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Homem é preso com carreta roubada carregada de chocolates na BR-116, em Caratinga

Um motorista foi preso com uma carreta roubada na BR-116, em Caratinga, na madrugada desta quarta-feira (15). Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o veículo transportava chocolates e havia sido roubado no Espírito Santo. A PRF localizou o caminhão após receber informações de que ele seguia pela BR-116, em Minas.

O condutor foi preso em flagrante e disse que foi contratado para transportar o veículo que estava estacionado num posto de combustíveis. Ele negou envolvimento no roubo e contou que deixaria a carreta em um trecho, próximo a Caratinga (MG). Segundo a polícia, o suspeito não soube informar dados de quem teria contratado o serviço.

O caminhoneiro que foi vítima do roubo estava desaparecido, mas segundo a PRF, foi localizado na manhã desta quinta-feira. A carga e o veículo foram recuperados.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Como evitar o roubo de carga?

O roubo de carga continua entre os assuntos mais comentados entre os motoristas de caminhão. A insegurança na estrada é cada vez maior, e é frequente depoimentos de carreteiros que ficaram nas mãos de criminosos e tiveram suas cargas furtadas. Para o Cel. Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da NTC&Logística a falta de uma legislação mais específica para punir receptadores é um dos principais fatores que contribuem para altos índices de roubos de cargas registrados anualmente no Brasil.

“Na maioria dos casos o criminoso não é pego em flagrante o que reduz a pena de um a quatro anos de reclusão. Porém em maio de 2011 a Lei 12.403 modificou o código penal e todos os crimes com pena de até quatro anos são considerados de menor potencial e, portanto, o indivíduo apenas paga uma fiança e aguarda o julgamento em casa. A impunidade contribui para o aumento deste tipo de ocorrência na estrada”, ressalta o coronel. Em 2014, foram computadas 17.500 ocorrências, em 2015 esse número subiu para 19.250, o que provocou prejuízo de R$ 1.120 milhões. A região sudeste concentrou 85,76% das ocorrência, sendo São Paulo responsável por 44,11% e o Rio de Janeiro 37,54%.

O coronel alerta os motoristas sobre a importância de seguirem a risca o plano de gerenciamento de risco adotado pela a empresa a qual está prestando serviço. “Alguns profissionais querem fazer a sua própria rota e parar em locais que conhecem e encontram os amigos. Mas, nem sempre esta atitude é segura e pode facilitar a abordagem de criminosos. O ideal é seguir o plano da empresa que, geralmente, realiza o monitoramento e toma as dividas providências no caso de algum imprevisto”, destaca.

Confira alguns procedimentos seguros a serem adotados antes de iniciar a viagem:

  • Verificar a manutenção do veículo
  • Verificar com a empresa o local de entrega da carga para que possa estabelecer uma rota e locais seguros de parada
  • Evitar viajar durante a noite

Durante a viagem:

  • Parar apenas em lugares confiáveis;
  • Evitar parar ao longo da rodovia para “bater pneu”;
  • Não dar carona;
  • Enquanto estiver estacionado evitar conversas sobre o produto que está carregando e a rota que pretende seguir;
  • Caso haja a necessidade de pernoitar, travar o veículo e dormir fora do caminhão;
  • Evitar os chapas na rodovia, eles são muito perigosos e podem estar a serviço de alguma quadrilha;
  • Viajar sempre com o tanque cheio;
  • No caso de alguém sinalizar problemas em seu caminhão, não pare. Siga até o próximo local seguro para verificar a informação.

Fonte: O Carreteiro

Roubo de carga cai em SP e interrompe sequência de alta depois de 15 meses

Os roubos de carga no Estado de São Paulo caíram 16% no mês de setembro, interrompendo uma sequência de 15 meses seguidos de alta, segundo dados divulgados pelo governo paulista na tarde desta quarta (25). Em números absolutos, eles foram de 903, em setembro de 2016, para 759 registros no mês passado, uma redução de 144 casos.

Já no acumulado do ano, porém, os roubos de carga continuam em alta. De janeiro a setembro, a polícia registrou 8.040 casos neste ano, contra 7.027 no mesmo período do ano passado, um avanço de 14%. A redução desse tipo de crime era esperada neste final de ano já que, em 2016, os roubos de carga bateram recordes históricos. Os 759 crimes registrados no mês passado, por exemplo, são 17% superiores aos registrados em setembro de 2015, quando foram 651 registros.

