Proposta acaba com exame toxicológico pelo ‘fio de cabelo’ para renovar carteira

Projeto de lei que tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) pode livrar da exigência do chamado exame do “fio do cabelo” os motoristas que precisem tirar ou renovar a carteira de habilitação profissional. O exame serve para constatar consumo de substâncias psicoativas por até 90 dias antes de sua realização. Pela proposta (PLS 453/2016), a análise toxicológica continuará existindo, mas caberá ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) normatizar os padrões aplicáveis.

O autor é Pastor Valadares (PDT-RO), senador suplente que registrou a proposta ao fim de 2016, durante período em que substituía o titular da vaga, Acir Gurgacz, também do PDT. Na CCJ, a matéria receberá decisão terminativa. Com isso, se for aprovada, poderá seguir diretamente para análise na Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso de senadores para que a votação final seja em Plenário.

Janela de detecção

A exigência que o autor do projeto quer retirar do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) refere-se ao exame para análise de consumo de substâncias psicoativas “com janela de detecção mínima de noventa dias”. Esse padrão de exame passou a ser obrigatório com a vigência da Lei 13.103, de 2 de março de 2015, que alterou o CBT.

A medida, que motivou revolta entre motoristas à época, aplica-se aos condutores das categorias C, D e E, para quem vai tirar ou renovar a carteira, mudar ou adicionar uma categoria. Afeta, portanto, profissionais dos segmentos do transporte de carga, como os caminhoneiros, e também os de transporte de passageiros, como os condutores de ônibus e vans.

Pastor Valadares explica, na justificação do projeto, que o texto da lei não cita o nome da técnica laboratorial a ser empregada para constatar possível consumo de drogas – normalmente, substâncias estimulantes que muitos motoristas usam na tentativa de vencer o cansaço das longas jornadas de trabalho.

Porém, como observa, ao exigir resultado para consumo com “janela mínima de 90 dias”, a lei acaba restringindo o exame somente à análise da queratina obtida a partir de amostras de cabelo, pele e unha. O motivo, explica ele, é que essa é a única técnica que permite detectar o uso de substâncias psicoativas dentro do prazo estabelecido.

Limitações

O problema, segundo o autor do projeto, é que a técnica do exame de queratina tem limitações, entre elas o alto custo logístico, pois a análise do material é realizada apenas no exterior e por poucos laboratórios, o que implica menor concorrência. Além disso, ele destaca o risco dos chamados resultados falso-positivos, devido à maior exposição das unhas e dos cabelos à contaminação por substâncias presentes no ambiente.

“Ressalte-se, ainda, que o Departamento de Transportes do governo norte-americano recomenda a utilização do exame de urina para o rastreamento de condutores que tenham usado drogas”, observa Pastor Valadares.

Os exames mais comuns no Brasil para detecção de drogas são feitos a partir da análise de urina, sangue ou saliva. Nesse caso, o resultado pode identificar se houve a utilização de drogas apenas em um período máximo de cinco dias antes da coleta.

Ao contestar o novo exame, tendo por base a queratina coletada do fio do cabelo ou da unha, os motoristas brasileiros mencionavam não apenas o problema do alto custo, que varia em torno de R$ 400,00. À época, eles argumentaram que a medida era discriminatória ao recair apenas sobre categorias específicas de condutores de veículos.

Fonte: Agência Senado

American Trucks: a última geração dos moicanos?

Apesar de a aerodinâmica responder por boa parte dos resultados operacionais em um veículo de transporte, motoristas mais tradicionais norte-americanos não abrem mão dos clássicos, e ainda apostam em modelos como Kenworth W900, Peterbilt 389, Western Star 4900 e International 9900i. Será que esses são os últimos dos moicanos?

Se querem ganhar dinheiro, os transportadores de todas as partes do mundo levam em conta os custos operacionais.
As modernas gerações de cabine bicuda há tempos deixaram para trás as linhas retas e os desenhos geométricos para adotar a estética aerodinâmica, capaz de economizar muitos galões de combustível e, com isso, muitos dólares.

Nos Estados Unidos e no Canadá existem, porém, muitos motoristas apegados às tradições e que não se adaptam à nova tendência, tanto que nas concessionárias, a procura é maior pelos clássicos convencionais, quase escassos naqueles mercados.

