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Furto e roubo de cargas crescem 30% em 2016 em Goiás; Anápolis é alvo

O roubo e furto de cargas aumentaram quase 30% em Goiás, no ano passado, em comparação com 2015, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) aos quais o G1 teve acesso. Segundo a Polícia Civil, a cidade de Anápolis, a 55 km de Goiânia, é onde se concentra a maior incidência desse tipo de crime.

Conforme os números, somando furtos e roubos, em 2015 foram registrados 757 casos. Já em 2016, foram 981. Nesse período, Anápolis concentrou cerca de 11% dos crimes. Caminhoneiros, donos de transportadoras e até empresas de seguro relataram ao G1 que as quadrilhas estão agindo constantemente e que os prejuízos só aumentam.

Quem precisa transportar cargas passando pela região diz que teme pela segurança e que as histórias de criminosos assaltando caminhoneiros são comuns. Um motorista de 34 anos, que prefere não ter a identidade divulgada, foi vítima de roubo em Anápolis, em 2015. Ele transportava um carregamento de leite avaliado em cerca de R$ 40 mil.

“Eu estava em uma subida na BR-153, a 20 km/h. Um carro entrou na minha frente, deu tiro para cima e me obrigou a parar. Mandaram eu abrir a porta e um homem armado entrou no caminhão. Colocaram um capuz na minha cabeça e me colocaram no carro em que eles estavam”, relatou a vítima ao G1.

O caminhoneiro conta que viveu momentos assustadores. “Passou um filme na minha cabeça, lembrava da minha família a toda hora. Achei que não fosse sair vivo. Rodaram comigo no carro, fiquei a noite toda ajoelhado e com a cabeça coberta. No dia seguinte, me deixaram debaixo de uma ponte”, relembra.

Ele se recorda ainda que os criminosos tinham várias informações sobre sua vida. “Sabiam toda minha rota, pegaram meus documentos e disseram que conheciam meus filhos. Na época, eu morava em Anápolis. Depois disso, me mudei de cidade. Até hoje carrego esse trauma”, concluiu.

Cidade alvo
O titular da Delegacia Estadual de Repressão a Roubo de Cargas (Decar), Alexandre Bruno Barros, explica que Anápolis é visada por quadrilhas especializadas nesse tipo de crime devido às características geográficas e econômicas.

“Tem a proximidade com a capital, é uma cidade grande, que cresce muito, cheia de galpões. Ela é cortada por grandes rodovias, inclusive federais, onde há um maior fluxo de caminhões. Também tem o porto seco, com fluxo enorme de carga e descarga de produtos, principalmente gêneros alimentícios”, disse.

Furto e roubo de cargas aumenta em Goiás e Anápolis é um dos principais alvos em Goiás (Foto: Vitor Santana/G1)Número de furto e roubos de cargas aumentou quase 30% em 2016 (Foto: Vitor Santana/G1)

O delegado confirma que houve um aumento na quantidade de furtos e roubos de carga no estado. Porém, ele revela que em grande parte há o envolvimento direto ou indireto dos motoristas dos caminhões.

“De cada 100 registros, em 70 houve participação do motorista. Eles são aliciados pelos líderes da quadrilha para que levem a carga para um ponto específico e depois registrem o roubo. O valor do frete, às vezes, é de R$ 3 mil, e os criminosos oferecem R$ 10 mil para que eles desviem a mercadoria”, contou.

Em outros casos, as quadrilhas investigam a vida dos caminhoneiros e os chantageiam, ameaçando sequestrar ou matar algum familiar, como esposa ou filhos. Com medo, os motoristas obedecem às ordens dos criminosos, entregando a mercadoria.

Evolução do crime
Givaldo Pacheco, diretor da corretora de seguros Gpax, que atende transportadoras de vários tipos de carga, conta que a quantidade de furtos e roubos de mercadoria tem crescido a cada ano. Para combater a ação dos criminosos, a empresa está implementando várias técnicas diferentes de segurança.

“No início, na década de 90, eram roubos amadores, as pessoas cometiam o crime sem planejar. Para coibir isso, dávamos cursos aos motoristas e colocamos escoltas armadas. Algumas quadrilhas viram que esse crime era lucrativo, fácil de cometer, então começaram a atuar com mais força, com mais planejamento e nas rodovias. A partir daí, as seguradoras começaram a exigir outros itens, como rastreadores, tanto no caminhão quanto nas mercadorias, investigação da ficha do motorista, entre outras exigências”, explicou.

