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Ford Caminhões cria superprodução animada para homenagear os caminhoneiros

A Ford Caminhões criou um vídeo especial de animação para homenagear os caminhoneiros, que promete encantar também quem não é do ramo. A superprodução usa técnicas refinadas de roteiro e imagens para mostrar a importância do caminhoneiro na vida das pessoas, de um jeito humano e emocionante.

Intitulada “Engrenagens”, a animação com 3 minutos de duração usa vários efeitos visuais e faz parte da nova estratégia de comunicação da Ford Caminhões, com foco nos valores institucionais da marca. Ela foi criada pela GTB e produzida pelo premiado Zombie Studio especialmente para as mídias sociais, que são cada vez mais usadas pelos caminhoneiros na sua rotina de viagens.

Em meio às engrenagens de um motor, os personagens da história recebem encomendas muito especiais em diferentes fases da vida. A aliança de casamento para os noivos, a luz na escuridão para a menina poder estudar, a chuteira para o menino que sonha ser jogador de futebol, o aparelho de som que faz o casal idoso reviver a juventude ou o tablet que permite ao pai se conectar com a filha. No final, se descobre que tudo isso está sendo transportado dentro de um caminhão e surge a mensagem: “Mais que cargas. Levamos histórias”.

“Essa animação é uma homenagem da Ford ao caminhoneiro e uma forma de destacar a importância do seu trabalho, lembrando que ele entrega muito mais que mercadorias: ele carrega o progresso, os sonhos e o futuro de todas as pessoas”, diz Oswaldo Ramos, diretor de Vendas, Marketing e Serviços da Ford Caminhões.

Segundo ele, as campanhas do setor normalmente são focadas nas características e equipamentos dos veículos e a Ford buscou inovar, mostrando que para a marca o protagonista é o caminhoneiro. “É preciso valorizar a profissão, incentivar o orgulho de ser caminhoneiro e lembrar como o seu trabalho afeta a vida de todo o país, até mesmo em pequenas situações diárias”, completa.

Criação

Segundo Rodrigo Strozenberg, diretor de criação da GTB Brasil, a produção é 100% voltada para os caminhoneiros, mas tem potencial para emocionar todo mundo pela história e estética. “Esse filme é um grande agradecimento por tudo que os caminhoneiros fazem pelas pessoas e que, por vezes, eles mesmos não se dão conta”, comenta.

Paulo Garcia, cofundador e Chief Creative do Zombie Studio, conta que essa animação foi um dos desafios técnicos e narrativos mais difíceis já assumidos pela produtora. “Harmonizar histórias totalmente emocionais e transformar as engrenagens do motor de um caminhão em um mundo de imaginação foi uma tarefa que exigiu muito talento e carinho. Foram quatro meses de trabalho com uma equipe de 60 pessoas dedicadas, muita pesquisa e vontade de transformar esse roteiro numa história linda de se ver.”

Dons da estrada

Cada pessoa tem seu dom. Uns mais desenvolvidos, outros menos, e alguns surpreendem. É o caso do dom do Diogo Gabriel Munhoz, que nos surpreendeu. O jovem, que vive em Araçoiaba da Serra, no estado de São Paulo, desenha reproduções perfeitas de caminhões, com traços de uma perfeição gigantesca.

Ele começou a desenhar bem cedo, com sete anos, repetindo os desenhos feitos pelo pai, que é caminhoneiro. Até os 17 anos ele fazia os desenhos apenas por hobbie, por ser apaixonado por caminhões. Hoje, sob encomenda, faz desenhos de qualquer modelo de caminhão.

Em 2016, Diogo vendeu seu primeiro desenho, após ter feito uma reprodução de um caminhão bastante famoso à época, um Scania 113H branco. Após publicar imagens do desenho nas redes sociais, varias pessoas perguntaram se ele fazia as reproduções para venda.

