Ocorrência foi na manhã desta quinta-feira (25); carga era de madeira e tinha como destino Ortigueira, nos Campos Gerais do Paraná.
Um caminhão bitrem foi apreendido na manhã desta quinta-feira (25) circulando com 11,5 toneladas acima do permitido, na BR-373, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o caminhão estava carregado com toras de pinus do município de Cruz Machado, no sul do estado, e tinham como destino Ortigueira, nos Campos Gerais.
O limite de peso para o bitrem era de 57 toneladas, enquanto estava com 71,4 toneladas, segundo a PRF.
O motorista foi multado em R$ 3 mil. O bitrem foi levado para o pátio da PRF para o transbordo da carga.
Ainda conforme a polícia, o excesso de peso pode provocar acidentes graves, pois compromete o funcionamento dos sistemas de freios e de suspensão dos caminhões, além de reduzir a velocidade.
Motorista não ficou ferido. Acidente ocorreu em Campinas no km 116, sentido Paulínia. Óleo foi derramado no canteiro central e Cetesb afirma que houve contaminação do solo.
Uma carreta com carga de óleo diesel se desprendeu do caminhão-tanque bitrem e tombou na Rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332), em Campinas (SP). Ela estava carregada com 20 mil litros do combustível. O acidente ocorreu na manhã desta quarta-feira (24) e o motorista estava alcoolizado. Uma faixa sentido Paulínia (SP) está bloqueada para o trânsito.
De acordo com a concessionária Rota das Bandeiras, que administra o trecho, a carreta tombou no km 116, altura do distrito de Barão Geraldo perto do Real Parque, no canteiro central. O acidente ocorreu às 8h30 e uma hora depois havia cerca de dois quilômetros de lentidão no trânsito.
Às 15h40 a carreta foi retirada do local, mas a faixa permanecia interditada para trabalhos de limpeza. Não há previsão para liberação do tráfego neste trecho, informou a Rota.
Carga derramada
A carga de óleo diesel foi derramada na área e a Companha Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) foi acionada. A bióloga da agência regional do órgão afirma que houve contaminação do solo, mas diz que a situação está sob controle.
“Todo o vazamento foi estancado com areia. Vamos ficar acompanhando a remoção e fazendo a avaliação dos danos. Houve [contaminação] e a Cetesb vai aplicar as sanções cabíveis ao responsável. Vamos percorrer todo o córrego para avaliar a extensão do dano”, afirma a bióloga Lívia Fernanda Agujaro.
Bombeiros fizeram uma contenção e preservaram o local por conta do risco de explosão.
O motorista e 37 anos não ficou ferido, mas acabou preso em flagrante por embriaguez ao volante. O teste do bafômetro atestou 0,40 mg de álcool. Ele foi encaminhado para o 1º Distrito Policial de Campinas.
A carga vinha de Santos (SP) e seguia para Paulínia. O condutor contou à reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, que foi fechado por outro veículo. Desviou a carreta para o canteiro e, quando voltou para a pista, perdeu o controle da direção.
Pela lei, tabela é ajustada sempre que há variação no preço do diesel superior a 10% (para mais ou para menos). Segundo agência, preço atual é 10,69% maior que o da tabela anterior.
A Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) publicou nesta quarta-feira (24) no “Diário Oficial da União” uma nova tabela com um reajuste médio de 4,13% nos preços mínimos do frete para transporte rodoviário.
A lei que criou o piso para o frete rodoviário prevê que a ANTT reajuste a tabela de fretes sempre que o preço do óleo diesel tiver oscilação superior a 10%, tanto para mais quanto para menos. De acordo com a agência, o preço atual do diesel é 10,69% maior que o da tabela anterior.
“A variação do diesel com relação ao valor utilizado na última tabela, publicada em janeiro, foi de +10,69%, resultando num reajuste médio de 4,13%”, destacou a ANTT.
Recentemente, representantes dos caminhoneiros se reuniram com autoridades do governo Jair Bolsonaro criticando o aumento do diesel pela Petrobras e pedindo maior fiscalização da tabela de fretes.
“A ANTT vem intensificando as fiscalizações em seus postos de pesagem com foco na aplicação da tabela de frete. Os valores de multas variam de acordo com as autuações, também podem variar conforme a distância a ser percorrida durante a viagem, tipo de veículo, entre outros aspectos. Até o momento foram lavrados cerca de 3 mil autos de infração”, afirmou a autarquia em nota.
Os valores das autuações podem variar entre R$ 550 e R$ 10,5 mil, dependendo do enquadramento.
O Ministério da Infraestrutura divulgou uma nota na segunda-feira (22) na qual anunciou compromisso com os caminhoneiros de repassar o custo do diesel para a tabela de fretes.
