Em quatro anos, barril do petróleo atinge a maior cotação

Alta reflete instabilidade internacional. Movimento pressiona preço da gasolina, do diesel e dos demais derivados no Brasil.

O preço do barril do petróleo negociado no mercado de futuros de Londres rompeu nessa segunda-feira (1º) uma importante barreira “psicológica”. Com uma alta de 2,7%, o chamado petróleo Brent, de referência na Europa e na Ásia, atingiu a marca de US$ 84,98 por barril – o maior valor desde novembro de 2014.

Paralelamente, nos EUA, o petróleo WTI (a outra referência mundial) também experimentava uma alta expressiva na Bolsa de Nova York, fechando a US$ 75,30, por barril. Ambos os movimentos estão sendo interpretados pelos analistas como o início de um ciclo de alta causado pelas incertezas do cenário internacional.

Os investidores aguardam com ansiedade o desenrolar de dois acontecimentos. O primeiro foi a negociação, no domingo passado, do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), envolvendo EUA, Canadá e México. A expectativa é que os três países façam, a partir de agora, um esforço coordenado de crescimento, com forte demanda por combustíveis fósseis.

O segundo é a entrada em vigor, em 4 de novembro, das sanções norte-americanas contra o Irã. Com a vigência, o país persa – terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) – ficará impossibilitado de escoar parte da sua produção, ou seja, a oferta de petróleo no mundo encolherá.

Reflexos no Brasil

Embora geograficamente distantes, esses fatores influenciam o mercado brasileiro, uma vez que a atual política de preços da Petrobras reflete a cotação internacional do barril.

Outro elemento importante para a formação dos preços da Petrobras é a taxa de câmbio, que está extremamente volátil com a incerteza eleitoral. O dólar comercial, referência de mercado, aumentou quase 30% nos últimos doze meses, passando de cerca de R$ 3,15 para R$ 4,00.

Por essas razões, os preços dos derivados no Brasil estão caros, e o viés é de alta.

Segundo os dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), em setembro passado, o litro da gasolina atingiu seu maior valor em dez anos (corrigido pela inflação): R$ 4,65 (média nacional). De lá para cá, já foi registrado um aumento de 0,95%, ou seja, o brasileiro desembolsa, hoje, em média, R$ 4,69 por cada litro do combustível.

Fonte: Agência CNT (com informações da Reuters e da Agência EFE).

ZF se prepara para tornar possível a formação de comboios de caminhões

Tecnologia da ZF é integrada para a formação de comboios (conhecidos também como platooning) e inclui conjuntos de sensores.

A tecnologia ZF ajuda a permitir que veículos comerciais vejam, pensem e ajam. Tal interação entre sensores, softwares de controle e atuadores é de grande importância no que diz respeito à formação de comboios, conhecidos também como platooning. A ZF está trabalhando em conjunto com fabricantes de caminhões como parte do projeto ENSEMBLE, co-financiado pela União Europeia (UE), para testar programas que têm o objetivo de introduzir a composição multimarcas nas estradas europeias até 2021.

Como o projeto envolve caminhões de diversos fabricantes que se fundem para formar um comboio, os padrões de rede são fundamentais. O portfólio atual da ZF possui a tecnologia que possibilita a capacidade de formação de comboio, incluindo sensores de câmera e radar, o computador ZF ProAI, o sistema de direção eletro-hidráulica para veículos comerciais ReAx, assim como o sistema de transmissão.

“Funções de direção como a formação de platooning são possibilitadas pela inovadora tecnologia ZF”, disse Fredrik Staedtler, Head da Divisão de Tecnologia de Veículos Comerciais da ZF. “Já estamos oferecendo aos fabricantes de caminhões um suporte de rede que está tornando o transporte mais eficiente e impactando positivamente o custo total de operação”.

Em um platooning, dois ou mais caminhões dirigem juntos e em proximidade para criar uma composição de caminhões. Isso reduz o arrasto aerodinâmico dos caminhões que estão atrás do caminhão líder, o que, por sua vez, pode reduzir o consumo de combustível em até 20%.

