Etilômetro passivo: entenda o novo bafômetro que aumentou multas em 38%

O uso de um novo bafômetro ajudou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a ampliar em 38% entre 2017 e 2018 o número de motoristas que foram flagrados dirigindo embriagados pelas rodovias federais de São Paulo. Se trata do etilômetro passivo, que passou a ser usado no ano passado.

O equipamento é um pequeno bastão que capta a presença de álcool no ar e não exige do motorista assoprar um bocal. A ponta é luminosa e brilha na cores vermelha, se houver presença de álcool, e verde, se não houver.

Porta-voz da PRF em São Paulo, Tibério Freitas explicou que o bafômetro passivo é um “coadjuvante”, mas que tem garantido mais eficiência e agilidade às fiscalizações.

“A vantagem é que o aparelho é muito rápido e permite que seja utilizado novamente de forma quase imediata, sem que o policial precise fazer um autoteste ou a limpeza do bocal. Com isso, conseguimos fazer uma triagem e, nos casos indicados, submetemos o motorista ao etilômetro convencional, que é mais preciso e imprime o resultado.”

Em 2017, a PRF multou 1.397 motoristas que foram flagrados bêbados nas rodovias federais paulistas. No ano passado, o primeiro com o “novo bafômetro”, o número saltou para 1.930.

Dá para recusar o teste?

O teste com o etilômetro convencional pode ser recusado. Mas é considerada uma infração gravíssima. Segundo os advogados Andrea Venerando e Cid Barcellos, especialistas em direito de trânsito, que falaram ao Portal UOL, o motorista recebe as mesmas punições administrativas do motorista embriagado que aceita fazer o teste.

Além disso, o veículo é apreendido caso não haja outro motorista habilitado e autorizado a conduzi-lo no momento. Caso haja a condenação administrativa, o motorista passa a responder a um inquérito criminal por crime de trânsito.

Multa

O condutor embriagado recebe multa de R$ 2,9 mil e responde a processo administrativo para a suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Os que excedem os 0,34 miligramas de álcool por litro de ar expelido cometem crime de trânsito e podem ser presos por até três anos.

A PRF tem hoje 18 etilômetros passivos, número ainda insuficiente para todas as equipes em São Paulo. “É um recurso novo e que aumenta o número de fiscalizações possíveis dentro de uma blitz. Com mais pessoas fiscalizadas, aumentamos a chance de encontrarmos os motoristas que não cumprem a Lei Seca”, afirmou o porta-voz.

Fonte: Trucão Com Pé na Estrada

Rodovias federais concedidas podem ter aumento de 25% no pedágio

A proposta do Ministério da Infraestrutura é de permitir um aumento de 25% no valor dos pedágios para sete rodovias federais concessionadas no governo Lula.

As concessionárias responsáveis pelas estradas enfrentam desequilíbrio financeiro e alegam não conseguir investir R$ 7 bilhões em obras de melhoria previstas nos contratos.

Em alguns casos, como o da Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte, o reajuste pode chegar a 58%

Investimento necessário

A Arteris, que tem como sócias a espanhola Arbetis e a canadense Brookfield, precisa honrar com R$ 4,6 bilhões para cumprir exigências como duplicações, faixas adicionais, sistemas de controle e monitoramento em cinco vias.

Outras duas empresas, Acciona e Triunfo, teriam de arcar com mais R$ 2,4 bilhões para melhorias em duas estradas.

Simulações indicam que a proposta de aumento do pedágio poderia gerar R$ 600 milhões por ano às concessionárias Planalto Sul, Fluminense, Fernão Dias, Régis Bittencourt e Litoral Sul, controladas pela Arteris, valor que seria suficiente para os investimentos.

“Há espaço para aumento”

O ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas afirmou à Folha que “há espaço para aumento” até maior de tarifa em rodovias que não têm mais obras programadas.

“Nessas estradas, há pedágios muito baixos, sem investimentos previstos, e queremos autorizar aumento.

A questão é saber se a população não aceita pagar um pouco a mais para ter uma terceira faixa, por exemplo. Para isso, vamos fazer consulta pública.”

Fazendo as contas

Na Fernão Dias, o pedágio poderia, segundo cálculos parciais, saltar de R$ 2,40 para R$ 3,80, que faria frente a R$ 1,2 bilhão em investimentos.

Na Régis Bittencourt, que liga a capital paulista ao Sul e é uma das rodovias com maior tráfego de carga do país, a exigência de investimento é de pelo menos R$ 1,1 bilhão.

A tarifa nessa estrada poderia passar, ainda na avaliação de técnicos, dos atuais R$ 3,20 para R$ 4 (25%).

Existem rodovias, como a BR 116 (PR/SC), da Autopista Planalto Sul, que precisam realizar R$ 383 milhões em investimentos, mas o pedágio nessa via já é elevado (R$ 6,50), deixando pouca margem para correções. Com uma tarifa de R$ 7, a BR-393 (Rodovia do Aço), administrada pela K-Infra, também tem pouco espaço de manobra.

Segundo os técnicos do ministério, na média, somando a tarifa das sete estradas, seria possível ampliar em até 25% a receita dos pedágios.

Fonte: Trucão Pé na Estrada

Justiça ordena interdição de GO 060 e GO 173 para manutenção

Na última quinta-feira, 14, o juiz Marcos Boechat Lopes Filho ordenou interdição parcial das rodovias GO 060 e GO 173, nos trechos entre as cidades de Israelândia e Jaupaci, e entre Iporá e o trevo para a cidade de Moiporá, em Goiás.

