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Transporte rodoviário gera mais de 2,8 mil empregos em março

Pelo segundo mês consecutivo, setor de transporte e logística mais contratou do que demitiu

Em março, pelo segundo mês consecutivo, o setor de transporte e logística mais contratou do que demitiu. O melhor resultado, entre os modais, foi do transporte rodoviário, que contabilizou saldo positivo de 2.873 contratações (o número considera o resultado de admissões menos o de demissões), segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho.

A explicação para o incremento, nesse período, pode estar na supersafra da soja, que aumentou a demanda pelo serviço de transporte de cargas para escoamento dos grãos.

Já o saldo no setor de transporte e logística como um todo (considerando os modais ferroviário, rodoviário, aquaviário, aéreo além de atividades auxiliares) foi de 684 contratações. Esse resultado foi impulsionado pelo desempenho do transporte rodoviário.

Os números indicam que o ritmo de demissões está desacelerando, o que pode sinalizar uma reação da economia e, com ela, do mercado de trabalho. A CNT (Confederação Nacional do Transporte) alerta, no entanto, que a recuperação do nível de empregos pode ser comprometida com a entrada em vigor, em julho de 2017, da reoneração da folha de pagamentos. Na prática, isso significará aumento da carga tributária e aumento do custo de contratação de novos funcionários para as empresas.

Queda na demanda de serviços desacelera

A baixa na demanda de serviços de transporte também está desacelerando, segundo dados da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Isso reflete, também, a melhora das expectativas sobre o nível de atividade da indústria e do setor agropecuário e, consequentemente, sobre a demanda por contratação de fretes.

Em fevereiro, a variação acumulada em 12 meses da demanda de transportes, serviços auxiliares e correios foi de -7,6%, mesmo resultado de janeiro. O destaque foi para o transporte terrestre, cuja queda foi 0,7 pontos percentuais menor ( -10,4% em janeiro e -9,7% em fevereiro). Já a variação acumulada da receita nominal do setor foi de -1%. Em janeiro, havia sido de -1,1%.

Na avaliação da CNT, os resultados ainda não mostram um cenário de retomada consistente do nível de atividade no setor transportador. Contudo, já trazem sinais de melhora, ao evidenciar a diminuição na intensidade de queda da demanda e uma estabilização na receita nominal das empresas que fornecem o serviço de transporte no Brasil.

Fonte: CNT

Mercedes-Benz lidera as vendas de caminhões na Argentina

A Mercedes-Benz Argentina alcançou o primeiro lugar em vendas de caminhões no País com o emplacamento de 410 unidades em março. Esta é uma conquista muito especial para a Empresa que, após 18 anos, conquistou a liderança em todos os segmentos de caminhões.

Em semipesados e pesados, foram emplacados 282 caminhões, marco que nos alçou à liderança com 23,6% de market share. Quanto ao segmento de leves e médios, foram emplacadas 128 unidades, o que nos conferiu o primeiro lugar com participação de mercado de 40,5%.

“O mercado argentino solicita configurações de caminhões que são praticamente as mesmas do brasileiro. Isso nos ajuda a atender rapidamente os nossos clientes”, afirma Joachim Maier, presidente da Mercedes-Benz Argentina.

Mercedes-Benz do Brasil é líder nas exportações de caminhões para a Argentina

“A Mercedes-Benz do Brasil é líder nas exportações de caminhões para a Argentina. Nós temos aumentado de forma expressiva as vendas para este mercado”, diz Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina. “Isso foi novamente confirmado no último mês de março, com a exportação de 714 unidades, o que significa mais que o dobro de crescimento em relação ao mês de fevereiro, quando comercializamos 347 unidades”.

Os caminhões leves Accelo 815 e 1016 são grandes destaques nas vendas para o mercado argentino. “No primeiro trimestre deste ano, exportamos 486 unidades dessa linha de leves. Somando-se às 1.758 unidades comercializadas no ano de 2016, em que esses modelos começaram a ser vendidos na Argentina, chegamos a 2.244 caminhões”, ressalta o CEO. “Ou seja, o sucesso do Accelo foi imediato e conquistou os clientes locais, especialmente pela versatilidade, agilidade, capacidade de carga e conforto no transporte urbano”.

Como maior exportadora de caminhões e ônibus do Brasil, a Mercedes-Benz investe permanentemente em soluções cada vez mais adequadas às exigências dos diferentes mercados. Para obter êxito nas exportações, precisamos de produtos competitivos e agilidade no atendimento às mais variadas demandas.