Diogo trabalha em uma farmácia, e a venda dos desenhos é uma complementação da renda. Hoje ele nem tem ideia de quantos desenhos já vendeu, mas diz se sentir muito feliz em saber que alguém vai comprar um trabalho dele para por em um quadro.

Desenhando qualquer tipo de veículo, em qualquer tipo de ambientação, Diogo usa fotos para fazer seus desenhos. Com a prática que tem, qualquer item da imagem é reproduzida, em cor e escala idênticas à foto original. Ainda assim, detalhes como amarração das cargas, lonas e letras no baú são difíceis de reproduzir.

O valor de cada arte varia de R$ 50 a R$ 120, e os desenhos são feitos em três medidas, em papel A4, que é plastificado para não amassar, ou em tamanho 60×40 e cartolina, que são enviados enrolados em canudos de papelão para que não sofram danos até chegar à casa dos clientes.

O tamanho mais vendido é o 60×40, que é o melhor para fazer e mais bonito para emoldurar. O A4 fica em quadro pequeno e a cartolina fica bem grande, também muito bonita quando emoldurada.


Para atingir esse nível de perfeição, Diogo diz que tem que se esforçar muito, pois não é da noite para o dia que se consegue um resultado espetacular. Tudo depende de paciência e dedicação.

Para encomendar um desenho, os interessados podem entrar em contato pela página Diogo Desenhos of Trucks no Facebook, clicando no link https://www.facebook.com/Diogo-Desenhos-of-Trucks.

Fonte: Blog do Caminhoneiro 

RJ é primeiro estado a utilizar placas Mercosul

Nesta terça-feira, 11, o Detran RJ anunciou a chegada das placas Mercosul no estado. O uso não é obrigatória para todos os veículos, apenas para veículos zero quilômetro que forem emplacados a partir de hoje.

O motorista também pode optar por trocar a placa voluntariamente. No caso de operações que envolvem novas placas como transferências de propriedade, de jurisdição e de município, alteração de categoria e troca de placas danificadas, o motorista já receberá o modelo Mercosul.

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Brasil é o terceiro a adotar placas Mercosul | Imagem: TV Globo

O Brasil é o terceiro país do Mercosul a adotar a placa. Uruguai (2015) e Argentina (2016) foram os dois primeiros. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) determinou que todos os estados devem implantar o novo modelo até o dia 1º de dezembro deste ano.

Para o Detran, a implantação do novo modelo da placa era necessária devido a proximidade do fim da combinação alfanumérica das placas antigas. Se a placa mantivesse a atual combinação (três letras e quatro números), nos próximos dois anos, não existiram mais novas sequências para contemplar toda a frota do país.

Quais as vantagens da nova placa?

Há quem diga que as placas Mercosul só vieram complicar a vida do motorista. Após a decisão do Denatran de adicionar o brasão da cidade e estado do veículo, estudos mostraram que o valor das placas Mercosul seria maior no Brasil que em outros países do bloco.

Porém, o Detran RJ divulgou que o valor de fabricação da placa é o mesmo do modelo antigo, R$ 219,35. Resta saber se as empresas de emplacamento repassarão ao consumidor final este mesmo valor.

Segundo o Detran, o novo modelo terá código único e conterá todos os dados de confecção da placa, desde a identificação do fornecedor até o número, data e ano e modelo de fabricação do carro, além de permitir a rastreabilidade dela. Dessa forma, a autoridade policial identifica instantaneamente onde a placa foi confeccionada e a qual veículo pertence. Por consequência, se as características não coincidirem, será possível saber se o veículo é clonado ou não.

Já a rastreabilidade do veículo será possível por meio de um aplicativo que o Denatran vai disponibilizar gratuitamente para as polícias até o fim de setembro. O novo aplicativo vai conferir ainda mais segurança aos usuários e vai estar acessível nas plataformas IOS e Android.

Aparência das placas Mercosul

Ao contrário da placa que existe hoje, na cor cinza, as novas placas terão fundo branco com uma faixa azul na parte superior. O novo modelo possui quatro letras e três números.