Além do roubo de carga, calcanhar de Aquiles da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), o Estado também teve em setembro queda em todos os principais índices de criminalidade: homicídio, latrocínio, estupro, furtos e roubos. Os roubos em geral, por exemplo, tiveram redução de 4.509 boletins –foram de 27.631 para 23.122 registros, em uma queda de 16%.

Um dos crimes que mais tiveram redução foi o latrocínio, com 66% de queda. Eles foram de 32 para 11 casos, sempre comparando setembro deste ano com setembro do ano passado. “São números bem positivos que deixam a Secretaria da Segurança muito satisfeita. Isso mostra que estamos no caminho certo no combate à criminalidade”, disse o secretário, Mágino Alves Barbosa Filho.

Foi a primeira vez que o chefe da segurança paulista consegue uma redução de roubos de carga após ter assumido a pasta, em meados de maio de 2016, no lugar do hoje ministro do Supremo Alexandre de Moraes, de quem era secretário-adjunto.

A única região em que os dados não foram todos positivos para os roubos de carga foi a Grande São Paulo, onde esse tipo de crime cresceu 5%. Eles subiram de 191 para 201 crimes.

Fonte: Blog do caminhoneiro

Policiamento reduz os roubos de cargas no Rio

O índice de roubos de cargas no estado do Rio de Janeiro apresentou uma redução de 24% em setembro deste ano, em uma comparação com o mesmo mês do ano passado – segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), o número de ocorrências caiu de 892 para 676.

O acumulado de janeiro a setembro, no entanto, continua 17% maior do que o do mesmo período do ano passado (foram 6.449 registros em 2016 e 7.606 em 2017). Os dados foram divulgados na semana passada pelo secretário de Segurança, Roberto Sá, durante uma entrevista coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle, na Cidade Nova, após uma reunião com o grupo que combate essa modalidade de crime.

“Trata-se de uma redução expressiva, que mostra que estamos no caminho certo, e que é fruto da criação, em maio, de um programa de integração com a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança Pública nas áreas em que esse indicador era mais expressivo”, disse Sá.

Há quatro meses, o número de registros de ocorrências vem caindo (em agosto deste ano, foram 843 registros, de acordo com o ISP) e, pela primeira vez, foi menor do que o mesmo mês do ano passado – afirmou Sá, reconhecendo, no entanto, que os números não deixaram de ser uma grande preocupação. “O acumulado de janeiro a setembro ainda é alto.”

O secretário afirmou ainda que, nos últimos quatro meses, foram feitas “ações importantes com as Forças Armadas para prisões de ladrões de cargas”, e acrescentou que houve uma mudança na mancha criminal, antes concentrada nas imediações dos morros do Chapadão e da Pedreira, na zona Norte, e hoje espalhada por outras favelas, como Maré e Vila Kennedy, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas do Rio de Janeiro (Sindicarga).

“Houve uma mudança na dinâmica do crime, de local e horário, o que fez com que a gente deslocasse a ação das forças policiais, para acompanhar a alteração na mancha criminal, o que propiciou uma redução nesses indicadores”, diz o Secretário de Segurança. “Quero atribuir esse resultado expressivo à coalização das forças que estão lutando contra o crime no estado.”

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Com um roubo de caminhão por hora, preço do frete para o Rio sobe

São Paulo e Rio de Janeiro – Depois de 14 anos transportando bebidas no Estado do Rio, o empresário Joaquim Rodrigo dos Santos fechou as portas da sua empresa em janeiro. “Quebrei por causa de tanto roubo”, diz. Ele chegou a ter as cargas de dois caminhões roubadas em um mesmo dia. Com tantos assaltos, a seguradora cancelou o contrato e o empresário, dono da maior transportadora de bebidas do Estado, calcula ter desembolsado R$ 1 milhão para ressarcir os clientes.

Assim como Santos, que fechou a transportadora, cerca de 40 empresas de médio e pequeno portes que atuavam no Rio de Janeiro faliram nos últimos meses, segundo o Sindicato das Empresas de Carga e Logística do Rio (Sindicarga). Essa estatística está diretamente ligada a outra: o número de roubos de cargas no Rio avançou quase 25% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período de 2016, de acordo com o Instituto de Segurança Pública.

Hoje, o Estado tem mais de um caminhão roubado por hora. Em maio, quando as ocorrências atingiram seu ápice, foram, em média, 40 caminhões por dia, segundo dados exclusivos da Federação das Indústrias do Rio (Firjan). “Esses números gritam, é um absurdo”, diz Sérgio Duarte, vice-presidente da entidade. “Existe um mercado por trás disso.”

