Como é dirigir um caminhão de 50 anos atrás

A porta do motorista não fecha perfeitamente, mesmo depois de uma batida forte. Cinto de segurança, direção assistida ou rádio? Nada. Ar-condicionado é luxo, ainda que a temperatura externa esteja acima de 30°C.

Ainda que as condições não sejam as mais confortáveis, vale encarar tudo isso para dirigir um clássico do transporte rodoviário brasileiro, um Mercedes-Benz L-1111 produzido em 1968 e restaurado pela fabricante.

Ele, junto com sua evolução, o L-1113, forma a família de caminhões mais bem sucedida do país, com 240 mil unidades emplacadas entre 1964 e 1988. Destas, estima-se que cerca de 180 mil ainda estejam na ativa pelas estradas brasileiras.

Considerando que 75% da produção ainda presta serviços, a robustez é a principal virtude do modelo, considerado de porte médio.

Muito tamanho, pouca potência

Seu motor atende pelo nome OM 321 Diesel, um 6 cilindros em linha de 5.1 litros. A potência é de 121 cavalos, e o torque é de pouco mais de 30 kgfm. A transmissão é manual de 5 marchas – todas sincronizadas.

Sinal dos tempos é a comparação com um motor diesel usado atualmente em carros da Mercedes-Benz na Europa. O Classe C 200d tem um 1.6 de 4 cilindros de 136 cv.

Não é possível falar sobre número de aceleração de 0 a 100 km/h porque o L-1111 sequer chega lá. Sua velocidade máxima é de 81,5 km/h.

Revolução para a época

Ainda que hoje ele possa ser considerado ultrapassado, o “Onze onze” tinha algumas revoluções para a época em que foi lançado – 1964, no caso.

Sua cabine tinha suspensão por feixe de molas, para aumentar o conforto do motorista ao passar por ruas esburacadas, situação que ainda não mudou nos dias de hoje.

O visual tinha linhas arredondadas, conferindo ao modelo um jeito “simpático”. O estofamento dos bancos, pelo menos nesta unidade, era de vinil, com um estiloso tema xadrez.

Falando no interior, o painel é todo de metal, e só traz instrumentos básicos – velocímetro, marcador de combustível, temperatura da água, pressão do óleo e do freio e indicadores de seta e luz alta.

Fumaça e barulho

Hora de dirigir o L-1111. Depois de virar a chave e despertar o barulhento motor, o ritual é igual ao de qualquer automóvel: pisar na embreagem, engatar a primeira, soltar o freio de mão e sair.

Só que o esforço necessário é muito maior. O pedal da embreagem é extremamente pesado, e o câmbio não figura entre os mais precisos. Fazer curvas é exercitar os braços, já que a direção sem assistência passa longe de ser leve.

Apesar de tudo, é fácil se habituar com os modos “rústicos”. Pode soar contraditório, mas dirigir o 1111 é prazeroso.

Vagarosamente o caminhão de quase 6 metros de comprimento ganha velocidade, na medida em que expele uma fumaça branca – provavelmente ele seria reprovado em qualquer teste de controle de emissões.

Mas quem precisa de pressa, quando a ideia é curtir o passeio? As conversas na cabine também se tornam praticamente inviáveis, graças ao elevado barulho.

Na hora de mudar de rua (dentro do campo de provas), procuro a alavanca de seta. Ela não existe. O mecanismo para sinalizar a conversão é curioso. Há um aro metálico na parte interna do volante. De acordo com o lado que o motorista gira, a sinalização é feita.

E, ao contrário dos veículos modernos, em que a haste de seta volta automaticamente depois da conversão, o aro do L-1111 não retorna sozinho. Claro que este repórter só descobriu isso algumas curvas depois.

Caminhoneiro agradece

Depois de dirigir o L-1111 e o moderno Actros 2546, fica evidente que os caminhões evoluíram mais em 50 anos do que os carros. E quem agradece são os profissionais que dependem dos “grandões” como instrumento de trabalho.
O caminhoneiro atual faz menos esforço e está mais seguro em modelos modernos como o Actros e seus principais concorrentes.

Mas, pelo menos para dar uma voltinha, o velho L-1111 ainda é uma pedida mais divertida e nos transporta para um tempo em que as coisas eram mais simples.

Fonte:  Auto Esporte G1

PRF flagra criança de 9 anos conduzindo carreta em rodovia federal

Policiais Rodoviários Federais abordaram na tarde desta quinta-feira (01), na BR 304, Rio Grande do Norte, na saída de Parnamirim para Macaíba, uma carreta com capacidade para transportar 42 toneladas de carga. O mais inusitado é que o caminhão estava sendo conduzido por uma criança de apenas nove anos. No momento em que a equipe de ronda percebeu o absurdo, o pai do menor ainda tentou trocar de lugar, na tentativa de enganar os PRFs, mas não conseguiu.

