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Hora de modernizar a frota

No início de fevereiro, Neri Geller, secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, anunciou que o governo deve destinar mais R$ 1,5 bilhão para o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). O montante destinado atualmente para o Plano Safra 2015/2016 é de R$ 7,5 bilhões. Caso se confirme, será o segundo suplemento de valor ao programa, que chegará a R$ 9 bilhões. Em junho do ano passado, quando foi lançado, o total era de R$ 5 bilhões A intenção é atender a toda a demanda ainda neste Plano Safra, que termina em 30 de junho. Como isso será feito ainda em discussão com a equipe econômica, mas Geller garante que dinheiro não vai faltar. “Se houver demanda, poderemos aumentar os recursos ainda mais”, disse ele em uma reunião com os diretores da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no mês passado. O adicional foi um pedido da entidade, que estima uma demanda ainda maior, de R$ 11 bilhões, para a safra 2017/2018 que começa em julho.

Os motivos para a atual demanda são vários, mas o principal é a expectativa de uma safra de grãos acima de 210 milhões de toneladas, um crescimento de 12,7% em relação à anterior. Outra causa é a elevação de 2,9% no Valor Bruto da Produção (VBP) agrícola, que deve chegar a R$ 546 bilhões até dezembro. Também contribui o fato de o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ter elevado, no início deste ano, o limite de faturamento para a inclusão de produtores nas categorias de pequeno e médio portes para a captação de empréstimos. Os produtores com faturamentos anuais entre R$ 90 milhões e R$ 300 milhões passaram a ser tratados como médios. Com isso, a taxa base de juros, anteriormente de 10,5% ao ano, caiu para 8,5%. As facilidades, de acordo com a Anfavea, devem elevar as vendas de máquinas agrícolas no mercado doméstico em cerca 13% em 2017, alcançando 49,5 mil unidades. Na produção, a previsão é de alta de 10,7% no ano, para 59,6 mil unidades. Segundo dados do BNDES, de imediato, cerca de 1,5 mil empresas poderão obter financiamentos em condições melhores. Em 2016, o Moderfrota liberou R$ 6,68 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões foram utilizados por empresas e pessoas físicas classificadas como pequenas e médias.

Os empresários do setor avaliam que a mudança na classificação, pelo BNDES, deverá impactar as vendas neste primeiro semestre. Isso porque logo após a colheita da safra de soja, que termina em abril, os agricultores saem às compras. De acordo com Yuri Lukjanenko, gerente comercial AGCO Finance, banco das marcas Massey Ferguson e Valtra, a indústria está preparada. “Mais de 80% dos nossos financiamentos se servem dessa linha do BNDES”, afirma Lukjanenko.
“A alteração deve elevar a participação desse segmento em nossa carteira.” No ano passado, de acordo com a Anfavea, a Massey Ferguson produziu 8 mil tratores de roda e a Valtra, 7,2 mil unidades.

No banco CNHIndustrial, que opera para as marcas New Holland e Case, cerca de 60% das vendas são financiadas com recursos do BNDES. Alexandre Blasi, diretor comercial da multinacional New Holland Agriculture, acredita em um impacto positivo nos negócios também entre os grandes produtores. “Os grandes produtores, que faturam mais de R$ 300 milhões, já tomaram quase todo o crédito disponível no BNDES”, afirma Blasi. O executivo diz que esse segmento está pronto para investir em tecnologia.

Caminhões

Assim como no mercado de máquinas agrícolas, o setor de caminhões também tem uma expectativa de reação com os recursos que estarão disponíveis via BNDES. No ano passado, foram financiados R$ 4,37 bilhões pelo Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais (Finame), destinado a caminhões. Desse total, R$ 3,67 bilhões, valor equivalente a 84% foram destinados a produtores pequenos e médios. Segundo Alex Nucci, diretor comercial do Scania Banco, os financiamentos por essa linha de crédito, que representam 75% das aquisições caminhões da montadora, devem crescer justamente em função do agronegócio. Em 2016, a Scania vendeu 4,2 mil caminhões. “Cerca de 35% dos nossos clientes são ligados a esse segmento”, diz Nucci. “Por isso estamos otimistas.”

