Transportadora é condenada por descontos de contribuição no salário de motorista

Um ex-empregado da empresa de transporte Panorama, em Rondonópolis, receberá de volta o valor da Contribuição Confederativa que era descontado de seu salário por não ser sindicalizado. A decisão foi tomada pela 1ª Turma de Julgamento do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso.
Na ação trabalhista, o empregado, que ocupava o cargo de motorista de caminhão, alegou que, a empresa descontou sem autorização, durante todo o seu contrato de trabalho, os valores destinados ao sindicato da categoria, ao qual ele não era sindicalizado. A restituição, no entanto, foi negada em primeira instância, mas o motorista recorreu ao tribunal.
Em sua defesa, a empresa argumentou que efetuou os descontos com base na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria e destacou que o empregado nunca solicitou o cancelamento dos descontos. Portanto, conforme a defesa da Panorama, os descontos foram legais.
O relator do processo no Tribunal, juiz convocado Nicanor Fávero Filho, fundamentou que a contribuição também está prevista na Constituição Federal, entretanto, deve ser exigida apenas dos filiados. Segundo o relator, a contribuição confederativa não pode ser cobrada de trabalhadores não associados ao sindicato, sob pena de grave violação à liberdade sindical.
“Entendo que a cobrança aos empregos não filiados à entidade sindical, ainda que garantido o direito de oposição, é abusiva, porquanto, na prática, os empecilhos criados à oposição do empregado demonstram que, geralmente, essa cláusula é fantasiosa”, explicou o juiz.
A decisão da 1ª Turma de Julgamento destaca ainda que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) firmou o entendimento no sentido de que as cláusulas constantes em acordo, convenção coletiva ou sentença normativa, que estabeleçam contribuição em favor de entidade sindical mediante a cobrança de trabalhadores não sindicalizados, são ofensivas ao direito de livre associação e sindicalização. Nessa mesma linha, é a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e orientação do Ministério Público do Trabalho (MPT).

Transporte fecha mais de 37 mil postos de trabalho no primeiro semestre

O setor de transporte e logística caiu 5,9% no primeiro semestre deste ano. O resultado é produto da retração econômica e gera efeitos ainda mais negativos sobre outros segmentos econômicos. Esse impacto é analisado no novo boletim Economia em Foco deste mês, elaborado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte).
Segundo o boletim, essa contração causou o fechamento de 37.410 postos de trabalho no setor entre janeiro e junho de 2016. Em termos percentuais, o transporte aquaviário é o que mais desligou funcionários (-6,19%). Porém, em termos absolutos, é o que menos demitiu, com 678 vagas a menos. “Esse aparente antagonismo se explica pelo reduzido número de empregados do segmento, que faz com que demissões pontuais ganhem destaque na comparação relativa”. Já o transporte terrestre, que mostra a menor variação relativa entre os segmentos (-4,15%), é o que teve o maior número de desligamentos, com 23.044 postos fechados.
“A prestação do serviço de transporte de uma mercadoria ou passageiro atua de forma interligada a outros segmentos de atividade econômica. Assim, além de impactar o nível de emprego, o menor volume de serviços prestados influencia atividades de prestação de serviços acessórios ou auxiliares ao setor (armazenagem, terminais, operadores, etc) e também as atividades de fornecimento de bens ou serviços (combustíveis, bens de capital, serviços de infraestrutura)”, diz o boletim.
O Economia em Foco destaca, também, os reflexos da crise nos investimentos em infraestrutura de transportes, além dos efeitos causados para a indústria, com redução nas vendas de veículos automotivos, aeronaves, material rodante e, também, na retração da encomenda de embarcações.

Volvo apresenta o caminhão conceito SuperTruck nos EUA

A Volvo Trucks North America apresentou seu modelo participante do projeto do governo norte-americano SuperTruck, que visa melhoria da eficiência dos caminhões em 50%. O modelos da Volvo soma tecnologias novas em aerodinâmica e trem-de-força, que chegam a uma eficiência energética até 88% superior.

O caminhão tem a estrutura em alumínio ultra-leve, teto recoberto por painéis solares que alimentam baterias, e um motor altamente avançado de 11 litros e 425 cavalos de potência. Com as diversas melhorias, acoplado a um reboque que também teve sua eficiência aerodinâmica ampliada, com carga plena, o caminhão atingiu consumo de 12 milhas por galão (5,025 km/l).