A proibição do uso das rodovias acontece após a Unidade Técnico-Pericial de Engenharia do Ministério Público de Goiás (MP-GO) constatar buracos, depressões, trincas, deformações e falta de sinalização nas estradas.

O magistrado estipulou o prazo de cinco dias para que a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) providencie ações emergenciais e provisórias para a recuperação das vias, e o prazo de 30 dias para os reparos definitivos.

“São necessárias que medidas emergenciais sejam tomadas pelos órgãos públicos responsáveis pelas rodovias estaduais a fim de conter graves e significativos danos”, afirmou o juiz. Assim, temporariamente está proibido o tráfego de veículos pesados nos trechos citados, sendo permitido somente o fluxo de motocicletas, automóveis de passeio, ônibus de transporte de passageiros e caminhões de até dois eixos.

Goinfra

Por meio de nota, a Goinfra informa que ainda não foi intimada da decisão judicial. Entretanto, informa que não há qualquer razão técnica para interdição das rodovia, pois a recuperação do trecho crítico da GO 060 já foi iniciada e está em fase de conclusão. A atual gestão também culpou a anterior pela deterioração da malha viária. “A nova gestão está adotando medidas emergenciais para solução dos problemas existentes”, diz o texto.

Desmoronamento

Na segunda-feira, 12, houve um desmoronamento na GO 060, na altura do Km 207, entre Israelândia e Iporá, abalando quatro metros de extensão da via. O trecho atingido precisou ser interditado pela Polícia Rodoviária Estadual, onde ainda há trincas no asfalto do outro trecho da pista, liberado para o tráfego, indicando grave risco de novo desmoronamento.

Fonte: Trucão com Pé na Estrada

Caminhão elétrico da Mercedes-Benz começa a ser testado por clientes

Período de experimentação será de 1 ano com transportadoras europeias. eActros tem autonomia de 200 km.

A Mercedes-Benz vai começar a testar este mês seu caminhão elétrico pesado, o eActros, com seus clientes em transportadoras na Europa.

Dez unidades, em duas versões (PBT de 18 ou 25 toneladas), serão colocados em condições reais de uso. De acordo com a empresa, objetivo a longo prazo é a condução silenciosa e livre de emissões em ambientes urbanos, com caminhões produzidos em série para esta aplicação.

Para esse teste, foram selecionados transportadores que trabalham em diferentes áreas, desde alimentos e materiais de construção até matérias-primas. Os eActros serão utilizados para operações que seriam realizadas por veículos com motor a diesel.

O período de teste será de 1 ano.

Mercedes-Benz eActros — Foto: Mercedes-Benz/Divulgação

Dois motores elétricos

O sistema de propulsão conta com dois motores elétricos localizados junto aos cubos de roda do eixo traseiro. Esses motores têm refrigeração líquida e operam a uma voltagem nominal de 400 Volts.

Esses propulsores geram 125 kW de potência cada um, com torque máximo individual de 485 Nm. As reduções de engrenagem convertem esse torque para 11.000 Nm cada. Sua autonomia máxima de 200 km.

De acodo com a empresa, o resultando é um desempenho de rodagem equivalente ao de um caminhão com motor a diesel.

Mercedes-Benz eActros — Foto: Mercedes-Benz/Divulgação

 

Fonte: G1 – Auto Esporte

Proposta apresentada na Câmara quer acabar com lei que obriga uso de farol baixo nas rodovias durante o dia

Uma das primeiras propostas apresentadas na Câmara neste ano quer acabar com a lei que obrigou o uso, durante o dia, de farol baixo nas rodovias. O projeto de lei número 6, de 2019, foi apresentado pela deputada Carla Zambelli, do PSL de São Paulo.

Desde 1998, o Conselho Nacional de Trânsito, Contran, recomenda manter, nas rodovias, o farol baixo aceso durante o dia. O objetivo é melhorar a visibilidade e evitar acidentes.

Na Câmara, em 2013, o deputado Rubens Bueno, do PPS do Paraná, apresentou projeto transformando a recomendação do Contran em lei. Segundo ele, os condutores envolvidos em acidentes nas rodovias relatavam não ter visto o outro veículo a tempo de evitar a colisão. Bueno argumentou, na proposta, que a recomendação do Contran raramente era seguida.

O projeto virou lei em maio de 2016 (13.290/16), com a previsão de que não usar o farol baixo é infração média, com penalidade de perda de quatro pontos na carteira e multa de 130 reais. No primeiro de mês de vigência da lei, a Polícia Rodoviária Federal registrou 124 mil infrações nas rodovias federais. Também durante o primeiro mês de vigência da lei, foram registradas 117 colisões durante o dia, número 36% menor comparado ao mesmo período do ano anterior, que teve 183 batidas.

Para Rubens Bueno, os números provam que sua proposta foi acertada. “Nós colocamos a multa como pena para aqueles que não obedecem a lei. Somente isto. E o relator desta matéria no Senado foi o então senador Medeiros, policial rodoviário federal, que fez o relatório e aprovou. E o presidente Temer sancionou a lei. De lá pra cá, tem vários relatórios da Polícia Rodoviária Federal e segmentos organizados que atuam no setor que mostram a eficácia desta lei. Diminuiu o número de acidentes frontais, diminuiu o número de atropelamentos, e diminuiu o número de mortes. Então nós estamos no caminho certo.”

Mas desde o início, a lei vem levantando polêmicas, já que existem rodovias que atravessam perímetros urbanos e os condutores às vezes nem percebem que passaram de uma via comum para uma rodovia. Uma decisão liminar de 2016 suspendeu a aplicação das multas.