Composição de comboios multimarcas

A distância reduzida entre os caminhões em um comboio é possível porque os veículos em rede podem funcionar independentemente do tempo de reação do motorista. Os caminhões são projetados para frear e fazer curvas praticamente em tempo real, de acordo com as ações do caminhão líder. Entretanto, eles não dirigem às escuras. Graças às informações de sensores e às funções autônomas de direção, eles também podem permanecer na faixa mesmo que o veículo líder ultrapasse involuntariamente as marcações da pista.

A ZF testou a viabilidade de platooning em vários projetos. Como parte do projeto ENSEMBLE da União Europeia, a empresa estabeleceu os padrões necessários para possibilitar a formação de comboios multimarcas, formados por caminhões de diferentes fabricantes. Esses comboios mistos tendem a se tornar cada vez mais frequentes no cenário rodoviário. Em outro projeto, o aFAS, patrocinado pelo Ministério Federal Alemão de Assuntos Econômicos, a ZF trabalhou na implementação do conceito de platooning em veículos de segurança, que fazem parte de projetos de obras rodoviárias em movimento.

Confira a tarifa média de pedágio de oito Estados do Brasil

Apesar dos motoristas de caminhão já se posicionarem a favor dos pedágios em troca de melhor infraestrutura viária, o valor das tarifas, em alguns trechos, ainda está entre as principais reclamações desses profissionais.

Conversamos com o economista Carlos Campos Neto, que acompanha as tarifas de pedágio de todas as rodovias concedidas no Brasil. O economista aplica a metodologia já consagrada no setor: o valor do pedágio ponderado pela quilometragem, isto é, trabalho com R$/100km. Tal mecanismo é utilizado para uniformizar e comparar os dados.

Apesar de ter o valor do pedágio para cada trecho (rodovia) concedido, Carlos explica que divulga os valores médios.

De acordo com o último dado atualizado, em agosto desse ano, o Estado com menor tarifa média a cada 100km é a Bahia (R$8,09). Já a mais cara se concentra em Pernambuco (R$59,86). Porém é importante ressaltar que o elevado valor do pedágio é influenciado pela construção e operação de uma ponte que dá acesso à área residencial de alta-renda. Neste caso, o pedágio é elevado porque inclui a amortização do investimento na sua construção – trecho de 6 KM. (Tem uma segunda concessão de 44 km).

Confira a tarifa média de pedágio de oito Estados do Brasil

Tabela: Tarifa média de pedágios rodoviários no Brasil

Tarifa Média R$/100KM

BAHIA R$ 8,09
MINAS GERAIS R$ 9,53
PARANÁ R$ 13,57
RIO GRANDE DO SUL R$
ESPÍRITO SANTO R$ 14,81
SÃO PAULO R$ 17,60
RIO DE JANEIRO R$ 18,29
PERNAMBUCO R$ 59,86
MATO GROSSO R$ 16,07
TARIFA MÉDIA NOS ESTADOS R$ 15,92
TARIFA MÉDIA BRASIL R$ 11,50

Notas: Todos os dados foram acessados em agosto de 2018.

Fonte: O Carreteiro

TCU desconfia de cobranças abusivas nos portos brasileiros

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União identificou “fortes indícios” de cobranças abusivas nos portos brasileiros para transporte de cargas em contêineres. O processo avaliou a eficiência dos portos brasileiros e a atuação de agências reguladoras.

Veja o relatório na íntegra – clique aqui.

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Imagem: Codesp

O TCU identificou 3 principais problemas no setor portuário. De acordo com o ministro Bruno Dantas, relator do processo, a atuação da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) não garante a harmonização de objetivos entre usuários donos de cargas e empresas arrendatárias, o que facilita a cobrança de preços abusivos no segmento de contêineres.

Pela legislação brasileira, os operadores podem negocias os preços cobrados livremente com os usuários de serviços, desde que os valores estabelecidos sejam baseados nos custos de operação. A lei também determina que cabe à agência reguladora atuar para evitar que haja abusos nas cobranças.

