Arquivo da tag: Caminhões

Caminhões mantêm ritmo de 7 mil unidades/mês

Mercado aquecido reflete boas vendas para o agronegócio e agora também para o varejo

A venda de caminhões em janeiro ficou muito próxima das 7 mil unidades (exatas 6.987), mantendo um bom ritmo que começou em agosto de 2018, puxado pelos modelos pesados para o transporte de grãos. Na comparação com janeiro de 2018 houve alta de 53,2% e o confronto com dezembro mostra queda de apenas 8,5%, quando em regra esse recuo é próximo a 20%.

“Foi um começo de ano consistente e compatível com o que vinha ocorrendo no segundo semestre do ano passado. É um alento estar no caminho de uma retomada”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Marco Saltini.

O segmento com maior volume de vendas permanece o de caminhões pesados, com 3,4 mil unidades em janeiro e alta de 95,2% sobre janeiro de 2018, mas o maior acréscimo anotado, de 127,2%, ocorreu para os modelos médios. Foram 818, ante apenas 360 no começo de 2018. De acordo com Saltini, esse é um reflexo da recuperação do varejo e do segmento de transporte de mercadorias.

EXPORTAÇÕES RECUAM 72,1% E PRODUÇÃO SOBE APENAS 1,6%

Em janeiro foram enviados 520 caminhões ao mercado externo, ante 1.865 unidades em janeiro do ano passado, resultando em queda de 72,1%. A retração é consequência do mercado argentino, que na primeira metade do ano passado ainda mantinha estável seu volume de compras do Brasil.

As exportações totais de caminhões brasileiros semipesados recuaram de 807 para 162 e as de pesados, de 609 para 186 de janeiro de 2018 para 2019. “As empresas tentam cobrir suas exportações com outros mercados, mas continuaremos a ver números baixos nos próximos meses”, afirma o presidente da Anfavea, Antonio Megale.

Como consequência, a produção de caminhões em janeiro somou 6,8 mil unidades e cresceu 1,6% na comparação interanual. O maior volume disparado é o de pesados, 3,1 mil unidades e alta de 18,7%. O segundo setor mais representativo é o de semipesados, com 1,8 mil caminhões, mas neste caso com queda de 15,6% em razão da menor demanda para o mercado externo.

VENDA DE ÔNIBUS AVANÇA 88,4%

Os licenciamentos de ônibus em janeiro somaram 1,6 mil unidades, registrando acréscimo de 88,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Também anotou aumento de 9,1% no confronto com dezembro. Saltini atribui a melhora do segmento ao programa Caminho da Escola.

Sobre a renovação de frota da cidade de São Paulo, o executivo evita estimativas: “Prefiro falar em 13% de alta para o segmento este ano (cerca de 17 mil unidades até dezembro), incluindo modelos urbanos e rodoviários. Essa estimativa da Anfavea já considera os resultados da licitação em São Paulo”, recorda Saltini.

A exportação de ônibus também teve queda, neste caso de 39,7%. Foram 348 unidades, ante 577 em janeiro do ano passado. “Este também é um setor dependente da Argentina, mas as empresas se esforçam para ganhar mercado em toda a América Latina, diz o vice-presidente da Anfavea. Como exemplo, a capital chilena está renovando sua frota e ao menos 500 ônibus brasileiros já foram vendidos para o sistema Transantiago neste ano.

A redução das exportações fez com que a produção de chassis para ônibus ficasse em 1.919 unidades, 1,3% a menos que no começo de 2018.

Fonte:  Automotive Business

Vendas de caminhões tem alta de 46,3% em 2018

Após três anos entre quedas e dificuldades de recuperação, o mercado de caminhões teve um bom desempenho em 2018. Ao longo do ano foram vendidos pouco menos de 76 mil unidades, número que representa uma alta de 46,3% em relação a 2017.

O destaque fica para o segmento de pesados, que terminou o período com crescimento de 85,5%.

“O que está puxando (o mercado) é o setor de pesados e extrapesados, principalmente pelas atividades ligadas ao agronegócio como o transporte de grãos”, explicou Luiz Carlos de Moraes, vice-presidente da Anfavea.