Os roubos de carga afetam os custos de logística e as vendas da indústria e do comércio. Em 12 meses, os gastos com transporte de mercadorias para o Rio subiram entre 30% e 35%, nos cálculos do Sindicarga. Fabricantes de eletroeletrônicos, alimentos e redes varejistas, que preferiram conceder entrevistas sem se identificar, afirmam que estão com dificuldade de contratar frete para abastecer o Rio de Janeiro. “Tem empresa que já não quer mais mandar carga para o Rio”, diz Duarte, da Firjan. “Estamos correndo um sério risco de desabastecimento, especialmente dos produtos mais roubados.”

Na lista dos preferidos dos bandidos estão frango, carne bovina e queijos – itens fáceis de revender. “Está uma loucura conseguir frango, por exemplo. Os supermercados compram, mas não recebem”, diz o presidente da Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Fabio Queiroz. Um levantamento da entidade mostra que algumas mercadorias chegam ao Estado com preços até 20% mais altos do que no restante do País como consequência do repasse dos custos de transporte.

A BRF, gigante do setor de frangos e comida congelada, contratou uma empresa de gerenciamento de risco para revisar as rotas e os horários de circulação dos caminhões no Rio. Em áreas de risco, eles trafegam em comboios de quatro a cinco veículos e usam escolta.

Nem caminhões carregados de ovos escapam das quadrilhas especializadas em roubo de carga. “Essas mercadorias voltam para as ruas em Kombis, que vendem a cartela com cinco dúzias a R$ 10. A cada caminhão roubado, são mil caixas de ovos que entram nas ruas por preços que não podemos concorrer”, diz o atacadista José Andrade, proprietário de uma distribuidora de ovos na zona norte do Rio.

Os fornecedores do atacadista, a maioria produtores de São Paulo, ameaçam suspender as entregas a cada ocorrência. “Os bandidos levam para a comunidade, distribuem a carga entre oito ou dez Kombis e posicionam uma em cada saída do morro”, conta. “O morador nem desce mais para o asfalto para comprar.”

Taxa de violência

Por causa do número crescente de roubos e para arcar com custos extras de mão de obra, as transportadoras criaram uma taxa de emergência, apelidada de “taxa de violência”. Ela pode chegar a até 1% do valor da carga na nota fiscal, acrescido de R$ 10 para cada 100 kg transportados. “O problema é que o motorista também não quer vir para o Rio”, diz Moura, do Sindicarga.

Além dessa despesa adicional, os gastos das transportadoras cresceram por conta da maiores exigências das seguradoras. Quando aceitam fazer seguro das mercadorias para o Rio, exigem serviços de monitoramento da carga, de gerenciamento para criar rotas mais seguras e até o uso de iscas descartáveis – dispositivos que permitem rastrear a carga roubada.

Eduardo Michelin, diretor de Transportes da corretora Willis Towers Watson, conta que recentemente consultou 14 seguradoras para fechar um seguro de uma carga de produtos de higiene e limpeza para o Rio e apenas três companhias se interessaram pelo negócio. Nas contas de Fernando Ferreira, presidente da corretora de seguros Vessel, o preço da operação de seguro de carga para o Rio mais que dobrou no último ano. “Há até conversas entre as seguradoras para excluir o Rio das apólices de seguros”, disse.

Embora os índices de roubo de carga permaneçam altos, a operação conjunta entre Forças Armadas e agentes de Segurança do Rio parece já ter levado a uma redução no número de ocorrências no Estado. Em junho, foram registrados, em média, 33 casos por dia. Em julho, ainda houve pelo menos 26 roubos a caminhões por dia.

Os números, no entanto, estão longe de encorajar o empresário Joaquim Rodrigo dos Santos a atuar novamente no Rio. Depois de fechar a transportadora de bebidas, ele opera hoje, da capital fluminense, uma frota de 12 caminhões, que leva café de Varginha (MG) para o Porto de Santos (SP). Sem passar pelo Rio.

