Safra 2016/17 deve ser recorde de 215,27 milhões de toneladas, diz Conab

A produção brasileira de grãos na safra 2016/17, em fase de plantio, deve alcançar recorde de 215,27 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 15,3% (ou 28,6 milhões de toneladas), em comparação com o total de 186,7 milhões de toneladas no período 2015/16. Os números fazem parte do quarto levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgados nesta terça-feira, 10.

Segundo a Conab, o resultado positivo se deve à produtividade média das culturas, em recuperação da influência negativa das condições climáticas da safra passada. A área total tem previsão de ampliação em 1,4% (ou 745,6 mil hectares) quando comparada à safra anterior, podendo atingir 59,08 milhões de hectares.

A soja, principal cultura de verão, deve registrar crescimento de 8,7% na produção, podendo alcançar 103,78 milhões de toneladas, com aumento de 8,3 milhões de t frente à safra anterior. A área de cultivo com a oleaginosa deve crescer 1,6%.

Fonte: Revista Frota e Cia

Transformação

Mexendo em carros antigos desde pequeno, um eletricista de automóveis reformou um caminhão que hoje é quase invendável.

Altair Vandal era um garoto de Paraíso do Norte, PR, que tinha uma importante missão junto com dois amigos: consertar o carro do irmão Evaldo. Tratava-se de um “pé de bode”, 1929, com o qual o Evaldo Vandal dava umas voltinhas no final de semana, e que quebrava no domingo. Altair e seus amigos tinham a missão de deixar o “possante” pronto até o próximo sábado.

E essa missão deixou boas marcas e uma paixão: os carros antigos. Tanto assim, que em 1970 não sossegou até comprar um jeep DKW 1959.

Depois comprou um Ford 1929, “pé de bode”. Aqueles modelos recebiam esse apelido por terem as rodas muito finas que faziam um rastro parecido com o de um bode. Em seguida comprou uma “Baratinha” inglesa, com o volante do lado direito e para duas pessoas. A sogra ia sentada no porta-malas escamoteável.

Ao passar por Paranavaí encontrou um caminhão Mercedes-Benz 1957, em péssimo estado, corroído pela ferrugem e cupins. Não teve dúvida, pagou R$ 9.000,00 e graças ao esforço, dedicação, três anos e mais de R$ 90.000,00, ficou como novo.

A mudança

“O que me deu mais trabalho foi a lataria, para fazer com que o caminhão voltasse ao estado original”, lembra Vandal. “Ou melhor, quase original. Ele era um modelo com carroceria e eu acabei o transformando em um ca-valo-mecânico. O modelo só foi lançado na Europa e eu queria deixá-lo o mais original possível”.

Para isso foi preciso desmontar o caminhão inteiro, deixando no chassi e começar tudo de novo. A lataria foi refeita por inteiro, o motor utilizado foi o de um MB 1313 turbinado, também foi instalado um diferencial alongado que permite o modelo atingir 110 km/h sem esforço.

“O pára-choque original era fininho, mas a gente preferiu fazer um mais largo, para dar um ar de imponência”, lembra Vandal. “O caminhão está perfeito, com tudo funcionando”.

E pelo jeito continuará assim por muito tempo. Isso porque Vandal só utiliza o caminhão para participar de inúmeras feiras e atividades para as quais ele é convidado.

Em uma delas, a necessidade era para decorar um baile dos anos 50. “Eu tinha uma lambreta 1963 que também reformei inteira e casava direitinho com o que eles me pediam”, conta Vandal. “A lambreta era prata, mas pintei de rosa e colocamos na entrada do baile. Fez o maior sucesso. Todas as moças do baile quiseram sentar e tirar fotografias na lambreta. As moças e alguns rapazes alegres também. Foi um show”, lembra rindo.

Por essas e outras aventuras, a relação entre Vandal e o Mercedes reformado ficou cada vez mais forte. Já tentaram separá-los, mas os R$ 150 mil oferecidos não foram suficientes. “Pra tirar ele de mim, tem que começar a conversar acima dos R$ 250 mil e ainda assim vou pensar muito”, previne o menino que consertava o “pé de bode” do irmão e hoje tem seu próprio cavalo-mecânico.

