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Ministro quer acabar com a burocracia e custos para os caminhoneiros

O Ministro Tarcísio de Freitas, do Ministério da Infraestrutura, disse em evento que uma das medidas a serem adotadas em breve é facilitar a vida do caminhoneiro, e reduzir o excesso de burocracia para emissão de documentos, adesivos, como o RNTRC, e outras formas de tirar dinheiro do bolso dos Brasileiros.

As medidas foram apresentadas durante evento da CNTA, em São Paulo, uma das entidades responsáveis pela greve de caminhoneiros em 2018.

De acordo com o ministro, o primeiro passo já foi dado, que foi vincular o Contran e Denatran ao Ministério da Infraestrutura. Antes eles faziam parte do Ministério das Cidades, que hoje é o Ministério do Desenvolvimento Regional.

Freitas informou que procedimentos adotados pelos órgãos de regulamentação de trânsito, que afetam os caminhoneiros, deverão ser revistos. Uma delas é exigência do adesivo do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC). “Por que tem que ter o adesivo de RNTRC no caminhão se posso fazer a fiscalização eletrônica, com o cadastro eletrônico? Então vamos acabar com isso também, porque é mais um custo”; afirmou.

As medidas anunciadas ainda são a extensão do prazo de validade da CNH, hoje de cinco anos, que pode passar para 10 anos, e acabar com os simuladores para obtenção da CNH B, hoje obrigatórios, que só aumenta custos para quem quer tirar a carteira. O ministro classificou essa obrigação como medidas de um lobby, uma máfia, que impulsionaram a adoção dessas medidas.

O ministro também disse que não quer uma máfia de emplacadores de veículos, nem que a placa seja um custo adicional alto para o povo brasileiro. De acordo com ele, a placa dos veículos tem que ser um instrumento de segurança, para evitar clonagem, e não para aumentar custos e criar dificuldades.

Os processos de decisão das regulamentações dos órgãos de trânsito também serão revistos, já que são criadas cerca de cem novas resoluções de trânsito por ano, sem analise de impacto, sem ouvir a população, sem audiências públicas.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Projeto pretende aumentar limite de infrações na CNH dos caminhoneiros

Um projeto de lei pretende aumentar o limite de pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), dos caminhoneiros. A proposta já foi aprovado na Câmara dos Deputados e está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Se aprovado, o projeto determina que, ao invés de 20 pontos em um ano, como todos os motoristas, o limite para os transportadores de cargas pode chegar a 40 pontos, desde que nenhuma infração seja grave ou gravíssima.

O senador Guaracy Silveira (PSL-TO) afirma que o tratamento entre os caminhoneiros e os motoristas convencionais deveria ser diferenciado.

“Eu não estou defendendo que alguém dirija embriagado – esse tem que tirar a carteira mesmo – alguém que dirija sob efeito de tóxicos, de drogas pesadas – esse tem que tirar a carteira, porque está colocando em risco também a vida de outras pessoas. Mas, qualquer infração acumulada, chegou a 21 pontos, a carteira se perde. Então, não se pode tratar no mesmo nível de igualdade”.

O caminhoneiro Wallisson André Martins da Silva, de 36 anos, morador do Distrito Federal, aprovou a ideia do projeto de lei.

“Eu acho que é correto, mais do que justo, pois as pessoas que tem carro pequeno rodam bem menos que a gente e o valor de pontuação é a mesma para gente. Por exemplo, eu começo a trabalhar às 7:00 e vou parar 19:00 rodando em um caminhão. Eu acho mais do que justo, sim. Eu acho que é um projeto que vai atender a categoria dos caminhoneiros, sim. E, claro, aqueles que ultrapassarem tem que ser punidos mesmo”.

O projeto de lei também institui o marco regulatório do transporte de cargas. O texto trata de questões como frete, seguro e relações contratuais.

Fonte: O Diário

Qual o perfil do motorista de caminhão brasileiro?

A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) acaba de divulgar a 7ª edição da Pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros com dados sobre a rotina, dificuldades e principais demandas desses profissionais. Participaram da pesquisa – realizada entre os dias 28 de agosto e 21 de setembro de 2018 – mais de mil motoristas do todo o Brasil. Desse total, 714 são autônomos e 352 empregados de frota.