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Imagem: Detran RJ

A categoria dos veículos será indicada pela cor da combinação alfanumérica: particular (preta), comercial/aprendizagem (vermelha), oficial (azul), especial (verde), diplomático (amarela) e colecionador (prateada). O tamanho continua o mesmo com 40 cm de largura e 13 de altura.

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Por Pietra Alcântara do Pé na Estrada

Caminhoneiros acham que reajuste da tabela do frete é ‘o mínimo’

O reajuste da tabela do frete foi recebido entre os caminhoneiros como uma simples atualização devida pelo governo, que não afasta outras preocupações da categoria. “É o que precisava ser feito, é o repasse conforme a lei”, comentou o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ponta Grossa, Neori “Tigrão” Leobet. Em nota, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) classificou a medida como “apenas” uma atualização.

No entanto, a falta de informação quanto às fiscalizações ainda causa tensão. O líder Wallace Landim, o “Chorão”, disse que está mantida a manifestação marcada para o próximo dia 12 em frente à sede da ANTT, para pressionar pela atuação dos fiscais pelo descumprimento da tabela.

A Abcam, por sua vez, informou que há preocupação com a demora na publicação de uma nova tabela “condizente com a realidade do transportador autônomo de cargas”, o que pode levar a uma “estagnação” na contratação de serviços, “já que a atual tabela beneficia apenas as empresas de transporte”.

O reajuste foi aplicado sobre um conjunto de tabelas feito às pressas, no auge da paralisação dos caminhoneiros. O governo, as empresas e os próprios caminhoneiros apontam erros e exageros nelas. A ANTT trabalha em novas planilhas, mais detalhadas. Mas esse trabalho só deverá ser concluído no final do ano.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Validade do RNTRC vai diminuir?

O Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas é obrigatório em veículos de carga e implementos. Sem ele, o motorista não pode trabalhar. A validade do RNTRC hoje tem 5 anos.

O parceiro Luiz Augusto Faria nos mandou um recado falando sobre o RNTRC, contando que existe um projeto de lei que quer diminuir a validade do registro para 3 anos.

“Que projeto é esse? Será que a validade do RNTRC vai mudar para 3 anos?”

O projeto é o Marco Regulatório do Transporte de Cargas, que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e atualmente está em análise no Senado. Ele inclui mudanças consideradas positivas, como a criação Comissão Permanente do Transporte Rodoviário de Cargas e a isenção de pedágio para eixo suspenso.

Porém alguns pontos do projeto não facilitam a vida do motorista. Um deles é justamente a validade do registro da ANTT. No texto do projeto, é possível encontrar o trecho que altera a validade do RNTRC. Se trata do substitutivo do projeto.

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Clique aqui para ver o documento na íntegra.

Isso quer dizer que a validade do RNTRC pode mudar para 3 anos, no futuro. Entretanto, por se tratar de um projeto de lei, o texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado, depois ser sancionado pela presidência da República, para então passar a valer. Ou seja: até o momento, a validade do registro continua a mesma.

Porém, é importante questionar a medida. A equipe do Trucão entrou em contato com os responsáveis pelo texto para tentar obter respostas.

Foram contatados o relator do Marco Regulatório, deputado Nelson Marquezelli e também a autora do projeto, deputada Christiane de Souza Yared. Até a publicação desta matéria, não houve resposta.

A ANTT também foi contatada, e respondeu em nota que “essas questões competem aos legisladores, a ANTT quando é consultada emite suas análises técnicas”.

Você também pode tentar entrar em contato com a autora e o relator do Marco Regulatório para questionar a medida:

Autora: Deputada Christiane de Souza Yared

Relator: Deputado Nelson Marquezelli

Fonte: Trucão

Curiosidades: Confira o porquê dos pneus serem sempre pretos

Você já se perguntou por quê os pneus são sempre pretos? O motivo principal é um material chamado negro de fumo, mas sua função não é apenas coloração.