Fonte: Revista Caminhoneiro

Crise econômica chega em transporte de carga em Rondonópolis e caminhoneiros não descartam paralisação

A euforia e os planos de expansão ficaram para trás entre os transportadores de Rondonópolis, conhecida como “Capital Nacional do Bitrem” por conta do grande fluxo de caminhões articulados em circulação nas rodovias federais que cortam a cidade. Os transportadores passaram a vivenciar uma nova realidade: lucros menores, redução de frota e aumento das dispensas de funcionários. A Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC) avalia que o setor de transporte rodoviário de cargas está passando por uma das maiores crises dos últimos 20 anos.

As dificuldades se intensificaram há dois anos, quando houve um aumento significativo do número de caminhões no mercado. Naquele momento, muitas empresas de outros setores e até profissionais liberais se interessaram e acabaram ingressando no transporte rodoviário de cargas. Em consequência, junto com outros imprevistos nas lavouras, as tarifas de fretes começaram a cair, gerando prejuízos.

Segundo o diretor-executivo da ATC, Miguel Mendes, o setor de transporte rodoviário de cargas é o maior gerador de renda, impostos e de empregos diretos e indiretos de Rondonópolis e região, com estimativa de mais de 20 mil trabalhadores atuando em prol do mesmo de forma direta ou indireta.

Quanto aos reflexos desta crise, aponta o aumento do número de desempregados e o enfraquecimento do comércio local, com o fechamento de muitas empresas que dependem do setor.

“Inclusive não está descartada uma Paralisação de caminhoneiros autônomos ainda este mês” afirma o Diretor.

“A crise no segmento não é fruto de mau planejamento por parte do setor e sim por uma política errada do Governo que autorizou há dois anos, o BNDES a financiar, com taxa de juros subsidiadas, a aquisição de caminhões e carretas, com o intuito de fomentar a fabricação e comercialização destes bens. Com isso, reforça que muitos empresários de outros setores acabaram se aventurando no segmento achando que poderiam enriquecer da noite para o dia.” Explica o Diretor.

No Brasil

A Comissão na Câmara Federal definiu a política de preços mínimos a serem praticados para o frete. O projeto de lei 528/2015, que cria a Política de Preços Mínimos do Transporte Rodoviário de cargas, foi aprovado por unanimidade pelos deputados federais que compõe a Comissão de Viação e Transporte na Câmara Federal em dezembro de 2016.

A aprovação era pleiteada pelo setor do transporte de cargas desde 2015 diante à crise pela qual passa. Os transportadores autônomos e frotistas chegaram a ameaçar entrar em greve novamente caso o projeto não fosse acatado pelos parlamentares. O projeto agora encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania para análise.

A crise econômica fez a atividade de transporte de carga rodoviária cair 7,5% no último ano. Os caminhoneiros reclamam que a oferta de serviço faz o frete cair; além disso, o pedágio e o diesel tiveram aumentos acima da inflação. Em todo o Brasil, 37 motoristas de transportadoras foram demitidos. A expectativa é que a demanda do agronegócio ajude a reverter as perdas do setor.

Projeto de Lei 528

O projeto de lei 528/2015 foi criado após as paralisações realizadas no primeiro semestre de 2015, aonde em Mato Grosso todas as principais rotas de escoamento da produção agropecuária com destino aos portos chegaram a ficar bloqueadas.

O projeto visa o estabelecimento de uma tabela de preço mínimo para o frete, que hoje não cobre os custos de operação do setor de transporte de cargas.

O setor do transporte de cargas, principalmente de grãos, vem passando por uma crise há três anos aproximadamente, tendo o “enterro do segmento” com a quebra da safra 2015/2016, onde somente entre soja e milho foram quase 9 milhões de toneladas a menos produzidas .