A pesquisa revelou que o mercado de trabalho ainda é predominantemente masculino, 99,5% dos profissionais são homens e com idade média de 44,8 anos. Eles ganham cerca de R$ 4.600 por mês e trabalham há 18,8 anos. Os caminhões utilizados têm idade média de 15,2 anos, sendo que, dentro do universo dos autônomos, 47% adquiriram os seus veículos através de financiamento.

Em relação a rotina, a pesquisa revelou que os motoristas chegam a rodar mais de nove mil quilômetros por mês, trabalham 11,5 horas por dia e entre 5 e 7 dias por semana. Apesar do desgaste da profissão, motoristas parecem estar mais preocupados com a saúde, já que e 42,6% buscam profissionais da área em busca de prevenção. Além disso, os profissionais do volante estão mais conectados,  pois a pesquisa indicou que 87% utilizam a internet.

Outro dado bastante relevante diz respeito ao ano de 2018, que , segundo relatou a maioria, foi um ano bem negativo. Do total de  entrevistados, 62,9% disseram que a demanda de trabalho diminuiu. Entre os pontos negativos da profissão, estão o fato de ela ser perigosa/insegura (65,1%) e desgastante (31,4%) e de comprometer o convívio familiar (28,9%).

Os assaltos e roubos também aparecem na lista de dificuldades de pelo menos 64,6% dos caminhoneiros entrevistados. Cerca de 7% deles relataram que já tiveram o veículo roubado pelo menos uma vez nos últimos dois anos. Além disso, 49,5% desses profissionais recusaram a viagem por conta do risco de roubo/assalto durante o trajeto.

Os trabalhadores também destacam como ameaças à profissão no futuro o baixo ganho (50,4%), a baixa qualidade da infraestrutura (20,9%) e a ausência de qualificação profissional adequada (15,6%).

O custo do combustível aparece como o segundo maior entrave vivenciado pelos motoristas (35,9%). A queda no preço dos combustíveis continua a ser o maior pleito dos caminhoneiros. No total, 51,3% consideram essa a maior demanda da categoria. Em segundo lugar, está a necessidade de mais segurança nas rodovias (38,3%), seguida de financiamentos oficiais a juros mais baixos para a compra de veículos (27,4%) e do aumento do valor do frete (26,2%).

Apesar de todas as dificuldades inerentes a profissão, os motoristas ainda relatam pontos positivos como conhecer cidades e países (37,1%), ter a possibilidade de conhecer pessoas (31,3%) e possuir o horário flexível (27,5%).

Fonte: O Carreteiro

Projeto de lei estuda posse de arma para caminhoneiros

O deputado federal Evair de Melo (PP-ES) solicitou ao presidente da República, Jair Bolsonaro, a inclusão dos caminhoneiros, que trabalham diretamente com o transporte de cargas, no Decreto que flexibiliza a posse de armas. Evair destaca em seu pedido dados divulgados, em maio de 2018, pela NTC&Logística, a Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística, que apontaram os roubos de carga no País como causa de um prejuízo superior a R$ 1,5 bilhão no ano passado, com 25.970 ocorrências, contra os 24.563 registradas em 2016, uma alta de 5,8%.

O parlamentar capixaba defende a posse e o porte para os caminhoneiros a fim de lhes assegurar a integridade física, garantindo a defesa de eventuais abordagens delituosas, evitando a própria morte e os respectivos e alarmantes prejuízos financeiros.

Pelo levantamento feito pela Associação, nos últimos quatro anos o número de casos cresceu 49% e as perdas superaram índice de 56%. Em 2014, foram registrados 17.432 roubos, contabilizando pouco mais de R$ 1 bilhão em prejuízo.

O Sudeste concentrou a ação dos bandidos no ano passado com 22.212 ocorrências, 85,53% do total. Na região o valor perdido chegou a R$1,1 bilhão, 71% da conta. Segundo a NTC&Logística, os casos ocorridos nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, juntos, representaram 81,56%. Os casos no Nordeste participaram com 5,83% das ocorrências, seguido pelo Sul (5,55%), Centro-Oeste (2,46%) e Norte (0,63%).

De acordo com o representante da associação, produtos alimentícios, cigarros, combustíveis, eletrônicos, produtos farmacêuticos, bebidas, têxteis e confecções, autopeças e produtos químicos são as cargas mais visadas.