A principal diferença entre o SuperTruck e o Volvo VNL comum está no comprimento do capô, que é bem mais curto e inclinado. Toda a lateral é revestida com carenagens e os retrovisores foram substituídos por câmeras. O chassi é feito em alumínio, o que reduziu o peso da estrutura em 50%.

volvo-supertruck-1Além disso o caminhão usa uma versão melhorada do Volvo I-See, sistema que usa o mapa topográfico para melhorar as acelerações e frenagens, que trabalha em conjunto com o câmbio I-Shift. O motor de 11 litros recebeu diversas melhorias, desde componentes mecânicos, sistema de injeção de combustível, arrefecimento. Além disso, há um sistema de recuperação de calor das frenagens e do escapamento, que é convertido em torque por um sistema Rankine. Algumas das novidades presentes no motor do superTruck passarão a fazer parte dos motores Volvo vendidos normalmente em 2017.

Basicamente, o caminhão é um Volvo VNL, que recebeu as melhorias posteriormente. Todo o projeto é feito com uso de programas de computador e prototipagem feita por impressoras 3D, o que economiza tempo e recursos.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Roubo de caminhões-tanque assusta motoristas no Rio Grande do Sul

O roubo de combustível de caminhões de carga tem se tornado cada vez mais comum no Rio Grande do Sul. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, milhares de litros foram levados por assaltantes nos últimos dias. Em Esteio, os motoristas passaram a andar em comboio para evitar os assaltos, como mostra o Jornal do Almoço (veja vídeo acima) desta segunda-feira (12).

Os alvos são caminhões de carga com mais de 20 metros de comprimento e que podem levar mais de 40 mil litros de combustível. Pelo menos três distribuidoras entre Esteio e Canoas tiveram caminhões atacados por criminosos nas duas últimas semanas, segundo o Sindicato do Transporte de Carga Líquida (Sindiliquida). Somente em uma delas já foram roubados 300 mil litros de combustível em 2016.

O vice-presidente do Sindiliquida, Marcelo Mendes Flores, diz que a categoria “está toda alarmada, receosa e com medo de trabalhar”. “O combustível hoje se tornou um ouro, é muito caro o valor do combustível. Os ladrões têm conhecimento disso e estão se beneficiano, vendendo este produto, que é caro, mais barato no mercado, provavelmente.”

A área onde os caminhões abastecem é monitorada por câmeras e, por isso, os ladrões agem longe dali. Eles aguardam os caminhões perto das rodovias para, então, fazer o assalto. Do carro, os ladrões apontam a arma para o motorista do caminhão, que é obrigado a parar. Um dos assaltantes assume o volante do caminhão com a carga, enquanto o condutor é feito refém.

O motorista Cláudio Nascimento conta que conseguiu escapar de uma abordagem. “Eles vieram atrás de nós e foram até uma sinaleira. Quando eles chegaram com as armas nas mãos eu cortei por cima do meio-fio e consegui escapar.”

O motorista Luiz Antonio Vieira presenciou o assalto a um colega há poucos dias. “Levaram ele com o caminhão e a carga. O cavalo eles acharam próximo daqui, a uns 10 a 15 quilômetros daqui, e as carretas só no domingo. Isto foi numa sexta-feira de noite, às 19h15.  Ele ficou com os assaltantes até uma hora da madrugada. Largaram ele a 1h da madrugada.”

Motoristas andam em comboio
Para tentar se proteger, os motoristas tentam andar em grupos. A motorista Vanderleia Karr observa que, quando tem que sair de madrugada, espera outro caminhão para ir junto. “É um deserto essa avenida.”

A polícia investiga um dos ataques mais recentes, em Esteio, ocorrido há três semanas. O delegado Cristiano Alvarez explica que o motorista foi abordado por criminosos na rodovia. “A carga acabou sendo subtraída e os veículos – seja a parte do cavalinho, seja a parte dos tanques –  foram encontrados logo na sequência vazios. (…) A informação do motorista é que ficou rendido pelos criminosos durante algum tempo e depois foi posto em liberdade.”

O caminhão passou por uma perícia e a polícia procura agora imagens que possam ajudar nas investigações.

O delegado reforça que é importante que todos os casos sejam denunciados à policia. “É fundamental para que possa haver apuração o ato seja noticiado à Polícia Civil. É preciso que seja feito registro de ocorrência não somente nos casos consumados, como também nas tentativas”, observa o delegado.

