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Governo de transição discute elaboração de uma nova tabela para janeiro

A equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro já discute uma nova tabela de frete, que deve ser apresentada em janeiro pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para substituir a atual. A proposta ficará em consulta pública para que todos os agentes do setor possam dar sugestões.

Lembrando que segundo a Lei 13.703, a ANTT deve atualizar os valores mínimos do frete nos dias 20 de janeiro e 20 de julho de cada ano. Ou seja, de qualquer forma o órgão atualizaria os preços.

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Greve dos caminhoneiros em maio de 2018.

Uma das principais críticas contra o tabelamento é que a política do preço mínimo foi elaborada de forma unilateral pela ANTT, às pressas, para acabar com a greve dos caminhoneiros de maio. Ela conteria erros de cálculo de custo e distorções, como considerar um só tipo de caminhão – número de eixos – para diferentes tipos de carga. A nova contemplará vários tipos de veículos para diversos tipos de carga.

Na última quarta-feira, 12, em uma articulação com o futuro governo, a Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu derrubar a decisão do ministro Luiz Fux, do STF, que suspendia o pagamento de multas pelo não cumprimento da tabela.

E o futuro ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, já sinalizou que vai trabalhar para que a tabela do frete seja cumprida no país, em novos parâmetros, mais aderentes ao mercado, estabelecendo um piso correto que cubra os custos e remunere os caminhoneiros. Destacou, porém, que tudo será negociado com a categoria. “Vamos aprofundar o diálogo com os caminhoneiros. Essa é uma das prioridades do governo”, declarou.

Diesel

Fiscalização do transporte de produtos perigosos e as oscilações no preço do diesel

Ao mesmo tempo, técnicos da futura equipe econômica também discutem a criação de um fundo de compensação com a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), o tributo que incide sobre os combustíveis, para evitar a flutuação excessiva nos preços do combustível. A ideia é que o tributo sirva como um colchão para acomodar a variação dos preços do petróleo no mercado internacional.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, já sinalizou à sua equipe que não quer que a Petrobras volte a adotar a sistemática anterior à greve dos caminhoneiros, em que os preços oscilavam quase que diariamente.

Segundo um técnico do novo governo, não há espaço no Orçamento de 2019 para prorrogar o programa de subvenção do diesel, que vence no dia 31 de dezembro. O novo fundo de estabilização de preços, como vem sendo chamado, seria a alternativa.

Ele afirmou ainda que pretende adotar outras medidas para o transporte do setor, como criar um cadastro para os caminhoneiros autônomos e eliminar os atravessadores, com a elaboração de aplicativos que liguem diretamente motoristas e embarcadores.

Embora integrantes da equipe do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliem que o tabelamento representa uma interferência do Estado na economia, a percepção é que não é hora de revogar a medida.

Há consenso de que o problema do frete foi criado por um desequilíbrio entre a oferta, estimulada pelo financiamento do BNDES para renovação de frota, e a demanda, que caiu com a crise na economia. No entanto, por se tratar de um segmento que pode afetar a população, a expectativa é que, com a retomada da atividade econômica, a situação volte a se equilibrar, e a tabela se torne desnecessária naturalmente.

Fonte: Pé na Estrada

Vendas de caminhões sobem em novembro; confira a lista dos mais vendidos

O ano está acabando e as notícias sobre vendas de caminhões em novembro são positivas: houve crescimento no setor. Para o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, os resultados da indústria automobilística no acumulado do ano demonstram que 2018 é o ano da retomada do setor.

“Certamente fecharemos este ano com crescimento acima do que planejávamos. 2018 será o ano da retomada do setor e por isso estamos muito otimistas. Já esperávamos uma queda em novembro devido ao menor número de dias úteis em relação a outubro. o importante foi a manutenção da média diária em 11,5 mil unidades”.

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Confira os números divulgados pela Anfavea:

Caminhões

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As vendas de caminhões até novembro subiram 49%: foram 68,4 mil unidades em 2018 e 45,9 mil no ano passado. Somente em novembro 7,7 mil unidades foram vendidas, o que representa alta de 40,3% frente as 5,5 mil de novembro de 2017 e diminuição de 2,7% ante as 7,9 mil de outubro.

Em novembro 10 mil caminhões foram fabricados, aumento de 22,3% contra as 8,2 mil de novembro do ano passado e recuo de 8% na análise com as 10,9 mil de outubro. A produção no acumulado do ano apresentou elevação de 29,7% quando comparadas às 98,1 mil de unidades deste ano com as 75,6 mil de 2017.