A tabela de fretes foi criada no ano passado pelo governo Michel Temer, após a greve dos caminhoneiros que bloqueou estradas e comprometeu o abastecimento de combustível, de medicamentos e de alimentos em todo o Brasil. A criação era uma das reivindicações da categoria.
O mecanismo, no entanto, foi alvo de críticas até mesmo dentro do governo. Na ocasião, o então ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que a tabela prejudica o agronegócio. A tabela também foi alvo de contestações da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na Justiça.
Reajuste do diesel
No último dia 11, a Petrobras anunciou reajuste de 5,74% no preço do óleo diesel. No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro mandou a empresa suspender o reajuste até que ele tivesse uma reunião com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e com os ministros da equipe econômica.
A reunião aconteceu no dia 16. Após o encontro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmaram que o valor do reajuste e o momento do anúncio cabem à Petrobras.
No dia 17, a empresa anunciou aumento de R$ 0,10 por litro no diesel.
Cerca de metade das averiguações feitas pela agência até agora resultou em multas. Preços tabelados foram instituídos para pôr fim à greve dos caminhoneiros em 2018.
Cerca de metade (45%) das fiscalizações realizadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre o cumprimento da tabela de pisos mínimos de frete rendeu multas neste ano, e a maioria das operações da autarquia recaiu sobre o segmento do agronegócio, aponta levantamento recente da agência.
A tabela de frete rodoviário foi instituída em meados do ano passado, como forma de por fim à greve nacional dos caminhoneiros, mas a aplicação de multas por descumprimento somente passou a ser executada no início deste ano, após publicação em novembro de resolução que orienta a aplicação da penalidade. Anteriormente, as empresas flagradas descumprindo a tabela eram notificadas.
O cumprimento da regra da tabela, uma forma de proteger caminhoneiros de variações no custo do frete como oscilações no preço do diesel, é uma das principais reivindicações da categoria que tem se mostrado cada vez mais insatisfeita com o aumento no preço do combustível vendido pela Petrobras a distribuidores do país.
Segundo a ANTT, desde janeiro até quarta-feira passada (17), foram realizadas 342 operações de fiscalização do cumprimento da tabela em estradas do país, das quais 156 renderam multas por irregularidades no cumprimento da regra do piso mínimo de frete. A agência afirmou que as operações ainda continuam, “de forma prioritária em todas as unidades regionais, com isso os números apresentados certamente sofrerão alterações”.
Questionada sobre quais seriam as áreas de trabalho de quem foi flagrado cometendo irregularidades, a ANTT afirmou que não tem dados sobre essa separação por área de atuação, mas que as “fiscalizações são, em sua grande maioria, no segmento do agronegócio”.
A ANTT também não informou detalhes das ações, como total arrecadado com as multas, mas afirmou que a resolução 5.833/18, publicada em novembro, prevê penalidades de R$ 550 a R$ 10.500.
Entre as situações que podem render multa estão penalidades para contratantes e caminhoneiros que fizeram transporte de carga cobrando menos que o piso e anunciantes de cargas que promoverem serviços de transporte rodoviário por menos que o mínimo previsto na tabela.
Procurada, a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), não pôde comentar o assunto de imediato.
Representantes de entidades de defesa de direitos de caminhoneiros autônomos, incluindo a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e a Associação Brasileira dos Caminhoneiros, reúnem-se nesta tarde com o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
Pacote para caminhoneiros
Na semana passada, o governo lançou um pacote de apoio a caminhoneiros, incluindo crédito para manutenção de veículos e investimentos em rodovias, mas as medidas foram criticadas por entidades que representam a categoria como uma tentativa de apenas reduzir a insatisfação dos motoristas com o custo do diesel e o que citam como descumprimentos da tabela de frete.
No dia seguinte ao lançamento do pacote, a Petrobras elevou o preço médio do diesel em suas refinarias em 4,8%, menos que o índice de 5,7% que a empresa pretendia aplicar na semana anterior. O aumento inicial foi suspenso após interferência do presidente Jair Bolsonaro.
A colheita da soja, principal item da pauta de exportação brasileira, está perto do final e os meses de abril, maio e junho costumam ser muito fortes no escoamento desta produção. A greve dos caminhoneiros do ano passado durou 11 dias e começou no final de maio.
Pasta da Infraestrutura divulgou nota após ministro Tarcísio Freitas se reunir com representantes de entidades e caminhoneiros autônomos. Tabela foi instituída em 2018.
O Ministério da Infraestrutura divulgou uma nota nesta segunda-feira (22) na qual anunciou compromisso com os caminhoneiros de repassar o custo do diesel para a tabela de fretes.
A nota foi divulgada após o ministro Tarcísio Gomes de Freitas se reunir com integrantes da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e de outras entidades, além de caminhoneiros autônomos.