Nos últimos dois anos, o mercado de caminhões vinha patinando. O cenário foi fruto de uma ressaca da política de crédito excessivamente favorável do governo federal em 2013 e 2014, que fez com que os caminhoneiros e empresas do setor antecipassem a renovação da frota em um mercado que já estava aquecido. No ano passado, entre todas as categorias, de leves a pesado, foram licenciados no País 50,6 mil caminhões, a menor quantidade desde 2002. Naquele ano, foram vendidos 137 mil caminhões. Paulo Pinho, superintendente do Banco Volkswagen, diz que o setor deve conhecer os primeiros sinais de recuperação neste mês. “É difícil estimar agora o tamanho desse impacto, porque o início do ano é sempre mais fraco do que os demais meses”, diz Pinho. Segundo a Anfavea, a MAN vendeu 13,7 mil caminhões em 2016, ante 40,8 mil unidades em 2013 e 36,2 mil unidades em 2014. “Em função da renovação da frota ocorrida em 2013 e 2014, o nível de vendas neste ano pode não ser tão alto quanto o aumento da produção agrícola esperado”, afirma Pinho.

Fonte: Dinheiro Rural

Mercedes-Benz leva caminhões à maior feira do agronegócio no Centro-Oeste

A Mercedes-Benz é a marca que oferece os caminhões cada vez mais preparados para o agronegócio, tanto no transporte rodoviário, quanto fora de estrada, como também nas atividades em que o veículo opera em vários tipos de pavimento na mesma operação. Por meio da exposição de cinco modelos das famílias Atego, Axor e Actros, essa versatilidade é a grande atração da marca na 16ª edição da Tecnoshow COMIGO, principal feira de tecnologia rural do Centro-Oeste. O evento será realizado, entre os dias 3 e 7 de abril, no Centro Tecnológico COMIGO na cidade de Rio Verde, em Goiás. O estande da marca conta com a parceria dos concessionários Rodobens Veículos Comerciais de Rio Verde e de Jataí.

Principal destaque no evento, o Actros 2651 6×4, top de linha da Mercedes-Benz, vem ganhando crescente aprovação no Centro-Oeste e em outras regiões pela força, robustez, resistência, produtividade e rentabilidade.

“O Actros foi desenvolvido para enfrentar as características das estradas brasileiras e atender o atual perfil do transporte. Ele se consolidou no País como um mix-road para operações nos mais diversos tipos de estrada, tanto asfaltadas, quanto de terra ou outro pavimento, situações típicas das atividades do agronegócio”, afirma Ari de Carvalho, diretor de Vendas e Marketing Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil. “Além de ser o mais preparado para enfrentar qualquer percurso, o Actros se tornou referência em tecnologia, garantindo ainda mais eficiência quando o assunto é a segurança e o conforto do motorista”.

Axor 3344 off-road oferece elevado padrão de conforto

O estande da Mercedes-Benz apresentará também o elevado padrão de conforto do caminhão extrapesado Axor 3344 6×4 para aplicações off-road. Este é o caso do câmbio totalmente automatizado Mercedes PowerShift, sem pedal de embreagem. Consagrado na aplicação rodoviária, também assegura economia e excelente desempenho nas severas operações fora de estrada.

Assim como o modelo 3344, toda a linha Axor recebeu um desenvolvimento específico para a aplicação off-road, com elementos como protetor de cárter, estribos flexíveis e filtro de ar posicionado na lateral superior direita da cabina, além do consagrado trem de força Mercedes-Benz.

Dando continuidade à evolução do ECONFORT, a Mercedes-Benz agregou ao Axor os mais modernos bancos do mercado para o motorista e o passageiro, com perfil envolvente e diversas regulagens.

O Axor off-road é reconhecido pela alta produtividade, força e robustez nas atividades canavieira, madeireira, mineração e grandes obras de infraestrutura e construção civil.