Não é difícil ver pelas estradas estadunidenses esses espécimes rodando. Seguramente conduzidos por autônomos ultraconservadores que estão nesse ofício por herança de seus pais. Contudo, as frotas que visam o lucro, e o coloca acima dos valores emocionais, aceitaram bem os caminhões mais modernos, mesmo porque eles ainda atendem a preferência nacional com suas cabines bicudas, porém, mais arredondadas e com motores mais eficientes.

O CLÁSSICO TAMBÉM É MODERNO
Uma olhada rápida sobre o universo dos caminhões que fazem parte da populosa Classe 8 nos Estados Unidos – equivalente à categoria de caminhões pesados rodoviários no Brasil – já permite concluir que, realmente, os Clássicos Convencionais são uma espécie ameaçada de extinção.

Um ícone autêntico para os motoristas, como a Kenwort, tem apostado na série limitada para comemorar o aniversário de seu modelo W900 que completou 25 anos de trajetória, um bom exemplo de Clássicos Convencionais do século 21, assim como o seu conterrâneo Peterbilt 389. Também é necessário acrescentar à lista dos clássicos os modelos Western Star 4900 e o International 9900i.

Apesar de esses caminhões se manterem fiéis à tradição graças à estética, é inegável que eles possuem o mesmo nível de modernidade quando se trata do trem de força. São modelos equipados com os mesmos blocos de caminhões hoje considerados mais modernos, como o motor Paccar MX-13, que também equipa os caminhões DAF XF e CF, ou mesmo o propulsor Cummins ISX-15 dos caminhões Ken e Pet, além dos consagrados blocos da Detroit Diesel no Western Star – símbolo da filiação da “estrela do oeste” ao consórcio Daimler Trucks. Além dos motores, é preciso mencionar os câmbios manuais e automatizados, geralmente um Eaton Fuller, e os eixos Meritor e Dana Spicer.

A instrumentação do painel também deixou de lado aquele cockpit antigo e repleto de interruptores por todos os lados, com cores e formas diferentes, para assemelhar-se aos caminhões dessa nova geração.

Dentro dos cânones da construção modular, com fabricantes globais que lidam com montadoras em todo o mundo, não faria sentido produzir componentes muito diferentes para atender uma pequena demanda de mercado. Mas isso não significa que os Kenworth W900, Peterbilt 389, Western Star 4900 e International 9900i não conservem suas tradições e que, frente às impressionantes cabines, a modernidade se sobreponha.

O que se espera realmente é que esses clássicos ainda tenham uma longa vida e que seus fabricantes entendam que modernidade e tradição podem caminhar juntas.

Fonte: Portal O Carreteiro

Região metropolitana de São Paulo tem as restrições de circulação de caminhões mais complicadas

Pesquisa da Diretoria de Especialidade de Abastecimento e Distribuição do SETCESP com apoio do IPTC (Instituto Paulista de Transporte de Cargas) revelou que cerca de 46% dos municípios da região metropolitana de São Paulo possuem restrições à circulação de veículos de carga.

Outro dado identificado no levantamento diz respeito aos horários, que não seguem um padrão entre os municípios da região e, tão pouco, uniformização com relação as dimensões máximas permitidas para o uso dos veículos urbanos de carga (VUCs).

Para Tayguara Helou, presidente do SETCESP, a falta de padronização das dimensões e das restrições de circulação dos veículos de carga em toda a região metropolitana e a multiplicação dos veículos utilitários leves, que individualizam o transporte de carga ao invés de coletivizá-lo, são apontadas como fatores de complicação para o abastecimento urbano nas cidades e o aumento dos engarrafamentos.

Fonte: Portal o Carreteiro

Conheça estas lindas miniaturas do Mercedinho 710 Plus

Quem é fã de caminhão conhece bem os clássicos Mercedinhos, que começaram a fazer história lá em 1972 com o modelo 608D. Apesar de ter evoluído e sofrido alterações durante os anos, ele marcou as estradas do Brasil até sair de linha em 2012, com o modelo 710.

 

Ao longo dos anos foram vendidas mais de 180.000 unidades do caminhão, e sua marca registrada era a icônica cabine semi-avançada.

 

Veja os vídeos que mostram a impressionante riqueza de detalhes das miniaturas produzidas pelo José Elias Ther.