Fonte: caminhoneiros-do-brasil

Demora para renovar selo da ANTT prejudica transporte de carga

Caminhoneiros que transportam cargas não têm conseguido rodar nas estradas por falta de um selo de certificação que, segundo os motoristas, têm sido emitido com atraso. O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) nega e diz que o prazo é de 7 dias. O sindicato de Araraquara que representa a categoria diz que há prejuízos.

Todo veículo que transporta carga precisa do selo para conseguir rodar, mas Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) só emite a autorização depois de receber o documento de compra e venda do caminhão ou o certificado de arrendamento, no caso de o veículo ser terceirizado.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de Araraquara é um dos postos credenciados para emitir o selo. Além de Araraquara, atendente outras 22 cidades, incluindo São Carlos e Matão. O presidente, Natal Arnosti, ressaltou que antes o prazo médio para a emissão era de dois dias. Com a demora, os motoristas ficam no prejuízo. “Há uma média de 20 caminhões pode semana parados, porque não podem trabalhar, e isso demanda de frete diminui no mercado”, disse.

Transtornos

O caminhoneiro Douglas Machioni trabalha há 20 anos com transporte de carga em Araraquara e disse que está preocupado porque nos próximos meses vai ter que renovar o selo da ANTT. “A gente vai ficar sem trabalhar se não conseguir tirar esse documento. Sem rodar, a gente não ganha”, afirmou.

Já o motorista Clóvis Festa contou que está com dificuldades para conseguir liberar o registro do caminhão. “Eu venho desde janeiro correndo atrás desses documentos. Vou, levo o processo, espero, a hora que venho pegar não está liberado. Sem esse documento eu não consigo trabalhar. É prejuízo”, disse.

O Dentran informou que o motorista foi orientado a voltar porque a documentação dele não estava de acordo.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Barra de direção é checada gratuitamente na rodovia Castello Branco

Nos próximos dias 21 e 22 de setembro, das 10h às 17h, o Caminhão 100% , programa do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva,  promove na Rodovia Castello Branco, km 57 – Leste, sentido São Paulo, avaliação gratuita da barra de direção dos caminhões. O item será checado por técnico da Nakata, fabricante de autopeças. Outros itens da parte mecânica e de segurança dos caminhões também serão revisados gratuitamente por outras empresas parceiras do programa Caminhão 100%. Para mais informações e dicas de manutenção, acesse o site www.carro100.com.br.

Fonte: Portal O Carreteiro

Saque de carga de caminhão tombado é crime

O saque de cargas de caminhão tombado é um crime que vem alarmando os motoristas e transportadores. Diferentemente do roubo de cargas decorrente de assaltos, quando o caminhão tomba na estrada a situação pode fugir do controle. Pessoas se aglomeram e levam desde produtos alimentícios e eletrônicos, até medicamentos. Embora não haja dados concretos sobre cargas saqueadas em tombamento, a situação é grave nas estradas do país.

Segundo Silvio Kasnodzei, diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), há muita dificuldade para evitar a baldeação quando o caminhão tomba. “Se o veículo tombar, é quase certo que as cargas serão saqueadas. As pessoas levam por bem ou por mal. Alguns criminosos têm rádio na mesma frequência do pessoal de pista das concessionárias e acompanham tudo. Quando os motoristas tentam impedir os roubos, eles ameaçam dizendo que vão tombar a próxima carreta e incendiá-la”, conta.

Ainda segundo Kasnodzei, a abordagem para este tipo de roubo anda cada vez mais agressiva. “Muitos apenas roubam, mas há casos mais graves em que mostram armas, não respeitam a escolta armada das seguradoras e só recuam com a presença da polícia. Entretanto, a Polícia Rodoviária Federal não faz segurança da carga, porque alega que não é trabalho dela”, diz.

Atenção: carga é patrimônio

O Direito Penal protege o patrimônio. A posse de algo que não pertence ao agente normalmente caracteriza infração penal. O que foi evidentemente ou presumidamente perdido por alguém não é considerado coisa sem dono. A apropriação é crime previsto no art. 169 do Código Penal e pode levar de um mês a um ano de prisão.

Mesmo se a carga não estiver segurada, o material continua tendo dono. Caso tenha seguro e a seguradora decidir pelo ressarcimento do prejuízo, caberá à empresa decidir o que fará com a mercadoria que não estiver em condições de comercialização. Mas até que isso aconteça e até que pessoa autorizada manifeste a doação, qualquer investida caracterizará furto.