Três modelos ressaltam a versatilidade de aplicação da linha Atego

Na Tecnoshow COMIGO, estarão expostos também três modelos da linha Atego, os semipesados Atego 1719 4×2, Atego 2430 6×2 e Atego 3030 8×2. Com decorrência do conceito ECONFORT, esses caminhões oferecem um elevado padrão de economia, conforto, força e desempenho no transporte rodoviário e urbano.

Os caminhões Atego se destacam no mercado por seu chassi robusto e totalmente plano, o que resulta em resistência e longa durabilidade, além de otimizar a implementação de carroçarias. A linha Atego oferece a cabina mais espaçosa da categoria, com elevado conforto para o motorista e o acompanhante. A Mercedes-Benz é a única a oferecer quatro versões para o mercado: Standard, Estendida, Leito Teto Baixo e Leito Teto Alto.

Segundo Ari de Carvalho, em toda a cadeia do agronegócio, assim como nas demais atividades econômicas, os caminhões Mercedes-Benz são reconhecidos pela força, robustez, resistência, reduzido consumo de combustível, menor custo operacional, disponibilidade para o trabalho e elevado nível de conforto para o motorista. “Como resultado, proporcionam excelente custo/benefício e produtividade para as atividades de transporte e logística dos nossos clientes, tanto na cidade, quanto na estrada e em operações fora de estrada, assegurando rentabilidade para seus negócios”, conclui o executivo.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

 

Conab vai contratar mais frete para transportar milho do Mato Grosso

Mais um leilão para contratação de frete de milho será realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no dia 15 deste mês. A operação visa a remoção de milho em grãos dos estoques públicos, armazenado em Mato Grosso, para abastecimento do Programa de Vendas em Balcão em diversos estados.
Um total de 33,7 mil toneladas do produto, oriundo da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e de Contratos de Opção, vão estar no pregão da próxima quarta-feira (15/03) e deverá ser transportada de Sorriso (MT) para Minas Gerais, Alagoas, Espírito Santo, Piauí, Paraíba, Goiás e Distrito Federal. Os 10 lotes definidos no edital têm volumes que variam de 250 a 500 toneladas cada um.

Como participar

Entre as exigências para interessados participarem do pregão estão a filiação a uma bolsa de mercadoria e a situação regular em cadastros de fornecedores, de créditos do setor público, no Sistema de Registro e Controle de Inadimplentes da Conab (Sircoi), além de se encontrarem adimplentes com a Justiça do Trabalho.
Na última quinta-feira (02/03), a Companhia contratou, também por meio de leilão, frete para remoção de 30,9 mil toneladas do milho de Mato Grosso para os estados do Amapá, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Safra recorde e retomada industrial devem estimular transporte de cargas

Redução da meta da inflação, corte dos juros, retomada na Bolsa de Valores e o impacto desses indicadores no transporte rodoviário de cargas. Esses foram alguns dos principais assuntos abordados no “Encontro Setcesp: Conjuntura Econômica 2017”, evento realizado na terça-feira (21), na sede da entidade, em São Paulo, e que contou com a presença do palestrante Octavio de Barros, diretor executivo do Instituto República.

Durante a abertura do encontro, o presidente do Setcesp, Tayguara Helou, reforçou a atuação do setor de transporte rodoviário de cargas em prol do desenvolvimento da economia do país e a influência dos indicadores nacionais na retomada da atividade: “Nosso setor viabiliza o crescimento econômico do país, mas também depende do papel dos agentes financeiros para poder ganhar força. Afinal, se a economia cresce 1% nós crescemos três ou quatro vezes mais”, lembrou.

Entre os assuntos debatidos por Barros, a previsão de tendências econômicas e análises do cenário econômico global foram apresentadas como alguns dos fatores cruciais para contextualizar a atual situação do mercado brasileiro: “Hoje um quinto de toda a dívida pública mundial é paga em taxa de juros nominais negativos, ou seja, isso demonstra que ainda há liquidez no mercado e um caminhão de dinheiro que pode ser investido no Brasil”, afirmou.