O diretor conta que são roubados todos os tipos de carga, de eletrônicos a gêneros alimentícios, passando por combustíveis e medicamentos. “Tem carga que vai desde R$ 60 mil a R$ 1,2 milhão. E esses produtos são revendidos por até 40% do valor da nota”, contou Pacheco.

Enquanto não houver uma ação junto aos receptadores, o roubo de carga só vai aumentar”, Givaldo Pacheco, diretor da Gpax

Segundo o representante da seguradora, outro grande problema são os receptadores das cargas. O diretor explica que os crimes já são cometidos com destinatários certos para as mercadorias roubadas.

“Enquanto não houver uma ação junto aos receptadores, o roubo de carga só vai aumentar. Porque é um crime que compensa, já tem a carga encomendada, o lucro é certo, não vai ter trabalho quase nenhum e o risco é baixo”, disse.

Já o analista de risco da corretora de seguros, Vinicius Santos, aponta que é necessário ter uma polícia que faça a repreensão desse tipo de crime. “Temos uma delegacia, que é a de Furtos e Roubos, que só vem depois do roubo. É uma delegacia investigativa, não temos uma unidade de repressão”, disse.

Ele ainda reforça que é preciso fazer mais fiscalização, atuando na prevenção aos delitos. “Falta um policiamento específico para o roubo de cargas. Tinha que haver mais abordagem de veículos, conferência de notas fiscais, se veículo está regulamentado”, sugere Santos.

Combate e monitoramento
O delegado Alexandre Bruno explicou que existe um trabalho constante de fiscalização da Decar para tentar coibir esse tipo de crime, incluindo parcerias com outros setores da segurança pública. Diante do alto índice de roubos em Anápolis, por exemplo, a polícia começou a monitorar todos os galpões da cidade. “A pessoa pode até pegar a carga em Anápolis, mas agora ela vai ter que deixar guardada em outro lugar, vai dificultar para as quadrilhas”, disse.

Além disso, em Anápolis foi criado o Grupo de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri), para auxiliar no combate aos grupos especializados. Periodicamente também são feitas reuniões entre as polícias para estabelecer estratégias de ação.

Segundo o delegado, com essas operações e parcerias, 112 pessoas foram presas em 2016. Este ano, 18 suspeitos já foram presos. “Acreditamos que conseguimos já desarticular algumas quadrilhas de furto e roubo de cargas que atuavam no estado. E, à medida que você vai atuando, o foco vai mudando. Hoje essas quadrilhas já estão agindo mais no Mato Grosso, Tocantins e Minas Gerais”, explicou.

Porém, o titular da Decar admite que o maior desafio é atuar em cima de quem compra os produtos roubados. “É difícil pegar o receptador, tem carga que são bem específicas, como implementos agrícolas, combustível, são mais difíceis de localizar. A primeira porque vendem diretamente para o fazendeiro, produtor rural, então a mercadoria é rapidamente utilizada. Com os combustíveis, a mesma coisa. Coloca dentro do reservatório e não tem como saber se aquela carga foi ou não produto de roubo”, explicou.

Mesmo com as dificuldades, Barros garante que a polícia segue atuando no combate aos receptadores. “Há seis meses, a região de Aparecida de Goiânia era muito crítica em relação a isso. Donos de supermercados contratavam os agentes delitivos para roubar essas cargas de gêneros alimentícios e produtos de limpeza. Eles tinham até estrutura de galpão para esconder a carga. Prendemos nove donos de supermercados e hoje não temos mais tanto esse problema”, concluiu.

Fonte: G1

Força-tarefa desarticula quadrilha especializada em roubo de cargas

A Operação Hicsos, deflagrada pela PF (Polícia Federal), pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) e pela Polícia Militar de Goiás nesta quarta-feira (22), desarticulou uma quadrilha especializada em roubo de cargas. Segundo as investigações, o bando realizava cerca de 25 roubos por mês, gerando um prejuízo que chega a R$ 30 milhões.