A princípio, a questão parece bem simples. Os pneus são pretos, porque recebem em seu processo de produção um material chamado negro de fumo. Semelhante à fuligem, ele é empregado como reforço para a borracha natural, dessa forma, sendo responsável pela sua coloração.

O negro de fumo é fabricado industrialmente há quase 150 anos. Inicialmente, seu uso como pigmento, auxiliou o segmento de tintas. Hoje, o negro de fumo é um dos principais ingredientes empregados na fabricação de um pneu. Ele é, inclusive, produzido em mais de uma dezena de diferentes tipos.

A quantidade e os tipos de negro de fumo utilizados em cada pneu são segredo industrial. Aliás, é essa delicada equação que determinará as suas principais características. Seu emprego, é um fator decisivo não só para a durabilidade do pneu, como para a sua aderência ao piso, a sua resistência ao rolamento e também a temperaturas elevadas.

“Ele responde, em média, por mais de 20% do peso e é a combinação entre os diversos tipos de negro de fumo que definirá a performance final do produto”, explica Rafael Astolfi, gerente de assistência técnica da Continental Pneus, integrante de um dos maiores grupos sistemistas do mundo.

Através do emprego de pigmentos e sílica é possível obter pneu coloridos, como os que equipam as bicicletas infantis. No entanto, as tentativa da indústria em comercializar pneus coloridos para automóveis não foram bem aceitas pelo consumidor. Por ser a cor que mais disfarça a sujeira e como nem sempre trafegamos em estradas limpinhas que acabaram de ser lavadas, o preto herdado do negro de fumo não parece ter que temer concorrentes coloridos.

Fonte: Brasil Caminhoneiro 

Posso amarrar carga de cana de açúcar com cordas?

A produção de cana é uma das principais forças econômicas do nosso país. Quem transporta carga de cana de açúcar sabe que, sem proteção, são grandes as chances da carga cair na estrada durante o trajeto. Além do desperdício, isso pode ser um problema uma vez que traz riscos de acidentes na via.

Mas como proteger a carga? Sobre esse assunto, surgiu a dúvida:

“Posso amarrar a carga de cana de açúcar com cordas?”

A legislação mais recente sobre o assunto é a Resolução 664 do Contra, publicada em 2017. Ela obriga o uso de “lona, cordas ou dispositivo similar” para o transporte de cana. Então, de acordo com essa resolução, você pode amarrar a carga de cana com corda.

Mas quando usar cada tipo de amarração? A gente te explica. 

AMARRAÇÃO DA CANA DE AÇÚCAR

Como era perigoso carregar cana de açúcar sem proteção, já que o produto se solta com facilidade e pode cair na estrada, o Contran resolveu regular o transporte de cana. Em 2013, o órgão publicou a Resolução 441 para definir como fazer o transporte desse tipo de carga.

Porém, a norma ficou quase quatro anos sem vigorar porque empresas do setor sucroalcooleiro conseguiram prorrogar o prazo, alegando falta de tempo para se adaptarem às normas.

Em julho de 2017, a regra passou a valer. Ela dizia que para o transporte de cana de açúcar picada, o transportador era obrigado a usar lona para cobrir a carga, para impedir o derramamento na via. Para carregar a cana de açúcar inteira, não era obrigatório usar lona, mas sim amarração com cordas.

MUDANÇA NAS REGRAS

A coisa complicou este ano, quando a Resolução 552 do Contran entrou em vigor para veículos em circulação. Ela muda as regras para amarração de cargas em geral, proibindo o uso de cordas para amarração.

Por isso, de acordo com essa resolução, o mais indicado é que o transporte de cana de açúcar seja feito com amarração de cintas, seja a cana inteira ou picada. Já o uso de lona somente é obrigatório no caso do transporte de cana picada. Para amarrar a lona, é permitido o uso de cordas.