Vídeo 01:

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Vídeo 02:

Fonte: Blog do Caminhão Mercedes-Benz

Roubos de carga no Rio de Janeiro chegam a 10 mil casos em 2016

O roubo de carga no Rio de Janeiro se transformou em uma das principais fontes de renda dos traficantes. No ano passado, foram mais de dez mil ataques ao todo. No entanto, os números alarmantes não são de agora, pois os roubos de cargas vêm crescendo desde 2011. De lá para cá, os casos triplicaram no estado. Em 2016, foram registrados 9.870 casos, um recorde desde que esta estatística começou a ser feita há 24 anos.

Os ataques de quadrilhas provocam grandes prejuízos para quem trabalha com cargas no Rio. A federação que representa os empresários do setor estima que os roubos do ano passado geraram perdas de R$ 1 bilhão. “Nós atingimos índices intoleráveis no Rio de Janeiro. Acabamos de ganhar o troféu de campeão nacional de roubo de cargas”, diz Venâncio Moura, diretor de Segurança da Fetranscarga.

Os caminhões são interceptados nas estradas, principalmente na Dutra, na Washington Luiz e na Avenida Brasil.

As investigações da delegacia especializada contra o roubo de cargas mostram mudança no perfil dos bandidos. Antes eram especializados neste tipo de crime, mas agora, cada vez mais traficantes ameaçam os caminhoneiros em busca de uma nova forma de rendimento.

Entre as quadrilhas que já foram presas, a polícia descobriu a participação de vários funcionários das empresas de cargas.

A PM diz que começou, no ano passado, a Operação Mercadoria Legal para combater o roubo de cargas e que atua nas regiões mais visadas pelas quadrilhas.

A Polícia Rodoviária Federal disse que, no ano passado, prendeu quase 4 mil pessoas nas estradas, cinco vezes mais do que no ano anterior, e que, desde dezembro, reforçou a fiscalização na Baixada Fluminense e na Região Metropolitana.

Fonte: Revista Frota e Cia

Problemas na iluminação, pneus e barra de direção são os mais comuns nos caminhões

Em 2016, o programa Caminhão 100% realizou 823 inspeções em caminhões. Desse total, 32% apresentaram falhas na iluminação externa, um dos maiores problemas verificados. Em 23% dos caminhões que participaram do programa também foram identificados problemas na barra de direção e terminais, 21% nos pneus, 17% nos cubos de roda e 13% na embreagem. Somente 2% deles apresentaram algum tipo de anormalidade em emissões de gases de escapamentos. Nos seis anos de programa, foram inspecionados 5.907 veículos.

A iniciativa faz parte do Programa Caminhão 100%, desenvolvida pelo GMA – Grupo de Manutenção Automotiva, em parceria com o Grupo CCR e o programa Estrada para a Saúde, que tem como objetivo conscientizar motoristas de caminhões sobre a manutenção preventiva, como forma de melhorar a segurança no trânsito.

Nos próximos dias 15 e 16 de fevereiro será realizada mais uma avaliação gratuita do programa, na rodovia Castello Branco, km 57 (sentido São Paulo). Durante a ação serão checados as condições de diversos itens mecânicos, de segurança e de emissões dos caminhões que fizerem a parada.

Fonte: Portal O Carreteiro

Redução de preços da Petrobras não chega aos postos

O preço médio do diesel vendido nos postos do Brasil caiu levemente na semana passada, enquanto o valor da gasolina teve ligeira alta, após a Petrobras ter reduzido o valor de ambos os combustíveis vendidos nas refinarias ao fim de janeiro, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na sexta-feira (03).

O diesel caiu 0,3 por cento nesta semana, para 3,112 reais por litro, ante a semana anterior, enquanto a gasolina teve alta de 0,03 por cento, para 3,766 reais por litro.

Os percentuais mostram que a redução de preço aplicada pela Petrobras em 27 de janeiro não chegou aos postos. Na semana passada, o diesel havia subido 0,4 por cento, enquanto a gasolina teve queda de 0,2 por cento.

Em seu último movimento de preços, a Petrobras reduziu o preço do diesel nas refinarias em 5,1 por cento e o da gasolina em 1,4 por cento.

Em janeiro, a Petrobras afirmou que, se o reajuste fosse repassado integralmente aos consumidores, o diesel poderia cair, em média, 2,6 por cento, ou cerca de 0,08 reais por litro, e a gasolina, 0,4 por cento ou 0,02 reais por litro.