O Brasil ocupa a sexta colocação em um ranking de 57 países em que fazer o transporte de carga é mais arriscado, segundo pesquisa realizada em 2017 pelo comitê de transporte de cargas do Reino Unido – o Join Cargo Committee. O país só perde para regiões conflagradas e em guerra, como Síria, Líbia, Iêmen, Afeganistão e Sudão do Sul.

Fonte: ES Hoje

Diante da ameaça de nova greve, governo decide manter subsídio ao diesel

Programa termina em 31 de dezembro; antecipação do fim do benefício foi descartada.

BRASÍLIA — Diante da ameaça de uma nova greve dos caminhoneiros, o governo recuou da ideia de acabar antecipadamente com o subsídioao preço do diesel. O programa termina no dia 31 de dezembro. Segundo técnicos da área econômica, havia previsão de publicar um decreto com regras de transição para o fim do benefício. A ideia era criar uma espécie de escadinha em que o valor desse subsídio (hoje de até R$ 0,30 por litro) cairia aos poucos até zerar.

O texto havia sido fechado pelos Ministérios de Minas e Energia e da Fazenda, mas a Casa Civil foi procurada por representantes dos caminhoneiros que ameaçaram retomar as paralisações que ocorreram em maio e que provocaram uma crise de desabastecimento no país. Por isso, o assunto agora será discutido com a equipe de transição.

Dessa forma, caberá ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, decidir se espera o prazo final do programa e se colocará algo no lugar depois que o prazo se encerrar. O subsídio foi uma das medidas adotadas para acabar com a greve dos caminhoneiros.

A equipe econômica do atual governo avalia que é possível acabar com o subsídio antes do prazo porque o dólar e a cotação internacional do petróleo, duas variáveis que influenciam no preço, estão caindo. Além disso, há preocupação que o preço do diesel dê um salto na virada do ano com o fim imediato do programa.

No entanto, ao tomar conhecimento dos planos do governo, líderes dos caminhoneiros começaram a se movimentar já no fim de semana. O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Ijuí-RS, Carlos Alberto Dahmer, disse que a categoria poderá realizar uma nova greve se o presidente Michel Temer não  honrar o acordo:

— Não podemos aceitar que o governo, no apagar das luzes, rompa o acordo feito e acabe com o subsídio antes do prazo. Quem garante que o preço do barril não estoure na segunda quinzena de novembro?

Com a queda do dólar e da cotação do petróleo, o valor desembolsado pelo Tesouro Nacional para ressarcir as empresas têm ficado abaixo dos R$ 0,30 por litro. O valor de referência é definido pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) mensalmente. Para custear o programa, o governo reservou R$ 9,5 bilhões do Orçamento da União deste ano.  Do total, R$ 2 bilhões já foram pagos e R$ 1,5 bilhão está empenhado.

Fonte: O Globo

Nos EUA, 13 caminhoneiros ajudam a polícia a salvar um homem

Uma cena diferente aconteceu em Detroit, Michigan (EUA), onde 13 caminhões se organizaram e ajudaram um homem que estava num viaduto, prestes a se suicidar. Contando com a ajuda de policiais, que ficaram organizando o trânsito, os 13 caminhões se posicionaram um ao lado do outro, com o objetivo de diminuir a queda do homem, caso ele caísse.

Com informações do tenente Michael Shaw, que estava no local, foi recebida uma ligação informando que um homem que estava sobre um viaduto, em Huntington Woods, pensando em acabar com a própria vida. De acordo com a polícia, uma equipe foi enviada ao local com rapidez e o resgate durou cerca de 4 horas. Depois de o homem ser salvo, uma equipe médica especializada o atendeu.

Shaw ainda disse que é normal os policiais trabalharem em conjunto com os caminhoneiros quando há incidentes na estrada, porém nunca havia realizado uma ação tão coordenada e com tantos num mesmo lugar. Ele reforçou também a importância de se salvar uma vida, já que, em sua opinião, existem diversas maneiras de se resolverem os problemas, além de tirar a própria vida.

Fonte: Brasil Caminhoneiro

Quem foram os representantes dos caminhoneiros nessas eleições?

As eleições 2018 não foram apenas para escolha do próximo Presidente da República. Também foram eleitos senadores, governadores de cada estado, além de deputados estaduais e federais. E entre estes candidatos, estavam alguns representantes dos caminhoneiros, que em sua maioria não conseguiram se eleger.

Valdelino Barcelos, do Partido Progressista, foi o único candidato dessa turma que conseguiu se eleger. Ele foi eleito Deputado Federal. Mas quem foram os outros candidatos? Continue lendo e confira.