O QUE DIZ O DENATRAN

Entramos em contato com o Denatran para falar sobre o assunto. Em resposta, o órgão especificou que quando a cana possui até um metro e meio de comprimento, ao ser transportada em uma carroceria canavieira (como a da imagem), ela pode ser amarrada com cordas.

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Imagem: Divulgação/Randon

Já para a cana picada, em toletes, o órgão recomenda que o transporte seja feito com uma carroceria fechada.

O QUE DIZ A PRF

Entramos em contato com a Comunicação da PRF, que informou que o transporte de cana de açúcar deve ser feito de acordo com a Resolução 664 do Contran, com o uso de lona, corda ou similares. Segundo eles, tanto cintas quanto cordas e lona podem ser usadas.

Por Pietra Alcântara do Trucão

O desafio de segurar o frete

Viver do próprio caminhão não tem sido fácil no Brasil. Não é tarefa para amadores e nem cabe romantismos. Além das diversas exigências básicas da atividade, tais como conhecimento do caminhão, das estradas e a convivência com os desafios impostos pela rotina da atividade, é imprescindível conduzir o negócio com eficiência e dentro das regras do mercado. Entre elas se destacam o seguro do veículo e o sistema de rastreamento, que aliados ao valor nem sempre satisfatório do frete, são elementos que pesam na lista de despesas do autônomo.

Diante dos altos índices de roubos de cargas chega a ser normal poucas empresas não se disporem a confiar suas mercadorias a motoristas que não contem com um desses dois serviços citados. Isso faz com que mesmo diante de todas as dificuldades financeiras enfrentadas pelo autônomo, ele seja obrigado a recorrer a sistemas de rastreamento, pois são comuns os casos em que motoristas alegam ter perdido viagens simplesmente pelo fato de não contarem com o sistema em seus caminhões.

Para a categoria, normalmente é alto o custo para segurar e equipar o veículo com sistema de rastreamento, mas além disso existe ainda, por parte das empresas, a possibilidade de análise do perfil do carreteiro, como aspectos da sua vida profissional e pessoal para que aceitem fazer seguro. E não raramente, as condições do equipamento também são levadas em conta, caso da contratação da carga. No quesito seguro, a Lei 11.442 diz que a empresa contratante dos serviços é a responsável pelos riscos da carga. Ou seja, como encarregada, a maioria opta por fazer o seguro, o que explica a exigência do sistema de rastreamento nos caminhões que vão levar a mercadoria.

O carreteiro José Anisio de Souza disse que já perdeu fretes porque atualmente se encontra sem condições de ter seguro e rastreamento no seu caminhão

Porém, não é todo carreteiro que se encontra em condições de ter seguro ou rastreamento em seu caminhão, como é o caso do sergipano de Poço Verde, José Anísio de Souza. Ele disse à reportagem da Revista O Carreteiro que no momento ele não tem faturamento para contratar seguro ou qualquer sistema de rastreamento. “Não está fácil seguir na profissão, e já perdi viagens por não ter o rastreador. Trabalho como autônomo há muitos anos e tenho a felicidade de nunca ter tido problemas de segurança, pois se tivesse, hoje eu não estaria preparado para lidar com eles”, relatou.

Parsifal Martins Guabiraba afirmou que a maioria dos motoristas autônomos tem seguro ou rastreamento, porque é condição necessária para conseguir frete

Já o cearense de Tabuleiro do Norte, Parsifal Martins Guabiraba, afirmou que hoje em dia, ter seguro do caminhão e equipamento de rastreamento é condição necessária para o carreteiro conseguir frete. “A maioria dos motoristas autônomos tem, embora muitos outros dispensem esses serviços por causa do preço”, explicou. Guabiraba garante que transportava sem seguro, mas nunca perdeu um frete por causa disso. “Mas eu vivia assustado e corria riscos desnecessários”, reconheceu.