A petroleira, entretanto, tem destacado que o impacto do reajuste no preço final ao consumidor depende de decisões de postos de combustíveis e distribuidoras.

O etanol hidratado, concorrente da gasolina nas bombas, por sua vez, teve queda de 0,3 por cento nesta semana, para 2,920 reais por litro.

A Petrobras anunciou em outubro sua nova política de preços de combustíveis, onde ela se comprometeu a avaliar os preços dos derivados vendidos por ela no Brasil às distribuidoras pelo menos uma vez por mês e nunca permitir que eles fiquem abaixo da paridade de importação.

Desde então, a empresa reduziu o preço do diesel três vezes e elevou duas. Já a gasolina teve três quedas e uma alta.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Estado de São Paulo estuda implementação de inspeção para veículos diesel

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) planeja implantar em 2018 no Estado de São Paulo um sistema de inspeção ambiental para todos os veículos movidos a diesel.

A proposta, que visa reduzir a emissão de poluentes, é de vistoria similar à que foi implantada para veículos em geral na cidade de São Paulo de 2009 ao começo de 2014.

Desta vez, ela se limitará aos movidos a diesel, como caminhões, ônibus e diversos modelos de SUV que ganharam espaço nos últimos anos. Tanto os emplacados no Estado como os veículos de passagem deverão ser atingidos.

Pelos registros do Detran, há 1,7 milhão de veículos a diesel nos municípios paulistas. A estimativa é que outros 425 mil do tipo trafeguem em São Paulo todos os meses.

O financiamento do serviço está sendo analisado pela secretaria do Meio Ambiente de Alckmin. A intenção é que a taxa seja paga pelos donos dos veículos inspecionados -na capital, esse foi um dos fatores de impopularidade do programa, que, em 2014, cobrava R$ 47,44 pela inspeção.

Uma das propostas estudadas é que, além do pagamento pela vistoria, haja multa para os que estiverem fora dos parâmetros de poluição.

O secretário estadual Ricardo Salles (Ambiente) diz ainda ser necessário estudar os custos da implementação da estrutura de inspeção e de fiscalização para saber os valores que serão cobrados.

Desde 2013 há pressão de órgãos como Cetesb (agência ambiental) pela inspeção. Ela é prevista pelo código de trânsito, e as diretrizes estaduais para a vistoria (incluindo níveis de tolerância de poluentes) existem desde 1993.

A gestão Alckmin avalia que terá que começar pela Grande São Paulo. “O ideal é uma inspeção veicular a diesel implementada por etapas, preferindo áreas com maiores problemas de concentração de poluição do ar e com maior concentração de frota a diesel. Certamente a capital e a região metropolitana será a primeira [etapa]”, afirma Ricardo Salles.

Um mapa da Cetesb feito em 2013 destaca, além da Grande SP, as regiões de Campinas, Ribeirão Preto e da Baixada Santista como críticas para a poluição por gás ozônio, proveniente da queima de combustíveis.

A ideia inicial é de que a inspeção ocorra com a estrutura e nas 46 unidades da Cetesb espalhadas no Estado.

O governo, porém, não descarta uma terceirização futura, a exemplo do que a Prefeitura de São Paulo fez com a empresa Controlar.

A concessão municipal foi feita por Gilberto Kassab (atual PSD) e encerrada pela gestão Fernando Haddad (PT). Na campanha eleitoral, João Doria (PSDB) se mostrou favorável à inspeção veicular no município desde que não trouxesse gastos aos motoristas.

Para aprovar a inspeção, a gestão Alckmin pretende incluir um destaque em um projeto de lei que já existe na Assembleia Legislativa e que propõe a inspeção veicular a todos os veículos do Estado.

O governo espera que a aprovação do destaque ocorra de forma mais fácil e ágil.

Estrangeiros

Para atingir inclusive os caminhões que não sejam de São Paulo, a gestão Alckmin diz que já enviou ao Ibama (instituto federal) um protocolo de ação para multar veículos a diesel de fora do Estado flagrados em desacordo com parâmetros de poluição.

O protocolo permite que um agente da Cetesb possa autuar um motorista, mesmo que ele tenha veículo emplacado em outro Estado. O Ibama se responsabilizaria por formalizar a multa a esses veículos e inviabilizar seu licenciamento no Estado de origem.