Entretanto, o TCU identificou que a Antaq não tem mecanismos e procedimentos para acompanhar os preços e identificar cobranças abusivas. Segundo os técnicos, a agência também não possui métodos para tratar as denúncias referentes aos preços praticados.

A Corte determinou que a agência desenvolva metodologias para análises das denúncias sobre abusos no valor cobrado pelos operadores, acompanhe os preços e tarifas praticadas e a crie uma regulação para o processo de obtenção de custos dos terminais. A Antaq tem 180 dias para atender às determinações.

Preço Mínimo do Frete não é tabelamento, afirma CNTA

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) alerta sobre a interpretação errada sobre a Política Nacional de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas. A entidade explica que a medida não é um tabelamento de valores, mas uma forma de estabelecer um custo operacional mínimo para a realização de fretes no território nacional, buscando proporcionar a adequada remuneração do prestador do serviço. Ou seja, tem a finalidade de garantir que o transportador receba ao menos o que foi desembolsado para a execução do serviço.

“Ao estabelecer valores de fretes baseado nos números contemplados no piso mínimo, o caminhoneiro estará trabalhando apenas para cobrir seus custos de viagem, sem a realização de lucro pela prestação do serviço. A partir do valor do custo da viagem, cada profissional adiciona sua margem de lucro para competir no mercado”, explica o presidente da CNTA, Diumar Bueno.

Para a definição deste valor, considera-se o quilômetro rodado por eixo carregado, a distância e as especificidades das cargas (geral, granel, frigorífico, perigosa ou neogranel), itens que refletem o custo mínimo operacional para o frete e não estabelecem patamares de lucro.

Para a CNTA, a aplicação da lei traz uma nova perspectiva para o processo de contratação do frete. “A Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas resultará em transparência e regulação na contratação que era feita de forma muito obscura pelos intermediários. A medida dá maior segurança e estabilidade para contratante e contratado”, explica o presidente da CNTA, Diumar Bueno.

Fonte: CNTA

PRF recupera cavalo mecânico roubado no Paraná

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) recuperou na tarde desta quarta-feira (26) em Paranaguá (PR) um cavalo trator roubado há dois dias em Morretes (PR), na BR-277.

Por volta das 20h30 de segunda-feira (24) o motorista de uma carreta carregada com soja, havia estacionado na BR-277, em Morretes, quando foi surpreendido por três indivíduos armados, sendo sequestrado e levado dentro de um automóvel no sentido Paranaguá.

O homem de 63 anos de idade, foi mantido refém, em local desconhecido, por pelo menos 36 horas. Ele foi libertado na manhã de quarta-feira (26) e procurou a ajuda da PRF que, logo em seguida, iniciou as buscas pela região.

Os policiais conseguiram localizar o cavalo trator roubado numa estrada de chão próximo ao km 1 da PR-407, a Estrada das Colônias. A carreta e a carga de soja não foram localizadas.

A PRF encaminhou a ocorrência para a Delegacia da Polícia Civil em Morretes.

Fonte: Blog do Caminhoneiro 

Caminhões terão horário de circulação restrito na Ponte da Amizade

Com o intuito de melhorar o fluxo de veículos que cruzam a Ponte Internacional da Amizade, a Receita Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal de Foz do Iguaçu informam que, a partir do dia 01 de outubro de 2018, darão início a um período de teste que restringirá a circulação de veículos de carga sobre a Ponte no período das 6h00 às 8h00 da manhã, em ambos os sentidos, priorizando a passagem de veículos de turismo, estudantes, trabalhadores, turistas e similares.

De acordo com a Receita Federal, o tempo gasto na travessia de veículos sobre a Ponte, nas primeiras horas da manhã vem apresentando um aumento e a restrição de tráfego de veículos de carga nesse horário e outras medidas a serem tomadas conjuntamente com autoridades que atuam na Aduana Paraguaia visam a minimizar essa demora.

Enquadram-se como veículos de carga os caminhões provenientes do Porto Seco de Foz do Iguaçu, os caminhões em trânsito aduaneiro de outras localidades e carregados para exportação (material de construção e outras mercadorias) com destino ao Paraguai (ACI), as vans utilizadas como transporte de mercadorias amparadas pelo regime fronteiriço de “Mercado Interno”, com destino ao Paraguai.