Falando das exportações de caminhões, houve queda de 9,8% no acumulado do ano, com 23,5 mil unidades em 2018 e 26,1 mil do ano anterior. Somente no penúltimo mês deste ano 1,3 mil unidades deixaram as fronteiras brasileiras, o que significa baixa de 23,9% em relação as 1,7 mil de outubro e 42,7%  com relação as 2,3 mil de novembro de 2017.

Ônibus

As vendas de ônibus em novembro foram menores em 13,1% com 1,5 mil unidades no mês e 1,7 mil em outubro. Já na análise contra as 1,1 mil de novembro de 2017, a elevação é de 34,2%.

Até novembro 8,2 mil ônibus foram exportados, o que representa uma pequena queda de 0,8% se comparado com as 8,3 mil de igual período do ano passado.

Máquinas agrícolas

As vendas no segmento em novembro ficaram menores em 25,5% em relação a outubro, com 3,8 mil e 5 mil unidades, respectivamente. No comparativo contra novembro do ano passado, com 2,9 mil unidades, foi registrado crescimento de 27,5%. No acumulado o aumento das vendas chegou a 11,9%, com 43,4 mil este ano e 38,8 mil no ano passado.

As exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias até novembro somam 11,8 mil unidades, baixa de 6,7% em relação as 12,7 mil do ano passado.

Implementos rodoviários

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Um levantamento da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) apontou aumento de 33,6% no emplacamento de novos produtos entre janeiro e outubro deste ano em comparação ao mesmo período de 2017.

A 4TRUCK, empresa do ramo, também registrou números significativos no mesmo período. A fabricante deve encerrar o ano com o dobro de faturamento do ano anterior. Já o volume de vendas deve atingir patamar 120% maior ante 2017.

A empresa, com sede em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, ainda projeta crescimento de 30% no ano que vem.

Caminhões mais vendidos em 2018

A Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave) divulgou os veículos mais vendidos de novembro e os caminhões não poderiam ficar de fora. Confira o top 5 caminhões mais vendidos no mês:

5º lugar – MAN 11.180

44 unidades vendidas

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Imagem: Divulgação

4º lugar – MB Actros 2651

44 unidades vendidas

Imagem: Divulgação

3º lugar – DAF XF 105

54 unidades vendidas

Imagem: Divulgação

2º lugar – Volvo FH 540

75 unidades vendidas

Imagem: Divulgação

1º lugar – Scania R440

115 unidades vendidas

E você, o que espera para o setor em 2019?

Escrito porPietra Alcântara

Fonte: Pé na Estrada

Transporte de cargas deve crescer até 40% com Black Friday

Com a chegada da Black Friday nesta sexta-feira, 23, data que inaugura a temporada de compras e consequentemente das festas de fim de ano, o volume de mercadorias, que movimenta as empresas de transportes e logística, aumenta significativamente.

Segundo a 4Truck, a expectativa de crescimento nas vendas durante este período é de 40% em relação ao último trimestre do ano passado.

Entre as razões para a previsão da alta estão também o aumento do número de caminhões emplacados em 2018 e a expectativa de crescimento de 4,3% nas vendas do varejo no ano, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

“Por conta da Black Friday e das festas de final de ano, a aquisição de implementos rodoviários, como baús ou carrocerias para caminhões, dispararam nestes últimos meses. Nesta época do ano, as entregas de mercadorias ganham uma importância muito grande no mercado nacional e, para atender esta demanda, é importante que as empresas estejam com a frota toda em atividade, o que acaba influenciando positivamente na venda de novos implementos e também nas reformas de equipamentos usados”, explica Osmar Oliveira, sócio-diretor da 4Truck.

Ainda de acordo com Oliveira, o período de festas representa uma ótima oportunidades para empresas de diferentes tamanhos e segmentos, mas é preciso estar preparado para colher os frutos que a data oferece.

Fonte: Pé na Estrada

10 dicas para economizar combustível

1. Mantenha-se a 80 km/h

Antes de alcançar os 90 km/h para ultrapassar o veículo a sua frente, pense de novo. Uma boa alternativa é manter-se constantemente a 80 km/h. A medida vai te fazer economizar até 10% de combustível, além de reduzir o risco de acidentes mortais em até 40%. Pense nisso: rodar a 90 km/h somente diminui o tempo da viagem em 1% — pouco tempo e muito risco.