Conforme a Polícia Federal, os roubos aos transportadores eram financiados por empresários proprietários de estabelecimentos comerciais, como postos de combustíveis, supermercados e distribuidoras de alimentos e bebidas. Eles pagavam cerca de metade do valor pela carga e o produto era revendido normalmente aos consumidores finais. “Nos surpreende porque somos, muitas vezes, consumidores desses comerciantes, considerando que estamos tratando de redes de supermercados, de postos de gasolina… Portanto, é uma ação que tem toda uma estrutura organizacional muito bem definida”, comenta o superintendente da PF em Goiás, Umberto Ramos Rodrigues. Clique aqui para ouvir o delegado da PF 

A ação, que mobilizou 350 policiais, cumpriu 30 mandados de prisão preventiva, 29 de busca e apreensão e 12 de condução coercitiva. Além disso, foram realizadas quatro prisões em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. A operação foi realizada nas cidades de Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Trindade, Bela Vista, Leopoldo de Bulhões, Alexânia, Morrinhos, Campos Belos – no estado de Goiás, além do Distrito Federal.

Os bandidos chegavam a montar falsas barreiras policiais para parar os caminhões. Quando consideravam que a carga era de alto valor, anunciavam o assalto. Eles utilizavam até tecnologia para evitar o rastreamento dos veículos. “Utilizavam, de maneira frequente, bloqueadores dos rastreadores, impedindo que essa carga fosse acompanhada pelas organizações de segurança que atuam junto às empresas”, destaca Umberto Ramos.

Os investigadores descobriram, ainda, que o dinheiro arrecadado pelos bandidos financiava outras atividades criminosas, como tráfico de drogas e de armas e roubos a bancos.

Os presos responderão pelos crimes de roubo qualificado, cárcere privado, lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de drogas e receptação.

Operação Hicsos

A operação foi batizada de Hicsos em alusão a um povo asiático que invadiu a região oriental do delta do rio Nilo, no Egito Antigo, cerca de dois mil anos antes de Cristo. Segundo a PF, a referência se deve ao fato de os hicsos terem sido conhecidos, na antiguidade, como saqueadores e ladrões.

No RS, delegado e comissário de polícia financiavam roubos de cargas

Já no Rio Grande do Sul, uma investigação do Ministério Público em parceria com a Polícia Civil descobriu que um delegado da Polícia Civil e um comissário aposentado financiavam grupos criminosos que praticavam roubos de cargas, receptação e estelionatos.

Os valores eram repassados por meio de conta corrente de terceiros e empresas de fachada. Em contrapartida, o delegado e o comissário aposentado recebiam parte dos lucros do crime. A apuração do MPRS já identificou a lavagem de R$ 1,1 milhão.

Natália Pianegonda
Fonte: Agência CNT de Notícias 

Operação da PRF para o Carnaval começa nesta sexta-feira em todo o Brasil

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) inicia nesta sexta-feira (24) a operação para reforçar a fiscalização nas rodovias de todo o Brasil no feriado de Carnaval. O objetivo desta etapa da Operação Rodovida é reduzir os índices de acidentes graves nas estradas. No ano passado, a PRF registrou queda de 11% nos acidentes graves e de 7% nos óbitos em BRs durante esse período.

A fiscalização será reforçada entre a zero hora desta sexta e a meia-noite da quarta-feira de cinzas. Para a operação, os agentes mapearam os trechos mais críticos de rodovias federais, que são aqueles com maior número de ocorrências. Esses pontos receberão atenção especial dos policiais.

Segundo o assessor nacional de comunicação da PRF, inspetor Diego Brandão, “o foco da fiscalização será dado sobre as condutas mais lesivas”. Serão alvo da atuação dos agentes excesso de velocidade, ultrapassagens indevidas, falta de equipamentos de segurança, como cadeirinha, cinto e capacete. Além disso, o uso de álcool por motoristas. “Pelo feriado, que tem como característica o excesso do consumo de bebidas alcoólicas, esse será um dos focos centrais”, diz Brandão.

Apesar de as ações nacionais da Operação Rodovida com foco no Carnaval iniciarem nesta sexta, em algumas regiões já há medidas em desenvolvimento, especialmente com foco na conscientização.