“Os outros segmentos cresceram também, porém a proporção é menor. Falta a indústria crescer, e também o setor de serviços, para puxar estes mercados”, concluiu o executivo.

Quem vendeu mais?

Entre as fabricantes de caminhões, a liderança de vendas ficou com a Mercedes-Benz, que vendeu pouco mais de 21 mil unidades. Na sequência está a Volkswagen Caminhões, com 20,2 mil.

A terceira fabricante que mais vendeu foi a Volvo, com 10,6 mil licenciamentos. Ford (9,3 mil), Scania (8,6 mil), Iveco (2,6 mil) e DAF (2,3 mil) completam a lista das empresas que venderam mais de mil unidades em 2018.

Fonte: Brasil Caminhoneiro

LISTA: veja caminhões que podem ser dirigidos com CNH de carro

Você sabia que é possível dirigir caminhões usando uma carteira de habilitação do tipo B, a mesma de carros?

O Código de Trânsito Brasileiro, CTB, diz que o motorista pode dirigir veículos cujo peso bruto total (soma do peso do veículo mais a capacidade de carga) seja igual ou menor que 3.500 kg. Entram nesta categoria desde vans com opção chassi até pequenos caminhões.

Só que, para exercer atividade remunerada com veículos, o motorista deve pedir ao Detran que esta informação seja incluída em sua CNH. O processo inclui a realização de um exame psicológico (o valor varia para cada estado) no ato da solicitação e a cada renovação do documento.

Veja abaixo uma lista dos modelos que podem ser conduzidos por motoristas com CNH B.

Volkswagen Delivery Express

Volkswagen Delivery Express — Foto: Divulgação

Volkswagen Delivery Express — Foto: Divulgação

  • Motor: 2.8 diesel, 150 cv
  • Câmbio: manual, 6 marchas
  • Capacidade de carga: 1.453 kg
  • Preço: ainda não definido

O menor membro da família de caminhões da Volkswagen chega às concessionárias neste mês, e é o único modelo da marca que pode ser dirigido com a CNH B. Traz uma série de semelhanças com os carros da marca – caso do visual do quadro de instrumentos, da alavanca de câmbio e dos botões no console central.

Tem volante regulável em altura e profundidade e pode receber, opcionalmente, ar-condicionado. Segundo a Volkswagen, seu airbag de passageiros é o maior da América Latina, com 160 litros.

Hyundai HR

Hyundai HR — Foto: Divulgação

Hyundai HR — Foto: Divulgação

  • Motor: 2.5 diesel, 130 cv
  • Câmbio: manual, 6 marchas
  • Capacidade de carga: 1.800 kg
  • Preço: R$ 73.720

Produzido em Anápolis (GO), junto com ix35 e Tucson, o HR é o menos refinado dos Hyundai. É dono da melhor capacidade de carga desta lista, praticamente empatado com o Kia Bongo.

Sua lista de equipamentos inclui vidros e travas elétricos e direção hidráulica. Mas não é possível ter ar-condicionado nem como opcional. Tem capacidade para 3 passageiros.

Kia Bongo

Kia Bongo — Foto: Divulgação

Kia Bongo — Foto: Divulgação

  • Motor: 2.5 diesel, 130 cv
  • Câmbio: manual, 6 marchas
  • Capacidade de carga: 1.812 kg
  • Preço: R$ 74.990

O Bongo é o “primo” do Hyundai HR. Os dois compartilham a base e o conjunto mecânico, embora o Kia tenha capacidade de carga ligeiramente maior. Uma outra diferença é que o Bongo não é produzido na mesma fábrica do HR, mas importado do Uruguai.

Apesar da distância geográfica de fabricas, o nível de equipamentos dos dois modelos é semelhante. O Bongo também não possui ar-condicionado, e traz direção hidráulica e vidros elétricos.

Mercedes-Benz Sprinter

Mercedes-Benz Sprinter — Foto: Divulgação

Mercedes-Benz Sprinter — Foto: Divulgação

  • Motor: 2.2 diesel, 129 cv
  • Câmbio: manual, 6 marchas
  • Capacidade de carga: de 1.620 kg a 1.660 kg
  • Preço: R$ 113 mil

A Sprinter pertence a divisão de vans da Mercedes-Benz. Mas o modelo possui uma versão chassi, com peso bruto total de 3.500 kg. São duas opções de carroceria, com entre-eixos de 3,67 metros ou 4,33 m.

