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Banco Mercedes-Benz quer alongar dívidas de clientes

Atuando nos negócios gerados diariamente nas rede de concessionários, o Banco Mercedes Benz garante que está buscando fórmulas de renegociação e alongamento de dívidas dos clientes. Foi o que informou hoje em São Paulo, numa coletiva de imprensa, o presidente da instituição Bernd Barth.

“Em tempos de redução do ritmo da economia do Brasil, queremos demonstrar que somos parceiros nos bons momentos e também nos momentos não tão bons”, declarou ao prever para 2017 uma leve melhora no segundo semestre. Ele não acredita que as condições de 2016 se repitam.

Barth também mostrou que o BMB foi do sexto lugar, entre todos os bancos, comerciais ou de montadoras, em 2015, para o primeiro lugar disparado em 2016 no ranking de liberação de repasses do FINAME. O crescimento de um ano para o outro foi de 2,6% enquanto todos os demais bancos despencaram no ranking.

No ano passado, considerados os 12 meses, os R$ 1,56 bilhão, repassados do FINAME pelo Banco Mercedes-Benz, compraram 11.473 veículos pesados. Considerando apenas ônibus, houve um aumento de 62,2% em relação a 2015, com repasses de R$ 461 milhões. A Mercedes-Benz retomou a liderança de vendas de veículos comerciais em 2016.(Leia mais aqui)De novembro de 2015 a novembro de 2016 (que são os números do mercado disponíveis para comparação): o primeiro lugar em 2015, o Itaú Unibanco, aprovou R$ 4.147.000 de financiamentos para a compra de veículos pesados, enquanto em 2016 caiu para a terceira posição, com R$ 1.257.000. Entre os bancos de montadoras, o melhor posicionado em 2015 era o Banco Volkswagen, que liberou R$ 1.545.000. Mas no ano passado desceu para R$ 962 milhões. Nesse mesmo período, o Banco Mercedes-Benz foi de R$ 1.457.000 para R$ 1.460.000 (de R$ 1, 52 bilhão para R$ 1,56 bilhão, se considerados os números de dezembro a dezembro). Em compensação, o mercado total até novembro de 2016 vendeu 9.694 veículos pesados, contra 23.046 no mesmo período em 2015: uma queda histórica de 57,9%.

Foram anunciados também os nomes de quatro novos executivos: Diego Marin (que atuou antes na Argentina, no México e na Venezuela) passa a ser o diretor Comercial, enquanto outro Diego, o Novellino (que foi vice-presidente Financeiro e Controlador de Mercados e Projetos para o Sudeste Asiático e também atuou na Argentina, Alemanha e Espanha) é o novo diretor Financeiro. Marcelo Festucia (20 anos de atuação em instituições financeiras – Dibens, Unibanco, Itaú, Randon, Scania) assume a Diretoria de Crédito e Tatiana Yokayama e Silva (20 anos de experiência no setor bancário e 13 no Banco Mercedes-Benz) é a nova diretora de Operações.

Fonte: Revista Carga Pesada

Texto: Ralfo Furtado

Commodities agrícolas devem puxar o crescimento do setor de transporte de cargas em 2017

O anúncio da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) de que em 2017 o setor voltaria a crescer no país, registrando um aumento de 7,2% nas exportações e de 5,2% nas importações, sobre 2016, agitou o mercado brasileiro de transporte de cargas. Especialistas e grandes players do segmento reforçam as expectativas de retomada do setor e acreditam em um cenário positivo para este ano, mas alertam que ainda há muito a ser feito.

O Porto de Santos, por exemplo, o maior da América Latina, deve atingir uma movimentação recorde em 2017, em torno de 120,596 milhões de toneladas, superando o ano de 2015, o maior resultado até então, com 119,9 milhões. Esse resultado, se confirmado, implicará ainda em alta de 6,3% em relação ao previsto para 2016, de 113,475 milhões.

Para as exportações espera-se um crescimento de 8,2% (89 milhões de toneladas) e para as importações de 1,3% (31,596 milhões). “Entre as cargas mais transportadas os sólidos a granel devem apresentar desempenho 12,1% acima do verificado no ano anterior (60,698 milhões de toneladas), os líquidos a granel de 1,2% (15,882 milhões) e as cargas gerais de 0,9% (44,015 milhões)”, segundo José Alex Oliva, diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), responsável pela administração do Porto e que estará na Intermodal South America, entre 4 e 6 de abril, em São Paulo (SP).