Restrição ao tráfego de caminhões

Motoristas de caminhão também devem estar atentos aos horários de restrição ao tráfego de caminhões. Segundo a PRF, combinações de veículos de cargas e aqueles com AET (Autorização Especial de Trânsito) não poderão rodar em rodovias federais de pista simples em alguns horários: na sexta-feira (24), entre 16h e 24h; no sábado (25), das 6h ao meio-dia; na terça-feira (28), das 16h às 24h; e na quarta-feira (1º), entre 6h e meio-dia.

A restrição tem o objetivo de garantir a fluidez do tráfego nessas BRs e evitar a ocorrência de acidentes.

Fonte: Frota e Cia

Com bolo, motoristas ‘comemoram’ aniversário de buraco em rodovia

Com bolo, balões e refrigerante, motoristas e colonos “comemoraram” o aniversário de um buraco no km 64 da BR-364, em Acrelândia. O protesto sarcástico contou com a presença de ao menos 100 pessoas e durou 30 minutos, segundo o radialista Nesio Carvalho, um dos organizadores. Segundo ele, o buraco existe há cinco anos e o objetivo é chamar a atenção das autoridades para que resolvam a situação que causa transtornos diários a quem passa no local.

Ao G1, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que o buraco deve existir no máximo há dois anos, pois até abril de 2016 o órgão tinha um contrato com uma empresa de manutenção e o trecho não possuía nenhum buraco.

O Dnit diz que assinou um novo contrato para o trecho de Rio Branco até a divisa com Rondônia. Porém, foi priorizado a manutenção da rodovia da capital acreana até o Trevo das Quatro Bocas, onde há o encontro da BR-364 e da BR-317. O supervisor do órgão no Acre, Thiago Caetano, diz que a expectativa é que o trecho em Acrelândia seja renovado até o final de abril ou início de maio.

“Infelizmente, a gente não conseguiu recuperar aquele trecho próximo à Acrelândia devido à falta de recursos. Agora, com a virada do ano, conseguimos um aporte de recursos maior e destinamos um valor maior para esse contrato e a empresa está programando a manutenção no local. Isso só não vai ser feito de imediato devido ao período de chuvas. Se fizermos o serviço nesse momento, vamos acabar perdendo tudo e desperdiçar dinheiro”, explica.

Motoristas dizem que buraco existe no local há cinco anos; Dnit diz que buraco deve existir há no máximo dois anos (Foto: Nesio Carvalho/Arquivo Pessoal)Motoristas dizem que buraco existe no local há cinco anos; Dnit diz que buraco deve existir há no máximo dois anos (Foto: Nesio Carvalho/Arquivo Pessoal)

Transtornos
O radialista relata que o buraco causa vários transtornos aos motoristas como estouro de pneus, desalinhamento dos carros, aumento no consumo de combustível, atraso nas viagens e gastos com quebra de pára-choques e até sistema de freios. Carvalho diz que no local já houve capotamentos com vítimas fatais. Com a festa de aniversário, os manifestantes gastaram R$ 200 com a comida e guardanapos.

“A empresa que fez o recapeamento deixou buracos e os motoristas que não conhecem a estrada acabam caindo. Não causamos transtornos, fomos ao local, enchemos os balões e convidamos as pessoas para partir o bolo. Queremos mostrar aos administradores que não suportamos mais pagar tantos impostos para ver a rodovia abandonada”, finaliza.

Fonte: G1

Nova tarifa de pedágio da BR-116/376/PR e BR – 101/SC já está em vigor

Já está em vigor as novas tarifas das praças de pedágio das rodovias BR-116/376/PR e BR-101/SC, trecho de Curitiba/PR a Florianópolis/SC, explorado pela concessionária Autopista Litoral Sul. O reajuste foi autorizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), no último dia 23 de fevereiro.

A tarifa para veículos da categoria 1 passa de R$ 2,30 para R$ 2,60, nas praças de pedágio P1, em São José dos Pinhais/PR, P2, em Garuva/SC, P3, em Araquari/SC, P4, em Porto Belo/SC, e P5, em Palhoça/SC.

O objetivo da revisão tarifária consiste em manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato firmado entre a ANTT e a concessionária, além de atender às determinações do Tribunal de Contas da União (TCU) e aplicar a recomposição tarifária, de acordo com a variação do IPCA do período. A alteração foi calculada a partir da combinação de três itens previstos em contrato: reajuste, revisão e arredondamento.