Em 2015, os caminhoneiros em Mato Grosso chegaram entre os meses de fevereiro e março a bloquear as principais rotas de escoamento da produção de grãos. Em todo o país foram realizados manifestos em prol de melhores condições de trabalho e um frete que cubra os custos de produção.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Valor mínimo de frete passa por comissão da Câmara

Foi aprovado semana passada na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados o projeto (PL 528/15) que define uma política de preços mínimos para o setor de transporte de cargas. Agora, a proposta passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e, se aprovada, seguirá direto para o Senado.

O projeto determina que, nos meses de janeiro e julho, o Ministério dos Transportes regulamente os valores mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes por eixo carregado. Até que isso ocorra, o texto prevê como mínimo R$ 0,90 por quilômetro rodado para cada eixo carregado, no caso de cargas refrigeradas ou perigosas; e de R$ 0,70, nos demais tipos de cargas. Para fretes considerados curtos (em distâncias inferiores a 800 quilômetros), esses valores são acrescidos em 15%.

Dificilmente o projeto irá adiante. Além da pressão contrária da bancada ruralista na Câmara, ele pode ser entendido como tabelamento de preço, o que é considerado inconstitucional. Mas, para o empresário do transporte de Mato Grosso, Gilson Baitaca, não se trata de tabela. “Estamos falando de piso, de preço mínimo”, afirma. Ele admite que será difícil a proposta tornar-se lei, devido aos lobbies do agronegócio e das tradings, mas afirma ter esperança. “Estamos fazendo pressão lá em Brasília”, conta.

Para o empresário, a inconstitucionalidade do projeto é questionável. “Existe um parecer do ministro Barroso (Luis Roberto Barroso), do STF (Supremo Tribunal Federal), que diz que o governo pode intervir na economia quando há desequilíbrio. E o que nós estamos vivendo hoje é um verdadeiro desequilíbrio”, diz ele se referindo aos valores de frete praticados no País.

Fonte: Carga Pesada

Proposta tenta reduzir diferenças regionais nos preços de combustíveis

Já aprovada em duas comissões da Câmara, proposta tenta reduzir diferenças regionais nos preços de combustíveis. O projeto (PL 4772/16) altera a lei (10.336) que criou a Cide, uma contribuição incidente sobre a importação e o comércio de petróleo e seus derivados. Para evitar que as regiões Norte e Nordeste continuem a pagar mais caro por gasolina, álcool e diesel, seria criada uma conta específica para depósito da Cide-Combustível e esse valor passaria a subsidiar o produto nessas duas regiões.

A meta é que o preço final fique igual ou, no máximo, 5% acima daquele cobrado no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ao apresentar a proposta, o deputado Alan Rick, do PRB do Acre, argumentou que Norte e Nordeste enfrentam problemas de logística para o transporte do combustível desde as refinarias, que se concentram no Sul e Sudeste. Para Rick, a redução das diferenças regionais de preço tem caráter de “justiça social”.

“Para você ter uma ideia, em alguns municípios do Acre, de Rondônia e de Roraima, nós chegamos a pagar de R$ 5 a R$ 6 pelo litro da gasolina; R$ 5 ou R$ 4,50 pelo litro do diesel. Se existe uma cláusula na Constituição que prevê a redução das desigualdades regionais, nada mais justo do que estabelecermos uma regra clara e regulamentarmos o fundo da Cide. Nós sabemos que vamos pagar mais caro por conta do frete, mas essa desigualdade não pode ser tão alarmante, gerando tantos prejuízos para a população do Norte e do Nordeste do Brasil”.

Já o superintendente da Fundação Getúlio Vargas em Brasília, Jandir Feitosa Junior, afirma que quanto mais longe do local de produção maior será o preço final de um produto. Para o economista, essa é uma regra básica do mercado e dificilmente será alterada por projeto de lei.

“Acho que (o PL) vai ser inócuo. Em um país continental como o nosso, você tentar uniformizar preço de combustível não vai funcionar na prática. No mundo real da economia, os preços são demonstrações de escassez e abundância. Então, não há como regulamentar para uniformizar isso. Não funciona assim”.