“É muito possível que as exportações, de forma geral, cresçam em 2017 com relação a 2016, sobretudo no setor de commodities, uma vez que há um excedente de produção de soja do ano passado que migrará para este, além de uma produção agrícola mais favorável também”, analisa o diretor comercial da Allink no Brasil, empresa especializada no transporte de cargas consolidadas (marítimas e aéreas), André Gobersztejn. Ele acredita que o maior volume do setor de transportes virá, principalmente, por conta das exportações das commodities agrícolas.

Contrapartida

No entanto, Gobersztejn alerta que nem todos os segmentos conseguirão acompanhar essa evolução com a mesma facilidade. “A exportação de manufaturados, entretanto, tende a seguir em queda, pois muitos fatores podem influenciar neste movimento: um possível protecionismo norte-americano com o novo comando da Casa Branca, a valorização do dólar frente ao euro e, sobretudo, a contínua variação de nossa própria moeda frente ao dólar. Estabelecendo-se a moeda americana por volta de US$ 3,20 a US$ 3,50 e havendo maior facilidade na obtenção de créditos, acreditamos que os manufaturados possam voltar a apresentar acréscimo em suas exportações apenas em meados ou final de 2017”, ressalta o executivo da Allink, que também será uma das expositoras na Intermodal.

Quem também acredita que, mesmo em um cenário melhor que no ano anterior, o setor de transporte de cargas ainda enfrentará algumas dificuldades é o presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários (FENOP), Sérgio Aquino. “Dois fatores devem influenciar diretamente as movimentações portuárias, especificamente: a revisão do novo marco regulatório dos portos e a provável prorrogação dos contratos de arrendamentos. São pontos que influenciam a atividade, pois permitem mais estabilidade e segurança jurídica ao segmento empresarial, tendo em vista que é um setor que exige investimentos intensivos, além de incentivarem a continuidade da modernização do segmento”, observa.

“Mas essa não é a salvação, o poder público continua sendo devedor das soluções para os acessos, aquaviários ou terrestres, que são de sua responsabilidade. Além disso, seus intervenientes que atuam no comércio exterior precisam se harmonizar e se modernizar”, completa o presidente da FENOP, uma das entidades apoiadoras da Intermodal neste ano.

Players

Além da Allink, a Intermodal South America 2017 reúne mais de 20 agentes de carga, freight forwarders e NVOCC’s, que discutirão não somente o aumento no volume de cargas transportado mas também todos os assuntos que norteiam esta indústria, expondo ainda suas mais recentes soluções aos profissionais presentes. Empresas como a AEL Berkman, Blu Logistics, Craft Group, Delfin Group, MSL do Brasil, Panalpina e Worldwide Logistics também estão confirmadas.

O evento recebe também, além do Porto de Santos, outros 30 complexos portuários nacionais e internacionais, que debaterão o mercado aquaviário em todos os seus aspectos. Companhia Docas do Ceará, Companhia Docas do Rio de Janeiro, Complexo Portuário de Suape, Porto de Bremerhaven (Alemanha), Porto de Buenos Aires (Argentina), Porto de Ferrol (Espanha), Porto de Leixões (Portugal), Porto de Rotterdam (Holanda), Porto de São Francisco do Sul e Porto de Vitória são alguns dos que marcarão presença na feira.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Para brasileiros, investimento em rodovias é prioritário para sair da crise

Para 68% dos brasileiros, o crescimento do país depende da união do poder público e da iniciativa privada no setor de infraestrutura, sendo que 98% da população avalia o segmento rodoviário como prioritário. Os dados constam na pesquisa “Investimento pela Lógica do Cidadão” encomendada pelo Valor Econômico ao Instituto de Pesquisas Locomotiva.

O estudo mostrou ainda que 81% dos entrevistados acreditam que o Brasil precisa de investimento no setor para se desenvolver, porém a maioria entende que o governo tem áreas mais sensíveis e emergenciais, como a saúde, a educação e a segurança pública. Conforme o estudo, somente 2% dos entrevistados entendem que investimentos públicos devem priorizar a área a infraestrutura à despeito destas outras.