Fonte: Exame

Dicas Sascar: 3 Dicas para evitar o roubo de cargas

Infelizmente, a insegurança nas estradas é uma triste realidade e um problema seríssimo enfrentado por caminhoneiros todos os dias. O roubo de cargas é um dos principais medos dos motoristas que rodam milhares de quilômetros transportando itens valiosos e/ou em grande volume. Para evitar ser roubado, vocês caminhoneiros podem tomar algumas precauções e medidas de segurança. Confira algumas delas a seguir:

Não desviar do caminho predeterminado no plano de entrega: por mais que atalhos pareçam vantajosos para reduzir o tempo de viagem e/ou a quilometragem rodada, desvios podem comprometer a segurança do caminhoneiro e da carga. O plano de entrega considera a melhor rota de acordo com vários fatores, entre eles está claramente a definição de um percurso mais seguro e com o mínimo possível de pontos vulneráveis. Além de atrapalhar a estimativa da posição da carga em caso de problemas, os desvios podem fazer com que o caminhoneiro passe por locais perigosos, aumentando o risco de ataques criminosos.

Utilizar o rastreador: contar com o monitoramento do caminhão em tempo real e com o auxílio na recuperação veicular por meio do rastreador são medidas de segurança fundamentais frente às condições de risco das estradas. Além de tentar inibir a ação de criminosos, já que o rastreamento do caminhão pode aumentar as chances de captura destes, o rastreamento acompanha a viagem trazendo mais proteção ao caminhoneiro e à carga, além de mais agilidade de resposta em situações adversas.

Comunicar-se com o embarcador: reportar o status da viagem e informar o embarcador ou gestor sobre qualquer problema, necessidade de mudança ou qualquer outra condição é importantíssimo para aumentar a segurança. Opções como a senha de coação, que permite que o motorista envie um comando para o gestor da frota se estiver em situação de risco, mostram como a comunicação pode ser decisiva na tentativa de evitar o roubo da carga. Uma situação de risco pode ser, por exemplo, quando há alguma falha no caminhão e o motorista se encontra em local ermo. A comunicação com o embarcador permite que alguma medida de segurança seja tomada rapidamente para auxiliar o caminhoneiro.

Seguindo estas dicas e se precavendo o máximo possível, você, caminhoneiro, pode trabalhar com mais segurança e tranquilidade. Portanto, não deixe de ficar atento às boas práticas na estrada e conte com soluções para apoiá-lo e, principalmente, protegê-lo.

Essa notícia foi oferecida pela Sascar , nossa parceira em  Monitoramento e Rastreamento para caminhões.

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Roubo de cargas custam mais de R$ 6 bilhões à economia brasileira

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), os roubos de carga custaram R$ 6,1 bilhões à economia brasileira entre 2011 e 2016. O prejuízo chega a R$ 3,9 milhões por dia com as ocorrências, que se concentram principalmente nos estados do Rio de Janeiro (43,7%) e São Paulo (44,1%).

O estudo ainda aponta que as perdas causadas por esse tipo de crime têm crescido ano a ano, assim como o número de casos registrados, que aumentou 86%, ou seja, de 12 mil em 2011 para mais de 22 em 2016.

Outros dados recentes são da FreightWatch International, maior consultoria especializada em roubos de cargas, que apontou que o Brasil é campeão mundial de roubo de cargas e está à frente de países como México, África do Sul, Somália e Síria, apontados com “altíssimo risco”. A pesquisa também revela que o custo com a segurança das frotas de caminhões representa 12% do faturamento bruto das empresas de logística.

“Como consequência, tudo o que é gasto com seguro, escolta e tecnologia entra no Custo Brasil e quem paga, obviamente, somos todos nós”, diz Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny, maior gerenciadora de riscos na área de transportes e logística do Brasil.

Dados levantados pela GRISTEC, Associação Brasileira das Empresas de Gerenciamento de Riscos e de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento, revelam que, entre 2005 e 2013, 563 mil tentativas de roubos ou furtos foram frustradas graças à ação de equipamentos antifurto e das centrais de monitoramento, o que representou uma economia de R$27 bilhões, recurso que para embarcadores, transportadores e companhias seguradoras significa mais investimentos, criação de empregos e geração de renda.

De acordo com Buonavoglia, “de maneira geral, as estatísticas mostram um quadro pessimista sem melhorias em curto prazo, porém as empresas que têm inserido programas de gerenciamento de riscos em suas operações desafiam os números conquistando melhores resultados”.