Sem rastreador é complicado, porque a empresa bloqueia nosso cadastro e nos deixa sem carga e sem previsão de faturamento, observou Vantuil Martins

O faturamento baixo é uma grande dificuldade para o autônomo manter um sistema de segurança no caminhão, comentou o motorista Vantuil Martins da Silva, de Ituiutaba/MG. Ele disse que seu cargueiro conta com sistema de rastreamento, porém, houve um período em que ele trabalhou sem o equipamento. “É uma situação extremamente complicada para nós, porque se não temos rastreador a empresa bloqueia o nosso cadastro. Se não carregarmos ficamos sem previsão de faturamento e sem as mínimas condições de manter um sistema com custo mensal.

Para João Batista, que sempre trabalhou com sistemas de segurança no caminhão, rastreamento deve ser encarado como um item da lista de custos

Há carreteiros que sempre trabalharam com rastreador, como é o caso de João Batista Franco Borges, de Ituiutaba/MG. Proprietário de dois caminhões (um para seu uso próprio e outro para seu filho), ele calcula que  atualmente quase todas as empresas não deixam o motorista carregar sem ter rastreador no caminhão.

“Eu nunca perdi viagens, pois sempre tive esses sistemas de segurança, mas os colegas de profissão que não têm enfrentam dificuldades e estão quase parados. Borges acrescentou que rastreamento tem de ser encarado como mais um item na lista de custos, pois permite que o motorista viaje mais tranquilo. Outra observação feita por  ele é ter deixado de aceitar cargas para regiões com elevados índices de violência, como o Rio de Janeiro. “Não vou. Se fosse obrigado a rodar por estes lugares, abandonaria a profissão”, finalizou.”

SERVIÇOS  DIFERENCIADOS

De seguro total a apólices apenas para a carga ou por viagem, hoje diversas empresas especializadas têm diversificado os serviços que oferecem ao mercado. Como a máxima de que pesquisar sempre é a melhor opção, os motoristas conseguem contratar pacotes personalizados com valores reduzidos em relação aos comumente praticados. Se a opção é pelo rastreador, há uma infinidade de opções e variedades de dispositivos, incluindo aplicativos gratuitos para smartphones e tablets (DM).

Fonte: O Carreteiro

Que futuro o motorista quer para o transporte?

A Revista O Carreteiro foi para a estrada e conversou com os motoristas sobre as principais mudanças que ocorreram no transporte rodoviário de cargas e quais são as expectativas de melhoras para os próximos anos.

Na lista de desejos dos profissionais da estrada aparecem reinvindicações antigas como preços mais justos para o óleo diesel e pedágio, locais de parada com infraestrutura, mais segurança nas estradas e aplicação da tabela com valor mínimo de frete.

Isso é o que defende o autônomo Jair Xavier Maia, 51 de idade e 34 de profissão, de Tabuleiro do Norte/CE, que viaja o Brasil inteiro com todo tipo de carga e já vivenciou muitas mudanças no transporte. “Em três décadas, as rodovias melhoraram mui to e mesmo tendo de arcar com as tarifas de pedágios, existem muitas vantagens de se trafegar por pistas conservadas”, disse o carreteiro.  Ele lembra que no passado enfrentava muitos buracos nas estradas que comprometiam a manutenção do caminhão. Hoje esse problema diminuiu muito e a maioria dos locais por onde passo já estão duplicados e com boa estrutura. Antes tinha dificuldade até de ultrapassar quando era necessário”, relatou.

Jair acredita que atualmente a criação e o cumprimento de uma tabela mínima de frete seriam mais um passo na evolução no transporte. Em sua opinião, se essa tabela realmente sair do papel vai melhorar muito para o motorista. “Não haverá   mais frete de retorno, que quase sempre aceitamos pela metade do preço. Com esse valor médio poderemos saber quanto vamos realmente receber”, comentou.