Como alternativa, Feitosa defende a implementação de mecanismos que tornem mais barata a logística de abastecimento no Norte e Nordeste. A proposta que tenta corrigir distorções regionais nos preços dos combustíveis já foi aprovada nas Comissões de Integração Nacional e de Minas e Energia. O texto ainda passará pela análise das Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça antes de encerrar a tramitação na Câmara.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Consumo de Arla 32 está 45% abaixo do estimado

Dados divulgados pela AFEEVAS (Associação dos Fabricantes de Equipamentos para Controle de Emissores Veiculares da América do Sul) apontou que o consumo de Arla 32 está 45% menos que o exigido para a frota em circulação no País. O resultado refere-se ao consumo do ARLA 32 em comparação ao Diesel S-10 no mês de outubro do ano passado.

Em comparação ao último levantamento realizado pela AFEEVAS, o déficit no comparativo de consumo apresentou crescimento, mostrando um cenário ainda mais agravante para o setor, uma vez que o consumo de ARLA 32 deveria acompanhar o de Diesel S-10.

Para atender a fase 7 do PROCONVE (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores do Conselho Nacional do Meio Ambiente) esse déficit teria que ficar muito abaixo dos 20%, pois acima deste valor a fase deixa de ser eficaz para o controle da emissão dos óxidos de nitrogênio (NOx).

“Entendemos que o cenário macroeconômico é delicado, porém é preciso que as demais policias e agências ambientais também atuem nas fiscalizações, tornando mais efetivo o combate às fraudes. Além disso, o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade eTecnologia) e os IPEMs (Institutos de Pesos e Medidas) precisam ser ainda mais participativos com relação à fiscalização e monitoramento das empresas que comercializam ARLA 32 fora de conformidade”, comenta Elcio Farah, diretor adjunto da AFEEVAS.

Atualmente as ações de combate às fraudes e burlas têm sido realizadas pela Polícia Rodoviária Federal e o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos), por meio de fiscalizações nas principais estradas no País.

Fonte: Portal O Carreteiro

Motorista pode passar por avaliação psicológica ao renovar carteira

Prestes a completar 20 anos, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) já passou por algumas modificações, como a introdução da Lei Seca, que pune motoristas que dirigem após consumir bebida alcoólica. O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) pretende implantar também a exigência de que os motoristas passem por avaliação psicológica tanto na primeira habilitação quanto nas renovações.

Para isso, ele apresentou o Projeto de Lei do Senado (PLS) 98/2015, que aguarda análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A legislação estabelece a avaliação psicológica só para o condutor que exerça atividade remunerada com o veículo. Os demais são submetidos a esse tipo de avaliação quando obtém pela primeira vez a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Pelo projeto, todos os motoristas, no exercício ou não de atividade remunerada, serão submetidos ao exame psicológico para a primeira habilitação e demais renovações. O senador argumenta que, na primeira avaliação, o candidato vem desprovido da carga emocional acumulada do estresse “que acompanhará sua trajetória a partir de então”. Ele lembra que há muitas doenças psicológicas que podem comprometer a ação dos motoristas.

“O estado psicológico de um candidato no exame da primeira CNH pode não ser o mesmo no momento da renovação. Desse modo, este estado deve ser muito bem avaliado, de maneira a garantir a condução segura de todos que fazem uso das vias públicas, como motoristas, motociclistas, ciclistas e, sobretudo, pedestres”, justifica.

Além disso, o projeto também dá fim à chamada Permissão para Dirigir, com validade de um ano. Para ele, essa autorização temporária é “desarrazoada”, uma vez que o motorista habilitado está pronto e responderá por todas as infrações que venha a cometer. Pela lei, o motorista só obtém a CNH definitiva se, durante a validade da permissão, não cometer infração gravíssima (disputar corridas ou transportar crianças sem seguir as normas, por exemplo), grave (deixar de usar cinto de segurança ou de prestar socorro à vítima) ou duas ou mais infrações médias (usar o carro para arremessar água em pedestres ou deixar o carro parar por falta de combustível, entre outras), sob pena de repetir todo o processo, desde o início, para obter a carteira.

Exames privados

O texto também amplia para entidades públicas ou privadas, credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos estados e do DF, a possibilidade de aplicar o exame de direção veicular. Hoje, só os Detrans o fazem.