“Após ouvir as reivindicações, foram firmados os seguintes compromissos: estudar a eliminação de multas desnecessárias aos caminhoneiros; transferência do custo do diesel para a tabela do frete; a fiscalização efetiva da referência de custo do piso mínimo do frete; a celebração de um termo de compromisso com as entidades representantes da categoria para tornar mais efetiva a fiscalização”, informou a pasta.
A tabela de fretes foi criada no ano passado pelo governo Michel Temer, após a greve dos caminhoneiros que bloqueou estradas e comprometeu o abastecimento de combustível, de medicamentos e de alimentos em todo o Brasil. A criação era uma das reivindicações da categoria.
O mecanismo, no entanto, foi alvo de críticas até mesmo dentro do governo. Na ocasião, o então ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que a tabela prejudica o agronegócio. A tabela também foi alvo de contestações da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na Justiça.
Reajuste do diesel
No último dia 11, a Petrobras anunciou reajuste de 5,74% no preço do óleo diesel. No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro mandou a empresa suspender o reajuste até que ele tivesse uma reunião com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e com os ministros da equipe econômica.
A reunião aconteceu no dia 16. Após o encontro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmaram que o valor do reajuste e o momento do anúncio cabem à Petrobras.
No dia 17, a empresa anunciou aumento de R$ 0,10 por litro no diesel.
‘Agenda de trabalho’
Pouco antes de o ministério divulgar a nota, nesta segunda-feira, Tarcísio Freitas informou em uma rede social ter construído uma “agenda de trabalho” com os caminhoneiros para eliminar multas “injustas” e fiscalizar o cumprimento da tabela de fretes.
“Recebi hoje representantes dos caminhoneiros e Integrantes da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) para dialogar sobre as demandas da categoria. Estamos trabalhando em soluções efetivas. As portas estão sempre abertas e manter o diálogo é nossa prioridade”, afirmou o ministro.
“Construímos em conjunto agenda de trabalho que envolve eliminação de multas injustas, transferência do custo do diesel para tabela de frete, fiscalização dessa referência de custo e termo de compromisso com entidades representantes para tornar a fiscalização mais efetiva”, acrescentou.
Segundo Wanderlei Dedeco, um dos caminhoneiros autônomos que participaram da reunião, a categoria denunciará nos sindicados as empresas que não cumprirem a tabela e repassarão as denúncias ao Ministério da Infraestrutura e à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
O presidente da CNTA, Diumar Bueno, afirmou que o acordo do governo com a categoria prevê reajuste na tabela de frete a partir de “agora”. “Esse é um dos compromissos do governo hoje, do ministro conosco, é fazer um reajuste no preço mínimo do frete para corrigir esses aumentos do diesel que tivemos”, disse.
Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, a idade média dos caminhões é de 11,4 anos
A recuperação do mercado de veículos a partir de 2017, após quatro anos de queda no período da crise, ainda não conseguiu reverter o processo de envelhecimento da frota brasileira.
Segundo estudo realizado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), a idade média dos automóveis em circulação no país subiu para 9,7 anos, a maior dos últimos 18 anos. No caso dos caminhões, a média é ainda pior, de 11,4 anos, a mais alta desde 2007.
Ainda de acordo com o levantamento, a tendência de envelhecimento continuará nos próximos dois anos, com a idade média dos automóveis chegando a 10 anos em 2020 e a dos caminhões em 11,11 anos.
Os dados também mostram que 2018 foi o terceiro ano seguido de aumento na idade média da frota brasileira de automóveis, depois de quase uma década de renovação puxada pelo boom de vendas de modelos novos até 2012.
Caminhão
Movimento parecido ocorreu com os caminhões, que tradicionalmente têm vida útil mais longa e, por isso, têm idade média maior. Fabricado há 46 anos, o Mercedes-Benz Mb 2013 foi adquirido há três anos por Lucas Eduardo Mendes, de 22 anos, que deixou a empresa onde trabalhava na área de TI para ser caminhoneiro.
Ele deu R$ 10 mil de entrada e os R$ 35 mil restantes paga em prestações mensais de R$ 1 mil. “Faltam nove para quitar”, diz ele.
Mendes diz que gostaria de trocar o caminhão mas, “com o preço pago hoje pelo frete e os gastos com pedágio e combustível não tem como comprar outro mais novo”. Autônomo, ele reclama que as empresas não contratam serviços de veículos com mais de 20 anos, por isso depende da subcontratação de transportadoras que pagam metade do valor que recebem pelo transporte.
O caminhoneiro afirma que seria necessária uma linha de crédito mais barata e menos burocrática para conseguir um caminhão mais novo. Ele afirma desconhecer detalhes da proposta feita na semana passada pelo governo Bolsonaro de liberação de créditos para a categoria pelo BNDES, mas acredita que não vai resolver o problema de muitos caminhoneiros como ele.
“Se não houver ajuda para promover a troca dos veículos mais antigos, o problema vai continuar”, afirma Elias Mufarej, diretor do Sindipeças. Há anos a entidade defende um programa de renovação da frota, começando com a inspeção veicular para retirar das ruas veículos sem condições de rodagem, principalmente caminhões e ônibus.