Fonte: Blog do Caminhão

Roubo de cargas custam mais de R$ 6 bilhões à economia brasileira

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), os roubos de carga custaram R$ 6,1 bilhões à economia brasileira entre 2011 e 2016. O prejuízo chega a R$ 3,9 milhões por dia com as ocorrências, que se concentram principalmente nos estados do Rio de Janeiro (43,7%) e São Paulo (44,1%).

O estudo ainda aponta que as perdas causadas por esse tipo de crime têm crescido ano a ano, assim como o número de casos registrados, que aumentou 86%, ou seja, de 12 mil em 2011 para mais de 22 em 2016.

Outros dados recentes são da FreightWatch International, maior consultoria especializada em roubos de cargas, que apontou que o Brasil é campeão mundial de roubo de cargas e está à frente de países como México, África do Sul, Somália e Síria, apontados com “altíssimo risco”. A pesquisa também revela que o custo com a segurança das frotas de caminhões representa 12% do faturamento bruto das empresas de logística.

“Como consequência, tudo o que é gasto com seguro, escolta e tecnologia entra no Custo Brasil e quem paga, obviamente, somos todos nós”, diz Cyro Buonavoglia, presidente da Buonny, maior gerenciadora de riscos na área de transportes e logística do Brasil.

Dados levantados pela GRISTEC, Associação Brasileira das Empresas de Gerenciamento de Riscos e de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento, revelam que, entre 2005 e 2013, 563 mil tentativas de roubos ou furtos foram frustradas graças à ação de equipamentos antifurto e das centrais de monitoramento, o que representou uma economia de R$27 bilhões, recurso que para embarcadores, transportadores e companhias seguradoras significa mais investimentos, criação de empregos e geração de renda.

De acordo com Buonavoglia, “de maneira geral, as estatísticas mostram um quadro pessimista sem melhorias em curto prazo, porém as empresas que têm inserido programas de gerenciamento de riscos em suas operações desafiam os números conquistando melhores resultados”.

“Ações básicas de gerenciamento de riscos como pesquisa e adequação do perfil do motorista contratado, serviços de inteligência e tecnologias embarcadas que direcionam os órgãos de segurança pública ao local exato do delito, otimizam a estrutura policial disponível e contribuem para a prisão de meliantes e recuperação das cargas”, diz.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Montadoras cobram promessas de infraestrutura do Governo para reverter crise no setor

Após um início de ano aquém das expectativas nas vendas de veículos e principalmente caminhões e ônibus, as montadoras reforçam sua preocupação.

A expectativa é fechar o ano com alta de 4%, mas atualmente o setor de pesados utiliza 20% da sua capacidade nas fábricas.

O diretor de Relações Institucionais da Mercedes, Luiz Carlos de Moraes, ressaltou que os caminhões estão diretamente ligados ao crescimento do País. “Pouco provável que o consumo vai gerar crescimento, temos nível de desemprego muito alto. Consumo vai demorar um pouco para retomar. A chance para crescer é via investimento”, explicou.

O resultado do primeiro bimestre é classificado como decepcionante, uma queda de 6,4%, em relação as vendas de 2016. Mas a produção nacional registrou alta de 15% em fevereiro, e elevação de 39%, em relação ao mesmo período de 2016.

A maior atividade das fábricas demonstra uma aposta na recuperação das vendas após o segundo trimestre.

O presidente da Anfavea, Antonio Megale, lembrou que os programas de infraestrutura estão sendo anunciados desde o Governo anterior. “Muitas concessões, muitos anúncios são feitos, mas não acontecem. Sabemos que têm tempo de implementação, mas pedimos celeridade na condução de concessões ou mesmo a retomada dos investimentos de infraestrutura”, disse.

Na média, o setor automotivo usa hoje no Brasil 50% da sua capacidade instalada nas fábricas.