Na versão mais comprida, pode chegar a quase 7 metros, o maior modelo desta lista. A lista de equipamentos tem como itens opcionais: ar-condicionado, volante multifuncional e controle de velocidade de cruzeiro. Vale lembrar que a Sprinter ganhou uma nova geração há pouco.

Iveco Daily 35S14

Iveco Daily 35S14 — Foto: Divulgação

Iveco Daily 35S14 — Foto: Divulgação

  • Motor: 3.0 diesel, 146 cv
  • Câmbio: manual, 6 marchas
  • Capacidade de carga: de 1.270 kg a 1.525 kg
  • Preço: R$ 118.055

Quando equipado com todos os opcionais, o Daily se torna tão equipado quanto um automóvel. Há ar-condicionado, vidros e travas elétricos, controle de velocidade de cruzeiro, retrovisor com aquecimento e central multimídia com navegação.

Mas a lista de itens de série é mais modesta. Ela incluir direção hidráulica, banco do motorista com regulagem de altura e computador de bordo.

Foton Minitruck 3.5-14 ST/DT

Foton Minitruck 35-14 DT — Foto: Divulgação

Foton Minitruck 35-14 DT — Foto: Divulgação

  • Motor: 2.8 diesel, 131 cv
  • Câmbio: manual, 5 marchas
  • Capacidade de carga: 1.450 kg ou 1.500 kg
  • Preço: R$ 108 mil / R$ 115 mil

O Minitruck 3.5-14 tem versões com eixo traseiro com roda simples ou dupla. Ele também é cerca de 1 metro mais comprido, além de ter motor 20 cv mais potente do que o 3.5-12, que chega ao Brasil ainda no primeiro semestre.

Sua carga útil varia de 1.450 kg a 1.500 kg (com eixo traseiro simples). A lista de equipamentos é bem completa, e inclui ar-condicionado, direção hidráulica, volante regulável, vidros e travas elétricos e rádio com entrada USB.

Jac V260

 

Jac V260 — Foto: Divulgação

Jac V260 — Foto: Divulgação

  • Motor: 2.0 diesel, 103 cv
  • Câmbio: manual, 6 marchas
  • Capacidade de carga: 1.510 kg
  • Preço: R$ 71.990

O veículo da Jac é o menos potente da turma, fruto de seu motor de menor cilindrada. No entanto, seu preço é o mais baixo e sua lista de equipamentos é bastante completa, sem opcionais.

Traz, de série, ar-condicionado, direção hidráulica, rádio, vidros e travas elétricos e até uma câmera frontal, que grava o que acontece no trânsito e promete baixar o valor do seguro.

Fiat Ducato Chassi

Fiat Ducato Chassi — Foto: Divulgação

Fiat Ducato Chassi — Foto: Divulgação

  • Motor: 2.3 diesel, 130 cv
  • Câmbio: manual, 6 marchas
  • Capacidade de carga: 1.590 kg
  • Preço: R$ 108,5 mil

Um dos mais recentes lançamentos do segmento, a Ducato ganhou uma nova geração. E pela primeira vez há uma opção chassi-cabine. Ela é importada do México, e traz o mesmo motor do modelo anterior, um 2.3 de 130 cv aliado ao câmbio manual de 6 marchas.

Assim como em outros modelos, o ar-condicionado é item opcional, assim como ajustes elétricos dos retrovisores. Tem direção hidráulica e carregador USB de série.

Renault Master

Renault Master Chassi — Foto: Divulgação

Renault Master Chassi — Foto: Divulgação

  • Motor: 2.3 diesel, 130 cv
  • Câmbio: manual, 6 marchas
  • Capacidade de carga: 1.759 kg
  • Preço: R$ 122,5 mil

A Master foi a van mais vendida do Brasil em 2017. Mas a Renault também oferece uma versão Chassi, que pode ser usada como um pequeno caminhão, de acordo com o implemento. Tem uma das melhores capacidades de carga desta lista.