Para Mufarej, “uma frota mais velha traz efeitos danosos em relação à segurança, principalmente nas estradas, e as consequências são graves”.
Veículos novos
Da frota de 1,98 milhão de caminhões em atividade no país, 9% têm até três anos de uso, ante 21,4% em 2014. Já modelos com 11 a 20 anos eram 29,5% da frota e hoje são 36,5%. Aqueles com mais de 20 anos passaram de 9% para 10,3%. Em igual período, a venda de caminhões novos caiu 45%.
Medidas da Caixa Econômica Federal para estimular a aquisição de caminhões e a insistência da categoria em que haja uma tabela de frete mínimo podem virar um tiro no pé dos próprios trabalhadores, sobretudo os autônomos, apontam especialistas.
Na terça-feira (16), o banco estatal anunciou que financiará 100% da compra de novos caminhões e ônibus por meio de uma linha do BNDES -antes o limite era 80%. Mas o crédito será oferecido apenas para empresas, que são, em geral, transportadoras de maior porte.
Mais cedo no mesmo dia, embora a Caixa negue que haja relação, o governo Jair Bolsonaro anunciou uma série de ações para os caminhoneiros, na tentativa de acalmar os ânimos da categoria e afastar ameaças de uma nova greve.
Entre as medidas, estão linhas de crédito para cobrir gastos de manutenção e troca de pneus, melhorias nas estradas e maior rigor na fiscalização do cumprimento do valor do frete, tabelado desde o ano passado.
Economistas apontam, no entanto, que a demanda por frete ainda está deprimida por uma economia que passou por uma forte crise e não deslancha, e um estímulo para a aquisição de novos caminhões poderia sobreofertar o mercado.
Além disso, o crédito voltado para transportadoras mais estruturadas aprofundaria a concorrência para o caminhoneiro autônomo.
“Nós já estamos com excesso de oferta de frete. Facilitar a aquisição colocando mais caminhões vai agravar o problema”, diz Otto Nogami, professor de economia do Insper.
É um filme que o mercado já conhece. Em 2012, no governo de Dilma Rousseff, o BNDES ofereceu linhas de financiamento subsidiado para caminhoneiros. Quando veio a recessão, a demanda por frete caiu acompanhando a queda nas atividades produtivas, e os caminhoneiros começaram a sentir dificuldade para honrar seus empréstimos.
Parte dos economistas argumenta que essa situação generalizada de descontentamento e endividamento da categoria levou à paralisação de maio do ano passado.
“É uma medida que pode agradar aos caminhoneiros que estão olhando para a questão do ponto de vista individual. Mas já tivemos programas que estimularam a compra de caminhões no passado e isso contribuiu para a crise pelo excesso de oferta”, diz Armando Castelar, coordenador da área de economia aplicada do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV.
Bráulio Borges, economista sênior da área de macroeconomia da LCA Consultores e também pesquisador do Ibre, é um dos que contestam a hipótese de que a sobreoferta de caminhões tenha levado à greve do ano passado.
Para ele, o estopim do movimento foi resultado da combinação de elementos como a alta no preço do diesel -por questões tributárias domésticas, depreciação do real e escalada do petróleo no exterior- e a incapacidade de os caminhoneiros repassarem esse choque de custo para o valor do frete em meio à crise, além de “um governo politicamente frágil e suscetível à pressão de grupos”, afirma.
O economista observa ainda que, entre 2013 e 2016, os caminhoneiros autônomos perderam fatia de mercado, conforme grandes empresas de logística ganharam escala e passaram a operar frotas próprias.
“São caminhões mais novos e eficientes, que consomem menos combustíveis, o que possibilitou contratos de prazo mais longo e com descontos aos clientes”, diz Borges.
Em um ponto especialistas concordam: essa concorrência deve se agravar com a tabela de frete. Os economistas dizem que, com preços regulados, muitas empresas têm colocado na ponta do lápis que é mais vantajoso ter frota própria.
“Se elas estão comprando esses caminhões para contornar o problema criado com o frete mínimo, na verdade estamos colocando pólvora na fogueira”, diz Nogami.
Em 2018, o licenciamento de caminhões novos nacionais cresceu 48% na comparação com o ano anterior, de acordo com dados da Anfavea (associação das montadoras). Mas isso se deu, em boa parte, porque o licenciamento de caminhões pesados -muito ligados às atividades do agronegócio- subiu 86%. No primeiro trimestre deste ano, os licenciamentos de caminhões cresceram 46%, enquanto os de pesados subiram 67%.
Quando as próprias companhias começam a transportar sua produção, caminhoneiros autônomos perdem mercado não só porque ficam sem esse cliente mas também porque são as grandes empresas de logística que têm melhores condições de competir em um setor verticalizado, diz Borges.