As exportações produziram o melhor bimestre da história, mas o mercado externo não consegue suprir o fraco desempenho interno.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Duplicação da BR-262 não tem todo o recurso garantido

Embora o comando nacional do Dnit tenha manifestado otimismo em reunião com a bancada federal capixaba ontem, o fato é que apenas R$ 82 milhões estão garantidos no Orçamento Geral da União para a prometida obra de duplicação do primeiro trecho da BR 262, de Viana até a localidade de Victor Hugo. As intervenções devem começar em breve, cerca de 40 dias após o Iema (Instituto Estadual do Meio Ambiente) liberar as licenças e manifestar as contrapartidas exigidas.
Segundo o diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) Halpher Luiggi, as obras do primeiro trecho devem durar três anos, ficando prontas em 2019. Enquanto isso, o governo federal prossegue com os estudos para conceder toda a rodovia à iniciativa privada, nos trechos mineiro e capixaba. Isso significa que a duplicação da maior parte da pista pode ficar a cargo do governo federal ou de uma empresa concessionária, em condições e prazos ainda não definidos. Enquanto isso, o Dnit vai recuperar pavimento e construir várias terceiras faixas na rodovia em todo o Estado este ano.
“A partir de quando liberarem licença, em 40 dias a gente começa a obra. O Iema tem 180 dias a partir do pedido do Dnit. Na prática, tem até 31 de julho, mas é claro que há boa vontade do órgão ambiental, que sabe da importância da intervenção da obra e vai colocar os termos de condicionantes”, pontua Halpher.
O diretor ainda pediu empenho da bancada para fazer emendas ao Orçamento, chegando ao menos a R$ 100 milhões para a duplicação do primeiro trecho. A obra desse pedaço totaliza R$ 579 milhões, mas hoje só tem R$ 82,3 milhões empenhados no Orçamento.
“A 262 é prioridade em Brasília. Se começar no tempo seco, a expectativa é fazer 7 km de duplicação este ano, e vai depender da janela hídrica. No ano que vem, faremos mais 15 km. Chegaremos ao final de 2018 com 22 km prontos, e os outros 30 km concluídos ao longo de 2019, mantidas as condicionantes orçamentárias”, ressalta Halpher. A explicação do fatiamento é que o Dnit não quer repetir equívocos no contrato de duplicação de 52 km. “No passado, o consórcio abria frentes de trabalho e não entregava e a rodovia, que ficava toda mexida”, explica o diretor.

Refinanciamentos do Procaminhoneiro e PSI saem do papel com intervenção da Unicam

Desde setembro de 2016, a Unicam (União Nacional dos Caminhoneiros), estava pedindo a prorrogação de financiamentos do Procaminhoneiro e PSI, além de solicitar uma linha de crédito para estabelecimentos que queiram se adequar e serem reconhecidos pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil como Pontos de Parada e Descanso – PPD, determinado pela Lei nº 13.103/15 e assim cumprir com segurança o tempo de direção.

A pauta havia sido recebida pela presidente do BNDES, Dra. Maria Silvia Bastos, e agora em março houve uma resposta positiva do BNDES, que publicou as circulares SUP/AOI nº 02/2017 de 23 de janeiro e SPU/AOI nº 03/2017 de 24 de janeiro de 2017, que prorrogam o refinanciamento do Procaminhoneiros e PSI, sem data para término da sua vigência.

A Unicam comemorou as publicações das circulares: “Esta é mais uma vitória para nossa categoria! ” – comemora China.

Caminhoneiros e empresários que tiverem problemas ou dúvidas sobre os refinanciamentos, podem entrar em contato com a Unicam, pelo telefone (11) 3935 – 6760.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

FPT Industrial investe em tecnologia para combustíveis alternativos

Não apenas por questões de economia de recursos, mas por se tratarem de alternativas interessantes para o futuro do planeta, é crescente o número de veículos e máquinas que estão sendo adaptados às novas fontes de energia. Muito além dos combustíveis que conhecemos no dia a dia, como a gasolina, o diesel e o etanol, a FPT Industrial, uma das maiores produtoras de motores industriais do mundo, trabalha com novas tecnologias para garantir eficiência sem prejudicar o meio ambiente, com os chamados combustíveis alternativos.

“A FPT Industrial já trabalha a vários anos com tecnologia própria para utilização do Gás Natural Veicular (GNV) e inclusive registrou recentemente a liderança na Europa com a marca de 30 mil motores comercializados desde que estreou neste segmento, e agora ampliou seu portfolio tecnológico com motores movidos a biometano, explica Gustavo Teixeira, especialista da FPT Industrial em sistemas de pós-tratamento e homologações.