Após a abordagem, o motorista, de 45 anos, informou que era de Pernambuco e que teria vindo à Natal para entregar uma carga de mercadorias a um supermercado. Disse ainda que, como o filho estava de férias, resolveu trazê-lo na viagem. Depois de algum tempo, admitiu que tinha entregue o volante do caminhão ao filho.

Diante do flagrante desrespeito ao Código de Trânsito Brasileiro – CTB, o proprietário do veículo sofreu penalidades de multas que somaram R$ 1.760,00, além de ser submetido a Termo Circunstanciado de Ocorrência – TCO, pelo crime previsto no Art. 310 do CTB – Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada e estará sujeito a uma pena de detenção de seis meses a um ano, ou multa.

Exército atua ininterruptamente a fim de garantir adequada trafegabilidade da BR-163

Engenharia de Construção (8º BEC), Batalhão Rondon, reforçado por militares do 53º Batalhão de Infantaria de Selva, está realizando, desde o dia 15 de dezembro de 2017, a Operação Radar na BR-163, entre a cidade de Novo Progresso e o distrito de Moraes Almeida, na cidade de Itatiuba, no sudoeste do Pará.

A Operação atua de modo interagência, realizada por militares do Exército Brasileiro, agentes do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) e integrantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O objetivo é garantir fluidez, segurança, apoio e orientação aos usuários dessa Rodovia, no trecho de 65 km de extensão, em que está sendo realizada a obra.

Desde o dia 29 de janeiro, as chuvas na região intensificaram-se e as condições de trafegabilidade das estradas, que são de terra, pioraram significativamente. Esse fato exigiu uma pronta intervenção do 8º BEC, no intuito de não permitir a interrupção do fluxo de carros e carretas que transportam diariamente grãos, deslocando-se do estado do Mato Grosso para o porto de Miritituba, no Pará.

O Batalhão Rondon vem trabalhando de forma ininterrupta, durante as últimas 48h, realizando reboque de carretas e atuando no melhoramento da pista de rolamento na região da Serra do Moraes.

Para melhorar as condições de trafegabilidade das pistas, estão sendo empregadas máquinas especializadas, bem como distribuindo brita na estrada para reforçar o solo e melhorar a aderência. Destarte, o 8º BEC está com seu britador funcionando 24h por dia.

Além disso, estão sendo executadas atividade de distribuição de água e transporte de pessoas que se encontram em pontos de engarrafamento e desejam ir para locais de apoio. Esses espaços possuem estrutura mínima de banheiros, água e lugar para alimentação. Então, visando à segurança dos motoristas, postos de controle, distribuídos ao longo da rodovia, estão retendo os caminhoneiros durante as chuvas, encaminhando-os para esses locais.

O Batalhão ressalta a importância de que os caminhoneiros estejam orientados no sentido de coordenar sua viagem considerando a possibilidade de que fiquem retidos na BR-163 (PA) por alguns dias, uma vez que a pista é de terra e a chuva prejudica a trafegabilidade.

Fonte: Exército Brasileiro

Mercedes-Benz incentiva colaboradores em ações de voluntariado

  • Marca passa a apoiar “Hamburgada do Bem”, ação social realizada em todo o País
  • Nessa ação, colaboradores de todas as plantas podem ser voluntários
  • Iniciativa faz parte da estratégia de Responsabilidade Social da Empresa
  • Clique aqui e veja vídeo da 1ª edição da “Hamburgada do Bem” em 2018

A Mercedes-Benz iniciou o ano estimulando a participação de seus colaboradores em ações voluntárias de Responsabilidade Social em todo o País. E para incentivar ainda mais seus funcionários a participarem de eventos sociais, a partir deste ano, a Empresa tem um novo parceiro, a “Hamburgada do Bem”, iniciativa de uma ONG que mensalmente prepara hambúrgueres para distribuição nas comunidades carentes.

A ação é realizada por meio de doações e coordenada por voluntários participantes do projeto, que também oferece entretenimento e informações sobre higiene bucal e educação no trânsito para crianças e adolescentes.

A “Hamburgada do Bem” tem várias edições durante o ano e no próximo mês, duas regiões serão contempladas: Guarulhos e São Paulo, capital. Em janeiro, foi a vez da comunidade Heliópolis receber a “Hamburgada do Bem”. Nesta edição, 1500 crianças foram beneficiadas e com envolvimento de 500 voluntários. O objetivo da equipe é estender as ações para mais regiões do País e também no Paraguai, Argentina e Uruguai.