2. Evite rodar em marcha lenta

Existem algumas lendas sobre o assunto: alguns motoristas acham que é a melhor maneira de se aquecer um motor. Quando você roda em marcha lenta, você está desperdiçando muito combustível e colaborando nas emissões de poluentes. Se parar por mais de 20 segundos, desligue o motor. Isso vai te fazer economizar um bons trocados.

3. Verifique os freios regularmente

Se você utiliza o retarder com frequência, você pode não estar exercitando os freios de forma adequada. A má utilização dos freios provoca um aumento drástico no consumo. Por isso, verifique todos os freios da composição ao menos uma vez ao ano (isso na Europa, onde as condições da estrada e topografia são muito diferentes das nossas) como forma de manutenção preventiva.

4. Aproveite o vácuo

Se estiver andando em comboio, uma boa dica é aproveitar o vácuo entre os caminhões. Andar a 70 m de distância pode render até 5% de consumo de combustível, além de ser uma distância segura para a modalidade.

5. Manutenção em dia 

Consulte a oficina de sua preferência, ou da marca, regularmente. O caminhão pode apresentar falhas imperceptíveis e, se observadas a tempo, podem te poupar um boa grana. Certas falhas podem adulterar o correto funcionamento do equipamento, aumentando o consumo de combustível.

6. Planeje o trajeto com antecedência

Planejar a operação com antecedência é uma das maneiras mais eficientes de se poupar combustível. Procure informações sobre o trajeto, possíveis obstáculos, e até qual tipo de veículos circulam pela rodovia. Pequenas ações também são úteis: ao se aproximar de uma rotatória, tente perceber como os carros da frente se comportam e diminua a velocidade antecipadamente.

7. Rodar em descidas

Ao ver que um declive se aproxima, não deixe o caminhão na banguela. Tire o pé do acelerador, e mantenha o caminhão engrenado. Assim, você poderá desfrutar a descida sem gastar uma só gota de combustível e contar com freio-motor, em caso de necessidade.

8. Verifique os pneus

Após verificar se os pneus que equipam o seu caminhão são os corretos, você deve verificar se a pressão está correta (ao menos uma vez por semana). Verifique também o monitor de pressão na cabine.

9. Não customize o veículo

Cada caminhão é projetado para atender à uma necessidade. Isso significa que os recursos que eles trazem consigo são adequados para determinadas tarefas. Qualquer modificação, mesmo que pequena, como nas luzes ou faróis, pode significar aumento em até 2% no consumo.

10. Confira o alinhamento 

Muitas pessoas não percebem o quão importante é verificar o alinhamento das rodas e do reboque. Eixos e rodas desalinhados resultam em consumo extra de combustível e desgaste prematuro dos pneus.

PIB cresce no trimestre após greve dos caminhoneiros, diz FGV

A economia retomou o caminho do crescimento – o PIB do país cresceu após greve dos caminhoneiros, em maio. O Monitor do PIB da FGV aponta alta de 1,6% no trimestre de junho a agosto.

Alguns segmentos se destacaram. O consumo das famílias cresceu 2% na comparação anual. A construção civil, componente importante dos investimentos, teve o primeiro avanço em 50 trimestres. O Monitor da FGV tenta replicar mensalmente a metodologia do cálculo oficial do PIB trimestral, feito pelo IBGE.

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Imagem: O Globo

O resultado aponta uma melhora modesta. No trimestre anterior, até maio, o PIB havia caído 1%. Agora recuperou por completo a queda. O ritmo, no entanto, ainda é fraco. Em agosto a economia cresceu apenas 0,2%, comparada com julho. A notícia boa é que não parou de crescer.

O caminho positivo se deve à melhora da demanda. Um indicativo disso, além do consumo maior das famílias, é a importação. Na comparação com o mesmo trimestre de 2017, as compras feitas do exterior saltaram 10%. As exportações cresceram menos, 0,6%.

Os dados estão em linha com a previsão de crescimento maior nos próximos trimestres. No Focus, a mediana das projeções está em 1,34% neste ano e em 2,49% para 2019. Toda essa expectativa dependerá, claro, de como se comportará o próximo governo. Empresas e famílias estão de olho nisso para destravarem investimentos e decisões de consumo.

TCU desconfia de cobranças abusivas nos portos brasileiros

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União identificou “fortes indícios” de cobranças abusivas nos portos brasileiros para transporte de cargas em contêineres. O processo avaliou a eficiência dos portos brasileiros e a atuação de agências reguladoras.

Veja o relatório na íntegra – clique aqui.