Em seguida, o palestrante destacou uma possível queda na taxa de juros brasileira para 8,5% ao ano (Selic), até abril de 2018, e abordou outros temas, como: os “pecados” cometidos pela governança econômica brasileira, a condição debilitada do varejo e as perspectivas de crescimento de diversos setores do país, esperada somente no ano seguinte.

Por fim, para encerrar sua palestra, Barros, respondeu algumas perguntas feitas pelos convidados e explicou que a queda nos juros vai ajudar empresários, mas que a retomada será lenta.

Para o setor de transporte rodoviário de cargas, Barros destacou que a safra agrícola recorde e a previsão de crescimento na indústria podem servir como trampolins para que a atividade volte a respirar ainda nesse ano.

Fonte: Frota e Cia 

Estradas ruins deixam frete mais caro para escoar produção de soja em GO

O agricultor de Goiás deve colher nesta safra mais de dez milhões de toneladas de soja, mas escoar a produção é um desafio já que várias rodovias estão em péssimas condições.

Em uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte, no fim do ano passado, duas estradas de Goiás apareceram na lista das dez piores do país, a GO-174 entre Rio Verde e Iporá e a BR-158 no trecho entre Jataí e Piranhas. Elas são utilizadas principalmente para o escoamento de produtos agrícolas.

Por conta da situação ruim das estradas, os produtores rurais já estão pagando mais caro pelo transporte dos grãos que estão sendo colhidos na lavoura para serem levados para os armazéns. Isso por que quem trabalha com o transporte, já faz o frete há muito tempo sabe que fazer a manutenção de um caminhão é cara.

Como no campo tempo é dinheiro, os produtores estão no corre-corre para encaminhar a produção Para os armazéns e pras industrias. O agricultor Atílio Gorgem planta soja em Jataí há mais de 30 anos. Ele diz que o custo com o transporte, que antes não chegava a 3% dos gastos com a produção, agora já chega a 15% .

O agricultor conta que 40% do que é produzido na fazenda é transportado por caminhões próprios, o restante ele precisa contratar terceiros. Só que não tá fácil encontrar quem se arrisque pelas estradas esburacadas. “Você tem fazer jogo de cintura para encontrar alguém”, conta Atílio.

A Agência Goiana de Transportes e Obras informou, em nota, que vai fazer os serviços de reparos nas rodovias estaduais mostradas na reportagem. Em relação a BR-158, que é federal, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes disse que a rodovia já está recebendo o serviço de manutenção.

Rota do Oeste lança campanha Safra Segura

Um plano especial focado na segurança dos usuários da BR-163 tem início nesta segunda-feira (13.02) com o lançamento da campanha Safra Segura, realizado pela Rota do Oeste em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). As ações ocorrerão durante todo o período de escoamento da safra de soja, prevista para ser a maior já registrada em Mato Grosso. Estimativa da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) aponta que o Estado produzirá 30,5 milhões de toneladas do grão, o que seria a maior safra da história.

Como principal corredor de escoamento da soja mato-grossense, a BR-163 deve contar com um aumento de tráfego em torno de 20%, o que representa cerca de 11 mil veículos de carga a mais por dia circulando na rodovia. Com várias frentes de atuação, a Rota do Oeste busca alertar a população para esta mudança repentina de característica e diminuir o número de acidentes.

O setor de Sustentabilidade da Concessionária e a PRF realizarão atividades educacionais para caminhoneiros em Cuiabá e Rondonópolis. Na Capital, as ações ocorrerão de 13 a 16 de fevereiro, às 19h, no Posto Aldo Locatelli. No interior, o evento será de 20 a 23 de fevereiro, no Posto Aldo Locatelli, às 19h.

A expectativa é atender cerca de 500 caminhoneiros no período da noite, quando serão realizadas palestras pela PRF sobre direção defensiva, segurança na rodovia, alcoolismo e consumo de drogas. Em Cuiabá, a Secretaria Municipal de Saúde apresentará uma palestra sobre a importância de prevenir-se contra doenças sexualmente transmissíveis. Os caminhoneiros contarão ainda com serviços de massagem e corte de cabelo.