Quem realmente te representa?

Quando falamos de representantes dos caminhoneiros nesta matéria, nos referimos à candidatos que já trabalharam no setor de transporte rodoviário de cargas ou que estão diretamente ligados à sindicatos e organizações que representam os estradeiros.

Por isso, não incluímos na lista candidatos como Osmar Terra, do MDB, que foi reeleito como Deputado Federal, apesar dele ser o relator da medida que instituiu a tabela mínima de frete. Também não incluímos Assis do Couto, do PDT, candidato a Deputado Federal que não conseguiu se eleger.

Confira abaixo alguns candidatos que representaram os motoristas nas Eleições 2018:

Deputado Estadual

André Botinelly – PPS

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André é o representante dos caminhoneiros que recebeu menos votos. Ele se candidatou a Deputado Estadual pelo Amazonas e teve 0,03% dos votos, que contabilizam 539 votos.

No Amazonas, Tiago Falcão, também do Podemos, foi o candidato eleito com menos votos, com 0,75%. Para que o candidato André alcançasse Falcão, ele precisaria de 12.774 votos.

Daniel Queixada – PODEMOS

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Imagem: Facebook

Queixada é conhecidos dos caminhoneiros. Com porcentagem de 0,05%, o que contabiliza 4.592 votos, ele concorreu a Deputado Estadual representando Minas Gerais.

Para atingir Andreia de Jesus, do Psol, que foi a candidata representante de Minas Gerais eleita com menos votos, Queixada precisaria de 13.097 votos.

Edmilson Aguiar “o Boka” – PSB

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Imagem: Facebook

Candidato a Deputado Estadual do Amazonas, Boka teve 0,07% dos votos, contabilizando 1.331 votos. Ele precisaria de 11.982 votos para alcançar o Deputado Estadual do Amazonas eleito com menos votos, Tiago Falcão.

Gilson Baitaca – PSB

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Imagem: Facebook

Baitaca é conhecido pela turma do trecho. Ele foi candidato a Deputado Estadual pelo Mato Grosso e teve 2.906 votos, que representa 0,19%. Em seu estado, o candidato a Deputado Estadual eleito com menos votos foi João Batista do Sindspen. Ele teve 11.374 votos, que representa 0,75%.

Ou seja, para atingir o candidato eleito com menos votos, Baitaca precisaria de 8.468 votos.

Valdelino Barcelos – PP

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Imagem: Partido Progressista

Barcelos é o único candidato a deputado representante dos caminhoneiros que conseguiu se eleger. Ele é ex-motorista de caminhão e transportador do Distrito Federal. Teve 0,66% dos votos, contabilizando 9.704 votos.

Valdelino Barcelos teve 3.126 votos a mais que o candidato a Deputado Estadual do Distrito Federal eleito com menos votos, Leandro Grass da Rede Sustentabilidade.

Deputado Federal

Plínio Dias Caminhoneiro – Patriota

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Imagem: Patriota

Plínio Dias é do Paraná e foi candidato a Deputado Federal. Ele teve 0,03% dos votos, o que totaliza 1.960 votos.

Em seu estado, a candidata com menos votos a ser eleita Deputada Estadual foi Aline Sleutjes, do PSL. Para alcançá-la, Plínio precisaria de 31.668 votos.

Wallace Landim Chorão – PODEMOS

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Imagem: Podemos

Chorão foi um dos líderes da greve dos caminhoneiros de maio. Ele é de Goiás e concorreu a Deputado Federal, alcançando 0,47% dos votos, contabilizando 14.171 votos. Apesar de não eleito, ele foi o representante dos caminhoneiros com mais votos nesta eleição.

Em seu estado, o candidato Major Vitor Hugo do PSL foi o Deputado Federal eleito com menos votos. Para alcançá-lo, Chorão precisaria de 17.019 votos.

E você, parceiro, votou em algum desses candidatos? Ficou satisfeito com o resultado das eleições? Comente!

Escrito por Pietra Alcântara do Pé na Estrada 

Ford Caminhões cria superprodução animada para homenagear os caminhoneiros

A Ford Caminhões criou um vídeo especial de animação para homenagear os caminhoneiros, que promete encantar também quem não é do ramo. A superprodução usa técnicas refinadas de roteiro e imagens para mostrar a importância do caminhoneiro na vida das pessoas, de um jeito humano e emocionante.

