atenção às instruções contidas no verso do adesivo;
– Limpe a lataria do veículo com pano úmido e água, eliminando toda a poeira e resíduo de sujeira ou óleo. Em seguida, seque totalmente a superfície;
– Com a lataria fria, limpa e seca, cole a etiqueta do RNTRC em local liso, livre de amassados, arranhões e ferrugem;
– Ao lavar o veículo, não utilize querosene, óleo ou qualquer outra substância abrasiva e não use buchas, escovas de aço ou vassouras sobre a etiqueta.
A substituição de adesivos danificados é gratuita se for detectada falha na impressão ou na qualidade. Se for detectado dano por mal uso ou por instalação fora do indicado pelo fabricante no verso das etiquetas, o custo da substituição é de R$ 80.

Um ano repleto de Resoluções do Contran

O ano de 2016 foi pródigo em Resoluções do CONTRAN que afetam diretamente a vida do transportador. Uma das mais importantes foi a Resolução 593/16, que revogou as Resoluções 152/03 e antiga 805/09, entra em vigor em 1º de janeiro de 2017 e estabelece novos requisitos para a construção dos para-choques de caminhões, reboques e semirreboques.

 Este diploma isentou dos seus requisitos os caminhões tratores e os veículos produzidos especialmente para cargas autoportantes e veículos muito longos que necessitem de Autorização Especial de Trânsito (AET). Os veículos que sofrerem alterações de características que exijam Certificado de Segurança Veicular devem atender às especificações da nova Resolução.
Importante lembrar que os veículos em circulação deverão substituir os para-choques conforme cronograma para cada par de final de placas que começa em até 31/12/2020 e vai até 31/12/2024 (tabela).
PRAZOS PARA ADEQUAÇÃO DOS PARA-CHOQUES EM CIRCULAÇÃO
ALGARISMO FINAL DA PLACA      PRAZO FINAL PARA ADEQUAÇÃO
1 e 2                                                     31/12/2020
3 e 4                                                     31/12/2021
5 e 6                                                     31/12/2022
7 e 8                                                     31/12/2023
9 e 0                                                     31/12/2024
Carroçarias de madeira
Vence em 31 de dezembro de 2017 o prazo dado pela Resolução 552/15 para que as carroçarias de madeira em circulação se adaptem às exigências sobre novos dispositivos de segurança.
De acordo com a Resolução 588, são os seguintes estes requisitos:
“Art. 4º (…)
§ 4º As carroçarias de madeira deverão obedecer aos seguintes requisitos:
(…)
II – Para os veículos em circulação, deverão ser adicionados aos dispositivos de amarração perfis metálicos em “L” ou “U” nos pontos de fixação, fixados nas travessas da estrutura por parafusos, de modo a permitir a soldagem do gancho nesse perfil e a garantir a resistência necessária.
Biodiesel e asfalto
A Resolução 604/16 modificou o artigo 17 A da Resolução 258/07 (já modificada pelo Resolução 503/14), para incluir o cimento asfáltico de petróleo (CAP) entre os produtos que gozam, até 31 de julho de 2019 da tolerância de 7,5% no peso bruto total ou no peso bruto total combinado.
A alteração vale tanto na verificação por meio de balança quanto por meio de nota fiscal. O artigo 17 A ficou assim redigido:
“Art. 17-A Para fins de fiscalização de peso dos veículos que estiverem transportando produtos classificados como Biodiesel (B-100) e Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) por meio de balança rodoviária ou por meio de Nota Fiscal, ficam permitidos, até 31 de julho de 2019 a tolerância de 7,5%¨(sete e meio por cento) no PBT ou PBTC.”
Tráfego diuturno de CVC de 19,80 m
O CONTRAN aprovou também a Resolução 615/16, que acrescenta parágrafo único ao artigo 7º da Resolução 211/06, para tornar diuturno o tráfego das combinações de veículos de carga de 19,80 m:
Art. 7º (…)
Parágrafo único – Para as combinações cujo comprimento seja de 19,80 m será autorizado o tráfego diuturno.
FONTE: Res

Motorista de caminhão é indenizado por constantes roubos de carga

A 10ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ) condenou a Souza Cruz S/A ao pagamento de R$ 20 mil, a título de danos morais, a um motorista de caminhão que foi vítima de reiterados assaltos no exercício da função. A decisão, que seguiu o voto do relator do acórdão, desembargador Marcelo Antero de Carvalho, reformou a sentença, de 1º grau, que havia indeferido o pedido do trabalhador.

O obreiro foi admitido pela fábrica de cigarros em junho de 2011, para atuar no setor de entregas, com base no estabelecimento da Pavuna, na Zona Norte da capital, e dispensado em agosto de 2013. Na petição inicial, ele informou que, no desempenho de suas atividades, foi assaltado cerca de dez vezes, ocasiões em que foi submetido a ameaças de morte, o que lhe acarretou medo de trabalhar.

Em depoimento, o preposto da empresa confessou que ocorrem roubos habituais de cargas, em média, de duas a três vezes por semana e que já houve situações com o disparo de tiros. A Souza Cruz, inclusive, dispõe de um mecanismo acionado em caso de assaltos: um advogado acompanha o empregado até a delegacia e, posteriormente, há atendimento de psicólogo à vítima. As testemunhas ouvidas em juízo corroboraram a versão do trabalhador. Uma delas ressaltou que o obreiro chegou a ser sequestrado em uma ocasião. Outra acrescentou que alguns carros de entrega eram acompanhados por escolta armada.

Para o desembargador Marcelo Antero de Carvalho, os depoimentos deixaram claro que a fábrica de cigarros expôs o motorista a situação de risco, uma vez que as mercadorias a serem entregues estavam sujeitas a constantes roubos. “Certamente o motorista em atividade externa realizava uma atividade de risco, especialmente quando transportava carga com valor comercial. Trata-se de responsabilidade objetiva” , pontuou o magistrado em seu voto, ao explicar que “a culpa da empresa é inerente a sua atividade perigosa, ante a atividade de risco potencial à integridade física e psíquica do trabalhador, de forma que há responsabilidade no caso de assalto ao empregado que está em serviço”.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

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