“Estamos em uma sinuca de bico. A principal demanda dos caminhoneiros é que a ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] fiscalize o cumprimento da tabela de frete, mas isso vai levar as empresas a verticalizarem ainda mais a frota. É um tiro no pé dos caminhoneiros autônomos. A frota vai crescer mais, para uma demanda ainda no ritmo de tartaruga da economia brasileira, e os caminhoneiros autônomos vão ter um espaço menor de um mercado que já cresce pouco”, afirma.
A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) colocou em consulta pública uma nova proposta para a elaboração da tabela do frete mínimo, que deve vigorar no próximo semestre deste ano.
A metodologia foi desenvolvida pelo Esalq-Log, grupo de pesquisa em logística agroindustrial da Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz).
Além de trazer um cálculo diferente do atual para se chegar aos valores da tabela, o texto amplia as categorias de cargas de cinco para 11, dividindo, por exemplo, a carga a granel em líquida e sólida e criando espaço para as cargas conteinerizadas.
“É uma tentativa de aperfeiçoar para captar especificidades. A tabela parece feita de maneira mais acurada, a do ano passado foi publicada muito no calor do momento”, diz o advogado Mário Saadi, sócio do Tauil Chequer.
O tabelamento de frete é fruto de uma Medida Provisória encaminhada pelo então presidente Michel Temer em 27 de maio de 2018 – a paralisação dos caminhoneiros perdurou entre 21 e 30 de maio, dia em que a ANTT publicou a tabela.
Segundo Saadi, a nova metodologia também tenta atualizar a composição de custos definida pela agência, incluindo, por exemplo, como custo fixo os gastos com seguro veicular.
Norival de Almeida, vice-presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), questiona, porém, os números usados.
“Tudo que foi feito tem validade para hoje. Em julho, é outro momento, são números ilustrativos. Essa é a divergência que temos que analisar e levar para as audiências, não para contestar, mas para lembrar de colocarem valores da média real”, afirma.
Lucas Sant’Anna, sócio de direito público do Machado Meyer Advogados, aponta que o novo texto avança também ao deixar clara a aplicação da tabela apenas para contratos assinados após a MP entrar em vigor.
“O fato de haver essa precisão é fundamental, porque é direito adquirido. De fato, a tabela proposta é uma evolução grande em termos formais e também por estar em consulta pública. A tabela inicial foi feita em uma canetada”, diz Sant’Anna.
Ele acrescenta, porém, que “qualquer tabelamento é prejudicial do ponto de vista econômico e uma inconstitucionalidade”. Saadi lembra que o tema é alvo de questionamentos no STF (Supremo Tribunal Federal).
“Os novos valores propostos de fretes nos parecem tecnicamente corretos e muito difíceis de serem questionados”, disse em nota a Cargill, gigante do agronegócio. “Agora é o momento de corrigir todas as falhas da primeira tabela, enquanto o STF avalia sua inconstitucionalidade.”
Para Thiago Cardoso, diretor do BCG (Boston Consulting Group), apesar de a metodologia proposta incluir novas categorias e atualizar alguns insumos, não foram feitas mudanças estruturais.
Em um texto explicativo para a consulta pública, a ANTT diz que chegou a ser avaliada a possibilidade de adoção de tabelas regionais, por exemplo. Com 11 tipos de cargas, sete tipos de eixos e a combinação de cinco regiões, afirma a agência, seriam geradas 1.925 situações possíveis a serem escolhidas para calcular o piso mínimo.
“Várias sugestões foram negadas, sobretudo devido à complexidade que trariam para o mapeamento dos dados corretos e a fiscalização. O que só comprova o que já apontamos em um estudo nosso: querer determinar com uma tabela um preço que está sob influência de dezenas de variáveis é uma tarefa que será ineficaz”, diz Cardoso.
A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), que entrou com ação contra a tabela no STF, mantém sua posição. “Essa tabela proposta tem um método diferente das anteriores, o que dificulta uma comparação. De toda forma, não há que se falar em tabelamento de fretes obrigatórios”, afirma Elisangela Pereira Lopes, assessora técnica da comissão nacional de logística e infraestrutura da CNA.
Paulo Camillo Penna, presidente do Snic (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento), diz que o setor “não é indiferente e cego à situação do transporte”, mas defende que “se é para criar algum parâmetro, que seja uma planilha de referência”.
A estrada é o palco dos caminhoneiros e algumas celebridades que já ganharam a vida dentro da boleia de um caminhão. Ficou curioso? Confira abaixo alguns nomes.
Elvis Presley, o rei do Rock
Sim, o astro do Rock já foi caminhoneiro antes de sua voz conquistar o mundo. Em 1954, Elvis trabalhou para a Crown Electric Company dirigindo um caminhão.