Qual o papel do motorista?

O motorista do caminhão deve intervir e acionar imediatamente a polícia. A omissão injustificada implica na responsabilização. Isso porque a omissão é penalmente relevante se quem se omite tem o dever legal ou o dever contratual de evitar o resultado ou mesmo se contribuiu para o surgimento do risco.

A mesma lógica se aplica ao policial que se aproxima e presencia as ações dos saqueadores sem se certificar se as pessoas estavam autorizadas a se apossarem das mercadorias. O agente tem o dever de proteger o patrimônio e a omissão também implicará na sua responsabilização pelo resultado da conduta de terceiro.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Empresas investem em setores de segurança para evitar roubos de carga

O aumento no número de ocorrências de roubo de carga em todo o território nacional tem assustado motoristas que trabalham com o transporte de cargas. Para amenizar a situação as empresas responsáveis pelas cargas resolveram investir em setores de segurança e gerenciamento de riscos.

Segundo uma pesquisa feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), esse tipo de ocorrência cresceu cerca de 10% em todo país, comparado ao mesme período de 2014. Ainda segundo a pesquisa, o estado de São Paulo concentra 44% das ações. Os dados foram calculados com base nas informações fornecidas pelas secretarias de segurança dos estados.

Em Ribeirão Preto (SP), uma empresa transportadora resolveu investir pesado no treinamento dos motoristas para lidar com situações de roubo e em um setor de gerenciamento de risco, no qual aproximadamente 12 funcionários monitoram cerca de 850 caminhões e vans da empresa 24 horas por dia.

“Quando notamos esse crescimento no número de roubos de cargas, nós estruturamos uma área de gerenciamento de risco. Mapeamos rotas críticas, criamos restrições de horários, definimos postos para os motoristas pararem, implantamos o botão do pânico nos nossos veículos, e voltamos um treinamento para os motoristas”, afirma a diretora de frota da empresa Magda Tardelli.

A diretora afirma ainda que o alto investimento valeu a pena pelos retornos positivos que tem recebido. No entanto, existe um ponto negativo que ainda preocupa. “É um investimento alto, mas que compensa por conta do retorno positivo, no interior, por exemplo, não temos mais perda de veículo por roubo. O problema é que nós temos também os bandidos 24 horas pensando em uma forma de burlar toda essa estratégia que a gente monta”.

A coordenadora do setor de gerenciamento de risco, Ana Carolina Polo de Souza, explica como são identificadas as ações de roubo. “O motorista é treinado, então se ele vê algo suspeito, pressiona um botão [de pânico], que fica no caminhão. Na central vai aparecer uma mensagem de alerta que esse veículo está em risco, e começa o processo de contato. Se não conseguirmos falar com o motorista, já se entende que é um roubo e  acionamos a policia”.

Segundo os próprios motoristas as cargas mais visadas são as de combustíveis, alimentos, cigarros, eletroeletrônicos, farmacêuticos, químicos, têxteis e confecções, e auto-peças. “Tem que tomar cuidado, ainda mais quem vai rodar com cargas perigosas, tipo álcool, gasolina, diesel… Cargas caras. Tem que ter sorte, fé em Deus, e confiar na empresa”, afirma o motorista Ronaldo Paschoal.

Fonte: Blog do Caminhoneir

Impostos consomem 20% da receita bruta do transporte de cargas

Transporte rodoviário de carga tributária. É assim que o presidente do Conselho Superior do IBPT (Instituto de Planejamento e Tributação), Gilberto Amaral, define o setor responsável pela movimentação de 60% da produção nacional. Cálculos da entidade apontam que, em 2015, as empresas do setor pagaram R$ 41 bilhões em impostos, valor que corresponde a quase 20% da receita bruta no mesmo ano, de R$ 207 bilhões. É, além disso, maior que a massa salarial do setor, calculada em R$ 30 bilhões.

“O que ocorre: os governos optam em tributar fortemente o transporte rodoviário de cargas, porque podem arrecadar bastante. Mas, num país que depende do setor, é uma incongruência e uma inconsequência fazer uma tributação tão elevada, porque o transporte de cargas é um insumo básico de qualquer atividade”, diz Amaral. O efeito danoso, assim, impacta em toda economia, já que o custo é repassado ao preço final dos produtos.