Há apenas um pacote opcional, que custa R$ 7,7 mil e inclui ar-condicionado, faróis de neblina, computador de bordo e rádio. De série, tem vidros, travas e retrovisores elétricos e direção hidráulica

Fonte: G1 Auto Esporte

ZF se prepara para tornar possível a formação de comboios de caminhões

Tecnologia da ZF é integrada para a formação de comboios (conhecidos também como platooning) e inclui conjuntos de sensores.

A tecnologia ZF ajuda a permitir que veículos comerciais vejam, pensem e ajam. Tal interação entre sensores, softwares de controle e atuadores é de grande importância no que diz respeito à formação de comboios, conhecidos também como platooning. A ZF está trabalhando em conjunto com fabricantes de caminhões como parte do projeto ENSEMBLE, co-financiado pela União Europeia (UE), para testar programas que têm o objetivo de introduzir a composição multimarcas nas estradas europeias até 2021.

Como o projeto envolve caminhões de diversos fabricantes que se fundem para formar um comboio, os padrões de rede são fundamentais. O portfólio atual da ZF possui a tecnologia que possibilita a capacidade de formação de comboio, incluindo sensores de câmera e radar, o computador ZF ProAI, o sistema de direção eletro-hidráulica para veículos comerciais ReAx, assim como o sistema de transmissão.

“Funções de direção como a formação de platooning são possibilitadas pela inovadora tecnologia ZF”, disse Fredrik Staedtler, Head da Divisão de Tecnologia de Veículos Comerciais da ZF. “Já estamos oferecendo aos fabricantes de caminhões um suporte de rede que está tornando o transporte mais eficiente e impactando positivamente o custo total de operação”.

Em um platooning, dois ou mais caminhões dirigem juntos e em proximidade para criar uma composição de caminhões. Isso reduz o arrasto aerodinâmico dos caminhões que estão atrás do caminhão líder, o que, por sua vez, pode reduzir o consumo de combustível em até 20%.

Composição de comboios multimarcas

A distância reduzida entre os caminhões em um comboio é possível porque os veículos em rede podem funcionar independentemente do tempo de reação do motorista. Os caminhões são projetados para frear e fazer curvas praticamente em tempo real, de acordo com as ações do caminhão líder. Entretanto, eles não dirigem às escuras. Graças às informações de sensores e às funções autônomas de direção, eles também podem permanecer na faixa mesmo que o veículo líder ultrapasse involuntariamente as marcações da pista.

A ZF testou a viabilidade de platooning em vários projetos. Como parte do projeto ENSEMBLE da União Europeia, a empresa estabeleceu os padrões necessários para possibilitar a formação de comboios multimarcas, formados por caminhões de diferentes fabricantes. Esses comboios mistos tendem a se tornar cada vez mais frequentes no cenário rodoviário. Em outro projeto, o aFAS, patrocinado pelo Ministério Federal Alemão de Assuntos Econômicos, a ZF trabalhou na implementação do conceito de platooning em veículos de segurança, que fazem parte de projetos de obras rodoviárias em movimento.

Projeto suspende norma do Contran para caminhões basculantes

Projeto susta a aplicação da Resolução 563/2015 do Contran, que estabeleceu normas de segurança para a circulação de caminhões basculantes

O Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 914/18, do deputado Covatti Filho (PP-RS), susta a aplicação da Resolução 563/2015 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que estabeleceu normas de segurança para a circulação de caminhões e equipamentos rodoviários com carrocerias basculantes — usadas para despejar cargas.

De acordo com o autor do projeto, a norma do Contran não é razoável e impõe gastos elevados e exigências descabidas a municípios, cooperativas, construtoras e toda a cadeira produtiva que usa esses veículos.

Segundo a Resolução, o caminhão basculante precisa ter uma trava para impedir o acionamento involuntário do dispositivo que movimenta o compartimento de carga. Esse equipamento só poderá ser acionado mediante dois comandos.

É preciso haver também um aviso visual e sonoro para alertar o operador sobre o acionamento da caçamba; ou, como alternativa, um controle que impeça o caminhão de trafegar a mais de 10 quilômetros por hora quando o movimento da carroceria for acionado.