Foto: Portal O Carreteiro

Rodízio de veículos na cidade de São Paulo é suspenso durante o Carnaval

O rodízio municipal de veículos ficará suspenso durante o Carnaval na cidade de São Paulo. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Operação Horário de Pico será suspensa na segunda-feira (27), terça (28) e quarta (1º).

A operação restringe a circulação de veículos no Anel Viário da Cidade nos períodos da manhã, das 7h às 10h, e da tarde, das 17h às 20h.

O rodízio de placas de caminhões e a Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) continuam em vigor.

Durante o rodízio ficam impedidos de circular os automóveis e caminhões no Centro Expandido, incluindo as vias que delimitam o chamado Mini Anel Viário, formado pelas marginais Tietê e Pinheiros, Avenidas dos Bandeirantes e Afonso D´Esccragnole Taunay, Complexo Viário Maria Maluf, Avenidas Tancredo Neves e Juntas Provisórias, Viaduto Grande São Paulo e avenidas Professor Luís Inácio de Anhaia Melo e Salim Farah Maluf.

Transitar em locais e horários não permitidos pela regulamentação prevista no Código de Trânsito Brasileiro implica em infração de trânsito de nível médio, resultando em multa no valor de R$ 130,16 e acréscimo de quatro pontos no prontuário.

A Zona Azul funcionará normalmente. O rodízio volta a funcionar normalmente na quinta-feira (2).

Fonte: Frota e Cia

Safra recorde e retomada industrial devem estimular transporte de cargas

Redução da meta da inflação, corte dos juros, retomada na Bolsa de Valores e o impacto desses indicadores no transporte rodoviário de cargas. Esses foram alguns dos principais assuntos abordados no “Encontro Setcesp: Conjuntura Econômica 2017”, evento realizado na terça-feira (21), na sede da entidade, em São Paulo, e que contou com a presença do palestrante Octavio de Barros, diretor executivo do Instituto República.

Durante a abertura do encontro, o presidente do Setcesp, Tayguara Helou, reforçou a atuação do setor de transporte rodoviário de cargas em prol do desenvolvimento da economia do país e a influência dos indicadores nacionais na retomada da atividade: “Nosso setor viabiliza o crescimento econômico do país, mas também depende do papel dos agentes financeiros para poder ganhar força. Afinal, se a economia cresce 1% nós crescemos três ou quatro vezes mais”, lembrou.

Entre os assuntos debatidos por Barros, a previsão de tendências econômicas e análises do cenário econômico global foram apresentadas como alguns dos fatores cruciais para contextualizar a atual situação do mercado brasileiro: “Hoje um quinto de toda a dívida pública mundial é paga em taxa de juros nominais negativos, ou seja, isso demonstra que ainda há liquidez no mercado e um caminhão de dinheiro que pode ser investido no Brasil”, afirmou.

Em seguida, o palestrante destacou uma possível queda na taxa de juros brasileira para 8,5% ao ano (Selic), até abril de 2018, e abordou outros temas, como: os “pecados” cometidos pela governança econômica brasileira, a condição debilitada do varejo e as perspectivas de crescimento de diversos setores do país, esperada somente no ano seguinte.

Por fim, para encerrar sua palestra, Barros, respondeu algumas perguntas feitas pelos convidados e explicou que a queda nos juros vai ajudar empresários, mas que a retomada será lenta.

Para o setor de transporte rodoviário de cargas, Barros destacou que a safra agrícola recorde e a previsão de crescimento na indústria podem servir como trampolins para que a atividade volte a respirar ainda nesse ano.

Fonte: Frota e Cia 

PRF multa caminhoneiro levando parte de avião boeing no Ceará

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou na tarde desta terça-feira (21) uma carreta transportando parte de uma aeronave, modelo Boeing B737-53 A, de forma irregular, na BR-020, próximo à cidade de Canindé, no Ceará.

Conforme a PRF, a carga tem excesso de dimensões e exige Autorização Especial de Trânsito (AET), emitida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

O veículo também está com placa de sinalização de dimensões em desacordo com as normas do Conselho Nacional de Trânsito (Cotran).

O veículo e o material transportado ficarão retidos no local até a apresentação da documentação necessária.

O responsável pelo transporte disse aos policiais que a aeronave foi comprada como sucata no Ceará e seria levada para o estado de Paraná.