Intitulada “Engrenagens”, a animação com 3 minutos de duração usa vários efeitos visuais e faz parte da nova estratégia de comunicação da Ford Caminhões, com foco nos valores institucionais da marca. Ela foi criada pela GTB e produzida pelo premiado Zombie Studio especialmente para as mídias sociais, que são cada vez mais usadas pelos caminhoneiros na sua rotina de viagens.

Em meio às engrenagens de um motor, os personagens da história recebem encomendas muito especiais em diferentes fases da vida. A aliança de casamento para os noivos, a luz na escuridão para a menina poder estudar, a chuteira para o menino que sonha ser jogador de futebol, o aparelho de som que faz o casal idoso reviver a juventude ou o tablet que permite ao pai se conectar com a filha. No final, se descobre que tudo isso está sendo transportado dentro de um caminhão e surge a mensagem: “Mais que cargas. Levamos histórias”.

“Essa animação é uma homenagem da Ford ao caminhoneiro e uma forma de destacar a importância do seu trabalho, lembrando que ele entrega muito mais que mercadorias: ele carrega o progresso, os sonhos e o futuro de todas as pessoas”, diz Oswaldo Ramos, diretor de Vendas, Marketing e Serviços da Ford Caminhões.

Segundo ele, as campanhas do setor normalmente são focadas nas características e equipamentos dos veículos e a Ford buscou inovar, mostrando que para a marca o protagonista é o caminhoneiro. “É preciso valorizar a profissão, incentivar o orgulho de ser caminhoneiro e lembrar como o seu trabalho afeta a vida de todo o país, até mesmo em pequenas situações diárias”, completa.

Criação

Segundo Rodrigo Strozenberg, diretor de criação da GTB Brasil, a produção é 100% voltada para os caminhoneiros, mas tem potencial para emocionar todo mundo pela história e estética. “Esse filme é um grande agradecimento por tudo que os caminhoneiros fazem pelas pessoas e que, por vezes, eles mesmos não se dão conta”, comenta.

Paulo Garcia, cofundador e Chief Creative do Zombie Studio, conta que essa animação foi um dos desafios técnicos e narrativos mais difíceis já assumidos pela produtora. “Harmonizar histórias totalmente emocionais e transformar as engrenagens do motor de um caminhão em um mundo de imaginação foi uma tarefa que exigiu muito talento e carinho. Foram quatro meses de trabalho com uma equipe de 60 pessoas dedicadas, muita pesquisa e vontade de transformar esse roteiro numa história linda de se ver.”

Negócio entre colegas de estrada

A troca do caminhão sempre foi um tabu para o carreteiro, principalmente o autônomo, profissional que diante da burocracia imposta pelas financeiras encontra grandes dificuldades para obter o crédito necessário para concretizar a transação e realizar seu objetivo. Mudanças na legislação, como o fim da carta frete, ajudaram a tirar esses profissionais da informalidade, porém, entraves como os juros praticados pelo mercado, instabilidade da atividade e preços dos veículos ainda desencorajam os pequenos transportadores a se arriscarem a enfrentar um compromisso financeiro que não tem certeza se conseguirá pagar. E assim, entra ano e sai ano, a frota em poder dos transportadores autônomos vai ficando mais velha e carente de renovação.

Dados divulgados recentemente pela ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre – com base no RNTRC – Registro Nacional de Transporte Rodoviário de Carga, mostram que atualmente o Brasil tem uma frota estimada em 1.746.124 veículos de cargas. Desse total, 648.751 unidades, cuja idade média é de 16 anos, estão nas mãos de autônomos. Ainda de acordo com a pesquisa, quando se trata da idade média da frota das empresas a idade média cai para 9,5 anos.

Para driblar as dificuldades e tentar atualizar o caminhão, os autônomos têm buscado alternativas para evitar financiamentos. Uma delas é comprar um veículo mais novo de algum colega que também esteja pensando em trocar e assim conseguir pagar a vista ou em parcelas sem juros.  É o caso de Heber Coelho, 43 anos de idade e 24 de profissão, de Barra Mansa/RJ, para quem financiamento não é uma boa opção para o autônomo, porque os juros são muito altos e no final acaba não valendo a pena. Para ele, funciona a opção de comprar um caminhão usado, um pouco mais novo, de algum colega que também esteja pensando em trocar seu veículo por outro mais atual.