Wando, o rei das calcinhas
Antes de subir ao palco e receber uma chuva de calcinhas, o cantor brasileiro trabalhou como motorista de caminhão e feirante no Rio de Janeiro.
Sean Connery, o agente secreto James Bond
O escocês é famoso por interpretar o agente secreto James Bond nas telas, mas antes da fama, chegou a fazer uns bicos como motorista de caminhão.
Viggo Mortensen do Senhor dos Anéis
O ator trabalhou como caminhoneiro na Dinamarca no início dos anos 1980, antes de iniciar sua carreira na sétima arte. Posteriormente, ganhou fama interpretando Aragorn na trilogia O Senhor dos Anéis.
Al Capone, o gangster
Antes de cometer atos ilícitos, o gangster de Chicago, Al Capone, se sustentava de forma correta e digna dirigindo caminhão.
Uma profissão, uma paixão, não importa, ser caminhoneiro é grandioso e para chegar no seu destino com conforto e segurança, você pode utilizar a rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto, que dá acesso à região metropolitana de São Paulo, Aeroporto de Guarulhos, litoral Norte de São Paulo, porto de Santos e São Sebastião e ao Rio de Janeiro. Contamos com uma equipe pronta para te atender 24h em caso de emergência. Ligue para 0800 777 0070 ou utilize nosso call box, disponível a cada 1km de pista.
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Fazer fretes, dentro do contexto de transportes, significa transportar algo em troca de um pagamento, certo? Parece simples, não é? Mas quando se trata de tipos de frete, existem muitas coisas que podem alterar radicalmente o valor deste pagamento, como por exemplo: rota, tipo de carga, tipo de caminhão, modelo de carroceria, exigências para transportar a carga, Estados de origem e destino, condições das estradas, peso da carga, quantidade de pedágios e outros fatores.
Então nesse artigo, vamos falar especialmente sobre os tipos de fretes e como eles influenciam diretamente no seu bolso! Vamos começar?
Afinal, quais são os tipos de frete que existem?
Tipos de Frete: Considerando o Volume da Carga
Frete com carga complemento
Durante muito tempo no ramo de logística, os caminhões transportavam pequenas cargas e não aproveitavam a capacidade máxima do caminhão. Dessa forma, o veículo se deslocava quase vazio para o destino e saía no prejuízo com esses tipos de frete.
Sabe a expressão “viajar batendo lata”? Trata-se de viajar com algum tipos de frete que não utilize a capacidade total do caminhão. E você pode se perguntar, “-Mas qual o problema disso?” O problema é que isso interfere diretamente no lucro seu do frete!
As viagens com os tipos de fretes que não completavam o caminhão não beneficiavam nenhum lado. Era ruim para a empresa que aumentava seu custo com o frete, e também o custo operacional. Como também para os caminhoneiros que tinham uma preocupação maior com a segurança e proteção da carga. Foi por esses motivos que surgiram um dos tipos de frete que mais facilitam ao motorista: as cargas complemento. A intenção dessas cargas é reduzir os danos de uma viagem com tipos de fretes que não ocupem a carga máxima do caminhão.
Em resumo, cargas complemento são cargas que ocupam apenas uma parte do espaço do seu caminhão, como o nome mesmo diz: elas são complementares. Por isso, servem para preencher ou completar o espaço que ainda está vazio na sua carroceria.
Exemplo
Imagine que você está em São Paulo e tem um truck baú com capacidade para transportar 50 m3 quaisquer tipos de frete. Você faz o carregamento que ocupa 30 m3, e viaja com destino à Bahia. No cenário ideal, seu caminhão ainda tem capacidade para transportar 20m3, correto?
Você pode encontrar uma carga complemento de até 30m3 para a Bahia, ou até algum local que esteja no meio do caminho da sua rota, por exemplo MG ou ES. Vale ressaltar quenunca ultrapassar o peso máximo (de balança) com esse complemento.
Frete com carga completa
Cargas completas são cargas que precisam de um caminhão exclusivo para transportar determinada mercadoria, que pode acontecer de duas maneiras:
1- A carga ocupa todo o espaço disponível do caminhão – seguindo o exemplo acima, do truck baú, você atingiria 50 m3 ou o peso máximo com uma única carga.
2- A empresa exige exclusividade da carga – dependendo do tipo de frete e da gerenciadora de risco que está cuidando do frete a empresa proíbe qualquer tipo de carga complemento, especialmente quando o prazo está apertado ou até mesmo por medidas de segurança.
Caso a transportadora exija um transporte exclusivo para determinados tipos de frete, você pode negociar um valor maior, que cubra os gastos com a viagem, os riscos de danos com o caminhão e a urgência de chegar ao destino.