Veja os vídeos que os motoristas enviaram sobre o futuro no transporte

Porém, Jair espera mais do futuro. Ele acredita que faltam ainda mais locais de parada para o motorista realmente descansar. “São poucas as opções de postos para pernoitar. E por conta disso, às vezes é difícil achar vaga para estacionar. Tem posto em Feira de Santana/BA, por exemplo, que cobra até para encher a garrafa d´água. Essa situação é uma das mais difíceis de lidar na estrada. A minha expectativa para os próximos anos é que sejam construídos mais pontos de paradas com estrutura para nos receber”, destacou.

Para Jair Xavier, as estradas melhoraram nos últimos 30 anos, mas em sua opinião, a grande evolução será quando a tabela valor mínimo de frete sair do papel

Mesmo com esses entraves, ele acredita que está na profissão certa e enxerga muitas melhorias pela frente. “Não me arrependo das escolhas que fiz. Começaria tudo de novo. Penso apenas que se fosse começar hoje não teria passado por tantas dificuldades e ingressaria com muitas melhorias, como caminhões modernos e estradas boas”, destacou.

É o caso de José Marinho da Silva Filho, carreteiro de Surubim/PE, 28 anos de idade e sete de profissão. Ele comentou que apesar de ter ingressado  na profissão em um período em que os caminhões já estavam num estágio evoluído, e as estradas em melhores condições,  o valor do diesel era mais compatível com o do frete. “Pouco tempo depois veio a fase ruim e a conta não fechava mais e só comecei a sentir alguma melhora depois da greve”, ressaltou.

José Marinho afirmou que hoje a situação está mais tranquila, e espera que continue assim para que ele consiga comprar seu próprio caminhão daqui a dois anos

Para os próximos anos, José Marinho espera que a situação se mantenha, com os valores mais acessíveis e justos do diesel e frete. “Agora está dando para seguir de um jeito mais tranquilo, espero que continue assim. A conta começou a fechar e consigo voltar a sonhar em ser autônomo e ter o meu próprio caminhão. Quem sabe dentro de dois anos?”, imaginou.

Marinho, que na ocasião da reportagem estava acompanhado da esposa Melina Moana, pede também pedágios com valores mais acessíveis. No seu caso, que roda na rota São Paulo-Pernambuco, o custo supera mil reais. “Por isso, eu digo, não existe romantismo na profissão, existe você gostar e ter vontade de fazer dar certo. E também acreditar que as coisas podem melhorar”, concluiu.

A expectativa de um valor mais justo em relação ao frete é a expectativa de Gedson Thompson, 41 anos de idade e 12 de profissão, de Cachoeira do Itapemirim/ES. “Gostaria que os valores fossem mais bem repassados. Hoje recebemos R$ 2.500 por um frete que na verdade vale mais de R$8.000. As transportadoras ganham muito em cima da gente”, desabafou.

Gedson Thompson disse que o valor do frete deveria ser melhor repassado para os motoristas, porque as transportadoras ganham muito em cima do carreteiro

O valor do frete é um dos fatores que também mais incomodam Gedson. Na sua opinião, nesses 12 anos a única coisa que realmente evoluiu foi a infraestrutura da estrada. “O asfalto é ótimo, pelo menos na rota que atuo, mas não consigo pensar em nada mais que tenha melhorado. As leis, as exigências estão cada dia mais focadas no motorista, e isso atrapalha o dia a dia na estrada”.

Em relação ao diesel, uma das principais reclamações da categoria, Gedson acredita que depois da greve “deu uma melhorada” mas ainda pode ser mais acessível. “Agora está dando para suportar, percebo uma diferença de R$ 400 reais a mais no meu rendimento. Espero que continue assim pois antes estava bem complicado”, destacou.

Jackson Gomes Ribeiro, de Marataizes/ES, 29 anos de idade e nove de profissão, também faz a rota Espirito Santo e São Paulo, e disse que começou a profissão em uma época onde as estradas já contavam com boa estrutura para o transporte. Por outro lado, pegou a fase em que o frete deixou de acompanhar os custos. “As despesas estão muito altas, preço do pedágio é um pouco abusivo e existe muita insegurança nas estradas. Isso tudo complica nossa profissão”, afirmou.