“Ações básicas de gerenciamento de riscos como pesquisa e adequação do perfil do motorista contratado, serviços de inteligência e tecnologias embarcadas que direcionam os órgãos de segurança pública ao local exato do delito, otimizam a estrutura policial disponível e contribuem para a prisão de meliantes e recuperação das cargas”, diz.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Roubos de cargas no Brasil aumentam 86% e prejuízos giram em torno de R$ 1,4 bilhão

Segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), de 2011 a 2016, o número de roubos de carga registrados no Brasil subiu 86%, passando de 22 mil casos por ano. A avaliou os trechos da BR-116, entre Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, da SP-330, entre Uberaba e Santos, e da BR-050, entre Brasília e Santos. Em 2016, os prejuízos com o roubo de cargas chegaram ao valor recorde de mais de R$ 1,4 bilhão, quase o dobro dos R$ 761 milhões registrados em 2011. Os números contabilizados pela Firjan desconsideram os estados do Acre, Amapá, Pará e Paraná, cujos dados não foram obtidos pela pesquisa. Além disso, o Brasil é considerado o 8ºpaís mais perigoso em relação ao transporte de carga, segundo um comitê do setor de cargas no Reino Unido, que listou os 57 países em que é mais arriscado transportar mercadorias. Em nosso país, o transporte de cargas é tão perigoso quanto no Iraque ou na Somália, países que mantêm conflitos armados há vários anos.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Brasil possui mais de 70 mil empresas de transporte, responsáveis pela movimentação de alimentos e produtos para o abastecimento de mercadorias aos consumidores, comércios e indústrias. Em todo o território nacional, as movimentações de cargas devem ter um seguro para evitar prejuízos em casos de roubos e acidentes, sendo obrigatório o seguro de responsabilidade civil, explica Flademir Lausino de Almeida, sócio diretor da AT&M Tecnologia, empresa líder no mercado de averbação eletrônica.
Averbação significa coletar todas essas informações, checar para saber se os dados da carga estão coerentes com a apólice do seguro do cliente e transmitir essa informação para a companhia de seguro. Tudo é registrado de forma online, todas as informações ficam armazenadas no sistema por mais de um ano. A transportadora quando emite o documento de Conhecimento de transporte, isso fica registrado no sistema da Secretaria da Fazenda (SEFAZ) de cada estado. Desta forma, o SEFAZ responde positivamente através de um protocolo que significa a liberação fiscal da mercadoria em relação aos impostos
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Para que a carga fique devidamente coberta pelo seguro, o segurado disponibiliza informações do conhecimento de transporte para o sistema da AT&M, que checa o tipo de carga e se está compatível com tipo de seguro, em relação ao trajeto da carga, distância e valores. Tudo isso é checado em frações de segundos pelos diversos sistemas da empresa, para que, caso ocorra algum acidente, a carga esteja devidamente assegurada e a transportadora possa receber o “prêmio” da seguradora e não ter prejuízo.
Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional de Transportes (CNT) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 61% de toda a carga transportada no Brasil utiliza o sistema modal rodoviário; 21% passam por ferrovias, 14% pelas hidrovias, terminais portuários fluviais, marítimos e apenas 4% por via aérea. Em todo o território nacional, as movimentações de cargas, é obrigatório o seguro de responsabilidade civil para evitar prejuízos em casos de roubos e acidentes. Esse processo de registrar a movimentação, análise e verificação da mercadoria é conhecida como “averbação eletrônica”, ou seja, toda carga precisa estar assegurado. “Por isso, é importante que todos os segmentos de transporte realizem a averbação eletrônica de suas mercadorias transportadas, alerta Flademir Lausino.