— Sem tirar a responsabilidade do Estado, busca-se ampliar esse efetivo, qualificando-o mediante curso especializado, permitindo que tais exames possam ser aplicados por entidades privadas credenciadas pelo órgão executivo de trânsito da respectiva unidade federativa — argumenta Davi Alcolumbre.

QR-Code

Algumas modificações que afetam o motorista, no entanto, não precisam de aprovação de projetos. Nos últimos dias de 2016, o Diário Oficial da União publicou norma do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) impondo a confecção da nova CNH com um QR-Code. O código bidimensional vai conectar diretamente a CNH ao Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renach), sem a necessidade de digitar qualquer informação.

O código só aparecerá nas carteiras emitidas a partir de maio de 2017, período para a adaptação às novas regras, estabelecida pelo Contran em uma resolução de maio de 2016. A nova CNH será emitida com cores diferentes e mais itens de segurança, para evitar falsificações.

O Denatran disponibilizará o sistema eletrônico para leitura do QR-Code, que fornecerá os dados do motorista, incluindo a fotografia. O código será um quadrado de 5 centímetros impresso no verso inferior da CNH.

Quem tem carteira dentro da validade não vai precisar trocá-la pela nova antecipadamente. Os procedimentos para obter ou renovar a habilitação continuam os mesmos.

Fonte: Revista Caminhoneiro 

Curso sobre amarração de carga é promovido em São Paulo

O grupo IMAM promove no próximo dia 17 de janeiro, o curso Amarrações de Cargas da Embarcadores, em São Paulo. Segundo Reinaldo Moura, fundador e diretor do IMAM, o encontro tem por objetivo apresentar técnicas relacionadas à amarração de cargas. “O conteúdo mostrará ao participante diversos procedimentos, importantes, que são utilizados no processo de amarração de carga, afirma Moura.

O CEO da empresa ainda destaca que o curso já se enquadra na nova regulamentação do Contran – Conselho Nacional de Trânsito – que entra em vigor a partir de janeiro de 2017. A resolução, 552/15, visa oferecer maior segurança nas estradas, evitando que a carga se solte do veículo.

A norma diz que a partir de 1ª de janeiro será proibido, entre outras coisas, a utilização de cordas para amarração, sendo substituídas por cintas, correntes ou cabos de aço.

O curso tem duração de 8 horas. Confira a programação do curso aborda os seguintes tópicos:

  • Por que é importante amarrar cargas.
  • Quais são as 10 regras básicas para qualquer tipo de carga.
  • Quais são os mitos e manias sobre amarração de caga e que podem causar acidentes.
  • Quais os tipos de amarração de cargas: direta, envolvente (de topo) etc.
  • Quais os métodos para calcular a quantidade de dispositivos de amarração.
  • Nova resolução sobre amarração de cargas – 552/15
  • Requisitos específicos para cada tipo de carga, inclusive para cargas de projeto (cargas especiais).
  • Como elaborar um plano de amarração de carga.
  • Procedimento para tensionamento de catraca fixa e forma segura (arquivo).
  • Planilha Excel para dimensionamento de sistemas de amarração (de topo e direta) – exemplo.

Mais informações pelo site www.imam.com.br ou pelo telefone 11 5575.1400.

Fonte: Portal O Carreteiro

Pare e siga

A Concessionária Rota do Oeste informa que terça-feira (10) entre 07h e 17h, haverá interdição parcial de pista em alguns pontos da BR-163 / BR-364 / BR-070. Em trechos da BR-364, os trabalhos também serão realizados no período noturno, entre 19h e 4h30. Nestes locais são realizadas obras sobre o pavimento. Por isso, para evitar acidentes, a Concessionária orienta os usuários que redobrem a atenção. Nos pontos onde a rodovia é de pista simples, o tráfego flui apenas por um dos sentidos e há operação ‘Pare e Siga’*. Nos trechos duplicados, é interditada apenas uma das faixas e o tráfego é realizado em meia pista. As intervenções podem sofrer alterações de acordo com as condições climáticas no local. Mais informações sobre a rodovia podem ser solicitadas no Centro de Controle Operacional (CCO) por meio do 0800 065 0163.