“A Hamburgada do Bem atinge um grande número de crianças que moram em comunidades carentes em todo Brasil. Só em 2017, foram 16 mil crianças beneficiadas e 6 mil voluntários participando da organização. Para nós, é muito gratificante abraçar mais esse projeto e engajar os nossos colaboradores em ações de Responsabilidade Social”, afirma Luiz Carlos Moraes, diretor de Comunicação Corporativa e Relações Institucionais da Mercedes-Benz do Brasil.

Ações da Empresa com foco no desenvolvimento social

A Mercedes-Benz acredita que as ações sociais contribuem não apenas para o presente, mas para o futuro da sociedade. É com foco no longo prazo que suas ações de conscientização e inclusão social são desenvolvidas diariamente.

Entre as ações que contam com o apoio da Empresa incluem-se: “Mobile Kids”, que tem o objetivo de conscientizar e educar crianças entre 6 e 10 anos sobre o comportamento no trânsito; Programa “Na Mão Certa” da Childhood Brasil, que busca acabar com a exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras por meio de ações de conscientização voltadas a funcionários e caminhoneiros; “Festa das Crianças” organizada pela ADCMB (Associação Desportiva Classista Mercedes-Benz) e que envolve associados e comunidades vizinhas; Iniciativas do “Tucca” (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer).

Para unir esforços e garantir o compromisso com a sociedade, a Mercedes-Benz do Brasil atua de forma concreta em quatro pilares: Social, Educação & Esportes, Meio Ambiente e Artes & Cultura.

Seja voluntário: https://www.hamburgadadobem.com.br/

Fonte: Mercedes-Benz

Emissão da Carteira de Habilitação Digital é prorrogada para 1º de julho

O governo prorrogou para 1º de julho o prazo dado aos Detrans dos estados e do Distrito Federal para que disponibilizem a Carteira Nacional de Habilitação Eletrônica (CNH-e), em todo o país.

O prazo inicial era 1º de fevereiro, mas até o início desta semana, apenas 13 das 27 unidades da Federação estavam emitindo o documento eletrônico: Acre, Alagoas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rondônia, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins.

Segundo o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, a principal razão para a alteração de prazo foi a dificuldade das agências reguladoras de transporte e aviação civil, a ANTT e a Anac, em implementarem um sistema de reconhecimento da habilitação eletrônica como documento de identificação

A Carteira de Nacional de Habilitação Digital é uma cópia virtual da carteira impressa, para ser armazenada no smartphone.

Para obter o documento virtual, o condutor precisa baixar o aplicativo CNH-e, disponível nas plataformas Android, Apple ou Windows Store. Depois, o motorista deve se cadastrar no portal de serviços do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e ir ao Detran onde a carteira foi emitida para confirmar os dados.

Quem tem certificado digital pode completar o processo direto na internet. Esse certificado custa R$ 145 e tem duração de um ano. Já o custo da carteira virtual será definido pelo Detran de cada estado.

O acesso a CNH-e não significa o fim da carteira de papel, pelo menos por enquanto.

Fonte: Rádio Agência Nacional

Extintor de incêndio pode voltar a ser item obrigatório em veículos

O Senado deve analisar em 2018 o projeto que determina a presença do extintor de incêndio nos veículos nacionais e importados à venda no Brasil. O obrigatoriedade do equipamento já havia sido derrubada em setembro de 2015 pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que o considerou desnecessário diante da evolução tecnológica da indústria automobilística.

O equipamento é exigido apenas para caminhões, micro-ônibus, ônibus e veículos que transportam produtos inflamáveis. O autor do projeto de lei (PLC 159/2017), deputado Moses Rodrigues (PPS-CE), alega que o projeto evitará que o Contran aja de “modo imprudente” e protegerá a vida e a integridade física de condutores e passageiros.

“Não é plausível que o Contran, de um momento para outro, entenda que o extintor de incêndio não é mais considerado item de segurança do veículo e decida tornar facultativo o seu uso, deixando vulneráveis motoristas e passageiros em caso de incêndio”, disse em sua justificativa.

Polêmica

A questão deve gerar debates no Senado. O projeto está na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), onde aguarda designação de relator, mas o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) já apresentou requerimento para que o texto também passe pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Além disso, o parlamentar requereu a realização de uma audiência pública sobre o assunto.