Outras exigências

Outras exigências são: fixação de aviso de segurança no para-brisa; uso de manual de operação do equipamento; e apresentação anual do Certificado de Segurança Veicular para o licenciamento. Sem o atendimento de todos esses requisitos, os caminhões não podem circular.

Covatti Filho argumenta que não é justo impor, aos municípios, um custo para instalar novos equipamentos em maquinários já sucateados e ultrapassados. O deputado considera que as exigências deveriam valer apenas no caso de veículos fabricados depois da resolução do Contran.

“Não há nenhuma razão ou bom senso na resolução do Contran. Muito pelo contrário, é gritante a incoerência”, argumenta o autor do projeto. Segundo ele, já existe o entendimento, por parte de juristas, de que “condutas desarrazoadas ou bizarras” não podem fazer parte do ordenamento jurídico, pois as normas precisam ser elaboradas com sensatez e prudência.

Tramitação

O projeto, que precisa ser votado no Plenário da Câmara, será analisado antes pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Fonte: Brasil Caminhoneiro 

5 maiores causas de acidentes envolvendo caminhões

Buonny destaca as cinco maiores causas de acidentes envolvendo caminhões no Brasil

A Buonny Projetos, com base em sua experiência de mais de 20 anos na área de gerenciamento de riscos em logística e transportes, destaca as cinco maiores causas de acidentes envolvendo caminhões no Brasil.

1. Grandes distâncias percorridas em uma única viagem

via GIPHY

O Brasil possui um território extenso e, por isso, o veículo e o motorista ficam expostos a riscos por muito tempo. Além da distância, existe a pressão pelo cumprimento de prazos, que contribui para o aumento de acidentes envolvendo veículos de carga.

2. Descumprimento da Lei do Caminhoneiro

via GIPHY

Em geral, o repouso semanal, intervalos para descanso, paradas para almoço e jornada máxima de trabalho são as regras mais desrespeitadas da Lei 13.103, popularmente conhecida como a Lei do Caminhoneiro, criada para dar mais segurança e aumentar a qualidade de vida dos motoristas. Porém, se não for respeitada, pode trazer graves consequências, uma vez que sono, fome e fadiga geram perda de reflexo significativa. Dessa forma, a segurança do motorista e de todos que cruzam seu caminho fica comprometida.

3. Caminhões com excesso de carga

via GIPHY

Apesar da fiscalização exercida pelos órgãos governamentais, não é raro encontrarmos caminhões trafegando com peso acima do limite permitido. Esse tipo de situação, além de prejudicar a infraestrutura das estradas, é um fator de risco e contribui para a ocorrência de acidentes.

4. Imprudência dos motoristas

via GIPHY

O comportamento do condutor é determinante para a ocorrência de acidentes. Os problemas são muitos: ultrapassagens em locais proibidos, alta velocidade, falta de sinalização, entre outros. Tudo isso aumenta a insegurança nas rodovias e causa inúmeros sinistros, muitas vezes fatais.

5. Rotas mal planejadas

via GIPHY

A má conservação das estradas e rodovias brasileiras é um dos maiores desencadeadores de acidentes de trânsito. São buracos, má sinalização ou mesmo lombadas mal posicionadas. Por isso, é imprescindível que a operação de transporte seja feita com rotas planejadas, levando em consideração todas as adversidades e obstáculos que as estradas apresentam.

Fonte: Brasil Caminhoneiro

Restrição de circulação dificulta planejamento das entregas, diz estudo

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) acaba de divulgar o estudo “Logística Urbana Restrições aos Caminhões?”.  O estudo analisou sete regiões metropolitanas (São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Curitiba/PR, Porto Alegre/RS, Goiânia/GO, Recife/PE e Manaus/AM) no nos aspectos de condições do transporte de carga. Os resultados mostram que a urbanização acelerada do Brasil, nas últimas décadas, trouxe complexidade e desafios para a logística de abastecimento das cidades.