Segundo a Carla Zambelli, a obrigação legal serve à indústria das multas. “Várias pessoas acabam vivendo dentro da indústria da multa, muitos perderam suas carteiras, muitas vezes não colocando a vida de ninguém em risco. Por exemplo, grandes estradas com cinco, seis vias, muitas vezes, são necessárias o farol aceso e a gente percebe que não é necessário durante o dia, quando não está chovendo, enfim isso não põe a vida das pessoas em risco. Acho que medidas e leis e multas devem ser aplicadas quando realmente colocam a vida das pessoas em risco.”

Outro projeto apresentado por Zambelli (PL 7/19) trata da legislação de trânsito, e anula os pontos na carteira de motorista depois de dois anos da infração, além de aumentar a pontuação necessária para que o motorista tenha o direito de dirigir suspenso, de 20 pontos em um ano para 50 pontos no caso de motoristas comuns, e cem pontos para motoristas de táxi, veículos de aluguel e transporte de carga.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Quais os principais problemas enfrentados por caminhoneiros?

Para ser um caminhoneiro é preciso amar muito a rotina da estrada. Mais do que uma profissão, esse é um estilo de vida. Deixar a estabilidade de viver em uma só cidade para trabalhar viajando pelo país é uma grande aventura. Mas nem só de amor vive este profissional.

Mesmo gostando muito do que faz, o motorista precisa enfrentar uma série de desafios e dificuldades. O dia a dia do caminhoneiro não é nada fácil. Com isso, além do desejo por continuar pelas estradas, ele precisa também se preparar para os obstáculos do cotidiano.

Quer saber quais são os principais problemas de caminhoneiros que ofuscam a paixão pela boleia? Aqui, abordamos os desafios profissionais e apresentamos caminhos para contorná-los. Pegue uma carona neste post e acompanhe nossas dicas!

Quais são os principais problemas de caminhoneiros?

Insegurança

Certamente esse foi um dos primeiros aspectos que apareceram na sua mente quando falamos de problemas enfrentados pelos motoristas de caminhão. Infelizmente, a falta de segurança é uma realidade no nosso país. Nas estradas não seria diferente, não é mesmo?

Pelas nossas rodovias são transportadas, todos os dias, cargas de muito valor. Afinal, os caminhoneiros são responsáveis por uma parte significativa da distribuição de produtos pelos estados brasileiros. Tanta riqueza chama atenção de criminosos, que acabam se organizando para abordar motoristas e realizar saques.

Esse risco existe quando o caminhão está em movimento nas estradas, mas também quando precisa parar em pontos de apoio que não têm a estrutura adequada. Enquanto uma segurança reforçada no Brasil ainda não se faz presente, é possível pode tomar alguns cuidados para se prevenir. Abordaremos esse ponto ao longo deste post.

Más condições nas estradas

Junto com a insegurança, esse item é um dos principais problemas enfrentados pelos caminhoneiros. Todos que precisaram trafegar pelas rodovias brasileiras já conhecem as dificuldades estruturais. Se a má estrutura atrapalha, até mesmo, os veículos de passeio durante uma viagem, sem dúvida é um grande obstáculo para quem ganha a vida nas estradas.

Estamos falando de buracos, falta de acostamento, vias mal sinalizadas e rodovias não duplicadas. Todas essas características tornam a viagem mais demorada e perigosa. Além de precisar reduzir muito a velocidade e passar mais tempo dirigindo, o motorista fica mais exposto a acidentes.

Não bastasse todas essas consequências, o prejuízo financeiro também assombra quem tira seu sustento viajando. Isso porque as más condições das estradas geram problemas no caminhão. Afinal, nenhuma máquina suporta tantos solavancos. A manutenção de sistemas — como o de suspensão — acaba virando uma rotina mais frequente do que o esperado.

Panes mecânicas ou elétricas

Outro medo com o qual o caminhoneiro convive é a possibilidade de enfrentar panes no caminhão. Ficar parado no meio da estrada para resolver um problema não é nada interessante. Isso pode significar risco de assalto, cansaço excessivo, atraso na entrega e prejuízos financeiros.

O controle de manutenções pode minimizar muitos esse risco. Entretanto, há sempre a possibilidade de enfrentar imprevistos. O seu melhor amigo pode deixar você na mão algumas vezes, seja por falta de cuidados preventivos ou mesmo por problemas que fogem ao seu controle.

Falta de pontos de apoio

Dentre os principais problemas de caminhoneiros também podemos citar a inadequação dos postos de parada. Sabemos que a chamada Lei do Descanso veio para proteger o profissional e garantir que ele não se lance em jornadas de trabalho exaustivas, que muitas vezes colocam em risco a própria vida e a de outras pessoas.

Entretanto, muitos motoristas enfrentam o desafio de não ter onde parar quando chega o horário de descanso. Afinal, não é qualquer lugar que oferece condições para uma parada confortável — principalmente em relação à segurança. Com isso, vários profissionais precisam dirigir à noite para chegar até um ponto de parada melhor.

Passar noites sem dormir nunca será a opção ideal. Mesmo que você tenha facilidade em dirigir nessas condições, a falta de iluminação atrapalha muito a função e exige ainda mais do seu corpo, aumentando o cansaço. Mapear os pontos de apoio adequados e continuar lutando por melhores condições é necessário.