Já o senador David Alcolumbre (DEM-AP) pediu análise pela Comissão de de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). “Não há como deixar de remeter a proposição para a CCT, de forma a contemplar, também, um olhar tecnológico para o objeto da proposição”, justificou o parlamentar.

Ampla ação

O PLC 159/2017 altera o Código de Trânsito Brasileiro para incluir o extintor com carga de pó ABC na lista de itens obrigatórios dos veículos. O extintor do tipo ABC tem ação mais ampla no combate ao fogo e pode ser usado em plásticos, borracha, madeira, líquidos inflamáveis e equipamentos como bateria, alternador e em outros componentes elétricos do veículo.

Fonte: Agência Senado

Caminhoneiros paraguaios fazem greve contra bitrens

Desde a madrugada desta segunda-feira (29) centenas de caminhões estão parados nas rodovias paraguaias. Segundo o portal local ABC Color, o motivo é um acordo entre os governos do Paraguai e do Mato Grosso do Sul que permite, a partir de agora, que os treminhões ou bitrens — caminhões com dupla carroceria — possam levar as safras brasileiras e paraguaias de milho e soja até o porto de Concepción, no Paraguai, onde a carga segue pela hidrovia Paraná-Paraguai.

A carga brasileira viria do município de Ponta Porã (MS), na divisa com o Paraguai e seguiria até o porto fluvial. A permissão para os bitrens valeria por seis meses, durante a época da safra de grãos.

O acordo, no entanto, não agradou em nada os caminhoneiros paraguaios que decidiram fazer uma greve. Eles argumentam que os motoristas brasileiros serão beneficiados com a medida, uma vez que, até agora, os bitrens eram proibidos de circular no Paraguai e que portanto não há motoristas paraguaios dirigindo este tipo de caminhão.

Além disso, os caminhoneiros afirmam que a Rota 5 — a rodovia paraguaia pela qual a carga seria escoada — não possui infraestrutura para suportar os caminhões maiores.

David Ramos, representante da União de Caminhoneiros do Paraguai, afirmou em entrevista à rádio local ABC Cardinal que a “resolução é antipatriótica”.

O Ministério de Obras Públicas e Comunicações, responsável pela resolução, rebate as críticas. Para o governo paraguaio, os caminhoneiros não perderão seus empregos porque a carga que será transportada pelos bitrens não circulava pelo Paraguai e que a passagem da safra brasileira pela região norte do país irá gerar novos empregos.

Em uma nota oficial, o ministério ressalta que o transporte feito pelos bitrens são seguros e que suportam 20% mais carga do que os caminhões paraguaios. O manifestantes afirmam que os bitrens suportam o dobro da carga de um caminhão normal, o que diminui a demanda dos serviços paraguaios.

Os argumentos do governo não convenceram os caminhoneiros que seguem com a greve pelas estradas paraguaias.

Os sindicatos prometem realizar um “caminhonaço” na capital, Assunção. A Polícia Nacional paraguaia já anunciou que vai intervir e organizar o protesto.

Já a Associação de Comerciantes e Industriais de Concepción convocou protestos a favor do acordo que permite a circulação dos treminhões para o final da tarde desta segunda-feira.

Fonte: Portal R7

Caminhoneiro reage e mata bandido no Rio de Janeiro

O motorista de uma carreta, que também é policial militar, reagiu a um assalto e matou um dos bandidos na madrugada desta quinta-feira (25) na Via Dutra, em Piraí, RJ. A ocorrência foi registrada na altura do km 239, no pátio do restaurante Trem de Minas, onde o veículo estava estacionado.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista estava dormindo dentro da cabine da carreta quando foi abordado por dois assaltantes armados, por volta de 4h. Ainda de acordo com a PRF, o condutor, que também é policial militar do estado de São Paulo, portava sua pistola e reagiu rapidamente ao crime.

Ele conseguiu balear um dos bandidos, que morreu na hora. A PRF disse que havia um mandado de prisão em aberto contra ele pelo crime de porte de arma, emitido em julho de 2012 pela 1ª Vara Criminal de Resende. O outro criminoso fugiu.

Por volta de 8h50, o corpo estava no local, que passava pela perícia. O caso será registrado na 94ª Delegacia de Polícia (Piraí).

O PM, motorista da carreta, passa bem. A PRF informou que ele estava voltando de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para onde havia levado uma carga de medicamentos.

Fonte: G1

Urbanização de rodovias dificulta transporte de longa distância

É preciso cuidar para que rodovias não sejam descaracterizadas de sua função inicial: o transporte de longa distância. Foi essa a principal conclusão da mesa “Os desafios das estradas”, parte do 2º Seminário Mobilidade Urbana, realizado pela Folha de S. Paulo, dia 22 de janeiro, no teatro Unibes Cultural, em São Paulo.