Solicita-se, portanto, que os demais veículos não enquadrados como de carga que precisam cruzar a fronteira, a partir da data citada, aproveitem para fazer a travessia na janela a ser criada das 06 às 08 da manhã.

Fonte: Portal da Cidade

Preço médio da gasolina encerra setembro com alta de 0,95%, diz ANP

Segundo levantamento semanal, gasolina teve alta de 0,95% e diesel ficou 0,41% mais caro.

Os preços da gasolina, do diesel e do etanol encerram a semana em alta, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgado nesta sexta-feira (28).

O preço da gasolina para o consumidor subiu 0,95%, para R$ 4,696, e renovou a máxima do ano. Foi o quinto aumento seguido. A ANP chegou a encontrar o litro da gasolina vendido a R$ 6,290.

A pesquisa também apurou que o diesel aumentou 0,41% na semana. O litro do combustível chegou a R$ 3,655. Também é o quinto aumento consecutivo.

Já o preço do etanol avançou 1,20%, para R$ 2,865. O valor representa uma média calculada pela ANP e, portanto, pode variar de acordo com a região.

No acumulado do ano, o preço da gasolina subiu 14,6%, o diesel avançou 9,9%, e o do etanol caiu 1,6%.

Novos preços do diesel

A ANP publicou também nesta sexta-feira os novos preços de referência para comercialização do diesel, que passou a ser subsidiado pelo governo após a greve dos caminhoneiros. Os preços subiram até 2,76% e variam de acordo com a região.

Os novos preços entram em vigor neste domingo (30) e valerão por 30 dias.

O preço de comercialização do diesel para a Petrobras e outros agentes que participam do programa, incluindo alguns importadores, foi congelado em junho a R$ 2,0316 por litro, após o governo fechar um acordo com caminhoneiros para encerrar os protestos que paralisaram o país em maio. No final de agosto, tiveram sua primeira atualização, com alta de até 14,4%.

A nova metodologia vale até o fim do ano, quando termina o prazo previsto em lei para a concessão da subvenção ao diesel.

ANTT abre brecha para que frete de retorno não precise ser pago

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) enviou na noite de terça-feira à Abiove, associação que representa indústrias de óleos vegetais que atuam país, um ofício que abre brecha para o não pagamento do frete de retorno aos caminhoneiros que voltarem à sua origem sem carga depois de feita uma entrega.

Pagar pela volta do caminhão vazio pode mais que dobrar os custos de transporte rodoviário de grãos e, segundo representantes do setor, jogaria por terra a vantagem competitiva de fluxos logísticos mais recentes, como os do chamado “Arco Norte”.

O documento da ANTT afirma em seu último parágrafo: “Se ajustadas entre as partes, contratante e contratado, condições de contratação sobre o eixo vazio, obrigatoriamente, a avença deverá constar expressamente em documento fiscal”.

Assinado pela superintendente Rosimeire Lima de Freitas, a carta é uma resposta a questionamentos feitos pela Abiove, mas ainda não é um posicionamento oficial. A expectativa do setor agrícola era que a agência reguladora fizesse os devidos esclarecimentos em seu site. Procurada, a ANTT informou que o ofício é apenas de um esclarecimento à entidade e que não há qualquer decisão em relação ao tema.

Apesar de não ser uma palavra final, o ofício foi celebrado – com cautela – pelas tradings. Dentre todas as consequências do tabelamento que garante um preço mínimo de transporte ao caminhoneiro, o frete de retorno vazio – e, portanto, não contratado – está entre as que mais provocaram críticas.

Para o setor, é uma medida “ilegal”, que fere o princípio da economia de mercado. Na ponta do lápis, a referida “ilegalidade” se traduz em custos extras de R$ 25 bilhões ao ano, de acordo com cálculos da Esalq-Log realizados em agosto.