O estudo constatou uma variedade de regras e de restrições à circulação de caminhões em centros urbanos, somada a problemas de infraestrutura, sinalização e fiscalização, entre outras deficiências que têm impacto sobre a atividade transportadora. Isso dificulta o planejamento do transporte de cargas, aumenta os custos operacionais e diminui a qualidade dos serviços de abastecimento das cidades.

Em relação as restrições as proibições de trânsito em dias e horários determinados obrigam os caminhões de carga a circular nas chamadas “janelas horárias”. Esse modelo de restrição dificulta o planejamento das entregas por razões, como congestionamentos e condições de recebimento de cargas.

O estudo mostrou que em 40% dos municípios de sete das principais regiões metropolitanas brasileiras, os transportadores encontram restrições aos caminhões. Desse total, metade dessas proibições se estende 24 horas por dia. A maior quantidade de restrições em período integral se dá em ruas e avenidas de Belo Horizonte (81%), Porto Alegre (70,6%) e Recife (60%).

No período diurno, os impedimentos para o trânsito de caminhões nas regiões pesquisadas chegam a 24,5% das restrições. Já o período noturno corresponde a 13,3%.  Quanto ao percentual de proibições de circulação para caminhões em horário diurno, destacam-se Manaus (66,7%), Curitiba (33,3%) e Recife (30%). No período noturno, Goiânia (25%), Curitiba (22,2%) e Porto Alegre (17,6%). Nos horários de pico, as regiões com os maiores índices são Manaus (33,3%), Goiânia (25%) e São Paulo (24,4%).

Foram identificadas 143 restrições em 76 municípios das sete regiões metropolitanas avaliadas. Entre elas, destacam-se as de circulação (quando o caminhão está proibido de trafegar na via), que ocorrem em 86% das regiões analisadas; de carga e descarga (quando o caminhão só pode estacionar no local, mas está proibido de fazer carga e descarga), que ocorrem em 9,8% dos casos; e as de estacionamento (quando o caminhão não pode nem estacionar e nem fazer carga e descarga, podendo, apenas, trafegar pela via), que acontecem em 4,2% dos municípios.

Fonte: O Carreteiro 

Se economia crescer demais, podem faltar caminhões no Brasil

Esse é o alerta do empresário Ari Rabaioli, presidente do Fetranscesc (Federação das empresa de transporte e logística de Santa Catarina). A informação foi publicada na coluna Loetz do site NSC Total.

De acordo com o empresário, caso a economia brasileira cresça mais de 3% neste ano, não haverão caminhões suficientes para atender ao aumento da demanda, ocasionando atrasos nas entregas e aumento do valor dos fretes.

Ele acredita que 2018 será um ano de crescimento significativo dos negócios, se comparado com 2017. Caso o PIB cresça até 2%, a frota atual poderá dar conta.

Se comparado com 2016, o PIB de 2017 cresceu cerca de 0,7%. Porém, os dados oficiais ainda não foram divulgados. Em 2016, último ano de PIB negativo do Brasil, nossa economia caiu 3,6%, sendo a pior recessão enfrentada no país.

Para 2018 o Banco Central publicou uma projeção de crescimento entre 2,2 a 2,6% do PIB.

Fonte: Blog do Caminhoneiro 

Comissão aprova nova altura para caminhões que transportam animais vivos

A Comissão de Viação e Transportes aprovou o Projeto de Lei 6392/16, do deputado Zé Silva (SD-MG), que estabelece em 4,70 metros a altura máxima para os veículos de transporte de animais vivos (semoventes).

O projeto, que altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97), recebeu parecer favorável do relator, deputado Ezequiel Fonseca (PP-MT).

O texto aprovado também determina que o motorista do veículo de transporte deverá ter habilitação nas categorias D e E, além de treinamento especializado para este tipo de carga.

Resolução do Contran

O relator explicou que, atualmente, a altura máxima para transporte de animais é de 4,40 metros. O número foi determinado pela Resolução 210/06 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

“Segundo especialistas, essa altura não é adequada para transportar equinos e bovinos, notadamente em veículos cujas gaiolas possuem dois pavimentos, caracterizando maus-tratos aos animais”, disse Ezequiel Fonseca. Ele lembrou que a altura de 4,70 metros já é exigida dos caminhões que transportam veículos (cegonhas), sem que isso provoque problemas no trânsito.