“A busca por cada vez mais acesso leva à ocupação das margens das rodovias e a transformação delas em avenidas, que perdem essa característica de transporte de longa distância”, afirmou Laurence Casagrande Lourenço, secretário de Logística e Transportes do Estado de São Paulo.

“Rodovia tem de ser sustentada como tal”, defendeu, ao citar as marginais Pinheiros e Tietê, hoje rotas de automóveis utilitários com a finalidade de transporte individual.

Lourenço afirmou que, no Estado de São Paulo, onde quase 85% do transporte de carga é feito pelo modal rodoviário, a urbanização das estradas é prejudicial à medida em que encarece o processo logístico. “Você começa a ter a restrição de horários e tamanhos, e o abastecimento da cidade passa a ser feito por veículos menores.”

“A nossa preocupação é dar um acesso adequado. Cabe aos municípios a tratativa adequada”, pontuou Giovanni Pengue Filho, diretor-geral da Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo).

Investimentos

As concessões e privatizações foram destaque na fala de Pengue Filho, que mencionou investimentos previstos para as rodovias estaduais neste ano: serão R$ 8,23 bilhões ao todo, dos quais R$ 2,99 bilhões serão destinados a obras estruturais como duplicações, por exemplo.

“O usuário está mais exigente. O poder público, que é o concedente, tem de estar atento para que se faça o que é necessário nas rodovias”, disse César Borges, presidente da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias).

Para ele, há ainda entraves burocráticos que fazem com que as rodovias federais deixem a desejar. “Existe um controle forte dentro do Tribunal de Contas da União e da Agência Nacional de Transportes Terrestres que, praticamente, requer que o contrato fique estático por 30 anos.”

Saturação

O secretário de Logística e Transportes do Estado de São Paulo chamou a atenção para as perspectivas de saturação das rodovias na região metropolitana de São Paulo. “A ocupação do território deixou a região muito cara. Rodovia precisa de espaço, e a desapropriação acaba sendo cara”, afirmou.

Lourenço disse ainda que o governo estadual estuda, junto ao Banco Mundial, a elaboração de um trem expresso capaz de percorrer distâncias médias. Ele serviria de transporte para pessoas localizadas em cidades como Campinas, Americana e Sorocaba até a capital.

“O desafio da mobilidade passa pelo transporte das pessoas e pelo abastecimento da cidade, que disputam entre si. É preciso buscar soluções multimodais que permitam a chegada dessas cargas por outras vias que não só a rodoviária”, concluiu o secretário.

Fonte: Folha de S. Paulo

Policiais rodoviários com radar não poderão mais se esconder no estado de São Paulo

É comum que os agentes de fiscalização de trânsito com radares móveis fiquem escondidos, ocultos dos motoristas em árvores, pontes ou muros. Mas essa prática pode acabar nas rodovias do Estado de São Paulo. O Projeto de lei 1060/2017 já aprovado na Assembleia Legislativa e que segue agora para sanção do governador Geraldo Alckmin proíbe os policiais rodoviários estaduais de se posicionarem de maneira oculta com a finalidade de aplicar multas.

A proibição ficaria válida tanto para uso de radares manuais, no caso de infrações envolvendo excesso de velocidade, quanto no emprego de radares móveis e aplicação de multa por meio manual.

Na justificativa do projeto, o autor deputado Luiz Fernando Teixeira Ferreira (PT-SP) afirma que “não são raros os flagrantes a policiais rodoviários estaduais que tem por prática posicionarem-se em locais não visíveis aos motoristas, literalmente amoitados, com a finalidade de proceder a autuações de infrações de trânsito. Tal prática, além de ferir a moral e a dignidade dos próprios policiais rodoviários estaduais, viola os princípios constitucionais da transparência e publicidade, não podendo ser toleradas”.

“O CTB (Código de Trânsito Brasileiro) é transparente ao cravar o dever de sinalização das vias, que deve ser compreendida não somente no que se refere ao emprego de placas, mas sim na visibilidade dos agentes responsáveis pela sua fiscalização, haja vista que o objetivo das sanções deve ser educacional, e não fomentar indústria de multas decorrentes do motorista ser pego de surpresa em razão do policial rodoviário que proceder ao emprego do dispositivo manual estar escondido”, completa.

Tramitando como urgência, o projeto foi aprovado no final de dezembro e entregue ao governador para sanção no dia 10 de janeiro de 2018. Alckmin tem o prazo de 15 dias úteis para dar sua sanção ou veto.

Fonte: iCarros

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