Na avaliação do presidente do Instituto, Renato Meireles, os números demonstram que a população tem a percepção da necessidade de melhorar a infraestrutura e vê na parceria com a iniciativa privada uma saída. A declaração foi dada durante a apresentação dos dados em evento promovido pelo Valor.

O diretor do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, concorda que a união do público e privado para o fortalecimento e desenvolvimento nacional, especialmente quando o assunto é infraestrutura. Destaca que o Brasil tem extensão territorial muito grande e com muitas deficiências, impossibilitando que o governo consiga sanar sozinho os problemas do setor.

Vaz pontua que uma proposta de parceria com o setor privado é conceder a este segmento rodovias mais movimentadas e que podem gerar renda, enquanto o poder público se concentra em garantir melhorias para rodovias com volume menor de tráfego, mas que precisam assistir à população que delas dependem.

“Não existe outra forma de melhorar o cenário nacional, que não seja a parceria entre o poder público e a iniciativa privada. Porém, alguns pontos precisam ser revistos, como a manutenção da cobrança de impostos em segmentos que estão sob a responsabilidade da iniciativa privada. Essa isenção do imposto poderia ser revertida em barateamento da tarifa do pedágio, por exemplo”.

Diante das condições financeiras do Brasil, o professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e especialista em Logística, Eldemir Pereira de Oliveira, também vê no envolvimento do poder público e da iniciativa privada uma forma de crescimento da economia. “Setores relacionados à infraestrutura podem ser repassados ao privado, enquanto o governo se concentra com questões voltadas à gestão”.

O gestor de Relacionamentos da Concessionária Rota do Oeste, Fábio Abritta, destaca que o envolvimento do setor privado no desenvolvimento das rodovias do país é uma realidade há décadas nos grandes centros e vem ganhando espaço no interior do Brasil, que ganha muito com isso. Frisa que atualmente, Mato Grosso é um dos estados mais promissores, com grande representatividade na economia nacional e começou a seguir o caminho dos grandes centros.

Os impactos e melhorias do envolvimento do setor privado em rodovias de Mato Grosso foram divulgados recentemente pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), por meio da 20ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias. O estudo demonstra a evolução registrada no segmento nos últimos três anos, principalmente na BR-163, que passou a ser de reponsabilidade da Rota do Oeste, em 2014.

O relatório classifica 43% do segmento federal como ótimo (13,7%) ou bom (29,3%) em 2016, enquanto no ano de 2013 somente 15,7% dessas rodovias apresentavam uma das duas classificações, sendo 0,8% avaliado como ótimo e 14,9%, como bom.

O entendimento da população quanto a necessidade do envolvimento da iniciativa privada no setor, conforme demonstrado na pesquisa realizada “Investimento pela Lógica do Cidadão”, é reafirmado pelo relatório da CNT. O documento aponta que em meio às dificuldades do governo em aplicar os recursos necessários das rodovias, “as concessões têm sido fundamentais para promover a melhoria do País”, descreve trecho do material.

Emprego – Outro destaque da pesquisa “Investimento pela Lógica do Cidadão” é a influência do setor de Infraestrutura na geração de empregos. No entendimento de 69% dos entrevistados, o desenvolvimento da área, que tem como prioridade as rodovias, é importante para a criação de vagas.

Para a economista Suely Costa Campos, o entendimento da maioria dos entrevistados é correto. Ela pontua que obras dessa natureza costumam ser de grande porte e empregam centenas de pessoas, movimentando a economia. “Um exemplo claro desse impacto foram as obras da Copa, que atraíram pessoas de outros estados e até mesmo de outros países para o Brasil”.

O professor da UFMT explica que a geração de empregos é uma consequência natural do segmento, que passa a contratar mais quando tem obras em andamento, além de sublocar serviços diversos, que por sua vez, também criam postos de trabalho. “Temos que ter um olhar cuidadoso para um setor que emprega tanto e garante tantos benefícios para a sociedade”, lembra Pereira.