Terça-feira (10)

Data

Rodovia

KM Inicial

KM Final

Localização

10/01/2017

De 19h às 4h30

BR-364

444

449

Várzea Grande

10/01/2017

De 19h às 4h30

BR-364

501

510

Jangada / Rosário Oeste

10/01/2017

BR-163

608

611

Travessia urbana de Nova Mutum

* Em operação ‘Pare e Siga’ o tráfego é realizado em meia-pista e em até 15 minutos o fluxo de veículos é invertido, sendo liberado um sentido por vez. O sistema é adotado para realização de obras em pista simples. A sinalização é realizada por operários.

Fonte: Rota do Oeste

Conheça a pior estrada do Brasil, onde acidentes e prejuízos são rotina

Uma gota de suor escorre pelo rosto do borracheiro João Marciano, o Gauchinho, enquanto ele dá mais uma batida com um martelo para tirar a roda de um caminhão parado em sua loja em Placas, último povoado do Oeste da Bahia.

A roda sai do eixo após uma última puxada. O pneu está destruído.

“Esse já era. Vai pra pilha”, lamenta Gauchinho ao informar o caminhoneiro Rafael Balan, que até observa a cena conformado.

O pneu de R$ 1.400 vai para uma área na lateral da loja que, um mês atrás, estava limpa e agora tem outros 30 pneus amontoados à beira da BA-460, uma das vias que liga a região ao Tocantins.

O trecho faz parte de uma rota de 262 quilômetros que é considerada a pior estrada do país entre os 109 principais corredores de tráfego no país, segundo pesquisa anual da CNT (Confederação Nacional dos Transportes).

Velha, perigosa, sem sinalização, com curvas fechadas, pontes estreitas e com buracos e ondulações em quantidade significativa, a ligação viária entre as cidades de Luis Eduardo Magalhães (BA) e Natividade (TO) fez o caminhoneiro Rafael Balan perder tudo o que ganharia no frete.

É um pequeno pedaço da conta que colabora para o país a desperdiçar todo ano R$ 2,3 bilhões pela má qualidade das vias asfaltadas, segundo estimativa da CNT.

O mau estado da via leva a perdas financeiras -na estimativa da confederação, cada caminhão que passa nesse trecho gasta 48% mais do que gastaria numa estrada boa- e também de vidas.


Foram 110 acidentes em 2014, com 12 mortes, colaborando com a estimativa de 44 mil mortes anuais no trânsito no Brasil.

“Morre mais gente aqui em estradas que em países em guerra”, diz Bruno Batista, diretor executivo da CNT, que estima um custo de R$ 187 milhões para recuperar esse trecho percorrido pela reportagem.

Velocidade

De acordo com dados de uma pesquisa da consultoria Bain & Company, o país tem apenas 14 mil quilômetros de estrada realmente de qualidade, vias de mão dupla, com acostamento e sinalização, chamadas de autoestradas. Isso significa menos de um décimo do total de vias americanas e chinesas nessa condição, outros dois países com grandes territórios.

Para dirigir na pior estrada do Brasil, os caminhoneiros contam que precisam andar em baixa velocidade por vários quilômetros. Estão sujeitos a freadas bruscas a qualquer momento, fazendo com que o consumo chegue em média a 1,4 quilômetros por litro – é possível fazer até 2,2 quilômetros por litro numa estrada de boa qualidade.

As freadas podem acontecer a qualquer momento já que são raras as placas na rodovia.

Num trecho da TO-040, próximo à cidade de Bom Jardim, uma descida termina com um trevo com duas curvas em 90 graus. Sem qualquer sinalização, as opções para quem não conhece são a freada brusca ou a passagem em linha reta diretamente para dentro do terreno do comerciante Genivaldo Oliveira de Araújo.

“Tem dia aqui que a gente tira um caminhão debaixo do outro”, relata o dono da pequena mercearia à beira da estrada.