Dificuldades financeiras

Que caminhoneiro nunca precisou lidar com o aperto no orçamento? Infelizmente, as dificuldades financeiras fazem parte da vida de muitos desses profissionais. Em épocas de crise econômica, como a que estamos enfrentando no país, essa é uma dificuldade ainda maior. Com a baixa, algumas empresas suspendem processos e cortam gastos, influenciando nos ganhos dos caminhoneiros.

O profissional autônomo ou o gestor de pequenas frotas também precisa realizar ajustes nos custospara manter suas margens de lucro nesse cenário crítico. Rever valores do frete, estreitar parcerias, aperfeiçoar as rotas e dirigir com mais economia são algumas atitudes que podem minimizar os efeitos da crise nessa área de trabalho.

Também é importante que o caminhoneiro reveja o seu orçamento doméstico e se adapte à nova realidade. É claro que todos desejam que a crise não dure muito tempo, mas enquanto ela se faz presente é necessário cortar gastos em casa e aprender a economizar mais. Assim, você enfrenta as dificuldades sem desequilibrar suas finanças.

Saudade da família

Por fim, a distância das pessoas que ama também é um grande problema enfrentado pelo caminhoneiro. Conseguir estratégias para passar mais tempo com a família é um dos maiores desafios de quem precisa pegar mais cargas para aumentar o conforto em casa. É importante lembrar que o dinheiro não substitui a sua presença.

Junto com a saudade da família há outro sentimento muito forte na vida do caminhoneiro: a solidão. Além de estar longe dos pais, da mulher e dos filhos, o motorista também não convive de perto com os amigos e nem com os colegas de trabalho. Afinal, essa é uma função solitária.

Com o passar dos dias, pode ficar bem difícil estar tão sozinho. A boleia, grande amiga do caminhoneiro, geralmente está recheada de memórias. As músicas também são fontes de conforto durante as viagens. E, claro, os momentos de parada servem, além do relaxamento, para conversar e fazer novos amigos.

Quais são os problemas de saúde mais comuns entre caminhoneiros?

Além das dificuldades de ordem prática e emocional, o motorista de caminhão está mais exposto também a algumas questões de comprometimento de saúde. Na verdade, toda profissão gera riscos ocupacionais específicos, relacionados às condições de atuação do trabalhador.

Não é à toa que nossa legislação de segurança do trabalho está sempre se atualizando. Proteger as pessoas em seu ambiente de atuação deve ser um dos principais objetivos de governos e empresas. Conheça a seguir os problemas de saúde mais comuns em quem dirige caminhões:

Sobrepeso ou obesidade

A rotina alimentar durante as viagens não é das melhores. Por isso, o excesso de peso está entre os problemas de caminhoneiros. Muito além da questão estética, o sobrepeso e obesidade trazem vários riscos à saúde, principalmente quando relacionados a um cotidiano de sedentarismo e má alimentação.

Ou seja, o problema não é exatamente estar acima do peso, mas acumular muita gordura corporal em consequência de uma rotina nada saudável. Em geral, os caminhoneiros se alimentam bastante com produtos industrializados pela praticidade, e comem em restaurantes que abusam de óleos e comidas gordurosas.

Algumas consequências dessa rotina são: sensações de desconforto abdominal frequentes, dificuldade de digestão e aumento da gordura corporal. O sopreso ou a obesidade podem gerar outros problemas, como falta de disposição física, dificuldades respiratórias e até questões mais graves.

Hipertensão

Esse é um dos problemas de caminhoneiros que está relacionado à má alimentação e à falta de exercícios físicos, além de outros hábitos ruins, como o fumo. A pressão alta é uma doença perigosa, pois tem muita relação com o aumento de doenças cardiovasculares. Quem já desenvolveu esse problema precisa de acompanhamento médico e tratamento adequado.

Além da hipertensão, é comum entre os caminhoneiros o aumento das taxas de colesterol e triglicérides, consequências do excesso de gordura no sangue. Esse fato também eleva o risco de acidentes vasculares e ataques cardíacos. Por isso, é preciso ficar atento aos hábitos e passar por exames médicos frequentes para conhecer suas condições de saúde.

Doenças infectocontagiosas

Pela sua realidade de trabalho intenso e de viagens constantes o caminhoneiro fica também mais exposto a adquirir doenças causadas por vírus e bactérias. É o caso de viroses, infecções, hepatite e, até mesmo, doenças sexualmente transmissíveis.

É importante tomar os cuidados para aumentar a sua imunidade e se prevenir.

Como lidar com as situações na estrada?

Abasteça apenas em postos confiáveis

Para evitar panes durante uma viagem ou problemas prolongados no seu caminhão devido ao uso de combustível adulterado, tenha a certeza de abastecer em lugares de confiança. Infelizmente, às vezes é difícil saber, com certeza, se o local está agindo conforme a lei, mas alguns cuidados ajudam nessa prevenção.

Você certamente conhece vários caminhoneiros, não é mesmo? Trocar dicas sobre postos de qualidade é uma boa maneira de evitar esse problema. Além disso, você pode procurar opiniões ou denúncias na internet. Desconfie quando houver uma diferença muito grande entre um posto e outro e observe também como seu caminhão reage depois de abastecer.

Não dê caronas

Há alguns anos o hábito de trocar caronas e fazer amigos na estrada era muito comum entre os motoristas de caminhão. Infelizmente, os tempos mudaram e hoje essa prática é um grande risco e expõe você a um dos principais problemas de caminhoneiros: a insegurança.