O superintendente da PRF, Arthur Nogueira, destaca que o trabalho de conscientização promovido durante o Safra Segura vem para reforçar as ações da PRF, que busca conscientizar diariamente os motoristas, especialmente os de veículos de cargas. “Nesse período em que a BR-163 e BR-364 estão mais movimentadas é importante reforçar sobre a importância de não beber e dirigir, bem como destacar que as ultrapassagens são mais arriscadas em decorrência das extensas filas de veículos. Qualquer erro pode levar a colisões frontais, laterais e traseiras”, explica Nogueira.

Além das atividades de conscientização, a Rota do Oeste está centrada na prestação do atendimento aos usuários de forma célere. O gerente de Tráfego, Mauro Szwarcgun, explica que para garantir maior rapidez nos atendimentos as equipes serão reposicionadas de forma estratégica. Ao todo, são 76 veículos destinados à prestação de serviços aos usuários. São guinchos leves e pesados, caminhões-pipa, ambulâncias, UTIs móveis, veículos de inspeção e voltados a captura de animais.

“Para garantir um serviço ainda melhor renovamos a frota destinada à inspeção. São 19 novas caminhonetes Hilux atuando na rodovia, fazendo a vistoria de todo segmento. Esse trabalho tem o objetivo de prestar apoio a usuários que necessitem de atendimento, ou ainda identificar qualquer tipo de problema na rodovia, que venha atrapalhar o tráfego”, comenta.

Informações – Para ampliar o alcance das informações de segurança, a Rota do Oeste investirá ainda em panfletos, mensagens nos PMVs, anúncios nas rádios, intervenções nas cancelas de pedágio e comunicação nas mídias sociais.

Fonte: Rota do Oeste

Caminhoneiro descarrega carga de soja no pátio de empresa

Na manhã de ontem,(04), um caminhoneiro despejou uma carga de soja no pátio de uma empresa, na cidade de Sorriso por não conseguir descarregar a carga do cereal no local onde era o seu destino final.

Segundo o caminhoneiro, ele transportava a carga da cidade de Tapurah até Sorriso, quando chegou no pátio e apresentou a nota e sua identificação, responsáveis da empresa alegaram que sua carteirinha da ANTT estaria vencida, sendo que consta na mesma o vencimento para o ano de 2019, mas a empresa teria alegado a ele que o governo teria mudado a legislação e adiantado o vencimento para o último dia 31 e que ele deveria ter renovado antes de estar na estrada.

O motorista que disse não ter conhecimento desta nova normativa, e como a carga pertence a própria empresa, resolveu descarregar no pátio. Segundo o motorista, a empresa não paga estadia e como está com a família, e seu filho precisa voltar pra estudar, resolveu tomar a atitude, mesmo sabendo que não receberá os R$1.900,00 referente ao frete.

Fonte: Caminhoneiros do Brasil

Fretes: Avanço da colheita ainda pode elevar os preços

Com o avanço da colheita da soja no Brasil, mesmo que de forma mais lenta nesta temporada 2015/16, os produtores começam agora a colocar em prática suas estratégias de logística para que a entrega de seu produto seja efetivada. E a variação dos preços dos fretes é acompanhada dia a dia, principalmente porque a oleaginosa disputa a oferta do serviço com outros itens que seguem sendo direcionados para os portos.

A dinâmica da movimentação da produção agrícola brasileira mudou a partir de 2012, quando a segunda safra de milho passou a ser maior do que a primeira, como epxlica o economista e pesquisador da Esalq/LOG, Samuel da Silva Neto. E a divisão clara que existia antes, com a soja sendo escoada no primeiro semestre e o açúcar no segundo, acabou comprometida.

Assim, a virada de 2015 para 2016 foi marcada por preços bastante elevados dos fretes, já que as exportações nacionais de milho vinham registrando níveis recordes, uma vez que o dólar alto contribuiu para os negócios, aumentando a demanda internacional pelo cereal brasileiro.