Tipos de Frete: Considerando o Peso da Carga
Basicamente para avaliar qual a capacidade do seu caminhão você deve olhar para duas variáveis: a cubagem (volume em m3) e o peso da carga. Para isso, você deve considerar as variações de peso dos tipos de fretes. Veja:
Cargas Leves
São consideradas cargas leves, cargas que podem atingir a cubagem máxima do seu caminhão, porém não chegam nem na metade do peso de balança. Alguns exemplos de cargas leves são: fraldas, algodão, papel higiênico, lâmina de barbear, etc. Vamos imaginar que o seu caminhão tem essas características:
Truck: 50 m3
Capacidade de peso: 12.000 Quilos
Comprimento: 7,50 Metros
Largura: 2,50 Metros
Altura: 2,70 Metros
No caso de transporte de uma carga leve você poderia atingir os 50 m3 com apenas 5.000 quilos. Nesse caso, a capacidade de peso do seu caminhão é 12.000 quilos.
Para o caminhoneiro, as vantagens de carregar esses tipos de frete são diversas, como: economia de combustível, economia em manutenção do veículo, redução de desgaste dos pneus, economia de tempo. Normalmente nesses casos de tipos de frete é mais rápido não só para chegar até o destino mas também para descarregar. Então fica aqui mais uma dica: Cargas leves podem te ajudar a ter um valor mais justo no frete, principalmente pela redução de custos que elas podem gerar.
Cargas Intermediária
São consideradas cargas intermediárias, cargas que podem atingir a cubagem máxima do caminhão mas não completam o peso total de balança. De modo geral esse tipo de frete ainda mantém os benefícios que comentamos acima (economia de combustível, desgaste, etc) porém em uma proporção menor que as cargas leves.
Cargas Pesadas
Viajar com cargas pesadas é o famoso viajar no talo, rs. São cargas que nem sempre preenchem a cubagem do caminhão, mas atingem o peso máximo de balança. Alguns exemplos de cargas pesadas são: maquinários, madeiras, tubos, etc.. De modo geral essas cargas exigem cuidado redobrado e aumentam os custos com o caminhão tanto com combustível como manutenção e desgaste dos pneus, sem contar que você vai gastar muito mais tempo para chegar ao destino e descarregar.
Nossa dica aqui é: fique atento as variáveis de peso e cubagem para decidir o preço do seu frete e não deixe de levar em consideração os danos que esses tipos de fretes podem causar em seu caminhão!
Tipos de Frete: Considerando o Valor (R$) da Carga
De forma geral, quanto menos industrializada, menor o valor (R$) da mercadoria transportada. Vamos entender melhor ?
Frete com Cargas de Alto Valor Agregado
Em resumo cargas de alto valor agregado são cargas valiosas. Ou seja, custam caro e possuem peso baixo, por exemplo: produtos eletrônicos, produtos farmacêuticos, tv, celulares, roupas de marca, etc. Nesse caso, conseguimos perceber que são cargas que passaram por um processo industrial até chegar nessa versão final que será vendida para o consumidor. A vantagem de transportar cargas como essa é que quanto mais valiosa ela for, maior será a taxa cobrada pelo frete. Em contrapartida, são cargas muito visadas por criminosos.
Uma curiosidade: segundo o globo.com, o valor agregado de cargas do porto do Rio de Janeiro é o maior do país, chegando a US$ 812/t!
Tela sensorizada para caminhões, usada em tipos de fretes com alto valor agregado
Dependendo dos tipos de frete, o transporte é realizado envolvendo empresas especializadas que já tem uma estrutura de gestão de risco, seguro, escolta armada e até mesmo auditoria.
O perfil do motorista para esse transporte é levado em consideração e vai além da aprovação na gerenciadora de risco. Isso significa que podem ser exigidos cursos e equipamentos específicos. Por exemplo: a tela sensorizada para caminhões, que possui uma tecnologia de sensores ligada a rastreadores e caso ela seja cortada ou violada o caminhão para de andar imediatamente.
Frete com Cargas de Médio Valor Agregado
Agora que você já sabe o que são cargas de alto valor agregado, fica fácil imaginar o que são cargas de médio valor agregado, não é mesmo? São cargas que passaram por um processo de industrialização, porém tem um valor inferior às cargas de alto valor agregado. Um exemplo simples de carga de médio valor agregado são as do gêneros alimentícios de alto consumo como: arroz, feijão, água engarrafada, etc.
Frete com Cargas de Baixo Valor Agregado
De forma geral essas cargas são matérias primas ou insumos que serão utilizados na produção de outro produto, ou seja, cargas de baixo valor agregado no geral, não passam por um processo industrial. Como exemplos de cargas de baixo valor agregado podemos citar: esterco, terra, areia, pedra, tijolo, etc. Podem parecer cargas ruins, e geralmente exigem uma limpeza diferenciada no veículo. Mas também têm um lado bom: não chamam atenção de criminosos. Por esse motivo, esses tipos de frete garantem mais a sua segurança.