Sim, aquela pessoa simpática solicitando uma ajuda pode criar uma armadilha para roubar sua carga ou seus pertences mais na frente. Para se precaver, não dê caronas para nenhum desconhecido. E lembre-se: um colega feito em um ponto de parada ou durante um almoço não virou necessariamente seu conhecido. Tenha muito cuidado!

Fique atento às condições de dirigibilidade

Muitas situações ruins enfrentadas pelo caminhoneiro na estrada têm a ver com as condições de direção. Perceber as dificuldades e se adaptar a elas é fundamental para que você trafegue com segurança. Você deve diminuir a velocidade em trechos com muitos buracos ou curvas mais perigosas, por exemplo.

Quando for preciso dirigir à noite, redobre os seus cuidados. Fique muito atento à estrutura da estrada e ao comportamento de outros motoristas. Nesse horário, pequenos sustos com outro carro, caminhão ou algum buraco na estrada podem causar acidentes e grandes prejuízos.

Faça paradas e relaxe o corpo

Para lidar com os problemas de caminhoneiros você precisa estar bem. Antes de pegar a estrada é essencial avaliar suas condições e ter a certeza de que está disposto a enfrentar as horas na direção. Parar de tempos em tempos para relaxar o corpo e fazer alongamento também é muito importante.

Quando você dirige cansado, qualquer imprevisto na estrada ganha proporções maiores — fica mais difícil reagir no tempo adequado, por exemplo. Por isso, tenha consciência e planeje todos os seus pontos de parada. Caso sinta necessidade, você também pode fazer pausas não planejadas. Esse não é um tempo perdido, pois você volta para a boleia com mais atenção e energia.

Leve kits de mecânica básica e de primeiros socorros

Outra maneira de se preparar para lidar com as situações da estrada é ter kits emergenciais. Um para você e outro para o seu caminhão. Leve sempre na sua bagagem os remédios que você toma com frequência e alguns outros que podem ser necessários. Medicamentos para dores de cabeça e resfriados são bem-vindos. Além disso, tenha materiais para limpar feridas e fazer curativos.

Em relação ao caminhão, é claro que você não precisa ter grandes conhecimentos mecânicos e nem vai poder resolver problemas sérios sozinho na estrada. Mesmo assim, é possível dar um jeito em algumas dificuldades pontuais para evitar ficar parado na rodovia. Ter alguns equipamentos básicos pode ajudar você a chegar até o próximo ponto de parada.

Respeite as leis de trânsito

Muitos problemas na estrada podiam ser extintos se todos praticassem a direção defensiva. Você, que é motorista profissional e tem experiência com as diversas situações enfrentadas em uma viagem, tem a responsabilidade de dirigir por si mesmo e pelos outros. Muitos motoristas são inexperientes e acabam causando riscos sem perceber.

Respeitar todas as leis de trânsito e estar atento às informações da rodovia é fundamental para uma boa prática. Lembre-se sempre que a legislação existe para proteger as pessoas e salvar vidas. Usar o cinto de segurança, andar na velocidade adequada e fazer apenas ultrapassagens responsáveis são atitudes que preservam a sua integridade e a de todos.

Outro ponto essencial é não ter distrações. A estrada precisa de toda a sua atenção. Perder-se em uma conversa muito animada, em excesso de cansaço ou em ligações telefônicas são atitudes perigosas, pois tiram a sua concentração. Nessas condições, seu tempo de reação é prejudicado e o risco de acidentes aumenta.

Tenha o apoio de uma proteção veicular

Por fim, para lidar bem com as diversas situações da estrada é importante se precaver além de si mesmo. Ainda que você tome todos os cuidados preventivos, nem sempre é possível fugir de perigos ou panes imprevistas. Para essas horas, a melhor solução é contar com apoio.

Quem trabalha em frotas provavelmente conta com o suporte da empresa e equipamentos modernos, como rastreadores. Para os motoristas que atuam de forma independente, entrar em uma cooperativa é uma ótima opção. Você protegerá seu caminhão e contará com vantagens como suporte à emergência 24h, assistência para reparo e cobertura contra roubo.

Como se preparar para enfrentar uma rota?

Acabamos de ver algumas dicas para lidar com situações da estrada. Mas há outros cuidados que você precisa ter antes de viajar. Assim, é possível rodar com mais segurança e evitar alguns dos riscos que apresentamos ao longo deste texto. Veja o que fazer:

Planeje a melhor rota

A sua viagem começa muito antes de você ligar o caminhão e acelerar. O planejamento da rota é a principal atitude preventiva em relação aos problemas de caminhoneiros. A maioria das dificuldades pode ser evitada ou minimizada com essa prática.

Na hora de planejar sua viagem fique atento à escolha das rodovias por onde vai trafegar. Prefira sempre ir por estradas conhecidas. Se fizer algum tempo que você não passa por alguma, informe-se sobre as condições atuais dela. Evite rodar por estradas com estrutura precária ou maior risco de assalto.

Além disso, programe bem as suas paradas e dê preferência por viajar durante o dia e descansar à noite. É importante pensar nas condições físicas: os hormônios do sono agem melhor no período noturno. Assim, trocar os horários não é a melhor opção — você terá mais dificuldade para dormir durante o dia e dirigir à noite.

Tenha atenção também com a carga que você levará. Conheça as condições de armazenamento e tome todos os cuidados necessários com ela. Lembre-se de estar com a documentação adequada para não ter problemas com a fiscalização de algum estado por onde for passar.