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Imagem: Codesp

O TCU identificou 3 principais problemas no setor portuário. De acordo com o ministro Bruno Dantas, relator do processo, a atuação da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) não garante a harmonização de objetivos entre usuários donos de cargas e empresas arrendatárias, o que facilita a cobrança de preços abusivos no segmento de contêineres.

Pela legislação brasileira, os operadores podem negocias os preços cobrados livremente com os usuários de serviços, desde que os valores estabelecidos sejam baseados nos custos de operação. A lei também determina que cabe à agência reguladora atuar para evitar que haja abusos nas cobranças.

Entretanto, o TCU identificou que a Antaq não tem mecanismos e procedimentos para acompanhar os preços e identificar cobranças abusivas. Segundo os técnicos, a agência também não possui métodos para tratar as denúncias referentes aos preços praticados.

A Corte determinou que a agência desenvolva metodologias para análises das denúncias sobre abusos no valor cobrado pelos operadores, acompanhe os preços e tarifas praticadas e a crie uma regulação para o processo de obtenção de custos dos terminais. A Antaq tem 180 dias para atender às determinações.

Preço médio da gasolina encerra setembro com alta de 0,95%, diz ANP

Segundo levantamento semanal, gasolina teve alta de 0,95% e diesel ficou 0,41% mais caro.

Os preços da gasolina, do diesel e do etanol encerram a semana em alta, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgado nesta sexta-feira (28).

O preço da gasolina para o consumidor subiu 0,95%, para R$ 4,696, e renovou a máxima do ano. Foi o quinto aumento seguido. A ANP chegou a encontrar o litro da gasolina vendido a R$ 6,290.

A pesquisa também apurou que o diesel aumentou 0,41% na semana. O litro do combustível chegou a R$ 3,655. Também é o quinto aumento consecutivo.

Já o preço do etanol avançou 1,20%, para R$ 2,865. O valor representa uma média calculada pela ANP e, portanto, pode variar de acordo com a região.

No acumulado do ano, o preço da gasolina subiu 14,6%, o diesel avançou 9,9%, e o do etanol caiu 1,6%.

Novos preços do diesel

A ANP publicou também nesta sexta-feira os novos preços de referência para comercialização do diesel, que passou a ser subsidiado pelo governo após a greve dos caminhoneiros. Os preços subiram até 2,76% e variam de acordo com a região.

Os novos preços entram em vigor neste domingo (30) e valerão por 30 dias.

O preço de comercialização do diesel para a Petrobras e outros agentes que participam do programa, incluindo alguns importadores, foi congelado em junho a R$ 2,0316 por litro, após o governo fechar um acordo com caminhoneiros para encerrar os protestos que paralisaram o país em maio. No final de agosto, tiveram sua primeira atualização, com alta de até 14,4%.

A nova metodologia vale até o fim do ano, quando termina o prazo previsto em lei para a concessão da subvenção ao diesel.

5 DICAS PARA FAZER SEU FRETE RENDER MAIS

Dizem que de grão em grão a galinha enche o papo. Bom, é o mesmo com a direção econômica. São pequenas decisões que, no fim da viagem, podem significar muito. Separamos 5 delas para você.

1. ACERTE NO COMBUSTÍVEL

Não adianta: na estrada tem pouco espaço para escolher o posto certo. Na dúvida, sempre dê uma boa olhada se o posto é bem-cuidado, se os frentistas estão uniformizados e se o combustível é certificado. Desconfie do preço muito baixo: pode ser cilada.

2. RODE COM BOAS PEÇAS

Peças de qualidade, além de darem mais estabilidade no volante, reduzem os gastos com combustível. A LEMFORDER, por exemplo, tem componentes de direção e suspensão que duram até duas vezes mais do que as outras, ou seja, menos custo com manutenção e menos reais por quilômetros.

3. CALIBRE SEMPRE OS PNEUS

A calibragem, além de deixar a sua viagem mais segura, faz a diferença no uso do combustível. A regra é a cada 1 libra a menos pode aumentar em até 0,3% o gasto com combustível por quilômetro rodado.

4. APOSTE NA DIREÇÃO ECONÔMICA

Faça o máximo para manter a sua velocidade constante, sem frear ou acelerar muito, o combustível agradece. Uma dica é ficar de olho no conta-giros do seu caminhão, o ideal é trocar as marchas dentro da faixa de torque máximo.