“Os combustíveis alternativos aparecem como promessas para o futuro sustentável, pois reduzem os impactos ambientais causados pelos efeitos das emissões de gases dos veículos convencionais na atmosfera”, completa Teixeira. Segundo o especialista no caso do biometano, seu uso ainda pode promover independência para o produtor rural na geração de energia necessária no processo de produção e, claro, economia. Em parceria inédita com a New Holland a FPT testa trator com motor movido a Biometano no Brasil desde 2016.

Apesar de ser uma tecnologia recente no Brasil, os motores GNV já são amplamente utilizados pelos clientes da FPT em vários países ao redor do mundo como Espanha, Itália, China e Israel, com destaque para França, Holanda e Alemanha, países que mais utilizam esse tipo de tecnologia. Na América Latina seu uso já é mais recorrente na Colômbia, Peru e Venezuela.

A FPT Industrial tem um portfólio amplo para operação com GNV que inclui os motores F1C,N60e Cursor 9, com performances de 100 kW (134 cv) e 350 Nm torque, a 294 kW (400 cv) e 1700Nm de torque. Todos aplicáveis em veículos comerciais leves, caminhões médios e pesados e em ônibus urbanos.

Fonte: Blog do Caminhoneiro

Juros altos impedem crescimento no Brasil, diz Mercedes-Benz

A taxa básica de juros (Selic) atual no Brasil, de 12,25% ao ano, é o primeiro item que precisa ser melhorado para permitir o crescimento da economia e principalmente do setor automotivo, opinou na manhã desta segunda-feira Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz no Brasil e na América Latina.
Para o executivo, a discussão sobre o futuro da indústria não será profícua se a Selic, que baliza as outras taxas da economia, seguir alta. “Com o juro como é hoje, ninguém tem potencial para crescer. No segmento de caminhões, por exemplo, que é termômetro da economia, como se financiar um veículo?”, comentou o executivo, durante evento organizado pela editora “AutoData”.
Schiemer também afirmou que é necessário se aproveitar o momento atual de crise para atacar reformas que ele considera essenciais, até “óbvias”. Ele ressaltou as reformas trabalhista, tributária e da Previdência Social. Também reforçou a necessidade em investimentos de infraestrutura para modernizar a logística nacional.
“Nós precisamos da continuidade das reformas, e admitimos que o governo está no caminho do desenvolvimento, mas queremos uma agenda econômica que simplifique as regras e garanta maior segurança jurídica”, disse.
Evoluir nesse sentido, acrescentou Schiemer, pode definir se 2017 será um ano da virada ou mais um ano de queda. Isso, em sua opinião, garantiria uma competitividade estrutural, sem subsídios governamentais — que causam o que chamou de “ilusão de competitividade”.
Sobre o segmento específico dos caminhões, especialidade do grupo na região, a ociosidade encontra-se em quase 80% e o mercado encolheu em 70% desde o pico de 165 mil unidades em 2011, para 47 mil veículos no ano passado. “Não sei se 2017 será a virada ou continuidade da queda. Falta previsibilidade. Ninguém de nós sabe o que vai acontecer e isso é o pior.”

Por que empresa de entregas UPS proíbe seus caminhões de dobrar à esquerda – e diz economizar milhões com isso

Desde 2004, a UPS adota a política de seus motoristas de caminhões não dobrarem à equerda.

Evitar ao máximo dobrar à esquerda. Isso é quase um mantra para os motoristas das vans da UPS, a empresa americana de entregas que diariamente distribui 18,3 milhões de pacotes e documentos. Por causa dessa política, os motoristas não seguem os caminhos mais curtos quando se dirigem de um ponto a outro, nem evitam que seus caminhões fiquem mais tempo no trânsito. E por que fazem isto?

Tentar dobrar à esquerda no trânsito (ou à direita, em países onde a mão é do lado esquerdo) faz com que o motorista tenha de esperar que o semáforo ou o trânsito no sentido oposto dê uma oportunidade de cruzar. Também torna mais provável uma colisão entre veículos. Portanto, desde 2004, a UPS aplica o critério de não dobrar à esquerda e, atualmente, 90% das viagens que seus caminhões fazem são seguindo sempre pela direita.

De acordo com a empresa, isto permitiu economizar por ano cerca de 38 milhões de litros de combustível, deixando de emitir 20 mil toneladas de dióxido de carbono. Além disso, entregam 350 mil pacotes a mais.

Dobrar à esquerda implica mais tempo de espera numa rua e risco de colisão, segundo a empresa.