Segundo o presidente do Conselho Superior do IBPT, os tributos representam mais de 45% do valor agregado do transporte rodoviário de cargas, ou seja, de tudo o que se adiciona para realizar a atividade. São os impostos que incidem, por exemplo, sobre aquisição e manutenção de veículos, insumos e folha de pagamento.

Em um ambiente de retração econômica, um dos resultados dessa realidade é o aumento do endividamento com o fisco. Gilberto Amaral afirma que, no ano passado, pela primeira vez, o estoque da dívida dos contribuintes ultrapassou a arrecadação anual da União, estados e municípios. O débito soma R$ 2,21 trilhões, contra R$ 2,01 trilhões que os entes federativos recolheram em tributos. “Isso está enfraquecendo as empresas. Vemos uma inadimplência elevadíssima e o TRC está acima da média nacional, porque as empresas não conseguem pagar a tributação”, diz. Ele destaca, também, os efeitos da crise econômica sobre o preço do frete: “a crise gera uma ociosidade grande, que faz com que se avilte o preço do frete e, consequentemente, as empresas não conseguem pagar a tributação”.

E o retorno?

Não bastasse o peso dos impostos, o setor precisa enfrentar desafios e gastos adicionais decorrentes da má aplicação dos recursos arrecadados pelo poder público. Conforme a Pesquisa CNT de Rodovias 2015, a baixa qualidade da infraestrutura rodoviária aumenta o custo do transporte, na média, em 25%.

Além disso, há as despesas com sistemas de segurança, para proteger o serviço da ameaça constante dos criminosos nas estradas. No ano passado, o prejuízo com roubo de cargas chegou a recorde de R$ 1,12 bilhões, de acordo com a NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística). “O setor do transporte de cargas é um setor para heróis, porque lutam hora a hora contra a falta de estrutura governamental, de uma política tributária, de uma política de qualidade das estradas e de infraestrutura, de segurança e de apoio dos governos”, avalia Gilberto Amaral.

Burocracia

E o problema não é gerado apenas pelos altos custos, mas também pela burocracia que envolve o sistema tributário. Conforme o IBPT, desde a promulgação da atual Constituição Federal, em 1988, até 2015, foram editadas mais de cinco milhões normas de reguem a vida dos brasileiros. Administrar todas as demandas oriundas desse modelo custou, em 2015, uma média de 1,5% do faturamento das empresas no Brasil.

Embora se destaque a necessidade de uma reforma tributária no Brasil, Amaral defende medidas para resolver esses problemas de forma imediata: “basta que se reduzam ICMS, PIS e Cofins sobre o transporte. Isso vai fazer com que o frete barateie, as mercadorias cheguem ao consumidor um pouco mais baratas. Não dá para justificar a alta carga só pela arrecadação que ela ocasiona”.

Fonte: Blog do caminhoneiro

 

Inclinação e regulagem correta do banco auxiliam na segurança e saúde do motorista

O motorista de caminhão deve ajustar corretamente a altura do assento, inclinação do encosto das costas além de outros itens do banco.  Por mais corriqueiras e simples que sejam estas atividades na rotina do carreteiro, elas podem afetar diretamente sua saúde e também o bom desempenho de sua atividade no dia a dia.

O banco é um item de segurança no veículo, que bem regulado permite que o motorista tenha a agilidade necessária nos para desviar com rapidez de um buraco ou evitar um atropelamento. A posição ideal também garante que o cinto de segurança vai funcionar com eficácia numa colisão, além de contribuir para a redução do cansaço físico do profissional, de dores musculares e até de doenças da coluna.

Tudo isso deve ser levado em consideração porque seu projeto considera todos os aspectos da direção do veículo, incluindo as longas horas que o carreteiro passa ao volante. Por isso, se atender às inúmeras regulagens de postura ergonômica é mais do que procurar uma posição confortável.

Outros pontos importantes estão relacionados à manutenção do banco. Estima-se que a cada ano seja preciso fazer algum tipo de reparo no assento. No entanto, o motorista deve avaliar o funcionamento do equipamento para que, se houver necessidade, a manutenção seja feita antes deste período. Técnicos na área indicam que a espuma do assento deve ser trocada todos os anos. Já o sistema de suspensão deve passar por manutenção a cada dois anos.

Fonte: Portal O Carreteiro

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