Há 18 anos morando ali, Genivaldo diz que nunca viu a estrada ter uma conservação adequada. Nos últimos cinco anos, o trecho esteve sempre classificado entre as cinco piores, embora o governo do Tocantins diga que as vias receberam melhorias e estão “em bom estado”.

As melhorias, na verdade, são remendos nos buracos do pavimento que ocorrem ano sim, ano não. Em trechos da TO-040, é possível ver de duas a três diferentes camadas de asfalto sobre a outra, criando calombos que os caminhoneiros apelidaram de “buracos para cima”.

A via é usada principalmente por caminhões que vão com adubo da Bahia e os que voltam com calcário e grãos produzidos no Tocantins.

Dirceu Delatorre, que tem duas fazendas no Tocantins, diz que seus sete caminhões deixariam de ter custos até 20% maiores por transitar na região.

Um dos seus motoristas é Noé Rodrigues, 65 anos, dirigindo caminhão desde 1978. Orgulhoso, mostra sua nova Volvo 540 I-Shift, com câmbio automático de 12 marchas. Mas, na hora de partir para a rodovia, o sentimento é a lamuria.

“Dá até pena botar um caminhão novo assim numa estrada dessa”, diz o caminhoneiro, lembrando o preço de R$ 375 mil da máquina.

Perdas

Só o setor agrícola brasileiro desperdiça R$ 3,8 bilhões, segundo a estimativa da CNT, apenas com o transporte dos 66 milhões de toneladas de milho e soja por rodovia (o que inclui estradas não asfaltadas). Isso colabora para que o custo para transportar a produção no Brasil sejam entre o dobro e o triplo da média americana, por exemplo.

Quando esses produtos usam caminhão para distâncias acima de mil quilômetros, o transporte pesa ainda mais no custo, tornando o produto menos competitivo.

Na região do Matopiba, que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, essas perdas são ainda mais significativas já que elas estão distantes mais de mil quilômetros dos portos. É nessa área que a pior ligação passa.

Por causa do contínuo aumento das lavouras de soja, milho e algodão na região nas últimas duas décadas, o governo decidiu fazer dois projetos ferroviários tentando reduzir custos de transportes e, assim, incentivar mais produção.

Uma década se passou e nem a extensão da Ferrovia Norte-Sul até São Paulo e nem o Ferrovia Oeste-Leste, de Barreiras (BA) a Ilhéus (BA), estão funcionando. A nova previsão da Valec, estatal responsável, é 2018.

Já foram gastos mais de R$ 10 bilhões, parte deles perdida em superfaturamentos e outros prejuízos, e o pouco que ficou pronto não funciona adequadamente.

No caso da região do Tocantins, as cidades próximas ao trecho da pior rodovia poderiam utilizar mais facilmente a Norte-Sul como via de escoamento até o porto. Para isso, o projeto original previa pátio para depósito e transbordo de mercadorias em Porangatu (TO). A Valec pagou R$ 11 milhões em equipamentos para sua construção, mas o pátio nunca ficou pronto.

“A gente tinha muita esperança nessas linhas”, diz a fazendeira Carminha Missio, presidente do Sindicato Rural de Luis Eduardo Magalhães.

Sem a opção do trem, o caminhão vira a saída para tudo. No caso do calcário, um produto de alta densidade, a mercadoria deve ser colocada só até o meio da caçamba para que o peso não fique acima do permitido para a estrada. Se o peso está além do máximo, mais chance da estrada ser destruída.

A balança no posto de fiscalização na fronteira entre os dois estados está quebrada desde novembro, sem perspectiva de voltar a funcionar porque o contrato com a manutenção foi encerrado. Fiscais que trabalham no posto contaram que caminhões passavam nitidamente acima do peso, o que piora ainda mais a rodovia.

Dono de uma frota de caminhões em Dianópolis (TO), a cidade no meio do caminho do pior trecho rodoviário do país, Evandro Mokfa conta que os custos a mais com sua frota acabam se refletindo nos preços. E nem chegam a ser todos repassados aos consumidores.

A NTC&Logística, maior entidade do setor de empresas de transporte por caminhão, faz semestralmente pesquisa em que aponta que as empresas recebem entre 9% e 21% menos que os custos mínimos necessários para a atividade. A crise aprofundou os números.