Segundo uma fonte, a ANTT ponderou que o frete-retorno deveria seguir a nova regra caso fosse objeto do contrato. “Se a trading contratar só o trecho de ida, a volta, seja com ou sem carga, é responsabilidade do transportador”, disse. Portanto, a tabela se aplicaria ao frete carregado contratado.

A metodologia de cálculo do frete está inserida no Anexo I da resolução da ANTT, em linha com a lei no 13.703, que oficializou o preço mínimo para o transporte rodoviário após a paralisação de caminhoneiros que travou o Brasil. É nesse anexo que se formou a confusão atual envolvendo os pagamentos por retornos não desejados. Uma nova versão do anexo está prevista para janeiro de 2019.

Apesar da pressão do agronegócio sobre a ANTT e das conversas intensificadas na Casa Civil para reverter a medida – nas palavras de outra fonte, o setor passou a operar no “modo esperneante” em Brasília -, o que já se verifica, na prática, são arranjos comerciais entre empresas de transporte e tradings para um acordo considerado viável por ambas as partes. Nesse contexto, em vez de pagar o preço cheio estipulado para o retorno do caminhão vazio, tradings estariam pagando valores acima da tabela, mas longe das cifras duplicadas previstas pelo governo.

O não seguimento da tabela implicaria multa às empresas. Ninguém foi multado até o momento. O questionamento de esclarecimento à ANTT pela Abiove, no entanto, seria uma tentativa de proteção para evitar multas futuras e ajudar também na precificação da soja.

Fosse aplicado à risca, o frete-retorno seria especialmente danoso a algumas rotas logísticas. No eixo entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), por exemplo, toda a vantagem competitiva de rodar menos e de estar mais perto de destinos como a Europa “iria para o ralo”, disse um trader. É um revés para empresas como Cargill, Bunge, ADM, Louis Dreyfus, Amaggi e Hidrovias do Brasil, que fizeram investimentos milionários em infraestrutura portuária no rio Tapajós.

“Mas o paralelo de Lucas do Rio Verde (MT) também poderia ser facilmente redefinido”, disse o trader. Essa linha imaginária determina que, do ponto de vista logístico, tudo o que estiver abaixo do município mato-grossense no mapa faria mais sentido seguir para Santos (SP; o que está acima, para os portos do Norte. “Se for mais barato sair pelo Sul, traremos mais soja de Sinop e Sorriso até Santos”, afirma um executivo de uma trading.

Cálculos realizados pela Abiove mostram que a imposição de uma tarifa dupla para o frete-retorno teria impactos significativos em todas as rotas. O trecho Sinop-Miritituba pularia de R$ 215 para R$ 338 por tonelada movimentada. Entre Sapezal (MT) e Porto Velho (RO), passaria de R$ 148 para R$ 338 por tonelada. E entre Sinop e Santos, considerando o escoamento integral por estradas, subiria de R$ 300 para R$ 721,80. Apenas uma parte pequena do volume que chega a Santos pagaria esses valores – 70% dos grãos são antes transbordados para a ferrovia em Rondonópolis.

Fonte: Valor Econômico

Circulação de Super Rodotrem de 91 toneladas é suspensa

No dia 5 de setembro o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) suspendeu a circulação do Super Rodotrem pelas estradas do Brasil. O fluxo do modelo de 11 eixos e 91 toneladas foi interrompido a partir da Deliberação Nº 172.

A necessidade da suspensão temporária do Super Rodotrem se manifesta por uma ação ocasionada pela Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR). A decisão se justifica pelos impactos negativos que a circulação de veículos com 91 toneladas pode causar ao pavimento. Além disso, a associação ainda cita a redução da velocidade mínima e máxima, o impasse para a realização de ultrapassagens, a diminuição de manobrabilidade dos veículos e o alargamento da distância essencial para frenagem e aceleração. Para completar, há o risco de enfraquecimento de estruturas das rodovias.

Em consequência, é retomada a Resolução nº 211/2006, a qual somente a circulação de veículos de carga com PBTC de até 74 toneladas e 9 eixos é permitida. É bom ressaltar ainda que quem havia autorizado a circulação foi o próprio órgão, por meio das Resoluções 640 e 663.

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