No pico das obras de duplicação, a Rota do Oeste chegou a empregar 5 mil pessoas. Atualmente, a Rota do Oeste emprega 1.555 trabalhadores de forma direta e indireta. Os funcionários atuam na parte administrativa e operacional da Concessionária, além de prestarem serviços na recuperação e conserva da BR-163.

Pesquisa – Encomendada pelo Valor Econômico ao Instituto de Pesquisa Locomotiva, os pesquisadores ouviram 1.157 homens e mulheres com 16 anos ou mais em todas as regiões do país entre os dias 11 e 16 de novembro. Conforme o jornal, o estudo foi realizado com a finalidade de conhecer a opinião dos brasileiros sobre os desafios para o crescimento da economia, a percepção sobre a infraestrutura nacional e a necessidade de investimentos.

Fonte: Rota do Oeste

Crise afeta setor de transporte, mas há otimismo moderado para 2017

A Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2016, realizada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), mostra que a crise na economia do Brasil tem impactado fortemente o setor de transporte. A maioria das empresas (60,1%) teve diminuição de receita bruta em 2016, e 58,8% precisaram reduzir o número total de viagens. Para 74,6%, houve aumento do custo operacional. Foram entrevistados 795 transportadores de todo o país, que atuam nos diferentes modais (rodoviário, ferroviário de cargas, metroferroviário, urbano de passageiros por ônibus, aquaviário e aéreo).

A maioria deles (90,7%) considera que a crise política também os afetou negativamente. Pelo menos 37,4% das empresas do setor reduziram o número de veículos em operação em 2016. Esse cenário refletiu na retenção de mão de obra. De dezembro de 2015 a setembro de 2016, foram demitidos 52.444 trabalhadores no setor. Somente nos últimos seis meses, 58,1% das empresas brasileiras de transporte tiveram de reduzir o quadro de funcionários devido à situação econômica do país.

Para 2017, 47,7% dos empresários esperam obter receita bruta maior e 48,8% confiam que haverá melhor desempenho da atividade econômica. O levantamento da CNT aponta que 53,5% dos transportadores aumentaram a confiança na gestão econômica do governo federal e 60,5% concordam com as medidas fiscais anunciadas. A Sondagem mostra também que 49,3% dos empresários acreditam que a retomada do crescimento na economia do país só será percebida em 2018. Para 23,6%, essa percepção ocorrerá em 2017.

“A crise econômica tem causado impacto negativo no setor de transporte. Acreditamos em um novo momento, com esse novo governo, que está fazendo o ajuste fiscal necessário e fortes investimentos em infraestrutura de transporte”, afirma o presidente da CNT, Clésio Andrade.

Conforme a Sondagem, a maioria dos entrevistados (83,5%) apoia a participação de investidores internacionais nas novas concessões da área de transporte. A CNT tem trabalhado fortemente com seus escritórios na China e na Alemanha para atrair investimentos estrangeiros para obras de infraestrutura de transporte no Brasil.

Principais dados dos diferentes modais

RODOVIÁRIO
• 77,5% revelam que tiveram aumento do custo operacional em razão da retomada da cobrança da Cide-combustíveis
• Apenas 7,6% da arrecadação da Cide-combustíveis foi convertida em investimentos federais desde 2015
• 45,7% dos empresários do segmento rodoviário de passageiros afirmam que o número de assaltos cresceu
• 48,5% das empresas de transporte rodoviário de cargas registram aumento da quantidade de roubos

FERROVIÁRIO DE CARGAS
• 80% dos entrevistados afirmam que os aportes privados em infraestrutura ferroviária aumentarão em 2017
• 100,0% das concessionárias afirmam que a prorrogação dos contratos é a melhor forma de viabilizar investimentos em ferrovias no curto e médio prazos
• 80,0% têm interesse em prorrogar seus contratos

URBANO DE PASSAGEIROS POR ÔNIBUS
• 83,5% das empresas tiveram queda no volume de passageiros transportados
• 61,5% tiveram queda de receita bruta em 2016
• 83,0% não recebem nenhum tipo de subsídio para operar
• 56,5% dizem não ter faixas exclusivas disponíveis nas cidades onde operam

METROFERROVIÁRIO
• 50,0% revelam queda no volume diário de passageiros transportados nos últimos 12 meses
• Para as que registraram queda, o percentual foi de até 7,0%
• 62,5% aumentaram a quantidades de carros de passageiros ou carros motores em operação