Mantenha a manutenção do caminhão em dia

Essa é outra prevenção importantíssima antes de pegar a estrada. Quem trabalha viajando precisa dar a devida importância para as manutenções preventivas. Elas podem evitar muitos problemas de caminhoneiros. Afinal, ninguém quer ficar parado na estrada por uma pane mecânica ou precisar interromper a viagem para consertar algo, não é mesmo?

Todos os gastos com o caminhão são investimentos. Tenha cuidado com o desgaste das peças e faça todas as revisões em dia. Além disso, observe o funcionamento dele antes de partir. Calibre todos os pneus, verifique se as luzes e o limpador de para-brisa estão em boas condições e cheque os níveis de água, óleo e combustível.

Esteja em boas condições físicas e mentais

Você só pode se preparar para fazer uma rota se estiver bem. Evite começar uma viagem se está se sentindo mal fisicamente ou com algum problema emocional (muito triste ou irritado, por exemplo). Esses estados afetam suas condições de dirigir e podem expor você a riscos desnecessários.

Aqui vale um reforço: dormir bem antes de viajar é essencial. O sono é um dos principais vilões na estrada. Muitos acidentes, inclusive com morte, poderiam ser evitados se as pessoas tomassem esse cuidado básico. Por isso, não force os seus limites. Certifique-se de estar descansado o suficiente para pegar a estrada.

Além do sono, cuide também da sua alimentação. Fazer refeições leves antes de viajar ajuda a evitar desconfortos e manter-se concentrado. Levar alimentos, como frutas e barras de cereal, é uma boa dica. Beber bastante água também é importante — a desidratação pode atrapalhar sua direção e causar problemas de saúde.

Como a tecnologia auxilia o dia a dia dos caminhoneiros?

A modernização dos caminhões e o uso da tecnologia nas viagens facilitou muito a vida dos motoristas, minimizando vários problemas de caminhoneiros. A partir desses avanços, os veículos ficaram mais confortáveis, a logística foi aperfeiçoada e o motorista passou a ter mais qualidade de vida. Veja algumas ferramentas que podem ajudar muito no seu dia a dia:

GPS

Esse equipamento já ganhou espaço certo na rotina do caminhoneiro. Planejar as rotas e realizar as viagens fica muito mais prático quando você pode contar com a tecnologia. O risco de se perder nas estradas é quase nulo. Além disso, o GPS também pode ser usado pelas empresas para acompanhar o trajeto do motorista e prestar suporte sempre que necessário.

Rastreadores

Essa tecnologia garante mais segurança para quem ganha a vida nas estradas brasileiras. O administrador de frotas pode controlar seus caminhões por meio de rastreadores ou pode também contratar o serviço de empresas especializadas. Ter esses equipamentos inibe roubos e furtos e, quando eles acontecem, permite recuperar a carga e o caminhão.

TruckPad

Esse é um aplicativo que você pode instalar no seu celular. O objetivo dele é oferecer cargas para caminhoneiros autônomos. Nele você vai ter contato com anúncios de frete e pode negociar diretamente com a pessoa que está querendo contratar seu serviço. O aplicativo também oferece outras funcionalidades, como serviços de apoio e compartilhamento de notícias.

SocialFuel

Esse é outro aplicativo muito interessante para o caminhoneiro. Ele mapeia os preços de combustíveis praticados em diversos postos pelo Brasil. Permitindo, assim, que você encontre o menor preço no trajeto que vai percorrer.

uCar

Nesse aplicativo você pode gerir os custos que tem com o seu caminhão. É possível registrar todos os gastos com manutenção, limpeza e abastecimento, por exemplo. Assim, você terá sempre à mão as estatísticas sobre o dinheiro que investe no seu negócio.

Neste post você tem um conteúdo completo sobre os principais problemas de caminhoneiros e as melhores formas de enfrentá-los. Essa, sem dúvida, não é uma profissão fácil. Ainda assim, é muito gratificante. Afinal, você não planeja deixar de curtir a liberdade da estrada tão cedo, não é mesmo? Seguindo as dicas que compartilhamos aqui você estará mais seguro e com melhores condições para dirigir e enfrentar as dificuldades da estrada.

Colecionador de caminhões raros de Santa Bárbara guarda relíquia que atuou no 11 de setembro

Júlio Ometto cresceu nos anos 80 e, inspirado no cinema daquela época, desenvolveu o sonho de ser bombeiro ou caminhoneiro. Hoje, aos 44 anos, o empresário de Santa Bárbara d’Oeste (SP) conseguiu unir o velho desejo da infância com a vida adulta, mesmo sem exercer tais profissões. Ele coleciona caminhões antigos, entre eles, uma relíquia usada nos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos.

A paixão por carros antigos começou quando, junto ao irmão, Ometto adquiriu um jipe, ainda aos 14 anos de idade. Era o início de um hobbyque o acompanharia ao longo das próximas décadas. O primeiro caminhão, no entanto, veio em 2009.

“Comprei um caminhão americano que havia sido importado pelo Exército Brasileiro na década de 1960”. O veículo acabou sendo vendido, mas a paixão pelos pesados estava longe de terminar.

Do cinema para a garagem

A vontade, agora, era possuir um dos clássicos caminhões americanos, daqueles que Ometto cresceu assistindo em filmes nos anos 70 e 80.

“Fiz uns amigos que possuem esses caminhões e eles me encorajaram a importar um, mas eu não entendia nada desse tipo de veículo”, relembra.