Exemplo de tipos de fretes: cargas de baixo valor agregado
Tipos de Frete: Considerando a estrada
Outra coisa que é preciso avaliar antes de seguir viagem é a condição da estrada e rota que você vai enfrentar, e essa escolha influenciará diretamente nos gastos que você terá com o trajeto.
Fretes em rotas urbanas
Alguns tipos de fretes são direcionados para rotas urbanas e nesse caso as vantagens para o autônomo são:
agilidade para coletar a carga;
rotas curtas;
baixo custo com alimentação, banho, etc;
não passa muito tempo longe da família;
consegue atender mais fretes em um curto período de tempo;
sem restrições de horários;
costumam ser cargas mais leves.
Já as desvantagens desses tipos de frete são:
tamanho do caminhão limitado;
dificuldade para estacionar;
trânsito intenso;
mais propenso a atrasos;
aumento do consumo do combustível;
aumento do consumo de telefone e internet (muitas vezes é necessário aplicativos de GPS).
Não esqueça de certificar-se se vale a pena ou não pegar esses tipos de fretes com as respectivas condições. Considere esses pontos para calcular os custos com sua viagem e tomar a decisão.
Fretes em rodovias pavimentadas x não pavimentadas
Você sabia que dos 1.720.756 km de rodovias que temos no Brasil, apenas 12,3% são pavimentadas? Pois é! Saber as condições da sua rota é muito importante para calcular os custos que você terá com a viagem. As rodovias pavimentadas, de forma geral, apesar de constantes obras e buracos nas vias, possibilitam que os caminhões viagem com mais segurança e proporcionam menores chances de dano ao veículo. Uma dica relevante para calcular o seu tipo de frete é: conhecer e pesquisar sobre as rodovias de cada região. Se o local do seu frete tem grandes chances de se deparar com vias não pavimentadas, aproveite para negociar o valor (você pode cobrar mais por correr alguns riscos). Olha só o que a CNT publicou em uma pesquisa sobre as rodovias do Brasil.
As regiões com mais vias pavimentadas são Nordeste e Sudeste e a menos pavimentada é a região Norte do país.
Fretes em estradas perigosas
Segundo a matéria publicada na Exame, esses são 4 trechos mais perigosos do Brasil em relação a número de acidentes.
BR-122 – São Paulo (KM 0-10)
BR-101 – Santa Catarina (KM 200-210)
BR-101 – Espírito Santo (KM 260-270)
BR-316 – Pará (KM 0-10)
Em relação a perigo de crime e roubo de cargas, de acordo com a Folha de S. Paulo, o Brasil é o 8º país com maior número de cargas roubadas, sendo que a região Sudeste fica em primeiro lugar seguida da região Nordeste, segunda colocada.
Fique especialmente atento se você carrega nessas regiões cargas de alto valor agregado. As cargas consideradas mais visadas no geral são: alimentos, cigarros, eletroeletrônico, produtos farmacêuticos e autopeças.
Agora que já conversamos sobre os tipos de fretes e você já sabe como eles podem afetar diretamente o seu bolso, você está preparado para praticar os 5 passos antes de aceitar um frete!
1# Avalie o volume da carga que será transportada x o peso
Aqui é muito importante encontrar o melhor custo benefício para seu caminhão de acordo com os tipos de frete, mas de modo geral as cargas mais leves vão te ajudar bastante a reduzir os custos futuros com o caminhão.
2# Veja a possibilidade de uma carga complemento
Às vezes as cargas complementos podem vir até de pessoa física (alguém que está mudando de Estado por exemplo) e isso ajudará você a aproveitar a capacidade total do seu caminhão e ainda por cima ganhar um dinheirinho extra com um novo frete!
3# Considere o Valor (R$) da Carga
Lembre-se que quanto maior o valor agregado da carga que você está transportando, maiores são os riscos de roubos e ações criminosas em relação a esses tipos de frete, portanto o seu poder de negociação com a empresa em relação ao valor do frete aumenta, use isso a seu favor!
4# Fique atento aos detalhes do seu trajeto
Preocupe-se com os risco que você vai encontrar no seu trajeto. Isso é, principalmente se for uma estrada que você não conhece! Faça as seguintes perguntas, e de acordo com as respostas programe-se:
As vias são pavimentadas?
Possuem trechos de estrada de terra?
É uma via perigosa?
Quanto tempo ficarei em rotas urbanas?
5# Se preocupe com a origem do frete
Atente-se! O frete é o que paga a sua viagem, por isso saiba de onde ele vem e como será pago. Assim você garante que não fará viagens com tipos de frete que custem o preço abaixo do que realmente valem. Essa atividade, geralmente, são os agenciadores que fazem. Cobram comissões que são retiradas do valor do frete, rebaixando o preço a ponto de não valer a pena fazer a viagem. Saiba mais em “Agenciador de cargas: quem são e porque você não precisa deles”.