Quando conversou com a reportagem, o caminhoneiro João Batista de Souza estava há seis dias esperando por carga num posto de gasolina em Luis Eduardo para um frete para Fortaleza. Segundo ele, os valores caíram de R$ 160 a tonelada para R$ 150 em duas semanas. Há um ano, passava de R$ 200.

Perguntado porque aceita preços que, segundo ele, nem chegam a pagar seus custos e o diesel numa estrada como a via até Natividade, o caminhoneiro se resigna: “O caminhão está aí. Não tem como ficar parado”.

Baiuchos

Para compensar os preços mais altos de frete, as atividades precisam de uma rentabilidade elevada, o que limita o crescimento. Luis Eduardo, onde as terras são amplas e é possível plantações em grandes extensões, cresce em média três a cinco vezes mais que as cidades mais ao fim do trecho, no estado do Tocantins, segundo dados do IBGE.

Natividade, uma das pontas do trecho pesquisado, é a cidade mais antiga do Tocantins, fundada em 1734 por Bandeirantes em busca de ouro. A região de rios de águas cristalinas chegou a ter 40 mil escravos vindos do litoral da Bahia pela mesmo caminho que hoje é a pior ligação rodoviária do país.

Os escravos deixaram como herança a inconclusa Igreja para Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, que levou o Iphan em 1997 a declará-la Patrimônio Histórico.

Assemelhada a outras cidades do ciclo do ouro como Paraty (RJ), Goiás Velho (GO) e Tiradentes (MG), Natividade teria o turismo como opção para o desenvolvimento. Mas os próprios moradores são céticos quanto a poderem receber visitantes.

“Meu sobrenome aqui é ´louca´”, diz Cirene Coelho, presidente do Conselho Municipal de Turismo sobre como é encarada ao falar sobre trazer turistas para a cidade.

Cirene reclama das notas dadas à estrada, mas não sabe quantos visitantes chegam à noite da região da Bahia em seu hotel por medo de parar na estrada. A viagem de 250 quilômetros, a depender do período, pode durar mais de cinco horas.

“Se dá um problema, vai ficar onde se nem acostamento tem?”, reclama.

Sem turismo, com terrenos de menor produtividade e mais distante dos portos que sua concorrente, Natividade perdeu 13% de suas empresas num período de 10 anos e vai vivendo da prefeitura, assim como a maioria das cidades brasileiras.

A vizinha Luis Eduardo Magalhães, antiga Mimoso do Oeste, tem 30 anos como município. Carminha Missio, a presidente do Sindicato Rural da cidade, conta que o pai, Amélio Gatto, chegou em 1979 (quando a região ainda pertencia a Barreiras) apenas com um carro velho, que ficou de entrada para a compra de um terreno.

A área era dezenas de vezes maior que a pequena chácara onde ele, a esposa e 10 filhos teriam que prover o futuro de todos na pequena cidade gaúcha de Espumoso.

Chamados de “Baiuchos”, eles precisaram construir os caminhos de terra com tratores, dormir sobre caminhões e estocar alimentos em banha de porco para não passarem fome devido ao isolamento.

A chegada das estradas asfaltadas, conta Carminha, ajudou no crescimento da região, agora uma das mais ricas do Nordeste. O PIB per capita é de R$ 50 mil, quase o dobro do brasileiro. Mas a rodovia parou no tempo: é a mesma de 2006, quando havia 5 mil carros na cidade que hoje tem 40 mil, o que levou a seu esgotamento e, consequentemente, aos acidentes.

Segundo dados da polícia local, foram 110 acidentes no ano de 2015, quase um a cada três dias. Neles, morreram 12 pessoas. Em outro trecho de 157 quilômetros da BR-242, que corta a cidade e vai até Barreiras (BA), mais 110 acidentes, com 13 mortos.

Anos atrás, a vítima foi Amélio Gatto, o pai de Carminha. Com voz embargada, ela diz o que pensa sobre as estradas na região: “são, basicamente, assassinas”.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

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