Caminhão importado dos Estados Unidos pelo empresário Júlio Ometto — Foto: Luciano Calafiori/G1

Em 2012, o empresário encontrou, em um anúncio de um site dos EUA, um Kenworth ano 1972, em perfeito estado de conservação. “O caminhão estava no estado do Novo México e havia pertencido a uma transportadora de gado e madeira”, conta. Estava escolhido o próximo xodó.

A ajuda para realizar o sonho veio de um despachante de Porto Alegre (RS).

“É um negócio arriscado. O processo, desde a escolha do caminhão até a retirada no porto, dura cerca de um ano”, explica Ometto.

Para mover as mais de 12 toneladas, o modelo conta com 15 marchas, além de um motor turbodiesel de seis cilindros em linha com 400 cavalos de potência . O consumo? Cerca de 2 quilômetros por litro. “Não é mais um veículo de trabalho, nunca está carregado. Uso apenas para passear e quase sempre na rodovia”.

O empresário Júlio Ometto posa na frente do caminhão importado dos Estados Unidos — Foto: Luciano Calafiori/G1

A cabine é revestida por um material térmico e acústico. “O Novo México é um estado onde faz muito calor no verão e muito frio no inverno. Como os caminhoneiros dormiam no próprio caminhão, tem que ser confortável em qualquer época do ano”.

Paixão em comum

Ometto conta que, no Brasil, o veículo já rodou bastante.

“Viajamos com outros amigos que possuem caminhões e percorremos diversos estados do Brasil. O lugar mais longe que fomos até hoje foi Bonito (MS)”.

Os amigos formam a Confraria de Gigantes, um grupo de donos de caminhões raros e antigos que vivem no interior de São Paulo.

Caminhão de Bombeiros do 11/09

A cereja da coleção de Ometto veio da pequena cidade de Ironwood, estado de Michigan, também nos EUA, e chama atenção pela vibrante pintura amarela. Fabricado em 1987, o caminhão de bombeiros esteve ativo até 2016, destacando-se no rescaldo das operações durante o fatídico 11 de setembro de 2001, data que marca o atentado terrorista ao World Trade Center, em Nova Iorque.

A Informação é confirmada pelo próprio Departamento de Segurança Pública da cidade, que lembra, ainda, que o veículo também esteve em exposição no Canadá.

Caminhão de bombeiro importado pelo empresário Júlio Ometto, de Santa Bárbara d´Oeste — Foto: Luciano Calafiori/G1

Em 2017, em contato com o comandante do Corpo de Bombeiros da cidade onde o caminhão estava, Ometto fechou o negócio.

“Eles substituíram o modelo depois que ele completou 30 anos. Até hoje mantenho contato com o comandante. Ele ficou emocionado ao ver que o caminhão veio para um colecionador e que será bem cuidado”.

O veículo, fabricado em Detroit pela Seagrave, tradicional fabricante de carrocerias para caminhões de bombeiro dos EUA, possui 300 cavalos, também com seis cilindros. A escolha pelo modelo se deu justamente pela cor.

O empresário Júlio Ometto, que importou um caminhão de bombeiros dos Estados Unidos — Foto: Luciano Calafiori/G1

“Nos EUA, cada estado possui um padrão de pintura para veículos da Polícia ou dos Bombeiros. Em Michigan eles utilizam esse tom de amarelo. Achei muito bonito e diferente”, revela.

Família na estrada

Talvez nenhum caminhão teria desembarcado na garagem de Ometto se a esposa, Vanessa, não concedesse o aval necessário para as aquisições. A companheira do empresário, no entanto, garante que a paixão pelos brutos é compartilhada pelo casal.

“Eu adoro viajar de caminhão junto com os outros colecionadores. Somos muito amigos e acabamos nos tornando uma família. Além das viagens, vamos a aniversários uns dos outros, casamentos e outras celebrações, nos tornamos muito próximos”, conta Vanessa.

O empresário Júlio Ometto e a esposa Vanessa, que também dirige o caminhão — Foto: Luciano Calafiori/G1

E se engana quem pensa que Vanessa se contenta apenas em ocupar o banco do carona. A esposa de Ometto também fica atrás do volante. “Às vezes eu dirijo o caminhão de bombeiros, que tem câmbio automático”.

Os dois filhos do casal, de 13 e oito anos, já se interessam pelos caminhões. “Eles adoram e nos acompanham nos passeios. Logo eles é que vão dirigir”, garante Ometto. O empresário prefere não revelar os valores exatos dos xodós, mas demonstra firmeza ao dizer que não se arrepende do investimento. “Qual o preço de um sonho? Para mim, foi um valor que valeu a pena”, finaliza.

Fonte: G1

Governo desiste de acabar com placa Mercosul e promete melhorar segurança

Após sinalizar no ano passado que iria acabar com a placa unificada do Mercosul caso fosse eleito, o presidente Jair Bolsonaro parece ter mudado de ideia.

Por meio do Ministério da Infraestrutura, o governo admitiu que não só pretende manter o novo sistema de identificação dos veículos no Brasil, como ainda ampliar o seu uso e melhorar o nível de segurança das informações.

De acordo com o órgão, a placa padrão já é adotada por Detrans de sete estados: Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte.

E até o momento, quase 1 milhão de veículos no país circulam com a nova chapa. A obrigatoriedade da implantação em todos estados, que estava prevista para vigorar em dezembro do ano passado, foi adiada para o próximo dia 30 de junho.

A alegação à época era de que seria necessário um prazo maior para integrar o banco de dados dos Departamentos de Trânsito estaduais à base nacional do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

A falta de matéria-prima para a confecção das novas placas também surgiu como argumento para a mudança na data.