AQUAVIÁRIO
• 36,7% das empresas de navegação avaliam que o porto sem papel não foi capaz de reduzir significativamente a burocracia
• Para empresas de navegação interior, o derrocamento do Pedral do Lourenço aumentará a participação da navegação na movimentação da produção nacional (75,0%)
• Empresas de navegação marítima esperam por manutenção do nível dos investimentos privados nos portos (73,2%) e, também, da condição da infraestrutura (73,1%)

AÉREO
• 75,0% das empresas aéreas apoiam a ampliação da participação de capital estrangeiro no setor
• 100,0% perceberam queda no número de clientes transportados no último ano
• 75,0% declaram que a definição da alíquota máxima de 12,0% para o ICMS incidente sobre o QAV é importante para o setor
• 75,0% têm interesse em aumentar o número de rotas regionais

Fonte: Caminhoneiros do Brasil

Ligações interurbanas passam a custar o mesmo que chamadas locais em 587 municípios

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) anunciou que a partir deste domingo (30) as chamadas para telefones fixos para 587 municípios vizinhos não serão cobradas como interurbanas e terão o mesmo custo que ligações locais.

A estimativa do órgão é de redução de até 60% nos custos das ligações, dependendo do plano do consumidor. A queda na tarifa acontecerá em 281 cidades da Região Sul; 199 da Região Nordeste; 69 do Sudeste; e 38 municípios da Região Norte.

Em maio deste ano, a Anatel publicou um novo regulamento sobre áreas locais e só agora as alterações serão realizadas. Segundo a agência, os clientes dos planos básicos que até agora pagavam R$ 0,20 por minuto para ligações interurbanas, irão pagar R$ 0,08.

Esses números podem mudar dependendo do serviço contratado e das condições contratuais de cada um deles. Dados de junho deste ano apontam que 25,30% dos assinantes da Oi; 9,64% da Telefônica; 8,60% da CTBC Telecom, e 7,87% da Sercomtel utilizam os planos básicos de serviço.

Para ver a lista de cidades, clique aqui.

Fonte: Gizmodo

Transporte rodoviário de cargas terá retomada lenta

O estudo Custos Logísticos do Brasil, conduzido pelo ILOS (entidade especializada em logística e cadeia de suprimentos), aponta que o transporte rodoviário de cargas (TRC) voltará a crescer em 2017, porém de forma lenta, com crescimento de 1,9% no ano que vem e de 3% em 2018.
Segundo o ILOS, o principal motivo dessa retomada lenta é que o TRC está diretamente relacionado com o Produto Interno Bruto (PIB) – ou seja, se a economia do país decresce, o setor também encolhe, e vice-versa. Em 2015, o PIB brasileiro teve retração de 3,1% e o TR C recuou 4,6%. A perspectiva é que o PIB tenha elevação de 1,3% no ano que vem e de 2,1% em 2018. Assim, o TRC deverá levar cerca de quatro anos para retomar os números de 2014 (antes da crise econômica).
Outra razão para as dificuldades do setor, de acordo com o instituto, foi a alta nos custos operacionais, que atingiu a marca dos 15% no ano passado. Com a queda na demanda geral por serviços de transporte causada pela desaceleração econômica, esse aumento não pôde ser repassado aos clientes e muitos transportadores passaram a ter saldo negativo.
Custo logístico 
O estudo do ILOS calcula o custo logístico brasileiro, isto é, o quanto os gastos com transporte, estoque, armazenagem e serviços administrativos relacionados à logísticas consomem do PIB. Em 2015, o custo logístico consumiu 12,7% de todas as riquezas produzidas no Brasil – acima do índice de 12,1% em 2014. A alta do custo logístico foi puxada pelo estoque, que subiu 0,6 ponto percentual (representando 4,5% do PIB) devido à recessão econômica – ou seja, com a redução da demanda, a quantidade de produtos estocados aumentou.