5. PROGRAME SUA VIAGEM

Desde o abastecimento até as refeições. Uma entrega programada sempre vai ser mais rentável, marque os pontos de abastecimento, refeições, descanso, tudo. Você evita congestionamentos e paradas desnecessárias. Faz uma baita diferença. Estes são apenas alguns dos muitos hábitos que você pode ter para fazer o seu frete render ainda mais sem que isso signifique menos segurança.

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STF abre nesta segunda debate sobre tabelamento do preço do frete

O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta segunda-feira (27) audiência pública para discutir a política de preços mínimos do transporte rodoviário de cargas. A reunião foi convocada pelo ministro Luiz Fux, relator de três ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) que questionam o tabelamento do frete. Ele só deve tomar uma decisão sobre as ações após ouvir os interessados.

Os preços mínimos foram definidos pela Medida Provisória 832/2018 (convertida na Lei 13.703/2018) e pela Resolução 5820/2018, da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), que regulamentou a medida.

As ADIs foram ajuizadas pela Associação do Transporte Rodoviário do Brasil (ATR Brasil), que representa empresas transportadoras, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Caminhoneiros

As entidades alegam que a tabela fere os princípios constitucionais da livre concorrência e da livre iniciativa, sendo uma interferência indevida do governo na atividade econômica.

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A audiência está marcada para 14h, na Sala de Sessões da Primeira Turma do STF. Serão ouvidos dois oradores indicados por órgãos governamentais e por entidades de classe.

A tabela de preços mínimos foi uma das medidas estabelecidas pelo governo federal, em benefício dos caminhoneiros, para encerrar a paralisação do setor, ocorrida em maio.

Algumas entidades da classe, entre elas a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), defendem melhorias na medida estabelecida pela ANTT, como a adoção de uma tabela mínima de frete regionalizada.

Alternativas

Alguns setores produtivos, em especial do agronegócio, já avaliam alternativas para transporte de suas cargas, como o aluguel e a aquisição de frota própria. A justificativa é o aumento dos custos após o tabelamento do frete.

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O grupo JBS, por exemplo, já fez a aquisição de 360 caminhões para reforçar sua frota própria de veículos. A Cargill também sinalizou que deve fazer o mesmo, assim como os próprios produtores de grãos.

A Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut), mesmo contra o tabelamento do frete, defende que, caso seja feito, respeite as diferenças regionais. Além disso, deve ser mais atraente ao mercado, já que existem cadeias produtivas em que os produtos têm baixo valor agregado.

Entre os meses de julho e agosto, a ANTT realizou uma tomada de propostas para colher sugestões para o aprimoramento da metodologia e parâmetros para a elaboração da tabela de frete.

Fonte: Agência Brasil

Tudo culpa da greve dos caminhoneiros? Desvendamos a questão

A greve de caminhoneiros, que durou 11 dias e terminou em maio deste ano, ainda está rendendo muito assunto. Não é incomum encontrar matérias em grandes veículos, que atribuem problemas econômicos às paralisações. Segundo eles, é tudo culpa da greve.

Aqui vão alguns exemplos:

Desde a falta de remédios em hospitais públicos à problemas em companhias aéreas; parece que a greve de caminhoneiros piorou tudo para todos.

Mas afinal, para quê serviu a greve de caminhoneiros? Que problemas motivaram motoristas a começarem uma paralisação? Vamos entender ponto a ponto para respondermos essa questão:

Diesel alto

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O preço do diesel foi, inicialmente, a principal reivindicação dos caminhoneiros durante a greve. Tudo começou devido a alta do combustível, que foi o estopim para que as paralisações começassem em lugares diferentes do Brasil.

Segundo a Exame, em maio deste ano o diesel já estava 15% mais caro se comparado ao preço do combustível em janeiro. A nova política de preços da Petrobrás, prestes a completar um ano na época, fazia com que o preço do diesel refletisse a disparada nas cotações internacionais do petróleo.

Desde que a estatal começou a adotar essa nova política, em 3 de julho do ano passado, até maio deste ano, o preço do óleo diesel em suas refinarias foi reajustado 121 vezes, com aumento de 56,5% no valor, segundo cálculo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Em pouco mais de dez meses, o litro do produto passou de R$ 1,5006 para R$ 2,3488. A informação é do Estado de Minas.

Em abril, o diesel já era vendido a 2,1728 reais por litro nas refinarias da estatal, o maior nível desde julho de 2017, quando a petroleira deu início a uma nova sistemática de formação de preços, com reajustes praticamente todos os dias. E como o frete não era reajustado na mesma proporção, a conta já não fechava para o motorista autônomo e para a empresa.