Fonte: G1

Estradas ruins deixam frete mais caro para escoar produção de soja em GO

O agricultor de Goiás deve colher nesta safra mais de dez milhões de toneladas de soja, mas escoar a produção é um desafio já que várias rodovias estão em péssimas condições.

Em uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Transporte, no fim do ano passado, duas estradas de Goiás apareceram na lista das dez piores do país, a GO-174 entre Rio Verde e Iporá e a BR-158 no trecho entre Jataí e Piranhas. Elas são utilizadas principalmente para o escoamento de produtos agrícolas.

Por conta da situação ruim das estradas, os produtores rurais já estão pagando mais caro pelo transporte dos grãos que estão sendo colhidos na lavoura para serem levados para os armazéns. Isso por que quem trabalha com o transporte, já faz o frete há muito tempo sabe que fazer a manutenção de um caminhão é cara.

Como no campo tempo é dinheiro, os produtores estão no corre-corre para encaminhar a produção Para os armazéns e pras industrias. O agricultor Atílio Gorgem planta soja em Jataí há mais de 30 anos. Ele diz que o custo com o transporte, que antes não chegava a 3% dos gastos com a produção, agora já chega a 15% .

O agricultor conta que 40% do que é produzido na fazenda é transportado por caminhões próprios, o restante ele precisa contratar terceiros. Só que não tá fácil encontrar quem se arrisque pelas estradas esburacadas. “Você tem fazer jogo de cintura para encontrar alguém”, conta Atílio.

A Agência Goiana de Transportes e Obras informou, em nota, que vai fazer os serviços de reparos nas rodovias estaduais mostradas na reportagem. Em relação a BR-158, que é federal, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes disse que a rodovia já está recebendo o serviço de manutenção.

Motorista profissional ministra oficina de reaproveitamento de pneus

Desde o início de fevereiro, todas as Unidades Operacionais do SEST SENAT estão engajadas na primeira campanha nacional de 2017 da instituição, cujo objetivo é chamar a atenção para o impacto que o consumo desenfreado de elementos essenciais para a sobrevivência pode gerar. O símbolo para falar sobre a importância de reduzir, reutilizar e reciclar foi o pneu: item indispensável para que o setor de transporte, principalmente o rodoviário, continue em movimento.

Com o intuito de contribuir para a redução do impacto causado pelo descarte de pneus (pelo menos 450 mil toneladas por ano no Brasil), a Unidade de Conceição do Jacuípe localizada na BR 101, no Posto Eucalipto, Bahia, realizou uma exposição com diferentes itens que foram criados a partir de pneus inutilizáveis: peças de decoração, móveis, vasos, entre outros.

Todas as pessoas que circularam pelo posto puderam conferir o trabalho de Antônio Carlos Paixão Martins, 32 anos. Motorista profissional desde os 20, ele já foi aluno do SEST SENAT nos cursos especializados de transporte de produtos perigosos e de passageiros.

oficna pneu site 1.jpgAntônio conheceu o artesanato há um ano e meio através de uma reportagem veiculada em uma revista. Foi a namorada dele que o entregou a publicação mostrando um puf feito de pneu. Ela pediu para ele fazer o móvel, Antônio olhou e fez. Depois, precisaram fazer uma cama para o gato de estimação. Ele fez. Os vizinhos começaram a ver o trabalho dele e a enviar fotos de vários produtos pedindo para que ele fizesse. Antônio que nunca tinha feito nenhum trabalho manual antes, descobriu que possuía mais um talento para além da ‘boleia’. Ele chega a produzir 30 peças por mês e já fez de um tudo: pula-pula, cadeira, mesa de centro, lixeira, vasos para plantas, bacia de alimentação animal, itens de decoração como tucanos e araras, porta guarda-chuvas, entre outros.

O motorista compartilhou o seu talento com dezenas de pessoas ao ministrar, pela primeira vez, uma oficina realizada para usuários do setor na Unidade. “Eu gostei muito. Sinto prazer em pegar pneus velhos e dar outra utilidade a eles”, comenta Antônio que pega a matéria-prima para o seu trabalho em borracharias, lixos e em revendedores que fez amizade. “Não sei se onde vem esse dom. Acabei me apaixonando também por esse trabalho”.

Para saber mais sobre a campanha, acesse: http://www.sestsenat.org.br/Sustentabilidade

Fonte: Sest Senat