Segundo informou o Ministério da Infraestrutura ao site UOL Carros está em curso um estudo que avalia as características da placa e o processo para a sua emissão, como também o nível de segurança na identificação do veículo a fim de diminuir os riscos de clonagem.

Desde que a resolução 729 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que regulamenta a nova placa, foi publicada em março de 2018, o dispositivo já perdeu alguns itens de segurança previstos no projeto original. Na lista estão lacre, substituído pelo QR Code; tarja superior em 3D; e a bandeira do estado e o brasão do município nos quais o veículo foi registrado.

O Denatran informou que tais mudanças visavam a simplificação do sistema e o corte nos custos.

Fonte: Gazeta do Povo

Desmoronamento na SP 304 aumenta e interdita dois pontos

A Polícia Rodoviária informou na manhã desta quarta-feira, 13, que aumentou o desmoronamento no km 199 da SP 304, Rodovia Geraldo de Barros, em São Pedro (SP). Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que atua no local, os bloqueios ocorrem no km 198, em São Pedro, e no km 225, em Santa Maria da Serra (SP)

Em nota, a prefeitura informou que, segundo o contato com o DER, “a interdição total da rodovia permanecerá, pelo menos até esta quinta-feira, para nova avaliação e vistoria”. Além disso, afirma que não houve interferência de obra da prefeitura no desmoronamento.

Até a tarde de terça, o buraco atingia o acostamento da via, o que permitia o trânsito em sistema siga e pare. O DER informou que atua no trecho desde o início da manhã desta quarta e que o prazo estimado das obras é de 30 dias.

Imagem: Helen Sacconi/EPTV

O trecho da SP 304 em que houve o desmoronamento fica sobreposto à Rodovia SP 191. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), isso significa que as duas rodovias se unem neste ponto e voltam a se separar mais a frente.

Cratera

Imagem: Enviada via WhatsApp

O desabamento foi relatado à Polícia Rodoviária por um motorista que passava pelo local por volta das 5h. De acordo com o DER, a cratera de cerca de 10 metros de largura foi causada pela sobrecarga do sistema de drenagem após obstrução da tubulação de esgoto existente no trecho.

O Serviço Autônomo de Águas e Esgoto de São Pedro (Saesp) possui uma obra próxima ao local. O órgão, no entanto, nega que esse serviço tenha causado a erosão. “Vale ressaltar que nenhuma obra da Prefeitura ou do Saaesp tem interferência com o ocorrido”.

A vistoria técnica realizada por engenheiros durante a tarde constatou a necessidade de interdição para as obras de recuperação, que começam nesta quarta-feira e devem durar 30 dias.

Além dos trabalhos para recomposição da pista no local da erosão, de acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem também serão feitos serviços de aterro, drenagem e sinalização da via com o apoio da Prefeitura de São Pedro.

Fonte: Trucão com Pé na Estrada

Testes feitos por montadoras não recomendam o diesel B15

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, apresentou ontem, 14 de fevereiro, para o Ministério de Minas e Energia, relatório de consenso entre os fabricantes de veículos comerciais não recomendando aumentar o teor de biodiesel no óleo diesel comercial para 15%.

Conforme a nº 16, de 29 de outubro de 2018, do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que determina o cronograma da adição, a proporção obrigatória de biodiesel no diesel aumentará gradativamente dos atuais 10% (B10) para o B15 até 2023.

Pela medida do CNPE, a mudança está prevista para começar a partir de junho deste ano, com o aumento de 10% para 11%. Já partir de 2020, haverá adição de um ponto porcentual anual sempre em março até alcançar os 15%.

Porém, a conclusão dos testes realizados pelas montadoras mostrou que, caso o governo decida aumentar o teor de biodiesel no óleo diesel comercial para 15%, “os veículos poderão apresentar danos ambientais, aumento de custo operacional para o transportador e impactos para a segurança do veículo”.

Entre os resultados obtidos que indicam a não recomendação do diesel B15 constam aumento da emissão de NOx, entupimento de filtro e injetores, aumento do consumo de combustível e desgaste de componentes do motor

O comunicado da representante dos fabricantes de veículos automotores, lembra que que os danos se estendem ainda à frota em circulação que não está adaptada para o novo teor de biodiesel.

Entre os resultados obtidos que indicam a não recomendação do diesel B15 constam aumento da emissão de NOx, não atendimento à demanda legal para garantia de durabilidade de emissões previsto pelo Proconve, entupimento de filtro e injetores, aumento do consumo de combustível e desgaste dos componentes metálicos do motor, entre outros.

Ainda de acordo com o relatório da Anfavea enviado ao Ministério das Minas e energias, o conceito adotado para realização dos ensaios foi de dividir os diferentes testes necessários entre as montadoras, uma vez que a quantidade de itens a serem avaliados era grande e a disponibilidade de combustível era limitada. O prazo disponível também era curto e dificultou ensaios mais complexos de longa duração.

No comunicado assinado pelo presidente da Anfavea, Antonio Megale, conta ainda que “os resultados negativos trazidos pelos testes das montadoras – mesmo sendo verificados por poucas empresas – fizeram com que a entidade e todos os fabricantes não recomendassem o aumento do teor de biodiesel no momento.

Megale acrescenta que a indústria automobilística brasileira possui centros de pesquisa e desenvolvimento altamente qualificados e comprometidos em entregar ao consumidor veículos seguros e eficientes. “Testes como esses, realizados pelas montadoras, são essenciais para garantir que os produtos não apresentem problemas no futuro”, concluiu.

Fonte: O Carreteiro

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