Depois da greve

Ainda em maio, uma medida provisória foi publicada, obrigando o desconto de R$ 0,46 aos postos de combustível. Alguns estradeiros relataram ter notado a redução de R$ 0,46 no preço do combustível.

Porém, menos de um mês depois da publicação, uma pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) mostrou que ainda não havia tido repasse integral do desconto ao consumidor em nenhum estado brasileiro.

Em 22 estados e no Distrito Federal, a queda no preço do combustível não chegava à metade dos R$ 0,46 por litro prometidos pelo governo. No Acre, o preço médio ainda era maior do que o anterior à medida. Na tentativa de fiscalizar postos, o Planalto até mesmo criou um canal no WhatsApp para denuncias de estabelecimentos que não estavam repassando o desconto no diesel.

No início deste mês, a medida provisória que dá o desconto no diesel foi editada para valer até dezembro. Ou seja, os postos são obrigados a repassar o desconto até essa data. O valor do diesel será reajustado uma vez por mês até o fim deste prazo.

Defasagem do frete

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Segundo levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística) feito em 2016, havia uma defasagem de 24,83% nos fretes de carga lotação e de 11,77% em carga fracionada.

Ainda de acordo com o estudo, houve queda 19,13% no faturamento em mais de 80% das empresas de transporte de carga consultadas em janeiro deste ano pela NTC&Logística e Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT).

Depois da greve

Uma das principais conquistas da greve dos caminhoneiros foi a criação de uma tabela mínima de frete, que estipula um valor mínimo para o transporte de cargas. Neste mês, a medida provisória que regulava a tabela virou lei, o que foi comemorado pela categoria de motoristas.

Com a tabela, o motorista passa a receber o suficiente, o que antes não acontecia. Antes do tabelamento mínimo, os preços de frete muitas vezes não pagavam as despesas das viagens.

Idade da frota

Anuário da CNT

No geral, a idade média dos caminhões em território brasileiro é de 13,3 anos, mas os veículos dos autônomos costumam ser 8 anos mais velhos que os das empresas. A idade média do caminhão de empresa é de 9,8 anos, já a média dos caminhões dos autônomos é de 17,9.

Em alguns segmentos a idade média passa dos 20 anos, como é o caso dos caminhões de 8 a 29 toneladas, que têm média de 24,8 anos quando nas mãos dos autônomos. As informações são da ANTT.

O frete baixo pressiona o autônomo a não fazer a manutenção e a, consequentemente, não ter condições de arcar com um novo caminhão. A idade média do veículo do autônomo reflete a dificuldade de repassar frete e por isso o caminhão em uso vai ficando cada vez mais velho.

Com caminhões mais antigos, as chances de acidentes e problemas durante as viagens ficam maiores, sem contar a qualidade de vida do próprio estradeiro. Um caminhão mais velho necessita de manutenção com mais regularidade que um mais novo, o que aumenta os custos a longo prazo.

E se o frete do motorista de caminhão não é o suficiente para arcar com esses custos, além dos custos da viagem em si, como a manutenção poderá ser feita? Uma coisa liga a outra.

Depois da greve

Faz 2 meses desde que a greve dos caminhoneiros terminou, portanto ainda é cedo para dizer se a idade média da frota melhorará ou não. Mas como uma coisa depende da outra, a tendência é que, se a remuneração dos motoristas autônomos aumentar, fica mais fácil para o profissional comprar um novo caminhão, o que com o tempo abaixará a idade da frota nacional e aumentará a segurança nas estradas.

É culpa da greve?

Quando as pessoas e a grande mídia dão a entender que as dificuldades econômicas do país são culpa da greve dos caminhoneiros, eles não levam em conta o cenário anterior a greve do setor de transporte rodoviário de cargas.

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Esse cenário fez com que o profissional das estradas não conseguisse se manter. O caminhoneiro se encontrava em uma situação insustentável, uma vez que os custos gerais do transporte aumentaram, mas o frete não.

Então a culpa é de quem? Do próprio sistema econômico. Não é de hoje que os combustíveis – incluindo o diesel – sofrem grandes alterações no preço, acompanhando o mercado internacional. Isso aumenta os custos de toda a cadeia logística. Se aumenta o preço do diesel e os custos sobem, o frete também deve aumentar. Esse foi o recado que os motoristas deixaram após as paralisações de maio.

Por Pietra Alcântara

Fonte: Pé na Estrada