Ainda segundo Neto, os volumes de milho chegando aos portos em janeiro eram bastante elevados. E para todo o ano comercial atual, a perspectiva é de que o Brasil exporte mais de 30 milhões de toneladas, com volumes saido ainda entre os meses de fevereiro e março, movimento que não era comum há alguns anos. Na temporada comercial 2014/15, o país exportou 30,2 milhões de toneladas do grão.

Entretanto, o pico da temporada de fretes ainda não chegou e, portanto, a tendência é de que os preços passem por alguma acomodação. Como explicou Edeon Vaz, coordenador executivo do Movimento Pró-Logística, da Aprosoja MT, esse período deve acontecer entre os meses de março e abril, com um volume maior de soja chegando ao mercado. “Como acontece em todos os anos, janeiro é uma repetição do que acontece entre os meses de outubro e novembro”, diz.

Dessa forma, com uma oferta maior do serviço nesse momento, apesar de terem iniciado o novo ano em alta, os preços devem ceder ligeiramente. “Temos 300 mil caminhões a mais do que o necessário, e o frete, como outros itens, obedece a lei de oferta e demanda”, explica o especialista.

Valores x Clima x Colheita

Números do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) mostram um avanço significativo nos valores de frete para as principais rotas da soja que sai do estado. De Sorriso a Santos, por exemplo, na primeira semana de janeiro, o preço do serviço era de R$ 322,50 e, na última, estava próxima de R$ 295,00, ou seja, uma baixa de 8,53%. Já em relação ao ano passado, o aumento é significativo. A mesma rota, no início de 2015, tinha preço de R$ 230,00.

Essa acomodação dos valores, como explica o superintendente do instituto, Daniel Latorraca, se dá, além da maior oferta de serviço, pela ligeira queda natural no volume de milho enviados aos portos nos meses seguintes, apesar de ainda ocorrerem. “Temos uma baixa natural da saída do milho, e o pico mesmo, para a soja, vai ocorrer quando ocorrer o pico da colheita”, explica.

E, ainda de acordo com o último levantamento do Imea, os trabalhos de campo em Mato Grosso estão atrasados em relação a 2015 e à média dos últimos anos. Até o final de janeiro, apenas 8,2% da área cultivada no estado havia sido colhida, contra 10,3% do mesmo período do ano passado.

Em um ano, de dezembro de 2014 a dezembro de 2015, segundo informou o Sifreca (Sistema de Informações de Frete) da Esalq-LOG, o valor do frete para a rota Sorriso/MT – Porto de Paranaguá subiu 34,09%, passando de R$ 220,00 para R$ 295,00 por tonelada.

No Paraná, os produtores também têm dificuldade de dar melhor andamento aos trabalhos de campo dado o excesso de chuvas e, consequentemente, cresce a preocupação com a logística. Em Londrina, por exemplo, a colheita deve ganhar mais ritmo nos próximos 10 a 15 dias. “Pelas previsões, na região terá muita chuva ainda até o mês de abril, o que pode atrapalhar e prejudicar a qualidade do grão”, explica Narciso Pissinati, presidente do Sindicato Rural local.

Os problemas causados pelo clima no sistema logístico do Brasil, no entanto, já são conhecidos. Se os preços não disparam em função da elevada oferta atual de fretes no país, as condições para que eles ocorram podem inflacionar os valores. Atualmente, essas preocupações já atingem produtores, além do Paraná, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Piauí.

E nesse caso, não só os grãos sentem o impacto, mas os alimentos de uma forma geral, que chegam mais caros aos consumidores finais. Em entrevista ao jornal da Globo, o comerciante de hortifrutis Josiel Lopes, os valores do frete subiram perto de 15% e o valor tem de ser repassado.

No Piauí, a principal rodovia para o escoamento da safra, a Transcerrad, está em péssimas condições e os produtores locais esperam pela conclusão das obras há mais de 20 anos, como mostrou uma reportagem do Jornal Nacional nesta quinta-feira (4). No Mato Grosso do Sul, a situação é bem semelhante. O excesso de chuvas no estado tornou as saídas ainda mais complicadas e o escoamento da soja, entre outros produtos, está comprometida e pode se atrasar.