A secretaria acredita que, ao autuar veículos de fora do Estado, deve incentivar que outros Estados façam suas inspeções veiculares.

Para Olímpio de Mello Álvares Jr., engenheiro especialista em inspeção veicular, a medida é um avanço ambiental. “O governo nunca gostou da ideia da inspeção. É impopular sob ponto de vista eleitoral. Desde a década de 90, a proposta sempre foi levada ao gabinete do governador, mas sempre murchava, esvaziava, não tinha futuro”, diz ele, que trabalhou na Cetesb.

Estudo de 2011, da ONG Saúde e Sustentabilidade, estimou que a poluição do ar no Estado tenha contribuído para 17 mil mortes precoces.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Caminhoneiro descarrega carga de soja no pátio de empresa

Na manhã de ontem,(04), um caminhoneiro despejou uma carga de soja no pátio de uma empresa, na cidade de Sorriso por não conseguir descarregar a carga do cereal no local onde era o seu destino final.

Segundo o caminhoneiro, ele transportava a carga da cidade de Tapurah até Sorriso, quando chegou no pátio e apresentou a nota e sua identificação, responsáveis da empresa alegaram que sua carteirinha da ANTT estaria vencida, sendo que consta na mesma o vencimento para o ano de 2019, mas a empresa teria alegado a ele que o governo teria mudado a legislação e adiantado o vencimento para o último dia 31 e que ele deveria ter renovado antes de estar na estrada.

O motorista que disse não ter conhecimento desta nova normativa, e como a carga pertence a própria empresa, resolveu descarregar no pátio. Segundo o motorista, a empresa não paga estadia e como está com a família, e seu filho precisa voltar pra estudar, resolveu tomar a atitude, mesmo sabendo que não receberá os R$1.900,00 referente ao frete.

Fonte: Caminhoneiros do Brasil

Fretes: Avanço da colheita ainda pode elevar os preços

Com o avanço da colheita da soja no Brasil, mesmo que de forma mais lenta nesta temporada 2015/16, os produtores começam agora a colocar em prática suas estratégias de logística para que a entrega de seu produto seja efetivada. E a variação dos preços dos fretes é acompanhada dia a dia, principalmente porque a oleaginosa disputa a oferta do serviço com outros itens que seguem sendo direcionados para os portos.

A dinâmica da movimentação da produção agrícola brasileira mudou a partir de 2012, quando a segunda safra de milho passou a ser maior do que a primeira, como epxlica o economista e pesquisador da Esalq/LOG, Samuel da Silva Neto. E a divisão clara que existia antes, com a soja sendo escoada no primeiro semestre e o açúcar no segundo, acabou comprometida.

Assim, a virada de 2015 para 2016 foi marcada por preços bastante elevados dos fretes, já que as exportações nacionais de milho vinham registrando níveis recordes, uma vez que o dólar alto contribuiu para os negócios, aumentando a demanda internacional pelo cereal brasileiro.

Ainda segundo Neto, os volumes de milho chegando aos portos em janeiro eram bastante elevados. E para todo o ano comercial atual, a perspectiva é de que o Brasil exporte mais de 30 milhões de toneladas, com volumes saido ainda entre os meses de fevereiro e março, movimento que não era comum há alguns anos. Na temporada comercial 2014/15, o país exportou 30,2 milhões de toneladas do grão.

Entretanto, o pico da temporada de fretes ainda não chegou e, portanto, a tendência é de que os preços passem por alguma acomodação. Como explicou Edeon Vaz, coordenador executivo do Movimento Pró-Logística, da Aprosoja MT, esse período deve acontecer entre os meses de março e abril, com um volume maior de soja chegando ao mercado. “Como acontece em todos os anos, janeiro é uma repetição do que acontece entre os meses de outubro e novembro”, diz.

Dessa forma, com uma oferta maior do serviço nesse momento, apesar de terem iniciado o novo ano em alta, os preços devem ceder ligeiramente. “Temos 300 mil caminhões a mais do que o necessário, e o frete, como outros itens, obedece a lei de oferta e demanda”, explica o especialista.