Brasil é oitavo país mais perigoso para transporte de cargas

Transportar carga no Brasil é tão perigoso quanto no Iraque ou na Somália, países em que há conflitos armados que se arrastam há anos. Essa é a avaliação de um comitê do setor de cargas no Reino Unido, que listou os 57 países em que é mais arriscado transportar mercadorias. Os dados foram divulgados no início do mês e citados dia 16 pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) para alertar sobre o impacto desse tipo de crime na economia.
Segundo o Joint Cargo Committee, o Brasil é o oitavo país em que é mais perigoso transportar carga. Se excluídas as nações atualmente em guerra, como Síria e Sudão do Sul, o Brasil passa a ocupar o topo da lista, seguido de perto pelo México.
A pesquisa levou em conta os trechos da BR-116, entre Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, da SP-330, entre Uberaba e Santos, e da BR-050, entre Brasília e Santos. Para o vice-presidente da Firjan, Sergio Duarte, a gravidade do problema afeta a competitividade da economia brasileira.
“A decisão de investimento do empresário leva várias coisas em consideração, e uma delas é a segurança. O roubo de carga afeta frontalmente a decisão de investimento e compromete o futuro do nosso país”, alertou.
De 2011 a 2016, o número de roubos de carga registrados no Brasil subiu 86%, passando de 22 mil casos por ano no levantamento realizado pela Firjan. A soma não leva em conta os casos do Acre, Amapá, Paraná e de Roraima, cujos dados não foram obtidos pela pesquisa.
Neste ano, o Brasil levou apenas 44 dias para superar o número de roubos de carga registrados em 25 países europeus, nos Estados Unidos e no Canadá. Apesar de São Paulo concentrar a maior parte dos casos, o Rio de Janeiro chama a atenção pela velocidade com que a incidência do crime vem aumentando. Em 2011, pouco mais de 25% dos casos do país ocorreram no estado do Rio, fatia que cresceu para 43,7% em 2016.
“O industrial do Rio de Janeiro tem sua carga saindo da empresa com risco de ser roubada e tem aumento de custo da sua matéria-prima. O produto dele fica mais caro e ele não vai competir com as empresas de outros estados”, diz Duarte, que é empresário do setor de alimentos, o mais afetado pelo problema. “Nos supermercados, por volta de 20% dos preços estão sendo majorados por causa do roubo de carga.”
Como resultado da alta dos custos, já há empresas desistindo de levar suas mercadorias para o Rio de Janeiro, e empresários fechando suas unidades no estado. Além do encarecimento, o consumidor pode enfrentar falta de produtos se o problema permanecer em alta, afirma Duarte.
A Firjan lançou hoje um movimento nacional de combate ao roubo de cargas e pediu empenho das autoridades no combate ao problema. Para Duarte, são necessárias leis mais rigorosas com empresas que armazenam e vendem produtos roubados. “É importante as pessoas entenderem que não existe roubo se não houver quem compra o [produto do] roubo. O consumidor tem que entender que ele faz parte disso.”
A deputada estadual e ex-chefe da Polícia Civil, Martha Rocha (PDT), disse que o crime de roubo de cargas no estado tem relação com o controle de territórios na periferia por parte de organizações criminosas, que usam esse crime para financiar outros.
“Hoje, as organizações criminosas estão usando o roubo de carga como fomento para a compra de armas”, analisou Martha, que prometeu que a Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro realizará uma audiência pública sobre o assunto.

Motorista e borracheiro são flagrados furtando diesel de caminhão tanque

Dois homens foram presos em flagrante na manhã desta terça-feira (21) suspeitos de furtar combustível de um caminhão tanque na BR-010, em Aurora do Pará, sudeste do estado. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o caminhão de uma rede de combustíveis estava estacionado em frente a uma borracharia e o combustível estava sendo furtado.

Um dos suspeitos, de 18 anos, disse aos agentes da PRF que há um ano é funcionário da borracharia que pertence a sua tia e que recebe vários caminhões carregados com óleo diesel. Por dia, eram desviados entre 40 e 100 litros do combustível de diversas distribuidoras.

O jovem confessou ainda que ela pagaria R$ 45 por tambor de 20 litros para revendê-los a R$ 55 cada. Ele informou que não havia um horário determinado para o recebimento do combustível e que geralmente os motoristas dos caminhões ofereciam e verificavam quanto havia sido furtado.

O rapaz afirmou também que não conhecia o motorista do caminhão flagrado, pois seria a primeira vez dele no local e que ele já teria chegado oferecendo o combustível.

Por dia, esquema desviada até 100 litros de combustível.  (Foto: Divulgação/ PRF)Por dia, esquema desviada até 100 litros de combustível. (Foto: Divulgação/ PRF)

Ao ser questionado sobre o fato, o motorista do caminhão tanque afirmou ser funcionário há 12 anos de uma empresa prestadora de serviços para a rede de combustíveis. Ele disse que tinha saído de Paragominas com destino a Belém quando viu a borracharia e decidiu parar para almoçar e reapertar os parafusos da roda traseira do caminhão.

Na versão do motorista, o funcionário da borracharia foi quem perguntou se tinha combustível e em seguida começaram a vazão do tanque, chegando ao total de 75 litros.

Os policiais fizeram ainda uma busca no caminhão tanque e encontraram aproximadamente 6 gramas de substância análoga a maconha. O suspeito disse que era usuário de droga e que havia comprado de outro caminhoneiro.

Os dois suspeitos foram presos e o caso encaminhado à delegacia de Polícia Civil, juntamente com o combustível e veículo apreendido. Eles devem responder pelos crimes de furto, porte de drogas e receptação.

Fonte: G1