Comprar caminhão por financiamento não é uma boa opção para autônomos, porque os juros são muito altos e no final acaba não valendo a pena, opinou Heber Coelho

“Vendi meu Scania 112 ano 87 e comprei um Mercedes-Benz 1634, fabricado em 2004, com o qual trabalho hoje”, disse Coelho ao comentar sobre a troca de veículo no início desse ano. O autônomo afirmou que fez a transação com um colega que também estava trocando o caminhão por outro mais novo. “É muito mais tranquilo e seguro. Não tenho de arcar com juros, e caso eu atrase algum pagamento, é só ligar e avisar que fica tudo certo”, afirmou.

O carreteiro conta ainda que antes de negociar com o colega havia procurado um financiamento. Porém, como havia registro de atraso de parcelas referente ao seu último contrato, foi classificado como cliente de risco. “É um absurdo. Atrasei três parcelas em 2008, quando também enfrentávamos uma crise. Mesmo já estando tudo quitado e certo, inclusive os juros, fui classificado como um mau pagador”, declarou.

Apesar de ter feito recentemente a troca de caminhão, Heber Coelho disse que já pensa em uma nova atualização, caso surja alguma oportunidade com algum outro colega. Reforça que atualmente o risco eleva os juros, que ficam muito além das condições dos autônomos. “A renda de um autônomo é o caminhão e imprevistos acontecem. Por isso, assumir parcelas altas com essas financeiras é muito complicado”, justificou.

Anderson Kalatalo da Silva, 40 anos de idade e 22 de profissão, da cidade de São Paulo/SP, transporta revistas no interior do Estado com um Mercedes-Benz 1113, ano 1980, em bom estado de conservação. Há seis anos ele havia trocado esse caminhão outro Mercedes-Benz 1113, ano 1976. Anderson também defende que, assim como muitos colegas, a troca só foi possível porque um outro autônomo estava vendendo seu veículo.

Anderson Kalatalo disse que só conseguiu trocar de caminhão porque encontrou outro motorista autônomo que também estava comprando um modelo mais novo

“No meu caso, não penso em trocar por um modelo zero quilômetro, pois o valor do frete seria o mesmo. Na minha área de atuação, a idade do caminhão não importa. Mas penso em pegar um mais novo, 1998, quem sabe”, explicou. No entanto, o carreteiro reconhece que precisa achar um colega que esteja disposto a negociar. Destaca que esse é o caminho mais curto para os autônomos, além de ser mais seguro por se saber a procedência do veículo. “Assumir parcela atualmente é bem complicado, porque não temos muita garantia”, complementou.

Anderson lembra que antigamente as empresas garantiam trabalho, então era mais seguro assumir dívidas, mas hoje a instabilidade é muito grande e força o motorista a não entrar em financiamento. “A melhor maneira de progredir na profissão é cuidar do caminhão para poder ter um valor razoável na hora da venda.  Sempre que possível, o motorista deve fazer uma reserva financeira para poder completar o valor do próximo veículo e pagar à vista”, explicou.

Há apenas dois anos na profissão, Daniel dos Santos Rodrigues, 42 de idade, de Cachoeiro de Itapemirim/ES, também acredita que a melhor maneira de adquirir um caminhão um pouco mais novo é comprando de um outro colega. Igualmente concorda que entrar em financiamento é muito arriscado para uma profissão cheia de altos e baixos. Alerta que os juros são abusivos e chegam a dobrar o valor do veículo.

Daniel Rodrigues contou que para iniciar na profissão ele e seu irmão venderam um caminhão e dividiram o dinheiro. Com a sua parte e um pouco mais ele virou autônomo

Rodrigues conta que para começar a trabalhar na profissão foi necessário seu irmão vender um Mercedes-Benz 1620 anos 2007. “Dividimos o dinheiro da venda e completei minha parte com mais R$ 15 mil para poder comprar, à vista, outro Mercedes-Benz 1318 fabricado em 1988. “É muito sacrifício financiar um veículo zero quilômetro. Além disso, no meu caso eu ganharia apenas no conforto, porque o valor do frete seria o mesmo”, explicou.