Jackson Gomes diz que se houvessse segurança nas estradas e controle dos valores do diesel e pedágio, a vida do motorista de caminhão seria mais fácil

Para o futuro do transporte, Jackson espera ver mais segurança na estrada com fiscalização justa e que os valores do diesel e do pedágio não pese tanto no bolso do carreteiro autônomo. Isso, sem esquecer a tabela de preço mínimo de frete. “Se esses itens fossem realmente colocados em prática, seria mais fácil  sobreviver na profissão”,  analisou.

O autônomo Carlos Antônio do Divino, Londrina/PR, 48 de idade e 30 de profissão, viaja pelo País com todo tipo de carga. Há 30 anos na estrada, acha que a principal evolução no transporte foi a melhoria das estradas. A tecnologia dos caminhões também é apontada por ele como grande e boa mudança. “Além disso, hoje temos mais opção de cargas e os aplicativos de frete facilitaram a nossa busca pela melhor oportunidade. Isso ajuda muito”, destacou.

Além da melhoria das estradas e a evolução dos caminhões, Carlos Antônio destaca a facilidade que os aplicativos de frete trouxeram para os motoristas

Mas, em contrapartida, Carlos reforça que o frete e as condições de trabalho foram piorando. “Hoje, o diesel e o pedágio estão muito caros e reduzem nosso ganho. Antes o meu faturamento era melhor. As condições em geral evoluiram bastante, mas a conta entre os custos do transporte e o que recebemos não fecha mais, contabilizou”.

Apesar de o futuro ser algo imprevisível, e depender de decisões até governamentais, Carlos espera melhorias no transporte. Como todo autônomo,  acredita que é importante repensar os valores aplicados no diesel, pedágio e investir na segurança e em pontos de paradas. “Com o aumento do número de caminhões nas estradas, temos que parar de rodar cedo para encontrar vaga nos postos. Caso contrário, a situação se torna complicada e arriscada. Os locais de parada não acompanharam o crescimento da frota”, ressaltou.

Fonte: O Carreteiro 

Apenas 2% dos exames toxicológicos apontam resultado positivo

Em vigor desde março de 2016, os exames toxicológicos realizados em motoristas profissionais apontam baixo índice de resultados positivos.

Pouco mais de 2%. Essa é a proporção de exames toxicológicos realizados em motoristas profissionais que tiveram resultados positivos, segundo o Departamento Nacional do Trânsito (Denatran). Em 2017, de acordo com a assessoria do órgão, foram realizados 1.972.826 exames, sendo apenas 43.281, ou 2,19%, positivos. Já em 2018, de janeiro a abril, foram 508.151, sendo 10.702, ou 2,11%, positivos. O exame toxicológico de larga janela de detecção, que mostra se a pessoa utilizou drogas nos últimos 90 dias, é feito pela análise de fio de cabelo. Ele entrou em vigor em março de 2016.

De acordo com o órgão, os dados de 2016, primeiro ano da obrigatoriedade do exame, não estão disponíveis. “O Denatran considera que o exame toxicológico de larga janela de detecção representa um importante esforço para a prevenção e redução da morbimortalidade no trânsito”, afirmou a assessoria do órgão.

O exame toxicológico de larga janela de detecção foi instituído pela lei federal 13.103, de 2 de março de 2015, que acrescentou o artigo 148-A ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB) – lei federal 9.503. Este artigo diz que os condutores das categorias C, D e E devem realizar o exame na obtenção ou renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Sua regulamentação está na resolução 691, de 27 de setembro de 2017, do Conselho Nacional do Trânsito (Contran).

O exame também foi incluído na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no artigo 68, segundo o qual ele será exigido previamente à admissão e por ocasião do desligamento dos motoristas profissionais pelas empresas.

Fonte: Brasil Caminhoneiro