O software que escolhe as rotas dos motoristas, chamado Orion, tem um algoritmo de mais de mil páginas que não determina o caminho mais curto, e, sim, o mais conveniente. “O Orion não necessariamente traça a rota perfeita para nossos condutores, que fazem em média 120 paradas por dia”, diz Myron Gray, presidente de operações da UPS nos Estados Unidos. “Em vez disto, escolhe entre trilhões de potenciais rotas para dar um caminho mais eficiente a nossos motoristas. Sim, trilhões”, ressalta Gray.

Será que realmente funciona? 

O programa de televisão Caçadores de Mitos , do Discovery Channel, comprovou que este sistema realmente economiza combustível, como garante a UPS. Para um teste, foram colocados dois veículos com o mesmo número de entregas. Um deles deu oito viradas à esquerda e quatro à direita, enquanto que o outro, apenas uma à esquerda e 23 à direita.

A empresa afirma que seu algoritmo permitiu à empresa entregar 350 mil pacotes a mais por ano.

Dar quase todas as viradas à direita não foi o ideal em termos de tempo e a distância, pois isso demandou 10,8 quilômetros e 61 minutos para completar as entregas. Enquanto isto, com mais viradas à esquerda, o outro caminhão percorreu 8,3 quilômetros em 52 minutos. Mas realmente houve uma economia de combustível, já que dar voltas apenas à direita exigiu 1,81 litro de gasolina, enquato que dar voltas à esquerda, 3,08 litros.  A conclusão é que, ainda que haja uma economia de combustível, esta ideia funciona para uma empresa como a UPS, que tem mais de 100 mil veículos, mas não para um motorista comum. Os responsáveis pela experiência dizem que, para se notar a economia, todos os motoristas de uma cidade teriam que ser proibidos de virar à esquerda.

Fonte: Revista Caminhoneiro

Foto: Getty Images

Produção de equipamentos de transporte cai 21,7%

A indústria brasileira recuou 6,6% em 2016, segundo dados divulgados pelo IBGE nessa quarta-feira (1º). Entre os segmentos, aqueles relacionados a fornecedores do transporte tiveram uma queda ainda mais expressiva: a fabricação de equipamentos de transporte – conta que inclui, por exemplo, embarcações, veículos ferroviários e aeronaves – baixou 21,7%; já a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias caiu 11,4%.  Tomando apenas a fabricação de ônibus e caminhões, a queda acumulada no ano foi de 15,2%.

Os resultados negativos da indústria estão diretamente associados à retração no setor de transporte. Até novembro de 2016, as transportadoras tiveram queda de 7,6% nos serviços, de acordo com a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), do IBGE. A situação mais preocupante é a do transporte terrestre, que teve redução média estimada em 10,6%. Sem demanda, as empresas deixaram de investir. Além disso, desmobilizaram bens de capital, por exemplo, vendendo veículos e implementos.

A Sondagem Expectativas Econômicas do Transportador 2016, produzida pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), aponta números que demonstram esse movimento. No setor, 37,4% das empresas entrevistadas afirmaram ter reduzido o número de veículos em operação no ano passado. Dessas, 63% venderam ativos. O mesmo estudo aponta que 63,7% das entrevistadas não compraram veículos em 2016.

“O setor de transporte e logística está presente em todas as etapas da produção e do consumo de bens e serviços de um país. Quando o nível de atividade da economia se reduz, há diminuição na produção e no consumo de bens e serviços, gerando uma contração da demanda por serviços de deslocamento. Isso faz com que o setor de transporte seja impactado negativamente por uma crise econômica como a que o país vive atualmente. Por sua vez, um menor volume de serviços de transporte resulta em queda do nível de atividade de outros segmentos que dependem de seu desempenho”, já alertou a CNT, no boletim Economia em Foco.
No estudo, a Confederação Nacional do Transporte destacou, entre os segmentos afetados diretamente pelo mau desempenho do setor do transporte, o de combustíveis e lubrificantes, o de autopeças, o de pneus, o de instrumentos eletrônicos, o de seguros, o mercado de financiamentos, serviços de catering, entre outros.
E a perspectiva é que, neste ano, o cenário não apresente melhoras significativas. Das empresas entrevistadas na Sondagem, 44,6% disseram não pretender fazer novas aquisições de veículos neste ano.  E quase metade (49,3%) de todos os entrevistados no setor de transporte acredita que a retomada do crescimento na economia do país só será percebida em 2018.

Fonte:
Natália Pianegonda
Agência CNT de Notícias