Em Mato Grosso, segundo explica o representante da Aprosoja MT, há cerca de 24 mil quilômetros sem pavimentação e as que estão pavimentadas, em grande parte, estão em condições ruins, não adequadas para um bom transporte. As perdas com o escoamento de grãos no Brasil, segundo mostram estudos, são milionárias.

Pedágio e Óleo Diesel

O aumento das praças de pedágio – só a BR-163 ganhou nove delas – e do óleo diesel são outros fatores agravantes e devem contribuir para o aumento dos preços. O combustível corresponde, ainda segundo explica Edeon Vaz, por 53% do valor do frete e “é natural que esta alta seja repassada para o valor do serviço, mas nem sempre esse repasse é integral”.

No início deste ano, a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) sobre o diesel, reduzida para 12% em 1º de julho de 2015, retornou para 17% e teve impacto direto sobre os preços do produto, portanto.

Mudanças

Apesar de ainda deficiente e insuficiente, o sistema logístico do Brasil tem apontado algumas melhoras nos últimos anos, como o sistema de agendamento da chegada dos caminhões aos portos e a migração de parte desse escoamento para os portos do chamado Arco Norte. No ano comercial anterior ao atual, cerca de 12,6 milhões de toneladas de soja do total exportado, ou 23%, deixaram o país pelos terminais da região – Ilhéus/BA, São Luís/MA, Itacoatiara/AM, Barcarena e Santarém,PA. “Isto reflete um aumento de 21% em relação à temporada anterior”.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Portos do Paraná se preparam para início da Operação Safra

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) reuniu os terminais e operadores de grãos para dar início à Operação Safra de 2017, para os próximos. No encontro, foram discutidas como deve funcionar o novo sistema de agendamento de descarga e quais medidas de segurança devem ser tomadas para evitar a abertura de bicas no caminho entre o pátio de triagem e os terminais.

Para esta safra, os caminhões devem sair das suas origens com a janela de descarga nos terminais já definida. O objetivo é que a chegada dos grãos seja feita de maneira ordenada, sem acúmulo de caminhões na estrada e nas vias, com fluxo constante e harmonioso 24 horas por dia e sete dias por semana.

O sistema de agendamento de descarga nos terminais é uma evolução do Carga Online, que há cinco anos extinguiu a fila de caminhões nas estradas de acesso ao Porto de Paranaguá.

“Agora, vamos reunir todos os envolvidos, como Polícia Militar, Guarda Municipal e Polícia Rodoviária Federal para, com o auxílio da Unidade Administrativa de Segurança Portuária (UASP), formar uma ação integrada e garantir que os agendamentos sejam executados com segurança para os caminhoneiros e sem a abertura das bicas dos caminhões neste trajeto”, afirma o diretor-presidente da Administração da Appa, Luiz Henrique Dividino.

Além do patrulhamento, manter as bicas lacradas também evita a ação de vândalos ao longo do percurso.

Safra

As ações fazem parte do planejamento do escoamento da safra que, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, deve ser recorde. Somente no Paraná, espera-se que a colheita de grãos seja 15% superior à do ano passado, chegando a 23,3 milhões de toneladas.

Em todo o Brasil, a expectativa da Conab é que a safra ultrapasse a marca de 215 milhões de toneladas.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Commodities agrícolas devem puxar o crescimento do setor de transporte de cargas em 2017

O anúncio da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) de que em 2017 o setor voltaria a crescer no país, registrando um aumento de 7,2% nas exportações e de 5,2% nas importações, sobre 2016, agitou o mercado brasileiro de transporte de cargas. Especialistas e grandes players do segmento reforçam as expectativas de retomada do setor e acreditam em um cenário positivo para este ano, mas alertam que ainda há muito a ser feito.

O Porto de Santos, por exemplo, o maior da América Latina, deve atingir uma movimentação recorde em 2017, em torno de 120,596 milhões de toneladas, superando o ano de 2015, o maior resultado até então, com 119,9 milhões. Esse resultado, se confirmado, implicará ainda em alta de 6,3% em relação ao previsto para 2016, de 113,475 milhões.