Apesar do pouco tempo de estrada, o carreteiro acredita que o sucesso na profissão, e até mesmo o caminho para a troca do caminhão, está na forma como o motorista encara o veículo. “Eu trato o caminhão como uma empresa. Separei um valor para pagamento das despesas particulares e outro para ser direcionado às melhorias do veículo, que podem ser para manutenção, troca de uma peça ou outros cuidados”, explicou. Apesar de estar satisfeito com o seu caminhão, Daniel deixou escapar que tem expectativa de trocá-lo por um modelo mais novo, com o qual poderá ter um pouco mais de conforto.

O capixaba de Guarapari, Farley Nunes Santana, 35 anos, nove de profissão, transporta bobina do Espírito Santo para São Paulo e retorna com carga de sucata. Assim como seus colegas de profissão, acredita que atualmente financiamento não seja uma boa opção. Ele trabalha com um Mercedes-Benz Axor 2540 ano 2006 que comprou em sociedade com um colega. Porém, para entrar na sociedade teve de vender seu carro de passeio. O negócio deu certo e agora já estão se organizando para comprar outro modelo da marca, porém ano 2015.

A venda de um carro de passeio para comprar o caminhão em sociedade com um colega foi o meio encontrado por Farley Santana para entrar na profissão

Quando questionado se poderá optar por financiamento, Farley disse ser muito complicado arcar com os juros oferecidos para o autônomo. “Além da burocracia, o valor é muito alto e se torna arriscado assumir dívida em um momento de instabilidade”, justificou. A estratégia a ser adotada é comprar o veículo de algum colega que esteja pensando em trocar. “Assim é mais fácil e conseguimos nos organizar para pagar à vista e sem ter o compromisso mensal de um financiamento, que somado a outras despesas, como manutenção e diesel, fica muito pesado no orçamento” detalhou. Para atingir esse objetivo, o carreteiro explicou que já está separando dinheiro para a troca.

Diferente dos demais colegas, o autônomo Luiz Cláudio da Silveira Bugarim, de Volta Redonda/RJ, 43 anos de idade e 16 de profissão, que transporte sucata, teve de optar pelo financiamento. Atualmente ele trabalha com um Scania 124 ano de fabricação 1998,  que apesar de ser antigo não interfere muito no valor do frete, conforme afirmou.

No tipo de transporte que atua, o ano de fabricação do caminhão não interfere no valor frete, afirmou Luiz Cláudio Bugarin, dono de um Scania fabricado em 1998

Está com o veículo desde dezembro de 2017. Seu caminhão anterior era um Scania 114, ano 2001. Porém sofreu um acidente e teve perda total.

Com o valor que recebeu do seguro deu entrada no modelo três anos mais velho e financiou R$ 15 mil em 36 vezes, com pagamentos mensais de R$ 1016,00. Disse que não poderia assumir uma parcela de valor muito maior, sendo essa a única opção, mesmo sabendo dos juros absurdos inseridos em cada parcela. “Apesar do caminhão ser mais velho, não mudou em nada o meu trabalho e nem no valor que recebo. Por isso nem penso em trocar novamente”, explicou.

Luiz Claudio reclama que muitos programas de renovação de frota aparentemente voltados para os autônomos beneficiam apenas as empresas. Lembra de um programa de renovação de frota lançado há algum tempo no Rio de Janeiro, que na prática não valia muito a pena para os motoristas, porque as prestações eram altas. “O que aconteceu? As transportadoras da cidade renovaram suas frotas. O ideal seria um programa com juros baixos e parcelas viáveis para que o autônomo realmente conseguisse pagar a dívida”, opinou.

O autônomo Carlos Rogério, 32 anos de idade e 12 de profissão, da cidade de Recife/PE, autônomo e atua no transporte de carga geral. Atualmente ele trabalha com um Scania ano 2002 e está com o veículo há pouco mais de três anos. Antes tinha um Volvo 340, ano 1995, que vendeu para entrar num financiamento. Rogério recorda que foi um sacrifício pagar as parcelas, mas precisava ter um caminhão melhor para disputar fretes melhores. A burocracia ainda é grande, mas quando você já tem um bem, conta corrente no banco, registro na ANTT e documentação em dia consegue juntar mais um valor fica mais tranquilo”, comentou.

Carlos Rogério disse que vendeu um caminhão ano 1995 e assumiu financiamento para comprar um modelo ano 2002 e obter fretes melhores

Acredita que mudanças como o pagamento eletrônico de frete e o fim da carta frete ajudaram a melhorar a imagem do motorista e encurtaram o caminho para o motorista conseguir financiamento. No entanto, alerta ser muito importante estar em dia com pagamentos e documentação, além de guardar dinheiro para conseguir honrar as parcelas do financiamento. “Acredito que hoje consigo assumir uma parcela de até R$ 2.000,00, por isso já estou me organizando para financiar o menor valor possível na próxima troca”, afirmou.