Governo amplia refinanciamento para caminhoneiros

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quinta-feira (27), mudanças no refinanciamento dos empréstimos do Procaminhoneiro. Agora, mais trabalhadores poderão aderir à renegociação. A medida não deve acarretar custos para o Tesouro Nacional que, inclusive, pode economizar R$ 353,9 milhões nos próximos dois anos.
As mudanças refletem alterações trazidas pela Lei nº 13.295/2016, que amplia o alcance da renegociação de dívidas do Procaminhoneiro. Antes, podiam participar financiamentos feitos até 31 de dezembro de 2014. Agora, esse prazo passou para 31 de dezembro de 2015.
O grupo de beneficiários que podem ter acesso ao refinanciamento também aumentou, foram incluídos os trabalhadores que se enquadram como “associados de cooperativas de transporte”. O prazo para formalizar as operações de renegociação também foi expandido, passou de 30 de junho de 2016 para 30 de dezembro de 2016.
O Ministério da Fazenda, por meio de nota, explicou que as operações de refinanciamento serão realizadas com outra taxa de juros: TJLP mais 2,5% ao ano. A taxa anterior era menor. Com isso, a expectativa é reduzir os gastos do Tesouro com essas operações em R$ 82,8 milhões em 2017 e R$ 122,3 milhões em 2018.
O que é o CMN?
O CMN é um conselho formando pelo Ministério da Fazenda, do Planejamento e pelo Banco Central. O grupo se reúne ordinariamente no fim do mês e decide sobre regras e normativos que tem de garantir o bom funcionamento do sistema financeiro.

Redução de preços dos combustíveis não alivia transportadoras

Nem mesmo o anúncio da Petrobras de que vai reduzir em 2,7% o preço do diesel nas refinarias, com reflexo estimado de R$ 0,05 nas bombas, deverá aliviar a situação financeira das transportadoras e, consequentemente, o preço do frete. Segundo o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Setcemg), Gladstone Vieira, além de se tratar de uma redução insignificante, a defasagem no preço do transporte é muito maior.
“Embora não esteja garantido, este repasse deverá ocorrer, uma vez que o governo divulgou amplamente a redução. De toda maneira, o impacto será menor para o diesel, que é o combustível que move este País. Por isso, não deveremos ter grandes mudanças nos custos das transportadoras nem no valor do frete”, avalia Vieira.
Conforme o vice-presidente do Setcemg, o pequeno alívio que poderá ocorrer com a ligeira queda no preço do diesel deverá ser usado para diminuir os prejuízos já acumulados ou para melhorar as margens de lucro das empresas. De acordo com Vieira, o frete cobrado pelas transportadoras mineiras está defasado em mais de 25%, em virtude da alta dos custos nos últimos anos com mão de obra e aumento dos combustíveis.
“Isso que faz com que as margens do setor permaneçam praticamente inalteradas diante da redução anunciada pela Petrobras. Nem tão cedo será possível repassar”, avalia o dirigente.
Peso 
Atualmente, o combustível, ao lado da mão de obra, é o principal custo das transportadoras do Estado. Juntos, os dois representam 60% das despesas das empresas. De acordo com o vice-presidente do sindicato, somente o diesel representa entre 38% e 42% destes custos, dependendo do tipo de transporte.
Por estes e outros motivos, o setor deverá apresentar resultados negativos também em 2016. Em 2015, as transportadoras registraram redução de 30% no faturamento frente ao registrado em 2014. O motivo foi a queda da demanda de transporte em decorrência do mau momento econômico do País.
No início deste ano, o esperado pelo setor era de que a retração no faturamento em 2016 chegasse a 10%. Agora, segundo Vieira “está difícil de prever”.