Para as exportações espera-se um crescimento de 8,2% (89 milhões de toneladas) e para as importações de 1,3% (31,596 milhões). “Entre as cargas mais transportadas os sólidos a granel devem apresentar desempenho 12,1% acima do verificado no ano anterior (60,698 milhões de toneladas), os líquidos a granel de 1,2% (15,882 milhões) e as cargas gerais de 0,9% (44,015 milhões)”, segundo José Alex Oliva, diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), responsável pela administração do Porto e que estará na Intermodal South America, entre 4 e 6 de abril, em São Paulo (SP).

“É muito possível que as exportações, de forma geral, cresçam em 2017 com relação a 2016, sobretudo no setor de commodities, uma vez que há um excedente de produção de soja do ano passado que migrará para este, além de uma produção agrícola mais favorável também”, analisa o diretor comercial da Allink no Brasil, empresa especializada no transporte de cargas consolidadas (marítimas e aéreas), André Gobersztejn. Ele acredita que o maior volume do setor de transportes virá, principalmente, por conta das exportações das commodities agrícolas.

Contrapartida

No entanto, Gobersztejn alerta que nem todos os segmentos conseguirão acompanhar essa evolução com a mesma facilidade. “A exportação de manufaturados, entretanto, tende a seguir em queda, pois muitos fatores podem influenciar neste movimento: um possível protecionismo norte-americano com o novo comando da Casa Branca, a valorização do dólar frente ao euro e, sobretudo, a contínua variação de nossa própria moeda frente ao dólar. Estabelecendo-se a moeda americana por volta de US$ 3,20 a US$ 3,50 e havendo maior facilidade na obtenção de créditos, acreditamos que os manufaturados possam voltar a apresentar acréscimo em suas exportações apenas em meados ou final de 2017”, ressalta o executivo da Allink, que também será uma das expositoras na Intermodal.

Quem também acredita que, mesmo em um cenário melhor que no ano anterior, o setor de transporte de cargas ainda enfrentará algumas dificuldades é o presidente da Federação Nacional dos Operadores Portuários (FENOP), Sérgio Aquino. “Dois fatores devem influenciar diretamente as movimentações portuárias, especificamente: a revisão do novo marco regulatório dos portos e a provável prorrogação dos contratos de arrendamentos. São pontos que influenciam a atividade, pois permitem mais estabilidade e segurança jurídica ao segmento empresarial, tendo em vista que é um setor que exige investimentos intensivos, além de incentivarem a continuidade da modernização do segmento”, observa.

“Mas essa não é a salvação, o poder público continua sendo devedor das soluções para os acessos, aquaviários ou terrestres, que são de sua responsabilidade. Além disso, seus intervenientes que atuam no comércio exterior precisam se harmonizar e se modernizar”, completa o presidente da FENOP, uma das entidades apoiadoras da Intermodal neste ano.

Players

Além da Allink, a Intermodal South America 2017 reúne mais de 20 agentes de carga, freight forwarders e NVOCC’s, que discutirão não somente o aumento no volume de cargas transportado mas também todos os assuntos que norteiam esta indústria, expondo ainda suas mais recentes soluções aos profissionais presentes. Empresas como a AEL Berkman, Blu Logistics, Craft Group, Delfin Group, MSL do Brasil, Panalpina e Worldwide Logistics também estão confirmadas.

O evento recebe também, além do Porto de Santos, outros 30 complexos portuários nacionais e internacionais, que debaterão o mercado aquaviário em todos os seus aspectos. Companhia Docas do Ceará, Companhia Docas do Rio de Janeiro, Complexo Portuário de Suape, Porto de Bremerhaven (Alemanha), Porto de Buenos Aires (Argentina), Porto de Ferrol (Espanha), Porto de Leixões (Portugal), Porto de Rotterdam (Holanda), Porto de São Francisco do Sul e Porto de Vitória são alguns dos que marcarão presença na feira.

Fonte: Blog do Caminhoneiro