Sua expectativa é comprar um modelo mais novo, fabricado pelo menos em 2008. Acredita que para crescer profissão é necessário ter planejamento e não adianta dar um passo maior que a perna e trocar o caminhão usado por um zero quilômetro. “Tem de ser aos poucos, pensando sempre no faturamento bruto faturado e nas despesas mensais para calcular o valor máximo que poderá assumir da parcela do financiamento”, concluiu.

por Daniela Giopato

Fonte: O Carreteiro 

Das medidas prometidas aos caminhoneiros, quais já estão valendo?

Neste 11º dia de greve dos caminhoneiros dia 31/05– que teve a maior parte de seus pontos desmobilizados – muitos voltam seus olhos para as medidas prometidas aos caminhoneiros para acabar com as paralisações.

No domingo, 27, o governo federal afirmou atender a novas reivindicações dos caminhoneiros autônomos. Quais dessas reivindicações  já estão valendo? Confira cada uma delas e descubra quais já estão valendo:

1. Isenção no pagamento do eixo erguido nos pedágios das rodovias estaduais

A medida provisória que permite a isenção do pagamento de eixo erquido em todo terrirório nacional foi publicada no domingo, dia 27. A regra passou a vigorar na segunda-feira, 28.

Em São Paulo, a medida passou a valer quinta-feira, 31. Segundo a Artesp, a necessidade da mudança começar só na quinta-feira deve-se “às medidas jurídicas e administrativas necessárias para a implantação da isenção”.

2. Redução de R$ 0,46 no preço do diesel por 60 dias e após os 60 dias, os preços do diesel só poderão ser alterados a cada 30 dias

Segundo o Portal G1, Temer editou três medidas provisórias (MPs) para garantir o acordo com caminhoneiros e reduzir em R$ 0,46 o preço do litro do diesel.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, a partir de sexta-feira dia 1º, deixou o preço do diesel R$ 0,46 menor que o praticado em 21 de maio, quando começou a greve dos caminhoneiros.

3. 30% dos fretes da Conab para autônomos por medida provisória

Caminhoneiros autônomos interessados em oferecer serviços de frete para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) têm até 7 de junho para apresentar a habilitação e concorrer na chamada pública divulgada na segunda-feira, 28/05.

No dia 8 de junho, segundo o Governo Federal, as propostas devem ser apresentadas. Assinada por Temer, no último domingo, a MP 831/18 garante aos transportadores autônomos pelo menos 30% dos fretes da companhia.

No contrato está previsto o transporte de 26 mil quilos de milho em grãos. Podem participar da concorrência cooperativas, sindicatos e associações de transportadores autônomos, com no mínimo 3 anos de operação.

Para estarem habilitados eles terão de apresentar seguro e garantias para transportar a carga. O resultado da seleção está previsto para 12 de junho.

4. Edição de uma tabela mínima de frete também por medida provisória

A MP 832, também assinada no domingo, institui a chamada Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas. A medida estabelece a tabela mínima para o frete. As informações são da Agência Brasil.

A MP 832 destaca que o processo de fixação dos preços mínimos conta com a participação dos representantes das cooperativas de transporte de cargas e dos sindicatos de empresas e de transportadores autônomos.

A tabela foi publicada pela ANTT na quarta-feira, 30, e já está valendo. Os preços valerão até dia 20 de janeiro de 2019.

Conforme estabelecido pela medida provisória, as tabelas terão validade durante o semestre em que forem editadas.

Medidas provisórias

Segundo o Ministro da Secretaria do Governo, Carlos Marun, os recursos para manter as medidas anunciadas correspondem a R$ 10 bilhões.

Entre as medidas editadas por Temer está uma que abre crédito extraordinário de R$ 9,58 bilhões para compensar a Petrobras e garantir a redução de R$ 0,30 no preço do litro do diesel.

Para isso, o governo teve de cortar recursos de diversos ministérios, como o da Saúde e do Planejamento, e cancelar programas de trabalho de diversas pastas: veja na íntegra os cortes anunciados no “Diário Oficial” (entre as páginas 4 e 40).

Fonte: Pé na Estrada