Fonseca também defendeu o treinamento de motoristas que transportam animais vivos. “Assim como são exigidos cursos especializados para condutores de veículos de transporte de cargas perigosas, é razoável a mesma exigência para o transporte de carga viva”, disse.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo (Rito de tramitação pelo qual o projeto é votado apenas pelas comissões designadas para analisá-lo, dispensada a deliberação do Plenário. O projeto perde o caráter conclusivo se houver decisão divergente entre as comissões ou se, independentemente de ser aprovado ou rejeitado, houver recurso assinado por 52 deputados para a apreciação da matéria no Plenário) e será analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte:  Blog do caminhoneiro

Veículo rastreado aumenta a segurança? Confira o que dizem os motoristas.

 O uso do rastreador é uma das principais medidas adotadas pelos transportadores para reduzir os prejuízos causados pelo roubo de carga. No início, houve quem torceu o nariz para a tecnologia, sob argumento de falta de liberdade no trabalho. Porém, diante do aumento da insegurança nas estradas, os carreteiros passaram a ver com bons olhos o fato de serem vigiados 24 horas por dia, alegando se sentirem mais seguros, mesmo tendo de seguir um plano de viagem com horários, rotas e pontos de paradas para serem cumpridos.
As estradas estão muito perigosas, me sinto mais seguro sabendo que a viagem está sendo acompanhada de longe, disse o carreteiro José Goi

É o caso do catarinense de Ijui, José Goi, 55 anos de idade, 25 de profissão, que viaja pelo Brasil inteiro. Ele afirmou que quando está rastreado roda com mais tranquilidade e responsabilidade. “Me sinto mais seguro sabendo que minha viagem está sendo acompanhada de longe. As estradas estão perigosas, sem isso fica arriscado”, desabafa.

Goi comentou que já se acostumou a dar as informações para a empresa sempre que alguma coisa sai do planejado. Ele explica que quando pega trânsito pesado na BR-116, por exemplo, avisa imediatamente para evitar ser bloqueado. “No começo eu parava para abastecer e esquecia de reiniciar a viagem. Resultado: era bloqueado. Mas em poucos minutos já estava liberado para seguir. Hoje, apesar de ter perdido um pouco da liberdade na estrada já me acostumei e, sinceramente, acho muito bom ser vigiado”, brincou.

Mesmo sabendo que o equipamento não impede o roubo do caminhão e da carga é bom ter com quem dividir o problema”, comentou Carlos Machado

A mesma opinião é compartilhada pelo gaúcho Carlos Machado, de Santo Ângelo. Há 21 anos na estrada, e atualmente viajando na rota Mercosul, ele lembra que quando iniciou na da profissão os tempos eram outros, não havia tanta necessidade de usar o rastreador e os motoristas tinham mais liberdade de horário e rotas. “Mas hoje só me sinto seguro com o rastreador, mesmo sabendo que o equipamento não impede o roubo do caminhão e da carga. É bom ter com quem dividir o problema”, comentou.

O ponto negativo, em sua opinião, são os locais de parada indicados pelas seguradoras. Na sua opinião, os lugares nem sempre contam com infraestrutura adequada para receber os motoristas e caminhões com segurança. “É muito diferente quando entramos na Argentina ou no Chile, onde em cada pedágio há um ponto de apoio para o carreteiro. O Brasil precisa melhorar muito. Há 21 anos os postos de serviço eram pontos de apoio, hoje só podemos parar se abastecermos ou utilizarmos algum serviço”, comparou.

Machado diz ainda que quando opta por parar em um local diferente do proposto no início da viagem, avisa a empresa que entra em contato com a seguradora autorizando a parada. “O patrão já trabalhou na estrada e por esse motivo é mais flexível e sabe avaliar os pontos realmente seguros. Então é mais tranquilo”, reconheceu.