Valores x Clima x Colheita

Números do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) mostram um avanço significativo nos valores de frete para as principais rotas da soja que sai do estado. De Sorriso a Santos, por exemplo, na primeira semana de janeiro, o preço do serviço era de R$ 322,50 e, na última, estava próxima de R$ 295,00, ou seja, uma baixa de 8,53%. Já em relação ao ano passado, o aumento é significativo. A mesma rota, no início de 2015, tinha preço de R$ 230,00.

Essa acomodação dos valores, como explica o superintendente do instituto, Daniel Latorraca, se dá, além da maior oferta de serviço, pela ligeira queda natural no volume de milho enviados aos portos nos meses seguintes, apesar de ainda ocorrerem. “Temos uma baixa natural da saída do milho, e o pico mesmo, para a soja, vai ocorrer quando ocorrer o pico da colheita”, explica.

E, ainda de acordo com o último levantamento do Imea, os trabalhos de campo em Mato Grosso estão atrasados em relação a 2015 e à média dos últimos anos. Até o final de janeiro, apenas 8,2% da área cultivada no estado havia sido colhida, contra 10,3% do mesmo período do ano passado.

Em um ano, de dezembro de 2014 a dezembro de 2015, segundo informou o Sifreca (Sistema de Informações de Frete) da Esalq-LOG, o valor do frete para a rota Sorriso/MT – Porto de Paranaguá subiu 34,09%, passando de R$ 220,00 para R$ 295,00 por tonelada.

No Paraná, os produtores também têm dificuldade de dar melhor andamento aos trabalhos de campo dado o excesso de chuvas e, consequentemente, cresce a preocupação com a logística. Em Londrina, por exemplo, a colheita deve ganhar mais ritmo nos próximos 10 a 15 dias. “Pelas previsões, na região terá muita chuva ainda até o mês de abril, o que pode atrapalhar e prejudicar a qualidade do grão”, explica Narciso Pissinati, presidente do Sindicato Rural local.

Os problemas causados pelo clima no sistema logístico do Brasil, no entanto, já são conhecidos. Se os preços não disparam em função da elevada oferta atual de fretes no país, as condições para que eles ocorram podem inflacionar os valores. Atualmente, essas preocupações já atingem produtores, além do Paraná, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Piauí.

E nesse caso, não só os grãos sentem o impacto, mas os alimentos de uma forma geral, que chegam mais caros aos consumidores finais. Em entrevista ao jornal da Globo, o comerciante de hortifrutis Josiel Lopes, os valores do frete subiram perto de 15% e o valor tem de ser repassado.

No Piauí, a principal rodovia para o escoamento da safra, a Transcerrad, está em péssimas condições e os produtores locais esperam pela conclusão das obras há mais de 20 anos, como mostrou uma reportagem do Jornal Nacional nesta quinta-feira (4). No Mato Grosso do Sul, a situação é bem semelhante. O excesso de chuvas no estado tornou as saídas ainda mais complicadas e o escoamento da soja, entre outros produtos, está comprometida e pode se atrasar.

Em Mato Grosso, segundo explica o representante da Aprosoja MT, há cerca de 24 mil quilômetros sem pavimentação e as que estão pavimentadas, em grande parte, estão em condições ruins, não adequadas para um bom transporte. As perdas com o escoamento de grãos no Brasil, segundo mostram estudos, são milionárias.

Pedágio e Óleo Diesel

O aumento das praças de pedágio – só a BR-163 ganhou nove delas – e do óleo diesel são outros fatores agravantes e devem contribuir para o aumento dos preços. O combustível corresponde, ainda segundo explica Edeon Vaz, por 53% do valor do frete e “é natural que esta alta seja repassada para o valor do serviço, mas nem sempre esse repasse é integral”.

No início deste ano, a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) sobre o diesel, reduzida para 12% em 1º de julho de 2015, retornou para 17% e teve impacto direto sobre os preços do produto, portanto.

Mudanças

Apesar de ainda deficiente e insuficiente, o sistema logístico do Brasil tem apontado algumas melhoras nos últimos anos, como o sistema de agendamento da chegada dos caminhões aos portos e a migração de parte desse escoamento para os portos do chamado Arco Norte. No ano comercial anterior ao atual, cerca de 12,6 milhões de toneladas de soja do total exportado, ou 23%, deixaram o país pelos terminais da região – Ilhéus/BA, São Luís/MA, Itacoatiara/AM, Barcarena e Santarém,PA. “Isto reflete um aumento de 21% em relação à temporada anterior”.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

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