Transporte fecha mais de 37 mil postos de trabalho no primeiro semestre

O setor de transporte e logística caiu 5,9% no primeiro semestre deste ano. O resultado é produto da retração econômica e gera efeitos ainda mais negativos sobre outros segmentos econômicos. Esse impacto é analisado no novo boletim Economia em Foco deste mês, elaborado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte).
Segundo o boletim, essa contração causou o fechamento de 37.410 postos de trabalho no setor entre janeiro e junho de 2016. Em termos percentuais, o transporte aquaviário é o que mais desligou funcionários (-6,19%). Porém, em termos absolutos, é o que menos demitiu, com 678 vagas a menos. “Esse aparente antagonismo se explica pelo reduzido número de empregados do segmento, que faz com que demissões pontuais ganhem destaque na comparação relativa”. Já o transporte terrestre, que mostra a menor variação relativa entre os segmentos (-4,15%), é o que teve o maior número de desligamentos, com 23.044 postos fechados.
“A prestação do serviço de transporte de uma mercadoria ou passageiro atua de forma interligada a outros segmentos de atividade econômica. Assim, além de impactar o nível de emprego, o menor volume de serviços prestados influencia atividades de prestação de serviços acessórios ou auxiliares ao setor (armazenagem, terminais, operadores, etc) e também as atividades de fornecimento de bens ou serviços (combustíveis, bens de capital, serviços de infraestrutura)”, diz o boletim.
O Economia em Foco destaca, também, os reflexos da crise nos investimentos em infraestrutura de transportes, além dos efeitos causados para a indústria, com redução nas vendas de veículos automotivos, aeronaves, material rodante e, também, na retração da encomenda de embarcações.

Menor fluxo de milho eleva custo de frete de fertilizantes

A quebra da principal safra de milho do país em 2015/16 reduziu o fluxo de caminhões para os portos e provocou um aumento nos custos de frete para o transporte de fertilizantes às vésperas do plantio da nova temporada, disse nesta segunda-feira o diretor-presidente da Fertilizantes Heringer, Dalton Carlos Heringer.

“As entregas estão acontecendo, mas o frete subiu muito”, disse o empresário, nos bastidores de um congresso do setor, em São Paulo.

A Heringer distribui cerca de 5 milhões de toneladas de fertilizantes no Brasil por ano, respondendo por pouco mais de 15 por cento do mercado brasileiro.

Segundo ele, há estimativas de que o frete para entrega de fertilizantes está 15 a 20 por cento mais caro do que 12 meses atrás, em dólares, o que está impactando negócios residuais para a colheita de verão 2016/17 e também para a safra de inverno de milho, que responde pelo maior volume colhido do cereal no país.

Em geral, o setor agrícola conta com o grande fluxo de caminhões carregados com grãos para as regiões portuárias para gerar fretes de retorno relativamente baratos para levar os fertilizantes para as áreas de plantio.

Em 2016, contudo, adversidades climáticas em algumas das principais regiões produtoras frustraram as expectativas de uma grande safra de milho, que está em fase final de colheita, ao mesmo tempo que muito produtores preparam os lotes para a semeadura da nova safra de soja, a partir de setembro e outubro.

Segundo Heringer, os valores mais altos de frete –um custo para o qual não há mecanismos de travamento antecipado de preços– acabam sendo assumidos em parte pelos produtores e em parte pelas indústrias, dependendo do modelo de negócio.

O executivo afirmou ainda que os novos patamares de preço de frete já se refletem nas vendas fechadas atualmente para o fornecimento de fertilizantes para a segunda safra de milho de 2016/17, que será semeada no primeiro semestre do ano que vem.

“Tem que precificar (o fertilizante) nessa nova realidade”, comentou, acrescentando que negócios residuais para entrega de fertilizantes ainda para o plantio de verão 2016/17 também estão sofrendo a influência dos preços elevados de frete.

Recuperação em 2016

Heringer, que lidera uma das três maiores empresas brasileiras de fertilizantes, fundada por seu pai, estima que 2016 verá uma recuperação no volume de vendas do setor para um patamar semelhante ao recorde registrado em 2014.

Nos sete primeiros meses do ano, as empresas de fertilizantes já entregaram 16,5 milhões de toneladas de fertilizantes aos produtores, alta de 10,4 por cento ante mesmo período em 2015 e volume ligeiramente superior ao período em 2014, que fechou com um recorde de entregas de 32,2 milhões de toneladas.

“Não vamos ter um segundo ano de queda”, disse o executivo.

“Está havendo uma recuperação impulsionada pelos preços (de fertilizantes) que caíram em dólares. É uma combinação de fatores que levou o produtor a fixar (contratar)”, analisou Heringer, destacando o bom volume de negócios fechados no primeiro semestre deste ano, com ajuda também dos bons preços de grãos.

Ele lembrou ainda que a recuperação dos preços de açúcar, que tem garantido boa rentabilidade para as usinas do centro-sul, é outro fator que contribui para uma recuperação do setor de fertilizantes este ano.

Fonte: Blog do Caminhoneiro