Antonio Marcos Mendonça, que no passado já foi abordado por ladrões, conta que hoje em dia se sente mais seguro com rastreador no caminhão

Antônio Marcos Mendonça, 46 anos de idade, natural de São José do Rio Preto/SP, lembra que quando começou na profissão, há 22 anos, as estradas eram precárias, os caminhões menos confortáveis. “Hoje temos veículos mais seguros e os rastreadores que ajudam a inibir o roubo de carga. Já fui assaltado. Os bandidos levaram o caminhão e eu fiquei quase dois dias amarrado em um canavial. Então, eu sei bem o que é isso. Me sinto mais protegido sendo rastreado”, justificou.

Antônio recorda que no começo sofreu um pouco com os bloqueios no veículo, mas por esquecer de fazer o procedimento de segurança. “Eu entrava no caminhão, digitava a senha para iniciar a viagem e abria a porta. Automaticamente a seguradora bloqueava o veículo. Nesse caso, você tem de entrar em contato, responder uma série de perguntas, explicar o que aconteceu e aguardar uns três minutos para ser liberado. Mas isso foi só no começo”, destacou.

Diz que o único ponto negativo do rastreamento é ter de seguir os pontos de paradas sugerido pelas seguradoras, os quais muitas vezes são lugares isolados, perigosos e de fácil acesso para os bandidos. “Às vezes eu pego a rota e sei que nela existem lugares de parada melhores, mas não podemos mudar o plano inicial. Não escolhemos nada. Mas também, hoje não cabe mais essa liberdade”, desabafou.

Para Pedro Galvez, o sistema de rastreamento serve mais para o empresário monitorar caminhão e motorista e verificar se a rota está correta

Diferente dos colegas brasileiros, o chileno Pedro Galvez, 57 anos de idade e mais de 30 de profissão, de Santiago, explica que apesar do veículo ser rastreado quem determina os locais de paradas são os próprios motoristas. Porém, a rota quem faz é a empresa. “Quando acontece de sairmos do caminho estabelecido temos apenas de ligar e informar o motivo”, explicou.

Galvez acredita que os ladrões sabem como desarmar o sistema de rastreamento. Diz que hoje em dia o equipamento serve mais para o empresário monitorar caminhão e motorista e verificar se a rota está correta. Acredita que a melhor maneira de se proteger do roubo de carga é escolher lugares seguros e com infraestrutura para parar. Galvez conclui dizendo que o Brasil tem muito a melhorar nesse sentido.

Rastreamento dá muita tranquilidade, mas se os ladrões estiverem dispostos a levar a carga o sistema não impede, opina Maicon Koslowski

Maicon Koslowski, 32 anos de idade e 10 de profissão, da cidade de Francisco Beltrão/PR, tem sistema de localizador no seu caminhão, que funciona de maneira diferente do rastreador. “Já trabalhei em lugares que utilizavam o rastreador. Era bem complicado. Qualquer imprevisto na estrada era obrigado a parar e ligar para a empresa, embora nem sempre o sinal estava disponível. Uma vez dormi demais e perdi o horário programado para sair. Fui bloqueado e todo o processo para o desbloqueio durou mais de 40 minutos. Tive de responder ‘milhares’ de perguntas inclusive o local do corpo onde tenho tatuagem”, lembrou.

Com o localizador diz que dirige mais tranquilo, porque ele é o responsável por escolher a rota e os locais de parada. A empresa apenas monitora. “Posso me comunicar com ela em qualquer situação diferente e tenho um botão de pânico à disposição, localizado no painel para o caso de qualquer emergência”, explica. Mas  Maicon concorda que se o ladrão estiver disposto a levar o caminhão e a carga o sistema não vai impedir.

ROUBO SEM PUNIÇÃO SEVERA

O uso de rastreador em caminhões passou a ser uma das principais medidas adotadas pelos transportadores na tentativa de reduzir os prejuízos causados pelo roubo de cargas, que se transformou em um negócio rentável, movido pela ganância e sem punição severa.

O assessor de segurança do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), coronel do exército Paulo Roberto, explica que há 40 anos, pode-se dizer, não havia ocorrências de roubo de cargas, pois não existia estrutura de crime organizado. “Porém, de 20 anos para cá, esse crime passou a ser articulado com a figura de um receptador para a carga furtada. A prática passou a ser vista pelos criminosos como uma maneira rápida, fácil e sem punições de ganhar dinheiro”, conclui.

Fonte: O Carreteiro